quarta-feira, 30 de junho de 2021

os espíritos maus tentam nos acorrentar-Helena Serpa

 

30 DE JUNHO DE 2021

 

4ª. FEIRA DA DÉCIMA TERCEIRA SEMANA

 

DO TEMPO COMUM

 

Cor Verde

 

1ª Leitura - Gn 21,5.8-20

 

Leitura do Livro do Gênesis 21,5.8-20

5Abraão tinha cem anos quando lhe nasceu o filho Isaac. 8Entretanto, o menino cresceu e foi desmamado; e no dia em que o menino foi desmamado, Abraão deu um grande banquete. 9Sara, porém, viu o filho que a egípcia Agar dera a Abraão brincando com Isaac. 10E disse a Abraão: 'Manda embora essa escrava e seu filho,
pois o filho de uma escrava não pode ser herdeiro com o meu filho Isaac'. 11Abraão ficou muito desgostoso com isso, por se tratar de um filho seu.  12Mas Deus lhe disse: 'Não te aflijas por causa do menino e da tua escrava. Atende a tudo o que Sara te pedir, pois é por Isaac que uma descendência levará o teu nome. 13Mas do filho da escrava farei também um grande povo, por ele ser da tua raça'.
14Abraão levantou-se de manhã, tomou pão e um odre de água e os deu a Agar, colocando-os nos ombros dela: depois, entregou-lhe
o menino e despediu-a. Ela foi-se embora e andou vagueando pelo deserto de Bersabéia. 15Tendo acabado a água do odre, largou o menino debaixo de um arbusto, 16e foi sentar-se em frente dele,
à distância de um tiro de arco. Pois dizia consigo: 'Não quero ver o menino morrer'. Assim, ficou sentada defronte ao menino, e pôs-se a gritar e a chorar. 17Deus ouviu o grito do menino e o anjo de Deus chamou do céu a Agar, dizendo: 'Que tens Agar? Não tenhas medo, pois Deus ouviu a voz do menino do lugar em que está.
18Levanta-te, toma o menino e segura-o bem pela mão, porque farei dele um grande povo'. 19Deus abriu-lhe os olhos, e ela viu um poço de água. Foi então encher o odre e deu de beber ao menino.
20Deus estava com o menino, que cresceu e habitou no deserto.
tornando-se um jovem arqueiro. 21Morou no deserto de Farã,
e sua mãe escolheu para ele uma mulher no país do Egito.
Palavra do Senhor.

 

Reflexão - “Isaac, o filho da promessa”

Podemos ter a certeza de que a Palavra de Deus se cumpre fielmente na nossa vida e, por mais que tentemos mudar os Seus desígnios nós não o conseguiremos. Assim aconteceu em relação aos filhos de Abraão, Isaac e Ismael.  Isaac, filho de Sara, sua mulher, é o filho da promessa do Senhor. Ismael, filho de Agar, sua escrava, é o filho da ousadia de Sara que, não acreditando no juramento do Senhor de conceder a Abraão uma descendência numerosa, entregou a ele a sua escrava para que essa lhe desse um filho. Porém, como o Senhor havia dito, Isaac nasceu de Sara e era o filho privilegiado. Um dia aconteceu o que era inevitável: o ciúme e o despeito entre Sara e Agar fizeram com que a escrava fosse afastada juntamente com Ismael, o primeiro filho de Abraão. Deus, porém, não abandonou a escrava Agar e mandou um anjo segui-la pelo caminho prometendo a Ismael a recompensa de um povo numeroso, como narra a leitura. A aflição de Agar vagueando pelo deserto, chegou aos ouvidos do Senhor. Assim também acontece conosco quando nos sentimos abandonados (as), rejeitados (as) pela vida, sofrendo a consequência dos nossos erros ou mesmo do erro de outras pessoas que nos aconselham mal e influenciam as nossas más escolhas. O mesmo Deus que ouviu o clamor da escrava, na Sua infinita Misericórdia vem também em nosso socorro e não nos despreza quando gritamos a Ele e pedimos a Sua ajuda. Ele está sempre pronto para nos atender e nos mostra o “poço de água” no deserto da nossa vida para que não morramos de sede nem permaneçamos no erro. Jesus nos enviou o Seu Espírito Santo. Ele é o rio de água viva que precisamos para nos saciar e lavar as nossas impurezas e satisfazer a sede da nossa alma.   Alguma vez na sua vida você se sentiu abandonado (a) por Deus e pelas pessoas? – Qual é a sua reação diante do sofrimento: você se revolta ou clama por Deus? – Você espera alguma promessa de Deus para a sua vida? – Você confia que realmente vai acontecer como Ele prometeu? – Você tem clamado pelo Espírito de Deus?

 

Salmo - Sl 33,7-8. 10-11. 12-13 (R. 7a)

 

R. Este infeliz gritou a Deus, e foi ouvido.


7Este infeliz gritou a Deus, e foi ouvido, *
e o Senhor o libertou de toda angústia.
8O anjo do Senhor vem acampar *
ao redor dos que o temem, e os salva.R.

10Respeitai o Senhor Deus, seus santos todos, *
porque nada faltará aos que o temem.
11Os ricos empobrecem, passam fome, *
mas aos que buscam o Senhor não falta nada.R.

12Meus filhos, vinde agora e escutai-me: *
vou ensinar-vos o temor do Senhor Deus.
13Qual o homem que não ama sua vida, *
procurando ser feliz todos os dias?R.

