Quinta-feira, 10 de Maio de 2012.
Evangelho: Jo 15, 9-11
A alegria plena estimulada por Jesus aos seus discípulos parte do amor
verdadeiro, pois aquele que ama o Filho do Homem, também ama o Pai celestial e,
neste amor ligado a partir das práticas das ações do bem comum, prescreve o
entendimento do mistério da salvação. Jesus prepara os seus discípulos para sua
partida, ele deixará o convívio terreno em pouco tempo, sua missão
evangelizadora alcançou a meta, então seu momento de ir ao encontro do Pai está
cada vez mais perto. Porém, deixará para seus amigos de luta o legado do amor,
nada pode ser maior do que o amor do irmão para com outro e, o exemplo do amor
incondicional para com o outro, foi demonstrado na pessoa de Jesus.
Mas como Jesus demonstrou o amor aos irmãos? Jesus demonstrou o amor aos seus
irmãos na prática diária da cura, nos milagres, na doação de sua vida, na
entrega de corpo e alma para solucionar o problema do abandono, do pobre,
do caído e de todos os marginalizados. Jesus caminhou, pernoitou e
alimentou junto com aqueles que a sociedade rejeitava; enfim, Jesus teve
compaixão dos miseráveis, queria uma vida digna e feliz, não se contentava com
o descaso de tantos irmãos.
Para os discípulos a missão não poderia terminar. Com a partida de Jesus a luta
pela libertação do povo deveria ser alçada intensamente, tudo aquilo que Jesus
proferiu, meditou e lançou em palavras e ações deveriam ser colocadas em
prática por eles. Jamais poderiam acovardar-se diante do Filho do Homem. A
justiça e a eficácia de uma sociedade justa e fraterna contornava o meandro do
objetivo acionário dos discípulos. Assim, os ensinamentos não deveriam
permanecer em vão. Todos deveriam compreender de que o maior ensinamento de
Jesus era a prática do amor.
Talvez esta pequena palavra ainda não fosse compreendida na essência pela
sociedade moderna. São tantas aberrações que acontecem no meio social que a
palavra amor fica sempre esquecida. Veja os conflitos familiares, filhos não
respeitam seus pais, dão direcionamentos para seus genitores, subtraem recursos
financeiros ou bens para saldar dívidas com o encardido das drogas; casais que
lutam nos tribunais por agressões físicas, maltratos; mães que abandonam
recém-nascidos; crianças abandonadas nas ruas da amargura; idosos jogados nos
asilos; doentes a espera de um atendimento que nunca aparece; grupos de
extremistas que saem às ruas para matar o diferente (negro, prostituta,
homossexual, nordestino, índio, indigente); pergunta-se: cadê o amor destas
pessoas? Será que conhecem a palavra amor? Será que já foram amados? Qual nosso
papel diante desta ausência do amor? Assistir de camarote e/ou aplaudir os maus
feitos?
Caros amigos, falta muita coisa para nosso povo viver na paz de Cristo, e uma
máxima que deveria aprender logo será esta: “como meu Pai me
amou, assim também eu vos amei”. Portanto, o amor vivido na totalidade
por Jesus deve ser a pauta das ações e mostrar para toda a sociedade que
o amor é a melhor opção da boa convivência para alcançar o perdão
de Deus e a salvação eterna.
Amar o irmão é entregar-se no conjunto, não ficar colocando defeito na pessoa
ou tentando encontrar justificativas levianas; amar é dispor de todo agrado
pautado na vida de Jesus. Enfim, se quer o amor do outro, experimente amar
primeiramente seu irmão. Amém!
Claudinei M.
Oliveira.
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