sexta-feira, 30 de agosto de 2019

“ QUEM SE HUMILHA, SERÁ ELEVADO. ”- Olivia Coutinho


22º DOMINGO DO TEMPO COMUM 

Dia 01 de Setembro de2019

Evangelho de Lc14,1.7-14

Num mundo, onde impera o individualismo, a competitividade, o povo vai distanciando de Deus, negando a sua verdadeira origem, deixando de lado os valores do Evangelho.                               Enquanto caminhou por este chão, Jesus nos ensinou com sua vida, que a grandeza de uma pessoa, não está, nos títulos que ela possui, e sim, na sua vida de humildade e gratuidade. É pela gratuidade e  humildade, que seremos classificados por Deus como os primeiros no Reino dos céus.
Como Mestre de todos os mestres, Jesus serviu-se de meios humanos bem simples, para nos ensinar o caminho da vida.
O evangelho que a liturgia de hoje coloca diante nós, nos convida a pautar a nossa vida no exemplo de Jesus, que mesmo sendo Deus, não fez uso de suas prerrogativas divinas, não quis ocupar o primeiro lugar aqui na terra.
“Sendo Ele de condição divina, não se prevaleceu de sua igualdade com Deus, mas aniquilou-se a si mesmo, assumindo a condição de escravo” (Fl 2, 6-7).
O texto começa dizendo, que Jesus, num dia de sábado, foi comer na casa de um dos chefes dos fariseus. Percebendo que os convidados escolhiam os primeiros lugares, Ele conta uma parábola, no sentido de chamar a atenção das pessoas, sobre a importância da humildade. Quando nos esvaziamos de nós mesmos nos colocando diante de Deus vazios do nosso “eu,” Deus toma esse  nosso “nada” e o eleva, preenchendo o nosso coração da sua divindade! Divinizados, tornamos mais humanos e  mais humanos, tornamos mais próximos  de Deus, mais parecido com Jesus!
Com esta parábola, Jesus tenta mudar a mentalidade de muitas pessoas, que ainda hoje, gostam de ser incensados, notadas, admiradas, bajuladas... São muitos, os que escondem no manto da bondade, para se mostrarem  pessoas honradas, quando na verdade não são. Estes, movidos pela vaidade, querem sempre ocupar os primeiros lugares, lugares denominados pelo mundo como lugar de honra.                                      "O primeiro no reino dos Céus é aquele que serve.” Estas palavras de Jesus, nos leva a um questionamento: O que é mais importante: sermos aplaudidos pelo o mundo, ou abraçados por Deus na eternidade?
No conceito dos homens, ser grande é possuir bens, é ter poder, fama, enquanto que para Deus, ser grande é ser o último, àquele que serve!
Com o seu testemunho, Jesus nos ensina, que o caminho que nos leva a salvação, perpassa pela virtude da humildade,  Jesus sempre se portou humilde, ora, se misturando com os pobres, os marginalizados, ora, sentando à mesa da refeição com os seus adversários.
A nossa vida cristã, deve ser marcada sim, mas não por títulos, e sim, pela vida de comunhão e acima de tudo, de humildade!
A humildade é a característica marcante de um verdadeiro seguidor de Jesus, é a virtude que mais nos aproxima da perfeição, que nos torna parecidos com Jesus! Ninguém  é humilde de nascença, uma pessoa  vai se tornando humilde, à medida em que ela vai reconhecendo as suas imperfeições...
No final do evangelho, Jesus nos recomenda: “...quando deres uma festa,  convide os pobres, os aleijados, os coxos, os cegos! Então serás feliz, pois eles não te podem retribuir!” Ao dizer estas palavras, Jesus chama a nossa atenção, sobre  a importância da gratuidade. Façamos o que Jesus nos recomenda, não fiquemos somente no Banquete da nossa familia, façamos a diferença, nos misturando com os excluídos, dentro do espírito da igualdade no banquete da partilha.

FIQUE NA PAZ DE JESUS - Olivia Coutinho
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quinta-feira, 29 de agosto de 2019

JESUS NOS DÁ A LIÇÃO DA HUMILDADE – Maria de Lourdes Cury Macedo.



Domingo, 01 de setembro de 2019.
Evangelho de Lc 14, 1.7-14.