 

Reflexão – A infelicidade significa para nós a ausência da graça de Deus, o nosso afastamento da Sua presença. O Senhor deseja sempre estar perto de nós e todas as vezes que nós O chamamos Ele se aproxima. O anjo do Senhor nos acompanha para nos salvar do precipício que muitas vezes nos atrai. O homem infeliz é temeroso e angustiado, mas a presença do Senhor liberta-o dos seus temores. Aos que buscam o Senhor não lhes falta nada, aqueles que não o temem, mesmo sendo ricos, passam fome. Todo homem ama a sua vida e procura a felicidade e ela consiste na vontade de Deus se realizando na sua vida todos os dias.

 

Evangelho - Mt 8,28-34

 

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus 8,28-34

Naquele tempo: 28Quando Jesus chegou à outra margem do lago,
na região dos gadarenos, vieram ao seu encontro dois homens possuídos pelo demônio, saindo dos túmulos. Eram tão violentos,
que ninguém podia passar por aquele caminho. 29Eles então gritaram: 'O que tens a ver conosco, Filho de Deus? Tu vieste aqui para nos atormentar antes do tempo?' 30Ora, a certa distância deles, estava pastando uma grande manada de porcos. 31Os demônios suplicavam-lhe: 'Se nos expulsas, manda-nos para a manada de porcos.' 32Jesus disse: 'Ide.' Os demônios saíram, e foram para os porcos. E logo toda a manada atirou-se monte abaixo para dentro do mar, afogando-se nas águas. 33Os homens que guardavam os porcos fugiram e, indo até à cidade, contaram tudo, inclusive o caso dos possuídos pelo demônio. 34Então a cidade toda saiu ao encontro de Jesus. Quando o viram,
pediram-lhe que se retirasse da região deles. Palavra da Salvação.

 

 

 Reflexão – “os espíritos maus tentam nos acorrentar”

“o que tens a ver conosco, Filho de Deus? Tu vieste aqui para nos atormentar antes do tempo?  Há ocasiões na nossa vida em que também agimos e falamos tal qual os dois homens da história narrada por Mateus, neste Evangelho. Até inadvertidamente, nós nos deixamos apossar pelas obras do maligno e ficamos vagando na vida, acomodados no nosso modo de viver ao redor dos túmulos do mundo. Reconhecemos que Jesus é o Filho de Deus, sabemos que só Ele tem poder para nos libertar do pecado, todavia nos rebelamos contra Ele e entendemos que ainda não é tempo para que saiamos da vida de escravos. O inimigo de Deus persegue os Seus filhos, por isso, o seu maior desejo é fazer com que a criatura rejeite o Seu Criador. No entanto, sabemos que Jesus já o derrotou quando venceu a morte que é consequência do pecado. Por essa razão, ele tem conhecimento de que já foi vencido por Jesus, e, mesmo assim continua explorando o ser humano. Jesus sabe para onde deverão ir os “espíritos maus” que tentam nos acorrentar e fazer de nós pessoas infelizes. Os espíritos maus que podem nos atormentar ainda hoje, fazem de nós pessoas iradas, rebeldes, idólatras, materialistas, impacientes, murmuradoras, intolerantes, medrosas, arrogantes e às vezes, tão violentas que podemos ser comparados com verdadeiras “feras”. Se tivermos consciência de que Jesus já venceu a morte e que já nos deu a vida eterna, não cairemos nas malhas dos inimigos. E se tivermos inteligência nós deixaremos que Jesus se aproxime de nós e não O impediremos de entrar na nossa vida.  - Você é uma pessoa fácil de ser influenciada e atraída para as coisas mundanas? – O inimigo também tenta escravizá-lo (a)? – Você está acomodado (a) em alguma situação que o (a) escraviza? – Você quer ser libertado (a)? – O que precisa mudar em você? - Você se sente em paz diante das suas ações com as pessoas?

A Barca de Jesus é a Igreja-Helena Serpa

 

29 DE JUNHO DE 2021

 

3ª. FEIRA DA DÉCIMA TERCEIRA SEMANA

 

DO TEMPO COMUM

 

Cor Verde

 

1ª. Leitura – Gen 19,15-29

 

Leitura do Livro do Gênesis 19,15-29

Naqueles dias: 15Os anjos insistiram com Ló, dizendo:
'Levanta-te, toma tua mulher e tuas duas filhas, e sai, para não morreres também por causa das iniquidades da cidade'. 16Como ele hesitasse, os homens tomaram-no pela mão, a ele, à mulher e às duas filhas - pois o Senhor tivera compaixão dele -, fizeram-nos sair e deixaram-nos fora da cidade. 17Uma vez fora, disseram:
'Trata de salvar a tua vida. Não olhes para trás, nem te detenhas em parte alguma desta região. Mas foge para a montanha, se não quiseres morrer'. 18Ló respondeu: 'Não, meu Senhor, eu te peço!
19O teu servo encontrou teu favor e foi grande a tua bondade,
salvando-me a vida. Mas receio não poder salvar-me na montanha,
antes que a calamidade me atinja e eu morra. 20Eis aí perto uma cidade onde poderei refugiar-me; é pequena, mas aí salvarei a minha vida'. E ele lhe disse: 'Pois bem, concedo-te também este favor: não destruirei a cidade de que falas. 22Refugia-te lá depressa, pois nada posso fazer enquanto não tiveres entrado na cidade'. Por isso foi dado àquela cidade o nome de Segor.
23O sol estava nascendo, quando Ló entrou em Segor. 24O Senhor fez então chover do céu enxofre e fogo sobre Sodoma e Gomorra.
25Destruiu as cidades e toda a região, todos os habitantes das cidades e até a vegetação do solo. 26Ora, a mulher de Ló olhou para trás e tornou-se uma estátua de sal. 27Abraão levantou-se bem cedo e foi até o lugar onde antes tinha estado com o Senhor.
28Olhando para Sodoma e Gomorra, e para toda a região, viu levantar-se da terra uma densa fumaça, como a fumaça de uma fornalha. 29Mas, ao destruir as cidades da região, Deus lembrou-se de Abraão e salvou Ló da catástrofe que arrasou as cidades
onde Ló havia morado. Palavra do Senhor.

