quinta-feira, 20 de junho de 2013

“O Discípulo não vive de Euforia e nem de respostas esfarrapadas”-Diac. José da Cruz

SEGUNDA FEIRA DA 13ª SEMANA DO TC 01/07/2012
1ª Leitura Gn 18, 16-33
Salmo 102/103, 8ª “O Senhor é bom e misericordioso”
Evangelho  Mateus 8, 18-22

                                           

 Primeiro temos neste evangelho  um Discípulo  Eufórico, empolgadíssimo com Jesus, e que se mostra um “Pau prá qualquer obra”.Nas  comunidades sempre aparecem tipos  assim, saem de um retiro ou de um encontro “pisando nas nuvens”, Jesus é seu tudo, sua vida, juram que por ele  são capazes de morrer, enfim, estão dispostos a fazerem  qualquer coisa...Mas um belo dia essa euforia vai se esfriando por várias razões, até que acaba em nada.
O outro tipo que aparece,  é aquele que dá eternas desculpas para não ser discípulo de verdade. “Ah quando eu me aposentar me aguardem, vou fazer de tudo pela comunidade”. Conheci um que fazia planos de monumentais  obras de caridade, caso acertasse na mega sena acumulada. Outro cismou que o seu carisma maior estava na política e tentava convencer a comunidade a Elegê-lo, pois seria o melhor dos políticos. E ainda outro que, só estava esperando o Padre ser transferido, porque não se dava com ele, mas assim que ele se fosse, voltaria a vida de doação pela comunidade... Enfim, há sempre um caminhão de desculpas para se prorrogar o compromisso com Jesus. Mais tarde.... daqui um tempo...no ano que vem....
Claro que não há nada de mal em alguém ir enterrar o próprio Pai, é até um belo ato de caridade cristã. Mas o que Jesus censura no sujeito, é esse “deixar para depois”. O verdadeiro discípulo de Jesus é como jogador de Futsal,  mesmo num espaço pequeno, marcado pelo adversário, ele dribla, faz o giro e se sai bem da jogada.
 O Discípulo autêntico nunca deixa para depois o compromisso maior com o seu discipulado. O Reino é agora, naquele momento. Ali o discípulo tem de fazer o Reino acontecer, em seu compromisso com o evangelho. Em, seu dia a dia, nas relações familiares, no trânsito, no Banco, na rua, enfim, onde estiver em que circunstância for, o discipulado tem de se tornar uma prática constante em nossa vida. Não é preciso chegar o dia certo, o tempo certo, o clima certo, o padre ou o Bispo certo, as pessoas são o que são, Jesus chamou a todos, com o nosso jeito de ser, para atuarmos nesse “time” de evangelizadores e evangelizadoras, que nunca irá sofrer uma derrota.
O dia de ontem já é passado, e o de amanhã ainda não chegou, nosso discipulado é hoje, no agora da vida!


Um comentário:

  1. Austragézito do Vale1 de julho de 2013 às 04:41

    Amado Diácono José da Cruz,
    Você me fez voutar aos anos 70: "Falou e disse".
    Esta foi a melhor exegese do Evangelho de hoje.
    Você realmente trouxe para "o agora" a expressão: "Naquele tempo disse Jessus a seus discípulos..."
    Deus seja louvado!

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