O tema central da liturgia desse domingo é a humildade. Jesus nos deu várias lições sobre humildade. Ele foi humilde! Olhemos para seu nascimento, seus pais, sua vida, seu trabalho e sua morte. “Humilhou-se até a morte e morte de cruz!” (Fl 2, 6)
Jesus não perdia uma oportunidade para ensinar, afim de que todos pudessem se beneficiar de seu ensinamento e ser melhor aos olhos de Deus.
Sempre encontramos Jesus sentado à mesa com quem o convidasse. O Evangelho nos mostra que os fariseus convidavam Jesus para participar de seus banquetes, nem sempre para admirar os seus atos, sua riqueza espiritual, sua bela sabedoria, mas para observar seu comportamento e descobrir coisas que pudessem censurá-Lo.
Nesse evangelho, Jesus se encontra na casa de um chefe dos fariseus, pessoa de posses, rico, pois estava oferecendo um banquete. Percebemos que havia muita gente reunida à mesa e todos procuravam um lugar onde pudessem ser notados, admirados, bajulados ou que ficassem perto do anfitrião, ou pessoas importantes. Jesus, observando o comportamento deles, aproveita para dar-lhes uma lição de humildade.
Jesus aproveitou o ambiente para ensinar que não se devem disputar os primeiros lugares. Jesus mostra, por meio de uma parábola, que o que importa é vivermos numa humildade sincera. E, para dar esta lição, Jesus fala partindo do convite de uma festa de casamento. E recomenda que não se deve procurar os primeiros lugares, pois com isso corre-se o risco de ter que deixar o lugar porque já estava reservado para outro convidado mais importante e assim passar por um vexame, uma humilhação.
Ao contar essa história, Ele queria dizer que grande diante de Deus é aquele que se faz pequeno por amor de Cristo. Jesus não recomenda uma humildade fingida, falsa, destinada a atrair a consideração dos outros.
E ainda disse que devemos fazer por aqueles que não podem retribuir, pois com isso estaremos fazendo a Deus e a recompensa virá de Deus, e não há maior recompensa do que essa. A recompensa que Deus nos dará é o Reino dos Céus, a Salvação, se formos humildes no serviço aos irmãos que não podem retribuir o bem que a eles fazemos.
Gestos interesseiros para quem pode retribuir não é caridade. Com isso, Jesus não quer dizer que não podemos nos confraternizar com nossos amigos, mas Ele quer nos ensinar que tudo o que fizermos seja desinteressado, e nisso consiste a verdadeira caridade e amor. Doar para as pessoas, que não poderão nos retribuir, nisso consiste o verdadeiro amor ensinado por Jesus. Doar e não esperar nem gratidão, nem reconhecimento, fazer por verdadeiro amor como se estivesse fazendo para o próprio Jesus, gratuitamente.
Jesus nos ensina que é preciso ter caridade, esse é o fundamento da doutrina cristã. Sem caridade para com nosso semelhante é  impossível haver paz entre os homens. E, faltando à caridade, o egoísmo impera, o ódio comanda e as discórdias surgem sem limites.
Não podemos esquecer que aquele ser sujo, pobre, imundo, mal cheiroso é nosso irmão e que devemos enxergar nele o rosto do Cristo sofredor e fazer por ele o que pudermos. O pobre é alguém que tem sua dignidade e seu valor, é um herdeiro do bem eterno.
Jesus quer nosso agir com amor, com verdadeira humildade e caridade desinteressada. A amizade cristã não olha primeiro para quem tem dinheiro ou influência política e social para depois se aproximar e tirar proveito dela.
Jesus nos ensina que a verdadeira humildade nos faz grandes aos olhos de Deus. O grau de nossa grandeza depende do grau de nossa humildade. “Quem se humilha será exaltado”. Nós não somos nada, o que somos e o que temos recebemos de graça de Deus. A humildade é a verdade: devemos reconhecer o que somos e o que temos. A humildade não é sinônimo de fraqueza, mas de grandeza. Quanto mais uma pessoa é culta, sábia, simples, mais humilde ela é. Pessoas orgulhosas, arrogantes, prepotentes não são humildes, portanto não agradam a Deus.
A humildade pode nos deixar invisíveis aqui neste mundo, mas nos torna visíveis no Reino de Deus. “Deus derruba dos tronos os poderosos e eleva os humildes”. (Lc 1, 52)
Procuremos viver a sabedoria que vem dos humildes, a sabedoria que vem de Deus, pois Ele prepara para os humildes uma mesa. (Sl 67/68). Nessa mesa se assentarão os justos, os humildes, os caridosos e esses se alegrarão porque verão a Deus.