 

Reflexão – “ ”

Quando os Anjos se apresentaram para salvar Ló e toda a sua família da destruição de Sodoma, recomendou-lhes:  Trata de salvar a tua vida. Não olhes para trás nem te detenhas em parte alguma desta região.” A mulher de Ló, entretanto, transgredindo as ordens dos anjos, olhou para trás e tornou-se uma estátua de sal. Podemos nos situar no contexto desta história para perceber que também o Senhor continua enviando mensageiros para nos livrar das catástrofes que abalam o mundo de hoje.  Os flagelos de hoje são consequência da desarmonia espiritual a que todos nós estamos sujeitos. Vivemos no meio das maiores aberrações e convivemos com os mais diversos contra testemunhos da fé que nós professamos. Nós e nossa família estamos sempre correndo o risco de sermos exterminados pelas consequências que o pecado nos impõe. O Senhor também diz hoje a cada pai, mãe, filho, filha, irmão, irmã que são responsáveis pela sobrevivência material e espiritual da sua família: “Levanta-te, toma tua mulher e tuas duas filhas e sai, para não morreres também por causa das iniquidades da cidade”. Ele também providencia um refúgio para nós, na Igreja, na Comunidade, nos lugares de oração e, também, nos adverte: “não olhes para trás nem te detenhas”. Muitas vezes, porém, nós não acreditamos e transgredimos as orientações de Deus porque duvidamos ou temos saudade da vida passada. Queremos olhar para trás e ainda nos deliciar com as “coisas boas” da vida velha. Por isso, nos tornamos pessoas paralisadas, sem vontade própria, perdemos o referencial da nossa família e nos afastamos do lugar que Deus reservou para nós. O Senhor deseja salvar a nós e a nossa família. Ele quer mudar radicalmente a nossa mentalidade e quer nos tirar da mesmice. Ele quer nos retirar do meio da perversidade que por si só, tenta nos destruir. O nosso refúgio é na casa do Senhor, na convivência dos que O temem no meio do Seu povo, cantando louvores a Ele.  Só assim seremos salvos da destruição e teremos vida nova. – Você compreende isso? – Você já percebeu que Deus tenta salvar a você a sua família, por isso envia os Seus mensageiros? – Onde você tem ido se refugiar das intempéries do pecado? – Você tem querido voltar para a vida velha? – O que isto tem lhe proporcionado?

  

Salmo 25,2-3. 9-10. 11-12 (R.3a)

R. Tenho sempre vosso amor ante meus olhos.

2Provai-me, ó Senhor, e examinai-me, *
sondai meu coração e o meu íntimo!
3Pois tenho sempre vosso amor ante meus olhos;*
vossa verdade escolhi por meu caminho. R.

9Não junteis a minha alma à dos malvados, * nem minha vida à dos homens sanguinários;
10eles têm as suas mãos cheias de crime;* sua direita está repleta de suborno. R. 

11Eu, porém, vou caminhando na inocência;* libertai-me, ó Senhor, tende piedade! 
12Está firme o meu pé na estrada certa;* ao Senhor eu bendirei nas assembleias. R.

 

Reflexão - A oração deste salmo é um cântico que deveria estar sempre nos nossos lábios. Nele nós suplicamos ao Senhor um refúgio bem seguro contra as investidas do maligno e colocamos à Sua disposição, o mais íntimo do nosso ser, onde se encontra o Seu amor. “Vossa verdade, Senhor escolhi por meu caminho”, diz o salmista. “Vou caminhando na inocência, libertai-me, tende piedade”. Repita hoje este salmo como uma intercessão por você e pela sua família.

 

Evangelho – Mt 8, 23-27

 

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus 8,23-27

Naquele tempo: 23Jesus entrou na barca, e seus discípulos o acompanharam. 24E eis que houve uma grande tempestade no mar, de modo que a barca estava sendo coberta pelas ondas.
Jesus, porém, dormia. 25Os discípulos aproximaram-se e o acordaram, dizendo: 'Senhor, salva-nos, pois estamos perecendo!'
26Jesus respondeu: 'Por que tendes tanto medo, homens fracos na fé?' Então, levantando-se, ameaçou os ventos e o mar, e fez-se uma grande calmaria. 27Os homens ficaram admirados e diziam:
'Quem é este homem, que até os ventos e o mar lhe obedecem?'
Palavra da Salvação.

