18 de fevereiro-
segunda feira
SEGUNDA FEIRA DA 1ª SEMANA
DA QUARESMA 18/02/2013
1ª Leitura Levítico 19, 1-2.
11-18
Salmo Jo 6,63 “As palavras
que tenho dito são espírito e Verdade”- Diac. José da Cruz
Evangelho Mateus 25, 31-46
Os dois grupos de pessoas
mencionados por São Mateus neste evangelho, embora de conduta tão diferente e
destino também, tem algo em comum : o fator surpresa, manifestado na
interrogação “Quando foi que te vimos?”. Claro que para o primeiro grupo, foi
uma surpresa agradável... para o segundo, nem tanto...
Certamente que, refletindo
esse evangelho, todos nós tenhamos a tentação de olharmos para as pessoas que
conhecemos, principalmente as da nossa comunidade, e já vamos apontando o dedo
em histe “essa aí não vai ouvir o
“Vinda, benditos do meu Pai”. E provavelmente façamos um esforço para
relacionar nossas boas obras a favor dessas categorias de pessoas citadas no
evangelho, justificando assim a nossa pertença ao primeiro grupo. Uma postura
dessa ordem é a mais pura hipocrisia.
A verdade é que, ora somos
do primeiro grupo, ora do segundo, senão vejamos...Quando vivemos a Fé que
celebramos, e testemunhamos o evangelho, reconhecemos o Cristo no outro,
principalmente nos mais carentes, ás vezes eles estão bem ao nosso lado, na
família e na comunidade. Ninguém precisa sair procurando em lugares distantes,
pois, senão vemos Cristo em quem está ao nosso lado, naqueles que estão longe,
muito menos...
O ensinamento corrige a
mentalidade Judaica, de que a Salvação era apenas para os Justos que tinham uma
conduta irrepreensível no ambiente religioso, neles, e somente neles Deus
estava presente, porque eram dignos de ter essa presença. Serve também, de
alerta para todos nós que muitas vezes queremos restringir o Sagrado ao
ambiente religioso de nossas igrejas e nos esquecemos de que Ele está
primeiramente nas pessoas com quem nos relacionamos, principalmente nos
pequenos, que manifestam alguma carência.
Portanto, ao andarmos por
aí, no trânsito, no ônibus, no trabalho, na escola, na família, enfim, onde
estivermos, sejamos capazes de perceber essa presença na Vida Humana, e o
segredo para tanto é olhar para as pessoas e os acontecimentos, com os olhos de
Deus. Caso contrário, o nosso encontro definitivo com Deus, nos trará uma
surpresa não muito desagradável, arrogantes iremos até querer retrucar “Mas
Senhor, eu não saia da Igreja, minha vida era a pastoral ou o movimento, tinha
esse ou aquele ministério, fui ministro, catequista, padre, Bispo, Diácono”.
Não adianta...iremos dar com o “nariz na porta do céu” e ouviremos as palavras
aterradoras “Afastai-vos de mim...”
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