Abraços em Cristo!
Maria de Lourdes



VIGIAI-Adélio Francisco


REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 30/08/2019
-Mateus 25,1-13
"VIGIAI, PORQUE NÃO SABEIS NEM O DIA E NEM A HORA."
 
  Olhando para o Evangelho que a liturgia nos apresenta para a nossa reflexão do dia de hoje, vamos ver que é  uma parábola escrita em dois tempos: um do jeito que Jesus a proferiu e o outro a adaptação posterior feita pela comunidade primitiva.

  A festa de núpcias em Israel era muito solene e durava uma semana. Jesus se serve desse costume para tirar dele um ensinamento. Ele quer nos ensinar que nosso encontro com Deus Não pode ser posto de lado até o último minuto de vida e que uma morte cristã é sempre preparada por uma vida cristã.
 
  As dez virgens representam o povo de Israel que espera o Messias. Uma parte desse povo está preparada para acolhê-lo, e outra parte não presta a atenção nos projetos de Deus, é infiel e permanece fora da sala do banquete.

  Mateus mostra-nos a preocupação que tem com o encontro com Jesus.
A cena descrita pertence à vida real. Trata-se de uma boda, um dos ritos principais era o translado da noiva à casa do noivo. A cerimônia começava com a ida do noivo à casa da noiva para levá-la dali para a nova casa.
  
   O ponto mais chamativo da parábola não é a chegada ou a demora do esposo, mas o fato de que as jovens pouco prudentes não poderão participar da festa. O Reino de Deus é comparado aqui como uma das celebrações mais alegres e festivas. Não podendo participar nela significativa perder algo muito importante. É uma parábola de crise, que os ouvintes de Jesus entenderiam seguramente como uma chamada de atenção a não perder a oportunidade de participar na grande festa do reino.
 
   Meus irmãos e irmãs: a parábola das dez virgens é muito atual, Deus nos criou com algumas qualidades peculiares: a inteligência, a uma sábia escolha dos valores das coisas e eventos que acontecem no dia a dia. Jesus diz: "Vigiai, pois não sabeis nem o dia e nem a hora". Isso nos estimula a santificar o momento presente. Consagrando as ações, mesmo as mais rotineiras, como um ato de amor a Deus. Como é importante "estar bem" com Ele e experimentar sua presença ao nosso lado.

PERMANECEMOS NA SANTA PAZ DE DEUS !
- Adélio Francisco.

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“... FICAI VIGIANDO...” Olivia Coutinho


