Bom dia!
Para nos localizarmos no contexto desse evangelho é
preciso ler os versículos abaixo
“(…) O povo veio a Moisés e disse-lhe: “Pecamos,
murmurando contra o Senhor e contra ti. Roga ao Senhor que afaste de nós essas
serpentes. Moisés intercedeu pelo povo, e o Senhor disse a Moisés: ‘Faze para
ti uma serpente ardente e mete-a sobre um poste. Todo o que for mordido,
olhando para ela, será salvo’. Moisés fez, pois, uma serpente de bronze,
e fixou-a sobre um poste. Se alguém era mordido por uma serpente e olhava para
a serpente de bronze, conservava a vida”. (Números 21, 7-9)
O povo andava pelo deserto murmurando contra Deus e
contra Moisés. Se observarmos friamente esse fato, é comum vê-lo ainda hoje.
Voltando… O povo estava muito perto de Canaã, mas
precisava passar pela terra de Edom, e como as cidades-estados tinham certa
autonomia, eles (Edomitas) não permitiram que o povo passasse por dentro do seu
território, restando assim dar uma volta imensa para chegar ao seu objetivo.
Somos assim também, ao ver um sonho tão próximo, um
desejo antigo que não se realiza por detalhes (…), ou como o povo de Israel,
tendo que “optar” por outro caminho; aceitar o insucesso. Situações como essas
tendem a nos fazer lamuriar, a questionar nossa fé, nosso empenho, (…)
Apresentamos então a Deus nossos frutos, nossas virtudes, nossa fidelidade,
questionando-O por não entender a dificuldade que estamos enfrentando mesmo
sendo fieis.
Como sabiamente diz uma irmã de caminhada “O
sofrimento revela o que há de mais egoísta em nós”.
Qual seria o máximo de penúria que alguém poderia
ser acometido? O que há de mais valioso que um bandido possa nos roubar? O que
a pior das moléstias pode me tirar? Sim! A vida. E foi justamente ela que Ele
deu na cruz! “(…) Porque Deus amou o mundo tanto, que deu o seu único Filho,
para que todo aquele que nele crer não morra, mas tenha a vida eterna”.
Jesus por vezes citou que aquele que se apegasse a
vida iria perdê-la. Será que posso chamar de apego todas as vezes que resolvo
caminhar sozinho, sem orientação e por conta própria?
O trajeto feito pelo povo aliado a desobediência os
levaram a uma região repleta de serpentes onde muitos vieram a falecer, mas
aqueles que se mantiveram firmes e firmavam seus olhos e sua segurança em Deus,
mesmo de longe saiam vencedores.
Conhecemos pessoas, amigos, parentes (e às vezes
nós mesmos) que, por vontade própria, resolveram caminhar por caminhos cheios
de perigos e incertezas. Não estou falando dos desafios naturais como a busca
de um emprego, uma nova situação, (…); pessoas por quem rezamos e nos pés do
Senhor colocamos sua sorte e seu destino; irmãos que o mundo talvez já tenha
dado por causa perdida, criaturas que já tiveram seu julgamento feito e
sentenciado por nós. Mas uma coisa eles talvez não saibam “(…) Pois Deus
mandou o seu Filho para salvar o mundo e não para julgá-lo”.
Jesus foi colocado onde todos pudessem Vê-lo a
distancia, e onde hoje Ele se encontra pode ser encontrado a qualquer
momento. Preciso me empenhar mais a levar a mensagem da Boa Nova a todo coração
com quem eu conviver, pois esteja ele aflito ou esperançoso, não conseguirá
fugir do seu olhar.
“(…) Para onde irei, longe de vosso Espírito? Para
onde fugir, apartado de vosso olhar? Se subir até os céus, ali estareis; se
descer à região dos mortos, lá vos encontrareis também. Se tomar as asas da
aurora, se me fixar nos confins do mar, é ainda vossa mão que lá me levará, e
vossa destra que me sustentará. Se eu dissesse: Pelo menos as trevas me
ocultarão, e a noite, como se fora luz, me há de envolver. As próprias trevas
não são escuras para vós, a noite vos é transparente como o dia e a escuridão,
clara como a luz”. (Salmo 138/139, 7-12)
Para se salvar era preciso olhar para serpente, mas
hoje para ver Jesus e sua salvação basta abrir o coração.
“(…) Todos os que crêem no Filho de Deus elevado
entre o céu e a terra, suspenso na cruz, recebem dele a vida eterna. A cruz,
instrumento de suplício e de maldição, torna-se, em Jesus Cristo, instrumento
de salvação para todas as pessoas. Por isso, somos convidados a nos associar à
cruz de Cristo. Quando falamos em união à cruz, logo pensamos em sofrimento,
mas devemos pensar em algo que é mais importante que o sofrimento: Jesus, no
alto da cruz, não era nada para si, mas todo para os outros, nos mostrando,
assim, que cruz significa não viver para nós mesmos, mas fazer da nossa vida um
serviço a Deus e aos irmãos e irmãs. A cruz só pode ser verdadeiramente
compreendida sob o horizonte do amor maior” (texto do site da CNBB)
Um imenso abraço fraterno
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