XVIII DOMINGO DO TEMPO COMUM
Dia 5 de Agosto de 2012
Evangelho de Jo 6, 24-35
Estamos no mês de agosto, o mês vocacional, um tempo forte que nos
convida à reflexão.
É importante descobrirmos qual é o nosso compromisso com a Igreja e com
a sociedade. Não nascemos com tudo pronto, precisamos trabalhar assumir as
nossas responsabilidades, temos uma missão a cumprir e esta missão parte do
nosso compromisso primeiro: o compromisso com a vida!
Só descobrimos o verdadeiro sentido da vida, quando exercemos bem a
nossa vocação.
Vocação é um caminho de felicidade e de santidade, é chamado e
resposta, é uma semente divina ligada a um “sim” humano!
Muitos querem ter certeza do poder de
Jesus, para depois confiar Nele, querem sinais, mas nunca terão, pois a manifestação
do amor de Deus, através de Jesus, só acontece pelos caminhos da fé. A fé é um
dom gratuito de Deus e esse dom, já é um sinal do seu amor por nós!
Quem abraça a fé, não caminha sem rumo,
não se deixa levar pelos caminhos incertos.
Confiar em Jesus é a nossa maior
riqueza, Ele é o sinal por excelência do amor do Pai. Ligados a Ele,
encontraremos meios capazes de transformar qualquer realidade contrária a
vida.
Estar ligado a Jesus é aderir ao projeto
do Pai, é entrar na dinâmica do Reino, ciente dos nossos compromissos.
A plenitude do nosso ser, não vem de cima, nasce de dentro, pois requer
de nós, uma colaboração pessoal, um amor que podemos traduzir como partilha. A
vida partilhada se converge em mais vida para todos, aí está o milagre da
partilha!
No evangelho de hoje, vemos que uma multidão estava a procurava de
Jesus, não porque visse Nele, o Filho de Deus, o mestre que lhes ensinaria o
caminho da felicidade e sim, um líder que fosse resolver todos os seus
problemas, o que eles queriam, era beneficiar-se dos poderes de
Jesus sem nenhum esforço.
Antes da multiplicação dos pães, esta mesma multidão, buscava Jesus como
um libertador, depositando Nele a sua única fonte de esperança. Depois da
partilha do pão, a história tomou outro rumo, aquela mesma multidão
passou a buscar Jesus como um líder milagreiro, capaz de
resolver tudo sozinho, uma atitude que vai ao contrário à proposta de
Jesus.
A profundidade do sinal realizado por Jesus, na multiplicação dos pães,
está em conscientizar o povo, de que a solução para suas necessidades estava
com eles mesmos, ou seja, eles mesmos poderiam encontrar os meios de resolver
aquele problema, que era de todos: a fome, bastava que eles abrissem o coração
ao amor solidário, o amor que leva a partilha. O milagre foi realizado
por Jesus, mas o instrumento foi o povo, simbolizado naquele menino que doou o
pouco que tinha; 5 pães e dois peixes, o que vem nos dizer, que Jesus não quer
agir sozinho, Ele quer agir no mundo, através de nós. O episódio nos fala também,
da força que podemos ter, quando nós, (povo), nos organizamos
dentro do espírito da partilha.
Para a tristeza de Jesus, aquela multidão ficou só no milagre, não foi
capaz de entender a profundidade daquele sinal, sinal, que apontava para uma
realidade bem maior do que o próprio milagre: a partilha dos bens da criação,
direito de todos.
“Vocês
estão me procurando não porque viram os sinais, mas porque comeram dos pães e
ficaram satisfeitos”. De libertador, Jesus passa a ser visto como alguém que
mata a fome física, o que não condiz com o evangelho, pois Deus, não
enviou o seu Filho ao mundo, com a finalidade de resolver os nossos problemas e
nem para realizar milagres, Jesus veio para nos ensinar, Ele quer que
caminhemos com nossas próprias pernas, o que precisamos buscar Nele, é a força
o discernimento para enfrentarmos todas as adversidades da vida.
Trabalhar
pelo Pão que não perece é pautar a vida no exemplo de Jesus!
Jesus é o pão para vida de todos, Ele é amor que se doa,
acheguemos a Ele, não para nos preencher a nos mesmos, mas para doar e
para amar.
Deus se faz pão em Jesus, Ele é o pão descido do céu, agora não
precisamos pedir deste pão, pois Ele é o pão presente no meio de nós, crendo
Nele, participamos dessa unidade e comunhão de amor.
FIQUE NA PAZ DE JESUS! - Olívia
Que o Espírito de Deus possa sempre te iluminar. Belissíma reflexão.
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