 

Reflexão – “A Barca de Jesus é a Igreja”

Existe uma grande diferença nas horas de dificuldades da nossa vida quando nós estamos na Barca com Jesus. Os discípulos que acompanharam Jesus e entraram com Ele na barca perceberam isto. Entrar na barca com Jesus é estar na Igreja, é estar na Comunidade entre irmãos, é se deixar envolver nos mistérios divinos. Quando estamos em Comunidade, participando da Sua Igreja nós percebemos a presença de Jesus e, mesmo que, aparentemente, Ele se encontre dormindo, nós sabemos a quem recorrer nas horas de aflição e provação. Por isso, também clamamos: “Senhor, salva-nos, pois estamos perecendo!” Existe sempre alguém que é instrumento de Deus e pode nos dar a mão. Quantas pessoas vivem no mundo, entregues somente, aos seus recursos materiais e não têm a quem apelar e pedir socorro nos momentos de agonia! Há fatos e acontecimentos que nos tiram completamente a segurança e o equilíbrio e, se não tivermos um porto seguro, nós sucumbimos. As situações críticas são sempre um termômetro que mede o grau de consciência da maturidade ou infantilidade da nossa fé. Mesmo diante do pavor dos discípulos, Jesus ameaçou os ventos e o mar e eles O obedeceram.  Assim também Ele poderá fazer por nós se nos mantivermos unidos e firmes na fé sabendo que Ele está na nossa Barca, bem pertinho de nós para nos defender. As tempestades da nossa vida são vivenciadas por nós com muito mais serenidade quando temos confiança na presença de Jesus. – Você já entrou na barca de Jesus? – Você confia que Ele o (a) ajudará na hora da tempestade? – Você já passou por alguma aflição? – A quem você recorreu? – Você está em comunhão com a igreja? – Onde você tem encontrado Jesus? -

 

O seguimento de Cristo nos tira das nossas raízes e nos desestrutura-HELENA sERPA

 

28 DE JUNHO DE 2021

 

2ª. FEIRA DA DÉCIMA TERCEIRA SEMANA

 

DO TEMPO COMUM

 

Cor Verde

 

1ª. Leitura – Gen 18, 16-33

 

Leitura do Livro do Gênesis 18,16-33

16Os homens levantaram-se e partiram na direção de Sodoma.
Abraão acompanhava-os para encaminhá-los. 17E o Senhor disse consigo: 'Acaso poderei ocultar a Abraão o que vou fazer? 18Pois Abraão virá a ser uma nação grande e forte e nele serão abençoadas todas as nações da terra. 19De fato, eu o escolhi,
Para que ensine seus filhos e sua família a guardarem os caminhos do Senhor, praticando a justiça e o direito, a fim de que o Senhor cumpra em favor de Abraão tudo o que lhe prometeu'. 20Então, o Senhor disse: 'O clamor contra Sodoma e Gomorra cresceu, e agravou-se muito o seu pecado. 21Vou descer para verificar
se as suas obras correspondem ou não ao clamor que chegou até mim'. 22Partindo dali, os homens dirigiram-se a Sodoma, enquanto Abraão ficou na presença do Senhor. 23Então, aproximando-se, disse Abraão: 'Vais realmente exterminar o justo com o ímpio?
24Se houvesse cinquenta justos na cidade, acaso iríeis exterminá-los? Não pouparias o lugar por causa dos cinquenta justos que ali vivem? 25Longe de ti agir assim, fazendo morrer o justo com o ímpio, como se o justo fosse igual ao ímpio. Longe de ti!
O juiz de toda a terra não faria justiça?' 26O Senhor respondeu:
'Se eu encontrasse em Sodoma cinquenta justos, pouparia por causa deles a cidade inteira'. 27Abraão prosseguiu dizendo:
'Estou sendo atrevido em falar a meu Senhor, eu que sou pó e cinza. 28Se dos cinquenta justos faltassem cinco, destruirias por causa dos cinco a cidade inteira?' O Senhor respondeu: 'Não destruiria, se achasse ali quarenta e cinco justos'. 29Insistiu ainda Abraão e disse: 'E se houvesse quarenta?' Ele respondeu: 'Por causa dos quarenta, não o faria'. 30Abraão tornou a insistir: 'Não se irrite o meu Senhor, se ainda falo. E se houvesse apenas trinta justos?'.
Ele respondeu: 'Também não o faria, se encontrasse trinta'. 31Tornou Abraão a insistir: 'Já que me atrevi a falar a meu Senhor, e se houver vinte justos?' Ele respondeu: 'Não a iria destruir por causa dos vinte'. 32Abraão disse: 'Que o meu Senhor não se irrite, se eu falar só mais uma vez: e se houvesse apenas dez?' Ele respondeu: 'Por causa dos dez, não a destruiria'. 33Tendo acabado de falar, o Senhor retirou-se, e Abraão voltou para a sua tenda. Palavra do Senhor.

 

