11 DE NOVEMBRO
Mt 18,12-14
Deus não deseja que se perca nenhum
desses pequeninos.
Esta parábola da ovelha perdida é um
forte apelo de Jesus a irmos atrás dos nossos irmãos e irmãs que erram ou se
afastam da Comunidade.
“Se um homem tem cem ovelhas, e uma
delas se perde, não deixa ele as noventa e nove na montanha, para procurar
aquela que se perdeu?” Em outras palavras, nós, que somos tão zelosos com os
nossos bens, procurando recuperar o que perdemos, por que não sermos igualmente
zelosos com os nossos irmãos e irmãs que se desviam do caminho de Deus?
Há pessoas tão ciosas de seus bens,
que brigam, às vezes até matam, por causa de uma pequena quantia. Mas não tem o
mesmo zelo com o próximo. Como aquela esposa que brigava com o marido, porque
ele entrava em casa com os pés sujos. Ela colocava o piso da sua casa acima do
esposo.
Como nós valorizamos as coisas
materiais, Deus valoriza as pessoas humanas; e pede a nossa conversão, a fim de
sermos iguais a ele.
Jesus passou a vida dedicando-se às
pessoas, não aos bens materiais. Os habitantes de Jericó viravam as costas para
Zaqueu, porque ele era pecador. Jesus fez o contrário: deu preferência a
Zaqueu. Ele quis dar ao céu a alegria de ver um pecador se convertendo.
O povo expulsava de casa as
prostitutas; Jesus procurava as prostitutas, a fim de convertê-las. Ele ia para
o meio dos cobradores de impostos, tentando trazê-los de volta à obediência à
Lei de Deus. Na cruz, teve a alegria de salvar o bom ladrão que esta ao seu
lado. Depois da ressurreição, disse: “Como o Pai me enviou, eu vos envio”.
Que bom se nós rompêssemos com os
preconceitos, saíssemos de casa e fôssemos atrás das ovelhas perdidas! Quando
dermos o primeiro passo fora da soleira da nossa porta, Deus Pai vem e nos
mostra em detalhes o que devemos fazer.
Deus abraça os pecadores, mesmo que
estejam enlameados, como a mulher adúltera. Por termos certeza de que nós
também somos abraçados por ele. Nós nos alegramos por Deus ser assim, e ao
mesmo tempo sentimos o desejo de ser iguais a ele.
É importante termos o mesmo coração
de Deus em relação aos que vivem afastados. A nossa Comunidade cristã precisa
seguir os passos de Jesus e sair pelas estradas, ruas e becos, a procura das
ovelhas perdidas.
Certa vez, um padre queria visitar um
garoto que escreveu para o Seminário, manifestando o desejo de ser padre. A
cidade era distante e o padre não a conhecia. Quando chegou à cidade, pediu, no
centro, informação de como chegar àquele bairro.
Todas as pessoas diziam ao padre:
“Não vá lá; é perigoso, só tem bandidos. Vão depenar o senhor e o seu carro”.
O padre não deu ouvidos e foi. Quando
entrou no bairro, ficou impressionado com as vielas estreitas, esgoto misturado
com lixo exalando mau cheiro e barracos amontoados dos dois lados.
Parou em frente a um bar e perguntou
aos que estavam ali, pelo endereço. A disponibilidade em informar foi tão grande
que as crianças foram correndo na frente do carro, até a casa do jovem.
A família recebeu o padre na maior
alegria, convidando-o para o jantar.
É até de se perguntar: Onde estão os
verdadeiros bandidos, no centro daquela cidade, ou naquela favela?
Maria Santíssima era uma mulher
dinâmica, corajosa e lutadora para ver todos e todas no Reino do seu Filho. Que
ela nos ajude a sairmos sempre a procura das ovelhas perdidas.
Deus não deseja que se perca nenhum
desses pequeninos.
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