Bom dia!
O que eu imaginaria
ou faria, na posição de Pedro, ao ouvir a estranha história de lançar o anzol,
e na boca do primeiro peixe estaria uma moeda? Voltarei nesse pergunta mais
para frente.
“(…) Quem paga
impostos e taxas aos reis deste mundo? São os cidadãos do país ou são os
estrangeiros”?
Nesse mundo em que
vivemos somos também considerados estrangeiros, pois ter fé, esperança e amor
ao próximo parecem nos rotular como tal. Tais “atributos” ou particularidades
são vistos por muitos como empecilhos a existência do hedonismo e do banalísmo,
“reis” empossados dos nossos dias.
Jesus e Pedro
passavam pela região. Não incomodavam, não atrapalhavam, não causavam tumultos
ou sequer perturbavam a ordem. Nada faziam para que sua conduta os desabonasse,
mas por que então a sua presença incomodava os cobradores ao ponto de indagar a
Pedro sobre os impostos? Pessoas de fé e sólidas em suas convicções cristãs
também são e serão sempre questionadas.
Quantos pais
conheço que se sentem “profundamente incomodados” ao ver seus filhos
participando de um grupo de jovens na igreja? Quantos colegas ainda hoje se
empenham a nos fazer mudar de pensamento quando trocamos um dia na semana para
agradecer a Deus inseridos numa pastoral, movimento da igreja ou da missa?
Quantos programas de TV se empenham em tentar transformar nosso jeito de viver
em “coisas de gente” quadrada, retrógrada, que parou no tempo?
Como é duro
reconhecer que por vezes, os maiores opositores a uma vida diferente estão em
nossas casas ou em meio aos nossos amigos? Bem da verdade creio que eles não
queiram nosso mal, mas cada um deve ser respeitado pela escolha que fez sendo
assim errado também quando impomos nosso jeito “diferente” de ser aos outros
sem respeitar o livre arbítrio deles, ou seja, sua liberdade termina onde
começa a do outro.
Apesar de todo esse
relato, não há o que temer ou criar motivos para brigar. “(…) Isso quer dizer
que os cidadãos não precisam pagar. Mas nós não queremos ofender essa gente”.
Muitos filhos,
esposas, maridos, (…) ao tomar um caminho, seja ele qual for, passam a gerar em
suas casas um local de guerra ao invés de um antro de paz. A diferença de
opinião ou de sentimento religioso acaba pondo fogo num lugar tão inflamável: o
sentimento humano de estar sempre certo.
“(…) Sereis por
minha causa levados diante dos governadores e dos reis: servireis assim de
testemunho para eles e para os pagãos. Quando fordes presos, não vos preocupeis
nem pela maneira com que haveis de falar, nem pelo que haveis de dizer: naquele
momento ser-vos-á inspirado o que haveis de dizer. Porque não sereis vós que
falareis, mas é o Espírito de vosso Pai que falará em vós. O irmão entregará
seu irmão à morte. O pai, seu filho. Os filhos levantar-se-ão contra seus pais
e os matarão. Sereis odiados de todos por causa de meu nome, mas aquele que
perseverar até o fim será salvo“. (Mateus 10, 18-22)
Gente que nunca
brigou passa a se digladiar; onde havia beijos e fotos, aos poucos são
substituídos por discussões banais e intermináveis que geralmente terminam com
frases do tipo “seu papa hóstia”, “sua beata”, “você não vai pro céu”. Nesse
momento então é prudente voltar na primeira frase da reflexão de hoje e
acreditar que dentro de um peixe encontrarei a solução que pague o meu imposto
e o seu.
Portanto, não
discuta! Pesque! Que minha fé encontre o peixe que salve a mim e ao meu irmão.
Não percamos tempo com discussões que não levarão a nada, pois as brigas
revelam apenas o quanto quero estar certo e desejo que tenho que o outro esteja
errado, mas de fato ambos estão equivocados quando optaram pela briga.
João um dia resumiu
“DEUS É AMOR”
Não duvide, não
questione, não duvide, apenas lance o anzol!
Um imenso abraço
fraterno!
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