Reflexão – “precisamos clamar a Deus para salvar o nosso povo

Abraão confirmou para nós que Deus não esconde os Seus planos ao homem justo quando tomou conhecimento de que o Senhor enviara seus anjos para exterminar Sodoma em vista da injustiça dos seus moradores. Diante do Senhor ele intercedeu pelo povo com o argumento de que o justo iria padecer junto com o pecador.  O Senhor, porém, deixou bem claro que a presença e a oração do justo têm enorme poder e prometeu que se fossem encontrados dez justos, Sodoma não seria destruída.  Onde não há justiça não há santidade e, por isso, as consequências são a morte e o extermínio. Mesmo caminhando num mundo cheio de injustiça, nós podemos fazer a diferença e ser escolhidos por Deus para que sejamos seus instrumentos diante dos injustos, para que por nosso intermédio eles possam encontrar a salvação e voltem atrás nas suas transgressões. O Senhor conta conosco para que o mundo se eleve e não seja exterminado. Não podemos descansar nem desistir.  Uma só alma que se eleva, eleva também o mundo, e as nossas ações de justiça têm repercussão diante de Deus. Deus nos chama para que ensinemos ao mundo a guardar os Seus caminhos praticando a justiça e o direito. É justo quem se ajusta à vontade de Deus. Que através da nossa justiça muitas pessoas possam ser salvas. O Senhor espera a nossa ajuda para salvar a nossa casa e a nossa família. Abraão humilhou-se diante de deus e clamou por Sodoma. A nossa casa pode também hoje ser uma “Sodoma”, por isso, nós também precisamos clamar a Deus para salvar o nosso povo.  - Para você o que significa praticar a justiça? - Você se considera uma pessoa justa?- Você tem alguma influência sobre as pessoas da sua casa em relação aos ensinamentos de Deus?- Para que Deus o (a) tem chamado?

 

Salmo 102,1-2. 3-4. 8-9. 10-11 (R. 8a)

 

R. O Senhor é indulgente, é favorável.

1Bendize, ó minha alma, ao Senhor, *
e todo o meu ser, seu santo nome!
2Bendize, ó minha alma, ao Senhor, *
não te esqueças de nenhum de seus favores! R.

3Pois ele te perdoa toda culpa, * e cura toda a tua enfermidade;
4da sepultura ele salva a tua vida * e te cerca de carinho e compaixão. R. 

8O Senhor é indulgente, é favorável, * é paciente, é bondoso e compassivo. 
9Não fica sempre repetindo as suas queixas, * nem guarda eternamente o seu rancor. R. 

10Não nos trata como exigem nossas faltas, * nem nos pune em proporção às nossas culpas. 
11Quanto os céus por sobre a terra se elevam, * tanto é grande o seu amor aos que o temem. R.

 

Reflexão - O Senhor não nos trata como exigem nossas faltas nem nos pune em proporção às nossas culpas. Muitas vezes nós somos mais exigentes conosco do que o próprio Senhor, porque Ele é bondoso e compassivo e não fica sempre como nós, repetindo as suas queixas.  Ele nos retira da sepultura, isto é, da escuridão, do sufoco, das tormentas da nossa vida e nos cerca de carinho e compaixão. Por isso nós cantamos “Bendize, ó minha alma, ao Senhor!”

 

Evangelho – Mt 8, 18-22

 

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus 8,18-22

Naquele tempo; 18Vendo uma multidão ao seu redor, Jesus mandou passar para a outra margem do lago. 19Então um mestre da Lei aproximou-se e disse: 'Mestre, eu te seguirei aonde quer que tu vás.' 20Jesus lhe respondeu: 'As raposas têm suas tocas
e as aves dos céus têm seus ninhos; mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça.' 21Um outro dos discípulos disse a Jesus: 'Senhor, permite-me que primeiro eu vá sepultar meu pai.'
22Mas Jesus lhe respondeu: 'Segue-me, e deixa que os mortos sepultem os seus mortos.' Palavra da Salvação.

 

Reflexão – “O seguimento de Cristo nos tira das nossas raízes e nos desestrutura”

Assim como chamou o povo que estava ao Seu redor para passar com Ele para a outra margem do lago, Jesus também hoje nos chama para segui-Lo por onde Ele for. A outra margem é o inverso do que estamos acostumados a viver; é o desalojamento, desestruturação, situação de ruptura com os hábitos e os costumes. O mestre da lei era famoso, importante, estruturado e mesmo assim ousou dizer que seguiria Jesus por onde quer que Ele fosse. Jesus, porém, lhe preveniu:  'As raposas têm suas tocas e as aves dos céus têm seus ninhos; mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça”.  Jesus nos chama, mas não engana.  Quem quiser segui-Lo terá que passar pelas dificuldades próprias da mentalidade evangélica. Não adianta somente querermos seguir Jesus com palavras e bons propósitos sem medir as consequências do que estamos pretendendo.  O seguimento de Cristo nos tira das nossas raízes e nos desestrutura, por isso, nós somos obrigados (as) a renunciar à nossa existência pacata, medíocre e acomodada. O discípulo que pediu a Jesus para primeiro sepultar o pai era alguém como nós que sempre esperamos um tempo propício para nos desprender dos nossos apegos, dos nossos projetos. Enterrar os mortos significa resolver problemas e dar definições à sua vida apegando-se ao que é seu e de sua responsabilidade. Quem espera que tudo esteja resolvido na sua vida para depois seguir Jesus, irá viver sempre a omissão. Para nós também Jesus diz, hoje: “segue-me e deixa que os mortos sepultem os seus mortos”. Por isso, não podemos nos acomodar esperando novas oportunidades. É tempo de amar e construir aqui na terra o reino dos céus, para que não sejamos também chamados de “mortos”. - Você também se propõe a seguir Jesus aonde quer que Ele vá? - Qual a sua maior dificuldade para viver o Evangelho?- Você é uma pessoa muito apegada às pessoas da sua família e aos seus bens?- você acha que tem que renunciar a alguma coisa para seguir Jesus?

A FÉ EM JESUS TRIUNFA SEMPRE-Maria de Lourdes.

 A FÉ EM JESUS TRIUNFA SEMPRE

Domingo, 27 de junho de 2021.

Evangelho de Mc 5, 21-43.

