Bom dia!
Deus nos chama a sermos discípulos e emissários do
reino, mas que reflexão faço da minha evangelização? O quanto nós católicos nos
imbuímos dessa missão?
Não vou falar das outras religiões, mas sim das
pessoas que perdemos de vista, muitas vezes por nossa fraqueza (em argumentos,
atitudes e gestos) em transmitir a mensagem da Boa Nova. Se Jesus enviou o
seus, com toda confiança e autoridade até as pessoas, por que essa confiança
esfriou? O que precisa ser revisto?
Recentemente Bento XVI em um discurso aos Bispos da
Regional Nordeste 3, mas creio que sirva para todos nós, fala dessas “percas”
como um processo provocado pelas alternativas no mundo, mas que fora aumentado
talvez pela a nossa falta de tato e de leitura de mundo.
“(…) os batizados não suficientemente evangelizados
são facilmente influenciáveis, pois possuem uma fé fragilizada e muitas vezes
baseada num devocionismo ingênuo, embora, como disse, conservem uma
religiosidade inata. Diante deste quadro emerge, por um lado, a clara
necessidade que a Igreja católica no Brasil se empenhe NUMA NOVA EVANGELIZAÇÃO
QUE NÃO POUPE ESFORÇOS NA BUSCA DE CATÓLICOS AFASTADOS BEM COMO DAQUELAS
PESSOAS QUE POUCO OU NADA CONHECEM SOBRE A MENSAGEM EVANGÉLICA, CONDUZINDO-OS A
UM ENCONTRO PESSOAL COM JESUS CRISTO, VIVO E OPERANTE NA SUA IGREJA”. (Bento
XVI)
Esse trecho me faz pensar se é mesmo necessário
brigar com a equipe de liturgia, com os cantores, com os leitores, que apesar
de todo cuidado, algo ter saído dos “conformes” na missa; fico a pensar se o
discurso ou homilia ou reflexão focada na política, nas broncas, nas duras
palavras tem sentido se apenas dez por cento da mensagem falada é absorvida;
fico a pensar se ser igreja é esperar que o cristão venha para nossos grupo,
pastoral ou movimento omitindo-se de “enxergá-lo quando não pertence “aos
meus”?
Sim! Precisamos rever nossas práticas na prática.
“(…) E o proprietário admirou a astúcia do
administrador, porque os filhos deste mundo são mais prudentes do que os filhos
da luz no trato com seus semelhantes”. (Lucas 16, 8)
A igreja, que somos nós, não precisa se adequar as
pessoas por completo, pois seria impossível se ajustar a tantos quereres e
individualidades, mas precisa focar no que é importante. Preciso deixar para
trás o que não edifica, pois nessa jornada o que precisamos é APENAS levar a
mensagem. “(…) Nesta viagem não levem nada: nem bengala para se apoiar, nem
sacola, nem comida, nem dinheiro, nem mesmo uma túnica a mais. Quando vocês
entrarem numa cidade, fiquem na casa em que forem recebidos até irem embora
daquele lugar”.
Ainda haverão exortações, palavras pesadas e cheias
de verdade (é muito importante que nunca deixem de existir), mas parece que aos
poucos a figura do cristão, seja ele sacerdote, bispo, catequista, (…) que
“desce o reio” mas não sabe também acolher tem seus dias contados.
Sua Santidade diz uma grande verdade sobre nossa fé
ser basicamente devocional, característica de um povo que quer ouvir a voz de
um pastor e não um guerreiro.
Ter muito o que caminhar e a missão apenas começou.
“(…) Os discípulos então saíram de viagem e andaram por todos os povoados,
anunciando o evangelho e curando doentes por toda parte”.
Um imenso abraço fraterno
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