Dia 30 de Agosto de 2019

Evangelho de Mt25,1-13

Muitos  de nós, perdemos tempo buscando explicações  para o inexplicável, querendo saber como e quando acontecerá o fim dos tempos, o que nem Jesus sabia: “Quanto ao dia e à hora ninguém sabe, nem os anjos no céu, nem o Filho, senão somente o Pai.” (Mc 13,32 )
Não precisamos saber como e quando acontecerá o fim dos tempos, o que precisamos  saber mesmos,  é  como conduzir essa nossa vida presente!
Vivendo esta vida presente, de acordo com a vontade de Deus, estaremos nos preparando para que a nossa passagem desta vida para a outra, seja um novo nascimento, o nosso nascimento para uma vida nova sem tribulações.  Como e quando acontecerá essa nossa passagem, não sabemos, mas pela a fé, acreditamos que a nossa morte física, não será o fim, e sim, o começo de uma vida em  plenitude, comparada por Jesus, com uma festa de núpcia.
No evangelho que a liturgia de hoje nos convida a refletir, Jesus, lembra-nos, através de uma parábola, que a sua segunda vinda, pode acontecer a qualquer momento, daí, a importância de estarmos o tempo todo em vigilância.            Conta a  parábola,  que dez virgens, foram com suas lamparinas, esperar o noivo para a festa nupcial. Cinco delas eram imprevidentes, isto é, não levaram óleo de reserva, não se precaveram  quanto ao um atraso do noivo, o que era muito comum de acontecer. Já as outras cinco, eram previdentes, elas se precaveram, levando  óleo de reserva. Como aconteceu um atraso muito grande do noivo, que só chegou no meio da noite, as lamparinas das cinco virgens imprevidentes apagaram e elas tiveram que sair as pressas para comprar óleo. Aconteceu que, enquanto elas foram comprar óleo, o noivo chegou e elas não puderam entrar para a festa, pois ao chegarem, a porta de entrada, já havia sido fechada.
Esta parábola, rica em detalhes, vem nos alertar sobre a importância de estarmos numa  constante vigilância, pois não sabemos a que hora e dia, o Senhor virá nos buscar.
Devemos estar sempre atentos, preparados, pois a qualquer momento, podemos ser surpreendidos com o chamado do Senhor, um chamado, a participarmos da festa de núpcias, preparada pelo o Pai!
Estar preparado, não significa estar parado, preocupado, e sim, ocupado, fazendo o bem, dando a nossa resposta de fé, às varias situações humanas.
Para entendermos melhor a mensagem que Jesus quer nos passar através desta parábola, é bom termos em mente, que Jesus conta esta parábola, fazendo referencia ao rito de casamento na cultura dos judeus. As festas de núpcias dos judeus eram muito bem preparadas e de longa duração. As cerimonias aconteciam no mesmo local da festa. Ao contrário da nossa cultura, era a noiva que ficava esperando pelo o noivo, que chegava de forma festiva, sendo recebido por um grupo de moças, que muito bem vestidas, aguardavam-no, do lado de fora, com suas lamparinas acesas. Elas tinham que esperar pelo o noivo, já com as suas lamparinas acesas, pois não dava tempo de acendê-las no momento da sua chegada, pois tudo era muito rápido na portaria, a festa mesmo, acontecia dentro do recinto. Certamente, era um acontecimento muito bonito, o noivo, indo ao encontro da noiva ladeado de belas jovens com suas lamparinas acesas.
As virgens que não foram previdentes, ou seja, as que não levaram óleo de reserva, que não pensaram num possível atraso do noivo, ficaram de fora da grande festa, simbolizando os desatentos de todos os tempos, os que só querem curtir o momento presente, sem investir na vida futura, os que não se abastecem do óleo da fé!
O sentido desta parábola é reforçar o convite à prontidão! As jovens, somos nós, o povo, uns previdentes outros não. O noivo é Jesus, o casamento, ou seja, o evento, simboliza a segunda vinda de Jesus, que pode demorar para  uns, e ser rápida para outros.
No Batismo, recebemos o Espírito Santo, a Luz que nos ilumina e ilumina o mundo através de nós. Não podemos deixar que essa Luz apague,  por falta do óleo da fé! Se nos faltar este óleo, nossas “lamparinas” apagarão, e ficaremos de fora da grande festa do encontro definitivo com o Pai...
O céu, é todo em luz, nele, não há espaço para as “lamparinas’ apagadas.
No finalzinho do evangelho, Jesus  reforça  o alerta: “Portanto, ficai vigiando, pois não sabeis qual será o dia, nem a hora”.
FIQUE NA PAZ DE JESUS! Olivia Coutinho
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quarta-feira, 28 de agosto de 2019

