segunda-feira, 22 de julho de 2013

Maria Madalena -Alexandre Soledade



Bom dia!
Dizem os mais antigos que aquele que mais é perdoado é aquele que tem a maior gratidão a aquele que o perdoou!
“(…) Os Doze estavam com ele, como também algumas mulheres que tinham sido livradas de espíritos malignos e curadas de enfermidades: Maria, chamada Madalena, da qual tinham saído sete demônios”; (Lucas 8, 2)
Creio profundamente na devoção dessa mulher a aquele que lançou um olhar diferente sobre suas mazelas e a refez das cinzas que vivia. São tantos relatos truncados sobre sua vida que já renderam filmes e apresentações na Broadway. Tantas especulações históricas que no fundo não tem conclusões. Uma prostituta, uma serva, uma confidente, (…) mas eu prefiro uma mulher de fé e postura.
Se hoje retalhamos, talvez não com palavras, mas com pensamentos, pessoas que erraram ou tiveram passados desregrados, imagine alguém que Lucas narrou com sete demônios. Alguns fazem essa alusão aos sete pecados capitais. Creio eu que seria plausível Jesus tê-la como confidente, pois como não acreditar em alguém que trocou seus vícios por um olhar?
Nesse fim de semana, padre Fábio de Melo narrou a conversão do seu pai que era alcoólatra. Por ser uma pessoa que não expressava seus sentimentos e muitas vezes ter sido apanhado na rua bêbado pelos filhos, não conseguia ter uma vida plena. Conta o padre que ainda rapaz olhou nos olhos desse pai e disse: “Pai! Você me ama?”. A resposta foi um abraço sem palavras, mas ele então perguntou outra vez: “Pai, pelo amor que o senhor tem por mim, o senhor para de beber?”. Segundo o padre não houve resposta, mas lágrimas. Conta Fábio de Melo que seu pai nunca mais bebeu a partir daquele dia!
Será que foi esse olhar que Jesus lançou sobre Madalena? Talvez o amor a quem lhe olhou no coração tenha gerado tamanho zelo e agonia ao não encontrar seu corpo. (…) Levaram embora o meu Senhor, e eu não sei onde o puseram; (…) Se o senhor o tirou daqui, diga onde o colocou, e eu irei buscá-lo.
Talvez também nós, que já tivemos experiências com esse olhar no fundo da alma, devêssemos zelar por isso que acreditamos e transformou nossa vida. Talvez hoje poder me olhar como filho predileto, ainda repleto de falhas, quereres, quedas, (…), já seja uma razão para procurá-LO onde quer que ele esteja. Que para nós católicos, a participação nas missas de domingo seja um fato muito aguardado e não mais um fim de dia ou noite de um fim de semana. Querer comungar e esperar o próximo encontro; se não posso comungar, mas que caminhemos com ELE, sentemos, ouçamos as parábolas…
“(…) Os Doze estavam com ele, como também algumas mulheres que tinham sido livradas de espíritos malignos e curadas de enfermidades: Maria, chamada Madalena, da qual tinham saído sete demônios; Joana, mulher de Cuza, procurador de Herodes; Susana e muitas outras, que o assistiram com as suas posses. Havia se reunido uma grande multidão: eram pessoas vindas de várias cidades para junto dele. Ele lhes disse esta parábola: Saiu o semeador a semear a sua semente. E ao semear, parte da semente caiu à beira do caminho; foi pisada, e as aves do céu a comeram…” (Lucas 8, 2-5)
Por amor, por zelo, por desprendimento, (…) o olhar de Jesus vem a você que bebe e diz: Pare! Você que fuma, largue o cigarro! Se tiver o vício do jogo, procure ajuda!
Santa Maria Madalena, rogai  por nós!
Um imenso abraço fraterno.



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