Terça-feira, 01 de Maio de 2012.
Evangelho: Mt 13, 54-58
No
Evangelho de hoje volta à reflexão de Jesus em Nazaré, lugar em que nasceu,
cresceu e vivenciou todas as angústias do povo trabalhador. Em Nazaré Jesus
despertou para o trabalho missionário da libertação, sua família e seu povo
trabalhavam muito, suavam para trazer os poucos sustento, assim padeciam na
miséria e no esquecimento da cidade grande.
Jesus
deixou seus familiares para divulgar para outras famílias a necessidade de
lutar para sair da situação de penúria. Não poderia continuar trabalhando
exaustivamente para sustentar parasitas que subtraiam dos pobres seus esforços.
Os pequenos economicamente, os explorados e expropriados deveriam abrir os
olhos para novas realidades com objetivo de fazer ruptura com o sistema
opressor. Jesus foi um lutador.
Enquanto os conterrâneos de Jesus continuavam sendo consumido pelo sistema
gananciosos Jesus saiu em campanha por toda a região da Palestina.
Conheceu a cidade grande de Jerusalém e dialogou com os espertalhões de igual
por igual. Nestes diálogos surpreendiam todos com bons discursos e boas
ações. Cada dia que se passava Jesus aprendia mais e também ensinava.
Conclamava o povo para mudar de situação, buscar novas alternativas com intuito
de livrar-se do abuso. Ele queria que os seus irmãos aprendessem a amar com
mais dignidade o outro e aprendessem, também, a respeitar a integralidade do
outro.
Ao
voltar para sua terra natal foi surpreendido com os moradores, seus irmãos e
amigos. Enquanto não sabendo de que tratava de um menino crescido e
inteligente de Nazaré, todos batiam palmas pelas palavras sabias. Ele pregava
na Sinagoga com autoridade e todos ouviam com atenção. Mas, de repente, alguém
salientou que aquele moço era Jesus, filho de um trabalhador que morava ainda
na redondeza e sua mãe era a trabalhadora Maria, aquela mulher que teve que
fugir das autoridades para não retirar seu filho, todos muito pobres. Logo tudo
que Jesus falava não tinha mais validade para aquela assembléia. Foi convidado
a sair da Sinagoga e da cidade, pois um menino pobre, de família pobre, não
poderia pregar tão lindamente para eles. Jesus então afirmou para todos: “um
profeta só não é estimado em sua própria pátria e em sua família”.
Que
pena do povoado de Nazaré que desperdiçou oportunidade de ver o filho da
terra fazendo milagres e também possibilitando a libertação. Tanto que Jesus
não chegou fazer milagres em Nazaré. O povo preferiu continuar na pobreza e na
desgraça por comodismo e por não acreditar no seu próprio irmão. Não valorizou
a carne de sua carne para o bem de sua cidade e de seu povo.
Hoje,
primeiro de Maio, comemora-se o dia de trabalhador. Quantos trabalhadores
labutam para ver seus filhos crescerem com dignidade, trabalham em
situações desagradáveis, dão a vida no serviço, às vezes, não são nem
reconhecidos. Estes trabalhadores constroem famílias e seus filhos
formam-se, mas são desprezados por muitos por ter na origem a pobreza. Quantas
injustiças, quantas infâmias, quantas falta de respeito. Olham que muitos
filhos de pobres são obrigados a buscar dignidade longe de sua terra natal para
fugir do mal agouro de seus conterrâneos. Isto mostra o quanto não conhecem o
amor de Jesus e nem sua justiça.
Enfim, em Nazaré o Filho do Homem foi convidado a retirar-se da cidade
porque todos duvidaram da sua fala do bem, hoje muitos são convidados a buscar
a sobrevivência longe de sua terra natal para dar dignidade para sua família,
mesmo sendo explorado e martirizado no serviço. Tenhamos fé e acreditamos na
força da Palavra de Jesus. Amém.
Claudinei M.
Oliveira
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