A parábola das dez virgens-Dehonianos


30 Agosto 2019
Lectio
Primeira leitura: 1 Tessalonicenses 4, 1-8
Irmãos: 1quanto ao resto, irmãos, pedimos-vos e exortamos-vos no Senhor Jesus Cristo, a fim de que, tendo aprendido de nós o modo como se deve caminhar e agradar a Deus - e já o fazeis - assim progridais sempre mais. 2Conheceis bem que preceitos vos demos da parte do Senhor Jesus. 3Esta é, na verdade, a vontade de Deus: a vossa santificação; que vos afasteis da devassidão, 4que cada um de vós saiba possuir o seu corpo em santidade e honra, 5sem se deixar levar pelo desejo da paixão como os pagãos que não conhecem Deus. 6Que ninguém, nesta matéria, defraude e se aproveite do seu irmão, porque o Senhor vinga tudo isto, como já vos dissemos e testemunhámos. 7Com efeito, Deus não nos chamou à impureza mas à santidade. 8Pois quem despreza estes preceitos não despreza um homem, mas o próprio Deus, que vos dá o seu Espírito Santo.
Depois de lembrar o passado, em clima de acção de graças e de súplica, Paulo exorta os Tessalonicenses em vista do futuro. «A vontade de Deus é a vossa santificação», garante o Apóstolo. A "santificação" (haghiasmós) é o processo que conduz à haghiosýne, isto é, à "santificação" em sentido verdadeiro e próprio. Trata-se de uma actividade em pleno desenvolvimento, em que concorrem a livre adesão do crente e o seu esforço, por um lado, e a acção do Espírito que plasma a criatura à imagem de Deus, por outro. E tudo isto acontece no "corpo" do homem... O santo é, pois, um homem concreto, que, dia a dia, acolhe a vontade de Deus, aderindo a ela com todo o seu ser e a sua vida. Por outro lado, «a impureza» (pornéia) refere-se a tudo o que tem a ver com paixões carnais em matéria sexual. É também algo de concreto, diante do qual o cristão deve fazer opções contra a corrente, isto é, contra a mentalidade do tempo, guardando o corpo como um dom recebido de Deus, preparando-o para receber a plenitude do Espírito Santo na vida eterna.
Evangelho: Mateus 25, 1-13
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos a seguinte parábola: 1«O Reino do Céu será semelhante a dez virgens que, tomando as suas candeias, saíram ao encontro do noivo. 2Ora, cinco delas eram insensatas e cinco prudentes. 3As insensatas, ao tomarem as suas candeias, não levaram azeite consigo; 4enquanto as prudentes, com as suas candeias, levaram azeite nas almotolias. 5Como o noivo demorava, começaram a dormitar e adormeceram. 6A meio da noite, ouviu-se um brado: 'Aí vem o noivo, ide ao seu encontro!' 7Todas aquelas virgens despertaram, então, e aprontaram as candeias. 8As insensatas disseram às prudentes: 'Dai-nos do vosso azeite, porque as nossas candeias estão a apagar-se.' 9Mas as prudentes responderam: 'Não, talvez não chegue para nós e para vós. Ide, antes, aos vendedores e comprai-o.' 10Mas, enquanto foram comprá-lo, chegou o noivo; as que estavam prontas entraram com ele para a sala das núpcias, e fechou-se a porta.
Mateus continua tratar o tema da segunda vinda de Cristo, cujo momento se desconhece, pelo que é preciso estar vigilantes e prontos: «Vigiai, porque não sabeis o dia nem a hora» (v. 13). Na parábola, que hoje escutamos, o quadro é diferente: não se espera o dono, mas o esposo; quem espera também não é o servo prudente ou o servo mau, mas são cinco virgens prudentes e cinco virgens insensatas. E há mesmo pormenores que podem chocar: a reacção fortemente severa e desproporcionada do esposo, a atitude pouco caridosa das virgens prudentes, etc. Mas o significado global da parábola é claro. A Igreja está toda à espera da vinda de Cristo. Mas é de loucos não prever a hipótese de que demore. Quando se ouvir, no meio da noite, o grito: «Aí vem o noivo, ide ao seu encontro!» (v. 6), os cristãos hão-de estar prontos, com a lâmpada bem acesa pelo azeite das boas obras realizadas com amor. O esposo esperado pode revelar-se um juiz severo para quem tiver o amor apagado no coração.
Meditatio
Progredir no amor e na santidade, como Paulo ontem recomendava aos Tessalonicenses, é possível quando se procura viver em conformidade com a graça recebida, como indica a leitura de hoje. Paulo, com grande delicadeza, recomenda aos seus caros Tessalonicenses que vivam de acordo com a graça recebida: «pedimos-vos e exortamos-vos no Senhor Jesus Cristo, que assim progridais sempre mais», escreve o Apóstolo (v. 1). Paulo pede e reza para que os seus amigos progridam no amor e na santidade, ou melhor, para que continuem a progredir, pois já estão a avançar. Escreve Paulo: «aprendestes de nós o modo como se deve caminhar e agradar a Deus - e já o fazeis» (v. 1). A vida cristã é dinâmica, é um caminho. Os Tessalonicenses já iniciaram esse caminho no amor e na santidade. Paulo, com a amizade e a confiança que tem neles, pede-lhes que avancem, que não desanimem perante as dificuldades.