 

         A liturgia de hoje nos convida fundamentar nossa vida em três virtudes: na fé, na solidariedade e na generosidade, buscando-as no Sagrado Coração de Jesus. Precisamos construir comunidade em que caibam essas virtudes! Que os nossos relacionamentos sejam baseados nelas, ao contrário das comunidades de hoje marcadas pelo individualismo, indiferença, intolerância e narcisismo.

         O Evangelho de hoje narra a realização de dois grandes milagres: a cura da mulher, que tinha uma hemorragia há 12 anos, e a “reanimação” de uma menina de 12 anos, que havia sido dada como morta. De acordo com a religião daquele povo, o fluxo de sangue fazia da mulher uma pessoa estéril e impura e para a menina morrer aos 12 anos era morrer na idade de se tornar mulher.

Esse evangelho ressalta muito bem que o povo esperava o Messias do jeito que Ele se revelou ser: misericordioso, amoroso, poderoso... Por isso, todos os rodeavam quando o viam. A multidão o acompanhava por causa das suas palavras, seu jeito de ser, falar e agir. O lugar de Jesus é sempre no meio do povo, partilhando das angústias do povo, como a de Jairo, chefe da sinagoga, que estava com a filhinha à beira da morte e da mulher, que há 12 anos sofria de hemorragia.

         Jesus exercia uma grande atração sobre as pessoas devido aos milagres que realizava, mas principalmente por sua santidade de vida e a grandeza de sua doutrina.

         Jairo se aproxima de Jesus, prostra-se diante d’Ele e pede a salvação de sua filha, uma menina de doze anos, dizendo: “Minha filhinha está nas últimas. Vem, impõe–lhe as mãos para que se salve e viva”. A súplica de Jairo é uma oração que brota do coração.

         Antes de ir à casa de Jairo para curar sua filha, no caminho, aconteceu outro milagre. Junto à multidão estava também uma mulher, que há 12 anos padecia de fluxo de sangue. Ela já havia gastado tudo o que possuía com vários médicos e ninguém resolvia seu problema, só piorava. Ela caminha até Jesus com fé e esperança de ser curada, embora fosse espremida pela multidão. A mulher tocou-lhe as vestes, e ela pensava: “se eu apenas lhe tocar as vestes, ficarei curada”, mais uma prova de fé, a mulher tinha certeza do poder de Jesus para curá-la. E no meio daquela multidão, Jesus pergunta: Quem me tocou? Então a mulher se prostrou diante d’Ele e declarou toda a verdade.

Muitas pessoas, naquele momento, estavam tocando Jesus, mas Ele percebeu que alguém o tocou de modo diferente, com fé, crendo no poder d’Ele. Ela crê que só tocando em seu manto seria curada. E no mesmo instante em que tocou nas vestes de Jesus, ela sentiu que estancou o fluxo de sangue. Sua fé simples tem a recompensa de Jesus, que se inclina a quem nele deposita confiança. E Jesus disse: “Filha, a tua fé te salvou, vai em paz e fica curada dessa doença”. Jesus a chama de “Filha”. Ela que era discriminada, marginalizada recebe esse tratamento carinhoso de Jesus.

        Fé é dar um passo de coragem e confiança. Assim deve ser nossa fé! Para Deus nada é impossível, mas é preciso que nós também toquemos Jesus e não só esbarremos nele. Tocar, quer dizer mergulhar em Jesus, deixá-lo agir em nós, confiar plenamente. Acreditar n’Ele, porque Ele está presente na Palavra, que nos orienta e na Eucaristia onde nós podemos recebê-lo verdadeiramente. É preciso que a nossa fé seja igual à fé da mulher, tocar Jesus, acolhê-lo no coração, fazer experiência do seu amor na nossa vida. Pode ser que muitos passem a vida comungando, mas não toquem em Jesus, não mergulhem e nem conhecem o Seu infinito amor.

         Jesus ainda estava falando com a mulher, quando Jairo recebeu a notícia: “Sua filha morreu”. Jesus escutou a notícia e disse a Jairo: “Não tenhas medo, basta ter fé”.

Jesus vai até à casa de Jairo acompanhado de Pedro, Tiago e João, os discípulos que ele sempre escolhia para acompanhá-lo em momentos especiais. Jesus acalmou os pais dizendo que a menina não morrera, mas dormia.

 Entraram no quarto os pais da menina, os três apóstolos e Jesus, que pegando na mão da menina disse: “Menina, levanta-te!” No mesmo instante a menina levantou-se e começou a andar, pois tinha 12 anos. Jesus mandou que lhe dessem comida por dois motivos: para melhor mostrar a eles a veracidade da ressurreição e para que eles vissem o duplo milagre realizado: Jesus além de ter ressuscitado a menina tinha curado a doença.

Jesus vence a morte, é o Senhor da Vida! Ele ressuscita os mortos com sua Palavra e com o poder de Deus, que age nele. Assim manifesta que Deus não criou a morte, nem se agrada com a morte de suas criaturas. Jesus é humano e divino, Ele tem poder sobre tudo, até sobre a morte. Ele é mais forte que o mal, mais forte que a morte.

Na cena da mulher doente, é ela que toca em Jesus, na cena da filha de Jairo é Jesus que a toca segurando a sua mão. Tocar em Jesus ou ser tocado por Ele é a mais pura demonstração do encontro que salva e transforma. Que maravilha: tocar e ser tocado por Jesus. É uma experiência que nos transforma de dentro para fora e nos faz ser instrumento de benção para os outros. Somente o encontro pessoal com Jesus nos leva a ser mais humanos e mais amorosos. Pelo encontro com Jesus, somos restaurados para viver segundo os valores do Reino; pelo encontro com Jesus, somos inseridos em seu Corpo, que é a igreja, a fim de vivermos como irmãos uns dos outros, construindo uma comunidade de fé, solidariedade e generosidade.

