sexta-feira, 26 de julho de 2013

A parábola do tesouro escondido no campo -Jailson Ferreira

31 de julho



                No evangelho de hoje, por mais que se procure algo extraordinário, a mensagem é bem simples para quem já é familiarizado com as metáforas de Jesus.
                Ele foi um excelente contador de histórias. E nessa narrativa, imagino Jesus prendendo a atenção da multidão contando detalhes... "Era uma vez um homem que passeava no campo, até que, nesse passeio, ele encontrou um baú escondido sob um arbusto. Quando esse homem foi ver o que tinha no baú, se deparou com um grande tesouro! Então ele fechou o baú, escondeu novamente no mesmo lugar, e voltou para casa. Ele desejou ardentemente aquele tesouro, pois seria a salvação da sua vida! Só que aquele campo era muito caro. Sendo assim, aquele homem vendeu tudo o que possuía, para poder comprar aquele campo e ficar com o tesouro. Então foi isso o que ele fez: vendeu tudo o que tinha e comprou o campo. E esse homem viveu feliz para sempre... Pois bem, meus filhinhos, o homem dessa história é cada um de nós, e esse tesouro é o Reino dos Céus. Vocês estão conhecendo esse tesouro agora, eu estou aqui mostrando para vocês. Os meus discípulos já se desfizeram de tudo o que tinham e compraram o campo para eles, porque reconheceram o tesouro. Vocês também podem fazer o mesmo... Reconheçam o tesouro do qual estou falando... Reconheçam o Reino dos Céus, acreditem nesse tesouro! No momento em que vocês perceberem que não existe nada mais importante, vocês irão pensar: é isso que eu quero para a minha vida! E irão fazer o que for preciso, para ter esse tesouro!"
                O jovem rico que ficou triste quando Jesus disse a ele que vendesse os seus bens e o seguisse, não reconheceu o tesouro que estava escondido no campo. Aquele jovem era muito apegado às coisas do mundo. E nós, a que nós somos apegados? O que nós não deixaríamos para trás, para poder comprar o campo com o tesouro escondido? O que nos prende a esse mundo? Se nós fôssemos levados para um lugar onde não pudéssemos levar nada nem ninguém, do que sentiríamos falta?
                É inquietante pensar na resposta para essa pergunta... Principalmente quando o nosso apego não é material, mas às pessoas com quem convivemos. Não suportamos a idéia de perder aquela pessoa... E chegamos a fazer aquela pessoa ser o mais apegada e dependente possível, a nós. E também ficamos extremamente dependentes dela. Como se fosse possível suprir todas as necessidades... Às vezes chegando a limitar e até impedir o crescimento pessoal do(a) outro(a).
                A mensagem de hoje, portanto, é pensar nos nossos apegos... O verdadeiro apego é aquele que prende, e limita o crescimento pessoal. O que me prende? O que me limita? O que me faria falta em uma ilha deserta?


Jailson Ferreira

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