quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

“A mensagem de João Batista” - Claudinei M. Oliveira.




Domingo, 16  Dezembro  de 2012.
Evangelho: Lc 3,10-18

            Neste terceiro domingo do Advento procuraremos invocar a Santíssima Trindade para nos proteger do mal e de todas as coisas que podem afastar-nos do Pai Celestial. Somente a Fé e a crença no Cristo Ressuscitado nos motiva para continuar na luta pela igualdade de todos os homens.
            Alegremo-nos na certeza de que Jesus está em nosso meio  e quer nosso bem. Esta alegria espiritual faz-nos co-participe da mensagem de mudança de vida pregado por João Batista. Assim, devemos assumir o batismo que recebemos, colocando a serviço do Reino.
            João Batista batiza as pessoas para a conversão dos pecados. Era um batismo comprometido com a mudança radical de vida. Tanto que muitos que chegavam para receber das mãos de João o batismo, pedia um conselho, ou seja, perguntavam o que deveria fazer.
            João respondia com toda certeza para que a mudança de vida acontecesse: se vós tiverdes duas túnicas, dê uma a seu irmão necessitado; se vós tiverdes comida sobrando, dê a quem tem fome; se recebe um salário pelo serviço, nada de cobrar acréscimo para ficar com uma parte. Veja que são medidas importantíssimas para seu tempo. As pessoas têm que aprender a dividir com o outro o excedente. Assim, o acúmulo de bens materiais não torna o cristão convicto para receber o Messias.
            Estamos perto do Natal do Senhor. Devemos celebrar honramente este dia. Jesus está nascendo mais uma vez para o homem. A nossa esperança e nossa alegria que Jesus nasce nas casas de todos, mas especialmente nas casas daqueles que não acreditam no seu milagre e no seu amor. Ao nascer nas casas daqueles que ainda não encontraram o Menino Deus encha com sua ternura e alegria eternamente.  
            Muitos homens acreditam no poder econômico e no luxo desvairados; eles colocam o bem-estar individual na frente como capricho da vida. Neste caso, acabam endurecendo o coração e se fechando para o outro. Não partilham os bens e nem as alegrias. E para mostrarem seu engodo aprisionam-se em ilhas fantasiadas pela imaginação de que não precisam de ninguém.
            Por que não partilhar? Por que não ir ao encontro do outro necessitado? Por que não acolher os irmãos que tanto precisam de ajuda? Por que não ser solidário com o outro? Por que não fazer a alegria daqueles que vivem tristes? São muitas indagações, porém quase nenhuma resposta.
            Somos assim porque fomos educados pelo sistema econômico e político a ser individualista, pela pedagogia do poder e pela astúcia da convicção de que não precisamos do outro, ou seja, cada um cuide de sua vida que da minha vida cuido eu.  Infelizmente ainda hoje não compreendemos a essência da palavra reta. Até que lemos passagens bíblicas de ações singulares e de  profetas que doaram suas vidas em favor do bem e dos pequenos, mas não faz sentido para nossa vida. Somos céticos, somos cegos e mudos; não queremos entender a realidade bonita e bela  por nosso egoísmo, somente para não nos comprometermos.
            Quando os cobradores de impostos perguntaram para João Batista o que deveria fazer, ele respondeu: “não cobreis mais do que foi estabelecido”. Nesta pequena frase pondera-se a justiça, ou seja, nada de cobrar além do necessário. O cobrador deve ser justo com sua tarefa de fazer somente aquilo que deve ser feito. Agora, hoje parece não cumpri aquilo que foi determinado. O homem tem uma voracidade insaciável pelo dinheiro  que encontra meios de ludibriar as pessoas e cobra-se mais do necessário. De certo modo não importa se a pessoa tem condições ou não de arcar com as despesas,  os olho enxergam  somente aquilo que lhe interessa. No final de tudo, os pequenos são lesados pela ganância de uns poucos por privilegiar de status e poder.
            Contudo, caros irmãos, a mensagem de João Batista transcende o estado físico das coisas e penetra no estado do coração e da compaixão. O homem feito imagem e semelhança do Criador têm a obrigação de cumprir seus deveres justos, olhar para a realidade a sua volta e ser caridoso e comprometido com a situação de bem de todos.  Tanto que muitos pensavam que João Batista era o Messias, isto se deve pelas suas ações de misericórdia e pelo seu comprometimento.
            João Batista pregava a vinda do Messias. Para que não tivesse surpresa convidava as pessoas para a mudança de vida através do batismo. Porém, ele mesmo dizia que chegaria um dia, alguém muito especial batizaria, não tão somente com a água, mas também com o fogo do espírito Santo. Este seria o verdadeiro Messias que não seria digno de desamarrar a correia de suas sandálias. João Batista reconhecia que Jesus era o líder certo para encaminhar retamente todos os homens da face da terra.
            De uma coisa devemos estar certo de que Jesus nos ama e está em nosso meio. Somente a fé pode comprovar esse feitio de sua Graça. João Batista acreditou e proclamou sua vinda gloriosa na certeza de que um novo mundo seria construído para todos. Tanto que na profecia de Sofonias pede a exaltação do Senhor com muita alegria: “Cantai de alegria, cidade de Sião; rejubile povo de Israel! Alegra-te e exulta de todo o coração, cidade de Jerusalém (...). O rei de Israel é o Senhor, ele está no meio de ti, nunca mais temerás o mal”.
            O Senhor faz bem para todos os homens que crêem. Ele dá sua proteção gratuita somente para ver o povo feliz. Foi bem isto que João Batista pregou e desejou para seus amigos, desejava a felicidade, a alegria e a paz. Por isso devemos cantar sempre a presença do Senhor para encher de sua notoriedade fraternal.
            Enfim, a mensagem de João Batista nos motiva para buscar a alegria e esta alegria está no Menino Deus que irá nascer em nossos corações. Porém, não devemos fechar as portas para que Ele penetre com audácia. Ele deve estar presente sempre em nossas vidas para podermos alcançar o desejo de Nosso Pai que consiste em vida abundante e na salvação.
            Desejo a todos um bom domingo cheio de alegria e festas e muita paz. Amém!
            Claudinei M. Oliveira

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