Dediquemos todas as nossas energias em favor da vida! Cristo nos quer aliados nessa luta, a fim de tornar cada vez mais difícil o trabalho da morte!

Abraços em Cristo!

Maria de Lourdes

terça-feira, 29 de junho de 2021

14º DOMINGO TEMPO COMUM-José Salviano

 

14º DOMINGO TEMPO COMUM

 

4 de Julho de 2021

Ano  B

 

Evangelho - Mc 6,1-6

 

PRIMEIRA LEITURA

         Deus  nos repreende com energia quando, uma vez que atendendo o seu chamado vivemos em sua presença, e em seguida por algum motivo pessoal ou por influência de amigos ou do mundo nos afastamos d'Ele. Por que Deus é exigente para com aqueles que Ele escolheu. Se você é um escolhido(a) trate de andar na linha, trate de preservar a sua fé, e acima de tudo a prática dela.

SALMO

         Nos momentos de dores e de sofrimentos, nos  esqueçamos de   que precisamos recorrer à misericórdia do Pai, precisamos pedir piedade, erguendo as mãos e os olhos para o alto, como o fez o próprio Jesus em suas orações.

 

SEGUNDA LEITURA

 

"Basta-te a minha graça. Pois é na fraqueza que a força se manifesta”.

Caríssimos. O tamanho e a força da nossa fé é medida na hora do desespero, do sofrimento, da dor. Aquele(a) que tem uma fé pequena, e fraca, facilmente se desespera nesses momentos. Mas o cristão autêntico, aquele que depositou sua confiança na misericórdia de Deus, não se desespera na hora que a casa cai.

"Eis porque eu me comprazo nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições".  Ser perseguido é uma constante, uma característica da vida do cristão. Seja por aqueles a quem denunciamos a suas injustiças, seja por outros que nos invejam, e procuram embaçar o nosso brilho, para que o seu pouco brilho seja visto. Na verdade, não temos nenhum brilho, pois somos como um espelho.  Refletimos o brilho daquele que é a Luz do mundo. E pobre de nós, se vivemos neste mundo preocupados em brilhar, em impressionar, em ser o melhor, o mais santo. Pobre de nós.

Um dia os apóstolos vinham pelo caminho discutindo qual deles era o mais importante. Jesus os repreendeu, dizendo: " Se não vos tornar puros, ou inocentes como uma criança, não entrareis no Reino dos Céus..."   

         É uma coisa muito feia a inveja entre os próprios catequistas. Isso não pode estar acontecendo em nossas comunidades. Precisamos acolher o catequista competente, aquele que estuda, que lê bastante, aquele que pratica a palavra e a explica com alegria, boa vontade, e com muita fluência. Pois é disso que a Igreja e o mundo está precisando. Porque a nossa catequese anda muito fraca. E o resultado disso é a enorme quantidade de pessoas indiferentes, de almas perdidas diante das propostas enganosas do maligno, e das ilusões do mundo atual.

         Meus irmãos, e minhas irmãs.  Não busquemos a glória desse mundo cheio de mentiras, e enganações, mas sim a glória de Cristo, aquele que sendo o Filho de Deus, veio ao mundo para servir, chegando a lavar os pés dos apóstolos. 

         A competição, a rivalidade, não deve acontecer entre nós. Mas sim, o amor fraterno, incluindo sim, a correção fraterna. Pois o cristianismo ganha força e cresce na credibilidade entre os demais fiéis, quando todos da comunidade se empenham em viver como irmãos e irmãs, aceitando uns aos outros como eles o são, e procurando corrigir fraternalmente as suas arestas. Agindo assim, estamos atendendo ao apelo de Jesus: "Para que todos sejam um". Agindo assim, estamos colaborando para que haja UNIDADE NA IGREJA.  Portanto, meus irmãos, nada de RIVALIDADES, nada de procurar ver quem é o maior, o melhor, o mais santo, o mais competente, o que fala mais bonito de todos. Pelo contrário, o verdadeiro cristão, a verdadeira cristã,  busca a integridade, a integração, o acolhimento, a ajuda mútua, o apoio, a benevolência de uns com os outros na comunidade. Se todos forem unidos na fé, e principalmente na prática da fé, verão que a fraqueza de cada um é superada pela força da união, pela força de todos que agem na harmonia movida pela graça do Senhor e pelo amor de Cristo,  COMO SE TODOS FOSSEM UM.  E assim, ... quando eu me sinto fraco, é então que sou forte...

 

EVANGELHO

        

         Jesus fez uma visita a sua terra natal. A vila de Nazaré, onde Ele passou sua infância, naquele vilarejo sem importância política nem econômica. Era realmente, um lugar humilde.

         E Jesus vai a Sinagoga, e como era de costume, Ele faz a leitura das escrituras e em seguida fez um excelente comentário, uma excelente homilia ou como queira, um belo sermão. E todos ficaram de boca aberta, admirados com a sabedoria de Jesus, principalmente por Ele ser apenas o filho do carpinteiro, e por tanto, não teria condições de falar daquele jeito, demonstrando uma sabedoria excepcional. Todos ali sabiam que Jesus não teria estudado as escrituras, muito menos ter feito nenhum curso aprofundado como os doutores da Lei.

