Domingo, 20 Janeiro de 2013.
Evangelho: Jo, 2,1-11
Neste domingo do Senhor elevemos nossos pensamentos para as maravilhas recebidas gratuitamente de Deus e damos graças a Ele por sermos filhos que amamos incondicionalmente; felizes por participarmos do banquete, atestamos de forças para trabalhar na construção de um reino justo e fraterno.
Jesus sendo o esposo da humanidade cuida retamente para que a paz reine com vicissitude entre os povos. Ele ama relevantemente cada um em qualquer situação, mostrando assim seu apreço pela humanidade.
A espera deste noivo era grande, o homem sempre esperou por um Messias que pudesse ser Luz para clarear as estradas para os céus. Ele veio, tornou-se homem como homem, serviu aqueles que necessitavam, aconselhou os indecisos, curou os enfermos, motivou multidões para perfazer novos caminhos, caminhou junto do povo e observou o sofrimento de cada um. Ele não desamparou ninguém, mas cobriu de ternura e alegria os infelizes, e sempre mostrou apreço para os marginalizados.
Para tanto, sua preocupação era relevante. Numa festa serviu o melhor vinho para surpresa de todos, na verdade Jesus fez esse seu primeiro milagre em Caná da Galiléia. Assim ele revelou a sua natureza divina, e os seus discípulos creram nele. Foi com estas palavras que João finaliza o Evangelho de hoje. Mostra-nos a natureza divina de Jesus e a crença de seus discípulos. Até então Jesus pregava para multidões e ensinava a viver de modo diferente. Uma vida de fé voltada para o Pai.
Ao pregar para os excluídos Jesus sempre pedia para abandonar os pensamentos maléficos, abandonar o pecado e construir uma realidade vivificadora, onde o homem pudesse viver em harmonia e feliz. Jesus sonhava com uma sociedade harmônica onde todos precediam da cordialidade e da sensatez. Em seu bojo, cercavam todos com carinho para um dia viver no plano metafísico da fé, ou seja, crer na esperança de um dia viver na eternidade junto ao Pai Celestial.
Seus discípulos admiravam o trabalho e a pregação. Tinham confiança e acreditavam fielmente naquele Homem que semeava palavras de libertação. Mas foi na festa de casamento que o amor dos discípulos aumentou.
Ao transformar água em vinho fino e valoroso na festa de casamento, mostrou-se o sinal da transformação vivificadora. É o sinal de que a vida que os fariseus levavam não correspondia com o projeto de Deus. Era uma vida de aparência, de exagero, de exploração e de ilusão.
O melhor vinho foi servido no final da festa. Quem experimentou o vinho estava experimentando a melhor iguaria, estava experimentando o novo jeito de viver. Estava diante da aliança do povo de Deus. Jesus é o Pai que faz o elo entre o povo que precisava de novo rumo com o projeto de Deus. A festa celebrativa do casamento é a festa da aliança e da cumplicidade com o mestre.
Maria simboliza a mãe de um grupo de pessoas. Por isso Jesus a chama de mulher. Somente o marido chamava sua esposa de mulher. Jesus simboliza o pai, juntamente com a mulher – Maria - faz uma aliança com seu povo. Mas antes afirma para Maria que sua hora ainda não tinha chegado, pois sabia que iria morrer na cruz para confirmar a aliança do nascimento da nova humanidade cristã.
Assim, ali perto estavam seis potes de pedra; em cada um cabiam entre oitenta e cento e vinte litros de água. Os judeus usavam a água que guardavam nesses potes nas suas cerimônias de purificação. Os seis potes estavam vazios. Significa que a relação com Deus era fria e vazia. O amor a Deus distanciava cada vez mais. A festa estava perdendo o sentido. Ao enchê-los com água e transformado-a em vinho, Jesus estava dando novos sentidos para a unidade entre o céu e a terra. A verdadeira utilidade das leis não se podia convergir à purificação do homem pecador em favor do próprio homem, mas para a obediência e seguir Cristo, o Deus encarnado na pessoa de Jesus, formando a trindade.
Contudo os discípulos acreditaram e firmaram sua fé em Jesus. Cabe também a nós a trocarmos as atitudes velhas por atitudes novas. A atitude retrograda que distancia de Jesus, que fica no vazio e que recusa o projeto novo da abundância de Cristo. Enquanto que a atitude nova forma uma aliança com Deus, aproxima da salvação e abastece com o espírito renovador. Um espírito com determinação em querer aceitar o Cristo.
Temos nossos dons para compor a harmonia da vida e do reino novo da nova Aliança de Deus. Para uns o Espírito penetrante resplandece a palavra e da sabedoria, para outro o espírito transparece a ciência, a fé e o serviço. São dons que precisam ser colocados para a vivência humana e não devem estar escondidos. Jesus ouviu o chamado de sua mãe e cumpriu seu dever transformando a água em vinho, cabe a nós acreditarmos neste Deus que tudo pode e seguir seus preceitos na intenção de fazer o reino de Deus crescer com ternura.
Portanto, caro leitor, deixa este esposo Jesus penetrar em seu coração, ouve suas palavras, compreenda-as, mas não se esqueça de colocá-las em prática. Vive a fraternidade e seja feliz. Bom domingo. Amém!
Claudinei M. Oliveira
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