A vida cristã é regulada, não por leis abstractas, mas pelo desejo concreto de agradar a uma pessoa, isto é, ao próprio Deus, por Quem nos sentimos amados. Isto faz toda a diferença na moral cristã: não se trata de cumprir uma lei, mas de procurar agradar a uma pessoa, ao próprio Deus. É corresponder a uma graça recebida, com um comportamento adequado. De facto, o ideal cristão não consiste em evitar o pecado para escapar ao castigo. Consiste, sim, em progredir constantemente na fé e no amor. Basear a própria caminhada espiritual na luta contra o pecado pode tornar-se deprimente, uma vez que sempre podem ocorrer quedas, provocando desânimo. A excessiva preocupação com pecado pode levar a maiores tentações e quedas. Daí que seja mais construtiva e animadora a atitude positiva de caminhar no amor, de fazer o bem. Com a graça do Senhor, sempre se vão dando alguns passos, o que suscita ânimo.
Paulo não separa caridade e santidade. O amor cristão é um amor santo, a santidade cristã e santidade de amor. Ao chegar aqui, o Apóstolo acentua um aspecto da santificação cristã, a castidade: «Esta é a vontade de Deus: a vossa santificação; que vos afasteis da devassidão, que cada um de vós saiba possuir o seu corpo em santidade e honra» (vv. 3-4). A tentação da imoralidade sexual é sempre forte para quem vive centrado em si mesmo, na busca egoísta da sua felicidade. Por isso, Paulo aconselha outra atitude: progredir no amor, isto é, na busca e no serviço de Deus, na atenção e no serviço aos irmãos. A imoralidade sexual não é compatível com uma verdadeira relação com o Senhor: «Esta é a vontade de Deus: a vossa santificação; que vos afasteis da devassidão» (v. 3). O cristão, que tem consciência do dom recebido de Deus e quer viver em coerência com esse dom, não pode viver como aqueles que não conhecem a Deus, não reconhecem os seus dons,
ou não se interessam por nada disso. O cristão respeita o próprio corpo e procura mantê-lo na santidade. Não se trata de medo do sexo, ou de qualquer complexo deprimente. Trata-se de respeito pelo corpo, e da vontade de usar o sexo de modo compatível com a própria vocação cristã, no celibato ou no matrimónio, mas sempre como atitude e expressão de amor generoso. Isso, que parece impossível a muitos dos nossos contemporâneos, é possível na fé e com o auxílio da graça divina.
Oratio
Senhor, que nos chamaste, não à impureza, mas à santificação, infundi em nós o vosso Espírito Santo, que nos purifique e produza em nós os seus frutos divinos, nomeadamente o da continência e o da castidade. Com a sua ajuda, poderemos vencer as tentações, adquirir uma mentalidade de vencedores, viver na alegria e no gozo, também frutos do Espírito em nós. Vivendo na pureza, estaremos em condições de acolher uma íntima e profunda relação com o Deus santo, que nos chama à santidade. Que saibamos escutar a mensagem exigente de Paulo, para chegarmos à plenitude da alegria. Amen.
Contemplatio
O segredo de Santa Inês é o amor. Ela ouve com alegria pronunciar a sentença de morte. A noiva que avança para o esposo da sua escolha não caminha tão radiosa como Inês para o suplício. É que ela tem um noivo divino, que a morte lhe vai tornar presente. Que esperais? Diz ela aos carrascos. Não sou eu a noiva do Senhor? Apressai-vos em enviar-me para o meu divino esposo. Que o meu corpo pereça se, excitando a vossa piedade, retarda o momento em que hei-de repousar no seio daquele ao qual me dei. Aqui está o segredo! É o Coração de Jesus que a atrai e que a chama. Ela quer ir para nele se repousar. Ela reza, apresenta a sua cabeça à espada do carrasco. As gotas de sangue ornam o pescoço da noiva como outros tantos rubis. Ela vai para o céu receber a dupla coroa do martírio e da virgindade. Santa Inês preferiu perder a vida do seu corpo do que a castidade. Ainda recusaremos os pequenos sacrifícios que a castidade nos pede, a modéstia dos olhos, da imaginação, a prudência nas leituras e nas relações. (Leão Dehon, OSP 3, p. 78s.).
Actio
Repete frequentemente e vive hoje a Palavra:
«A vontade de Deus é a vossa santificação» (1 Ts 4, 3),


