terça-feira, 13 de novembro de 2012

“Jesus de Nazaré”- Claudinei M. Oliveira.




Terça-feira, 01 de Maio de 2012.
Evangelho: Mt  13, 54-58

            No Evangelho de hoje volta à reflexão de Jesus em Nazaré, lugar em que nasceu, cresceu e vivenciou todas as angústias do povo trabalhador. Em Nazaré Jesus despertou para o trabalho missionário da libertação, sua família e seu povo trabalhavam muito, suavam para trazer os poucos sustento, assim padeciam na miséria e no esquecimento da cidade grande.
            Jesus deixou seus familiares para divulgar para outras famílias a necessidade de lutar para sair da situação de penúria. Não poderia continuar trabalhando exaustivamente para sustentar parasitas que subtraiam dos pobres seus esforços. Os pequenos economicamente, os explorados e expropriados deveriam abrir os olhos para novas realidades com objetivo de fazer ruptura com o sistema opressor.  Jesus foi um lutador.
            Enquanto os conterrâneos de Jesus continuavam sendo consumido pelo sistema gananciosos Jesus saiu em campanha  por toda a região da Palestina. Conheceu a cidade grande de Jerusalém e dialogou com os espertalhões de igual por igual. Nestes diálogos surpreendiam todos com bons discursos e  boas ações. Cada dia que se passava Jesus aprendia mais e também ensinava. Conclamava o povo para mudar de situação, buscar novas alternativas com intuito de livrar-se do abuso. Ele queria que os seus irmãos aprendessem a amar com mais dignidade o outro e aprendessem, também, a respeitar a integralidade do outro.
            Ao voltar para sua terra natal foi surpreendido com os moradores, seus irmãos e amigos.  Enquanto não sabendo de que tratava de um menino crescido e inteligente de Nazaré, todos batiam palmas pelas palavras sabias. Ele pregava na Sinagoga com autoridade e todos ouviam com atenção. Mas, de repente, alguém salientou que aquele moço era Jesus, filho de um trabalhador que morava ainda na redondeza e sua mãe era a trabalhadora Maria, aquela mulher que teve que fugir das autoridades para não retirar seu filho, todos muito pobres. Logo tudo que Jesus falava não tinha mais validade para aquela assembléia. Foi convidado a sair da Sinagoga e da cidade, pois um menino pobre, de família pobre, não poderia pregar tão lindamente para eles. Jesus então afirmou para todos: “um profeta só não é estimado em sua própria pátria e em sua família”.
            Que pena do povoado de Nazaré que desperdiçou oportunidade de ver  o filho da terra fazendo milagres e também possibilitando a libertação. Tanto que Jesus não chegou fazer milagres em Nazaré. O povo preferiu continuar na pobreza e na desgraça por comodismo e por não acreditar no seu próprio irmão. Não valorizou a carne de sua carne para o bem de sua cidade e de seu povo.
            Hoje, primeiro de Maio, comemora-se o dia de trabalhador. Quantos trabalhadores  labutam para ver seus filhos crescerem com dignidade, trabalham em situações desagradáveis, dão a vida no serviço, às vezes, não são nem reconhecidos. Estes trabalhadores constroem famílias e seus  filhos formam-se, mas são desprezados por muitos por ter na origem a pobreza. Quantas injustiças, quantas infâmias, quantas falta de respeito. Olham que muitos filhos de pobres são obrigados a buscar dignidade longe de sua terra natal para fugir do mal agouro de seus conterrâneos. Isto mostra o quanto não conhecem o amor de Jesus e nem sua justiça.
            Enfim, em  Nazaré o Filho do Homem foi convidado a retirar-se da cidade porque todos duvidaram da sua fala do bem, hoje muitos são convidados a buscar a sobrevivência longe de sua terra natal para dar dignidade para sua família, mesmo sendo explorado e martirizado no serviço. Tenhamos fé e acreditamos na força da Palavra de Jesus. Amém.
Claudinei M. Oliveira

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