Mal sabiam eles que Jesus era o próprio Filho de Deus feito homem, e por isso sabia de tudo.

         Muitos ficaram admirados com a sabedoria de Jesus, principalmente os fariseus e doutores da Lei, pois não podiam se conformar  com o que estavam presenciando. Ninguém poderia saber mais do que eles! E dessa forma, Jesus estava incomodando muito pois sendo o próprio Deus, Ele sabia tudo. 

         Jesus, apesar de não ser aceito e autorizado pelos líderes judaicos, os quais o consideravam um impostor, continuava a fazer o seu trabalho pelos ensinamentos da verdade, ensinamentos esses que não conferiam com os ensinamentos dos mestres judaicos. Pelo contrário, volta e meia Jesus rebatia aquela prática injusta da Lei de Moisés, vivida pela elite religiosa. Muitos daquele lugar, por causa disso já começavam a olhar Jesus com outros olhos, e foi aí que o Filho de Deus se proclamou  Profeta, dizendo: "Um profeta só não é estimado em sua pátria, entre seus parentes e familiares".

         As pessoas ali presentes na Sinagoga não se conformavam. E perguntaram: Este homem não é o carpinteiro, filho de Maria? No nosso meio também acontecem coisas parecidas. Quando um jovem bem nascido, da classe média ou mesmo da alta, se manifesta com um excelente desempenho, todos do seu nível acham normal. Porém, se um nordestino esforçado após muito estudo fizer uma demonstração de competência, de sabedoria, uma proeza, todos vão questionar: Ei! o que é isso? Quem ele pensa que é? Ele não é apenas um baiano? Não é o filho daquele que veio do Norte a pé? kkk...

Caríssimos. Não fiquem tristes, nem desapontados quando vocês tentar semear a palavra de Deus em sua família e  aí encontrar a maior resistência que se manifestará através de chacota, risos, e um ar de quem está pensando: Olha só quem está falando isso".  Não ligue, e pense em Jesus, aquele que tem todo o poder no Céu e na Terra, mais que foi ignorado em sua cidadezinha natal, pelos amigos e familiares.

Infelizmente é assim mesmo que funciona. Neste caso, pega a sua viola e vá cantar em outro lugar. Mas nunca desanime. Viu?

 

Bom domingo, José Salviano.

 

O MAL NÃO SOBREPÕE O BEM. Reflexão de Olivia Coutinho

REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA- 30/06/21 – Mt8,28-34

QUARTA-FEIRA DA 13º SEMANA DO TEMPO COMUM

O MAL NÃO SOBREPÕE O BEM.

Reflexão de Olivia Coutinho

Caros irmãos e irmãs em Cristo!

Deus nos deu a vida e todas os meios para sermos felizes, porém, Ele respeita a nossa liberdade, nos deixa livres para fazermos as nossas escolhas!

Somos nós que tecemos a nossa vida, e se queremos ser um belo tecido, temos que ter o cuidado de não nos deixar enganar pelas linhas falsas que nos são oferecidas por aí, são  essas  linhas falsas, que comprometem a beleza e a resistência do nosso tecido que simboliza a nossa conduta...

O evangelho que a liturgia de hoje nos convida a refletir, vem nos falar de um Deus comprometido com a vida, um Deus libertador que se revelou plenamente na pessoa de Jesus...

O texto diz, que dois homens possuídos pelo o demônio, vão ao encontro de Jesus para atacá-Lo.  “O que tens a ver conosco, Filho de Deus? A presença de Jesus, atormentou, não aqueles dois homens em si, e sim, o mal que estava neles: o demônio (mal) sentiu que poderia perde-los para Jesus. E foi o que aconteceu, a presença de Jesus, aniquilou a força do mal que estava dominando aqueles homens, os libertando para a vida.

O episódio nos mostra o poder de Jesus sobre o mal, naquele encontro, não houve confronto, a presença de Jesus foi suficiente para fazer com que o mal reconhecesse o seu verdadeiro lugar, que no texto, é simbolizado pela manada de porcos! Aqueles dois homens possuídos pelo o demônio (mal) simboliza todas as pessoas que estão sendo escravizadas pelas forças do mal, que os impede de falar e de agir como sujeitos de sua própria história. Aí que entra a nossa responsabilidade como cristão: nos tornar caminho de libertação para estes, levando-os ao encontro com Jesus.

As estruturas do mal, conhecem quem é mais forte do que elas, quem tem poder de destruí-las, por isto fazem de tudo para eliminá-las, mas não conseguem, pois o mal não encontra brecha no coração de quem vive integralmente em sintonia com Deus!

Não podemos negar a existência e a força do mal, o mal existe e ele está sempre a nos rondar, mas o mal só ganha força em nós, quando nos distanciamos de Deus...

O mal não sobrepõe o bem, por isto, é importante estarmos sempre embebidos no amor do Pai, na força do Filho e caminhando sob a luz do Espírito Santo, só assim, estaremos imunizados contra a força do mal.

Saber que Jesus é o Filho de Deus, todos sabem, até o demônio, o que faz a diferença mesmo, é saber quem é o Filho de Deus para nós...

Conhecer Jesus, saber quais são as suas propostas, é o primeiro passo de quem quer fazer a melhor escolha para sua vida!

QUE DEUS NOS ABENÇOE!
FIQUEM NA PAZ DE JESUS!

Reflexão de Olivia Coutinho