Vigiai, pois, porque não sabeis em que dia virá o vosso Senhor-Dehonianos


29 Agosto 2019
Lectio
Primeira leitura: 1 Tessalonicenses 3, 7-13
Irmãos: 7encontrámos reconforto em vós, graças à vossa fé, no meio de todas as nossas angústias e tribulações. 8Agora sentimo-nos com mais vida, porque estais firmes no Senhor. 9Que acção de graças poderemos nós dar a Deus por toda a alegria que gozamos, devido a vós, diante do nosso Deus? 10Nós que, noite e dia, insistentemente, pedimos para rever o vosso rosto e completar o que falta à vossa fé? 11Que o próprio Deus, nosso Pai, e Nosso Senhor Jesus nos encaminhem até vós. 12O Senhor vos faça crescer e superabundar de caridade uns para com os outros e para com todos, tal como nós para convosco; 13que Ele confirme os vossos corações irrepreensíveis na santidade diante de Deus, nosso Pai, por ocasião da vinda de Nosso Senhor Jesus com todos os seus santos.
Timóteo, regressado de Tessalónica, traz a Paulo notícias sobre os progressos dessa comunidade na fé. O Apóstolo, que andava angustiado, recupera a alegria, tal como acontece com um pai, que temendo o pior para os filhos, vem a saber que estão bem. Mas nem por isso desiste do desejo de visitar pessoalmente a comunidade, com quem interrompera o diálogo, quando teve de abandonar precipitadamente a cidade, por causa da hostilidade dos judeus. O amor que o anúncio do Evangelho suscitou no coração do Apóstolo é como que uma espada que o atravessa. Anda inquieto, noite e dia, por causa do bem que quer àqueles que a Palavra tinha regenerado para a vida da graça. Mas, agora, põe tudo nas mãos de Deus, dando graças e intercedendo pelos seus amados Tessalonicenses.
Evangelho: Mateus 24, 42-51
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 42Vigiai, pois, porque não sabeis em que dia virá o vosso Senhor. 43Ficai sabendo isto: Se o dono da casa soubesse a que horas da noite viria o ladrão, estaria vigilante e não deixaria arrombar a casa. 44Por isso, estai também preparados, porque o Filho do Homem virá na hora em que não pensais.» 45«Quem julgais que é o servo fiel e prudente, que o senhor pôs à frente da sua família para os alimentar a seu tempo? 46Feliz esse servo a quem o senhor, ao voltar, encontrar assim ocupado. 47Em verdade vos digo: Há-de confiar-lhe todos os seus bens. 48Mas, se um mau servo disser consigo mesmo: 'O meu senhor está a demorar', 49e começar a bater nos seus companheiros, a comer e a beber com os ébrios, 50o senhor desse servo virá no dia em que ele não o espera e à hora que ele desconhece; 51vai afastá-lo e dar-lhe um lugar com os hipócritas. Ali haverá choro e ranger de dentes.»
Em Mateus, a parábola do servo, ou administrador (cf. Lc 12, 41ss.) responsável encontra-se no último grande discurso de Jesus, o "Discurso escatológico" (cc. 24 e25), dominado pelas tribulações de Jerusalém e pelas perseguições à Igreja nascente, pelo anúncio da crise cósmica que precederá o fim e pela consequente necessidade de vigilância. Este discurso não visa assustar, mas encorajar. O mundo e a história caminham, não para o fim, mas para a plena realização. Haverá catástrofes. Mas abrir-se-á uma nova beleza. É neste contexto que Jesus exorta à vigilância, com quatro belas parábolas. Hoje, escutamos a primeira, cujas palavras-chave são: «Vigiai!», «Estai preparados!» A vinda do Senhor é certa. Mas a hora é incerta. A imagem do «ladrão» (v. 43) é muito expressiva e bem conhecida na igreja primitiva. Deve vigiar a casa o dono, mas também os servos, que são seus amigos e estimam a casa. O «servo fiel e prudente» (v. 45) faz as vezes de dono da casa e trata bem os seus companheiros. O «mau servo» (v. 48) aproveita da ausência do dono para desperdiçar os bens e maltratar os companheiros. Naturalmente terão fins diferentes, quando regressar o dono. Os dirigentes da Igreja hão-de ser servos fiéis e prudentes, e não maus servos, como eram os chefes de Israel, no tempo de Jesus.
