Quinta-feira, Dia 02 de Agosto
Mt 13,47-53
Recolhem os peixes
bons em cestos e jogam fora os que não prestam.
Este Evangelho nos
traz a parábola da rede lançada ao mar. A rede é a Santa Igreja que, em seu
trabalho missionário, atrai milhares de pessoas ao santo batismo. Entretanto,
muitos não obedecem aos mandamentos de Deus, por isso não pertencem ao Reino de
Deus e vão, aos poucos, abandonando a vida em Comunidade. São os peixes que não
prestam que Deus Pai joga fora.
“Recolhem os peixes
bons em cestos.” Para que sejamos peixes bons, precisamos ler ou ouvir a
Palavra de Deus com o coração aberto, colocando em prática, com generosidade,
aquilo que aprendemos. A oração é prática fundamental para sermos bons filhos e
filhas de Deus.
Nós temos esperança
de sermos peixes bons, e assim não sermos “jogados fora”. Temos esperança, não
certeza. No mundo, estamos misturados, maus e bons. Precisamos, além do esforço
contínuo de conversão, ser sal, luz e fermento na massa, inclusive dentro da
nossa família e da nossa Comunidade cristã.
“Todo mestre da
Lei, que se torna discípulo..., é como um pai de família que tira do seu
tesouro coisas novas e velhas.” Os mestres da Lei correspondem aos nossos
catequistas. Eles tinham toda uma bagagem de sabedoria e de experiências
colhidas do Antigo Testamento. Aqueles que se tornavam discípulos de Jesus
ajuntavam as coisas novas que aprendiam de Jesus com as coisas velhas que já
sabiam e faziam uma síntese, o que os tornava verdadeiros sábios.
Também nós vamos
somar as nossas experiências do passado com as de hoje, visando a nossa
santificação. Precisamos estar sempre abertos ao novo, mas sem jogar fora a
sabedoria antiga. A nossa fé é viva e dinâmica; estamos sempre revendo,
abandonando o que ficou caduco e dando um passo à frente. Dos mais velhos, nós
aprendemos a riqueza da sabedoria acumulada por seus longos anos de vida; e dos
mais novos, aprendemos as novas conquistas do mundo moderno.
“Os anjos virão
para separar os homens maus dos que são justos, e lançando os maus na fornalha
de fogo.” Aqui na terra, os maus e os bons estão misturados, mas não lá no céu.
Haverá uma seleção rigorosa, que chamamos de juízo final. Nós pedimos a Deus
que, nessa seleção, nós fiquemos do lado dos justos.
Havia, certa vez,
um senhor que todos os dias, quando voltava do trabalho à tarde, antes de
entrar na sua casa dirigia-se a uma árvore que havia na frente da casa e tocava
nela com as duas mãos. Depois entrava. Um dia, ele veio com um amigo, que era
colega de serviço, e, quase sem perceber, fez aquele gesto. Foi até a árvore,
encostou as duas mãos nela, ficou um tempinho em silêncio, depois voltou e os
dois entraram na casa. No dia seguinte, o amigo lhe perguntou por que ele havia
feito aquilo. Ele explicou: “É que, no serviço, eu fico nervoso, tenso e não
quero passar isso para a minha esposa e meus filhos. Com esse gesto, eu
descarrego minhas tensões na árvore e entro em casa bem calmo”.
Na verdade, o que
aquele homem fazia era uma auto-sugestão. Mas é válida. Nós não podemos
descarregar nervosismos em quem não tem nada a ver com isso. Entretanto, muito
mais eficaz que tocar numa árvore é recorrer a Deus pela oração. E uma boa dica
é pedir o auxílio de Maria Santíssima. Se queremos ser peixes bons na rede do
Senhor, um jeito fácil e copiar de Maria o seu jeito de ser discípula fiel do
Senhor.
Maria Santíssima é
a Mãe e modelo da Igreja, a Rainha do Céu e da terra. Que ela nos ajude a
sermos peixes bons, a fim de que os anjos não nos excluam.
Recolhem os peixes
bons em cestos e jogam fora os que não prestam.
Padre Queiroz
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