Na verdade, não se tratava de
demônio, propriamente dito, o problema daquela mulher, mas sim, um grande
desvio na coluna vertebral, que a mantinha arqueada. É que no tempo
de Jesus, acreditava-se que quando a pessoa estava doente, ela estava possessa
de um demônio. E como Jesus respeitava a cultura daquele povo, Ele até falava
que ia expulsar o demônio. Em seguida, curava a pessoa. Mesma coisa com relação
à crença sobre os espíritos. O povo acreditava que não era o vento que
balançava as folhas das árvores, mais sim, os espíritos. Foi por isso que Jesus
respeitando aquela maneira de pensar das pessoas, assoprou sobre as
cabeças dos apóstolos e disse: "...recebam o Espírito
Santo...". E, também, quanto ao povo pensar que amamos e acreditamos
com o coração, pelo fato deste aumentar as batidas com o aumento das emoções.
Jesus, enquanto Deus, bem sabia que amamos e cremos com o cérebro, mas fazia
questão de falar a linguagem daquelas pessoas, se expressava também
como elas, e dizia, por exemplo, "... aqueles de corações
duros..." entre outras.
Cura
e hipocrisia. Já foram apresentados dois incidentes no sábado. A cura deste
sábado está inserida aqui como exemplo da cegueira hipócrita descritos por
Jesus. O chefe da sinagoga não vê o que está acontecendo bem diante de seus
olhos - a chegada do Reino na libertação dessa mulher enferma depois de 18 anos
de sofrimento. Está muito preso à letra da Lei para reconhecer seu espírito.
Os fariseus permitiam cuidar dos animais no sábado; por que negar a essa mulher
um dom extraordinário de Deus? A reação do chefe da sinagoga é previsível: em
vez de confrontar o fazedor de milagres, expressa sua ira no povo. O ato
produz divisão; o julgamento já está acontecendo.
Jesus
liberta aquela mulher não do demônio, mas dos seus dezoito anos de
sofrimento.
Vamos
pedir a Jesus com muita fé para que nos liberte dos nossos sofrimentos. Os
meus, os seus, cada um sabe onde o calo aperta todo dia. Cada um de nós tem os
nossos "demônios" que nos limitam, nos escravizam, nos
sucumbem de dor, de perturbação, de aborrecimento,
etc. Jesus pode até demorar para nos atender. Mas vamos
insistir. Cada vez com muito mais fé, rezemos até merecermos a grande graça
como aconteceu com aquela pobre mulher. A libertação do sofrimento.
Sal
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