quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer será condenado– Alexandre Soledade



Bom dia!
Deus nos presenteou com um grande dom – o livre arbítrio -, mas muitas vezes, por inconsequência ou imaturidade nossa em administrá-la acabamos padecendo, mesmo assim, portadores do livre decidir, Deus oferece dicas ou sugestões para que possamos seguir em frente.
Sempre soou duro essa frase de Jesus: “Quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer será condenado”. Estaria o Senhor dizendo que não há mais chance para o pecador? Será que aquele que hoje faz uma opção errada, será vitima eterna do erro?
Quantas vezes deixamos de ouvir nossos pais e amigos a nos sugerir para irmos para onde nosso ímpeto mandava? Quantas coisas poderiam ser evitadas caso eu decidisse pelo menos ouvir um outra opinião que não viesse de meu umbigo?
O crédito de nossos acertos sim pertencem a nós mesmos, dividido é claro com quem nos orientou, deu informações ou simplesmente acreditou. Mas quem é o culpado por nossos fracassos? Os outros? A família? Parentes? Falsos amigos? Aquele “povo” que não para de falar mal de mim?
Da mesma forma que o acerto é creditado a minha pessoa o erro também é. Isso é a consequência do livre arbítrio: Você decide, você recebe a consequência da decisão. Então é correto dizer que “Quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer será condenado”, ou seja, acertou? Parabéns!! Errou? E agora?
Um fato: temos dificuldade em administrar os fracassos e insucessos. Sempre haverá um culpado para os imaturos.
O rapaz que sai da comunidade, pois amigou com a namorada; a menina que cantava tão bem que descobriu que será mãe solteira; a família que abandona um movimento ou pastoral, pois não são mais coordenadores ou aqueles que terão o poder de decisão; o rapaz que insatisfeito com o lar, resolve morar sozinho, quebra a cara, mas não volta para casa por não ter coragem de reconhecer que deveria ter ouvido...
Sabemos que a volta de quem errou é mais dura, pois é na volta que encontramos as pedras e andar sobre elas é doloroso e difícil. Essas pedras normalmente estão ali calcando o caminho. Elas representam os valores, costumes, leis, regulamentos, conceitos, julgamentos que nós ajudamos a construir. Algumas dessas pedras são realmente mais doloridas que outras, mas nossos pés aguentarão a medida que dia a dia enfrentar o caminho.
Qual foi o erro de Estevão? Paulo estava ali o vendo ser apedrejado por aquilo que os Romanos e Judeus acreditavam ser certo. Paulo “atirou” em Estevão as duas pedras mais duras que tinham ali: A Omissão e a Injustiça.
Se houve um erro cometido por Estevão, o de Paulo foi maior, mas como disse no começo: as decisões erradas gerarão consequências. E todos conhecem o que houve com Paulo quando ia para Damasco.
Ficar sem enxergar foi nada, visto que a omissão e a injustiça já não permitiam que enxergasse com os olhos de Deus, difícil sim foi, após reconhecer o erro e mudar, retornar e faze-los acreditar que era diferente. Sim! Paulo também fez o caminho de volta!
“(...) Entre dentro do seu coração e descubra que você foi feito para fazer o bem, mas o próprio São Paulo dizia: 'EU FAÇO O MAL QUE NÃO QUERO E NÃO FAÇO O BEM QUE EU QUERO'. É uma contradição, uma angústia que ele experimentava dentro de si e você também experimenta. Você faz mil propósitos: 'Eu quero acertar'. Mas quantas vezes nós caímos, erramos e precisamos recomeçar continuamente. Esta obediência não é sempre fácil, ao contrário é exigente.“. (Dom Alberto Taveira)
Tentou que acreditassem. Até de aborto se chamava em virtude de não ser considerado pelos seus, mas Paulo, enquanto fazia o caminho de volta descobriu uma coisa importante: Ele descobriu as pessoas. E essa descoberta o fez caminhar muito mais que qualquer um tinha feito ou fez.
A dor dos julgamentos ainda o assolava, mas terminar a vida combatendo o bom combate e mantendo a fé, tornavam os pés desse servo de Deus duros para suportar as pontiagudas pedras que enfrentava todo dia.
“(...) É comum ouvirmos pessoas rezarem pela conversão dos pecadores, mas é muito difícil vermos alguém rezar pela própria conversão. Isso acontece porque a maioria das pessoas acha que não precisa de conversão porque não comete aqueles pecados que possuem matéria mais grave e vive com certa constância uma religiosidade. Porém o Evangelho de hoje nos mostra que ser verdadeiramente cristão significa participar ativamente na obra evangelizadora da Igreja a partir do envio que foi feito pelo próprio Jesus. Portanto, só é verdadeiramente convertido quem participa da missão evangelizadora da Igreja”.(Reflexão segundo a CNBB).
Recomeçar é duro sim, mas conseguiremos, pois quem não precisa recomeçar a cada dia, já não esta mais vivo. Chega gente omissa e Injusta a apedrejar estevãos! Aceitemos com o coração aberto o Paulo que retorna.
São Paulo, por sua conversão, ensina-nos o que aprendeste pelo caminho!
Um Imenso abraço fraterno!


Alexandre Soledade de Paiva Ramos
“(...) Quero conhecer os pensamentos de Deus... O resto é detalhe.
Albert Einstein

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