segunda-feira, 18 de março de 2013

Jesus é condenado à morte


Jesus é condenado à morte

O Juiz que cometeu o crime mais monstruoso de toda a  História, não foi impelido pelo tumulto de qualquer paixão ardente. Não o cegou o ódio ideológico, nem a ambição de novas riquezas, nem o desejo de agradar qualquer Salomé. O moveu a condenar o Justo, o medo de perder a posição, parecendo muito pouco zeloso das prerrogativas do César; o medo de criar para si complicações políticas, desagradando povo judeu; o medo instintivo de dizer que "não", de fazer ao contrario do que lhe pediam, de enfrentar o ambiente com atitudes e opiniões diferentes as que nele imperavam.
Vós, Senhor, o olhastes por um longo tempo... era um olhar em que transparecia vossa suprema perfeição moral, vossa infinita inocência, e, assim mesmo, ele o condenou.
Oh, Senhor, quantas vezes eu imitei Pilatos! Quantas vezes, por amor à minha carreira deixei que em minha presença a ortodoxia fosse perseguida, e me calei! Muitas vezes fiquei de braços cruzados ante a luta e martírio dos que defendem vossa Igreja! E não tive sequer a coragem de dar-lhes uma palavra de apoio, pela abominável preguiça de enfrentar esses que me cercam, por medo de ser “diferente dos outros”.
Naquele instante doloroso da condenação, Vós sofrestes por todos os covardes, por todos os que vacilam... por mim, Senhor.
Jesus meu, perdão e misericórdia! Dê-me  a força do teu exemplo de desafiar a impopularidade e de enfrentar a sentença do magistrado romano, cura minha alma.
Jesus é retirado da Cruz
O repouso do sepulcro o aguarda, Senhor. Nas sombras da morte, abriu o Céu aos justos, enquanto na terra, em torno de vossa Mãe, se reuniam uns poucos fieis para as honras fúnebres. Há, no silêncio destes momentos, uma primeira claridade de esperança que nasce. Estas primeiras homenagens que são prestadas é o marco inaugural de uma série de atos de amor da Humanidade redimida, que se prolongarão até o fim dos séculos.
Quadro de dor, de desolação, porém de muita paz. Quadro que é o presságio de algo triunfal nos cuidados indizíveis com que Vosso Divino Corpo é tratado.
Sim, aquelas almas piedosas se condoem, mas algo nelas faz pressentir em Vós o triunfador glorioso.
Possa eu também, Senhor, nas grandes desolações da Igreja ser sempre fiel, estar presente nas horas tristes, conservando inquebrantavelmente a certeza de que Vossa Esposa triunfará pela fidelidade dos bons, já que é assistida pela Vossa proteção.
Jesus é colocado no sepulcro
Movimenta-se a laje. Parece tudo acabado. É o momento em que tudo começa. É o reagrupamento dos Apóstolos. É o renascer dos esforços, das esperanças. A Páscoa se aproxima.
E ao mesmo tempo, os ódios dos inimigos rondam em torno do Sepulcro, de Maria e dos Apóstolos.
Mas eles não temem. E dentro de pouco tempo raiará a manhã da Ressurreição. Possa eu também, Senhor Jesus, não temer. Não temer quando tudo pareça perdido irremediavelmente. Não temer quando todas as forças da terra parecerem colocadas nas mãos de vossos inimigos. Não temer porque estou aos pés de Nossa Senhora, junto da qual se reagruparão sempre, e sempre uma vez mais, para novas vitórias, os verdadeiros seguidores de Vossa Igreja.

FONTE: Paróquia Coração de Maria



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