Meditatio
Paulo exulta com as boas notícias que Timóteo lhe traz de Tessalónica. A pequena comunidade, que evangelizara durante poucas semanas, e tivera de abandonar, por causa do motim levantado contra ele pelos judeus, resistia às oposições: «Agora que Timóteo voltou daí e nos trouxe boas notícias sobre a vossa fé e a vossa caridade, e porque conservais de nós uma grata recordação, desejando-nos ver tal como nós a vós, encontrámos reconforto em vós, irmãos, graças à vossa fé, no meio de todas as nossas angústias e tribulações. Agora sentimo-nos com mais vida, porque estais firmes no Senhor» (v. 6-8). Paulo revela o seu coração paternal, revela todo o seu amor por aqueles a quem tinha transmitido a nova vida pela pregação do Evangelho. A sua ligação aos Tessalonicenses baseava-se, não só na fé, mas também na relação humana de grande simpatia que estabelecera com essa comunidade. Por isso, não se contenta com as boas notícias, mas, por duas vezes, afirma querer revê-los. Agradece a Deus as boas notícias, mas reza para que o desejado reencontro aconteça o mais breve possível: «Noite e dia, insistentemente, pedimos para rever o vosso rosto» (v. 10). O Apóstolo deseja vivamente o contacto humano. A sua fé, e a sua vida espiritual, não lhe diminuíram a afectividade, mas aumentaram-na. Por outro lado, deseja completar o que iniciou e teve de interromper abruptamente. É maravilhoso observar esta ligação entre a afectividade humana e o zelo apostólico.
O nosso texto termina com a oração de Paulo, que pede a Deus que faça os Tessalonicenses «crescer e superabundar de caridade» (v. 12). O Apóstolo explicita: caridade «uns para com os outros e para com todos», isto é, caridade fraterna no interior da comunidade e caridade universal aberta a todos. É na caridade e na santidade que os Tessalonicenses se hão-de preparar para a vinda do Senhor: «Que o Senhor confirme os vossos corações irrepreensíveis na santidade diante de Deus, nosso Pai, por ocasião da vinda de Nosso Senhor Jesus com todos os seus santos» (v. 12).
As nossas relações com os outros hão caracterizar-se pelo progresso na fé e no amor, na espiritualidade e na humanidade. As relações de fé exigem uma grande dose de cordialidade humana, crescer e abundar no amor recíproco e no amor universal.
Que belo programa para todos nós, cristãos, particularmente os consagrados, os sacerdotes. É um ideal a alcançar com a graça de Deus, mas também com os nossos esforços de cada dia, a nossa perseverança, o nosso entusiasmo.
Oratio
Senhor, hoje quero agradecer-te porque me cumulaste de bens e confiaste aos meus cuidados tantos irmãos pequenos e fracos. Obrigado, Senhor, por teres confiado em mim. Administrar em teu lugar não é tarefa fácil. Que queres de mim, Senhor? Quer
es certamente que ponha os olhos no teu Filho Jesus, na sua misericórdia e no seu sacrifício. Queres que recorde as tuas palavras: «Um servo não é maior do que o seu senhor... Dei-vos o exemplo para que, como eu fiz, façais vós também». Queres que, nesta solicitude fraterna, viva o tempo presente como coisa que não é nossa, até ao teu regresso. Ajuda-me, Senhor, a cumprir fielmente a minha missão. Amen.
Contemplatio
Quando Nosso Senhor enche um coração dedicado ao seu amor, brilha através deste coração e derrama à sua volta graças abundantes. Apraz-se em abençoar o ministério daqueles que ama. Sigamos, portanto, o conselho divino, subamos para o oceano das graças e nele havemos de encontrar todas as bênçãos. Mas antes de falar aos outros do Sagrado Coração, é preciso aproveitar para si mesmo os tesouros deste Coração divino. Quem quer estender o reino do Sagrado Coração deve primeiro dedicar-lhe toda a sua vida. É preciso que ele se torne o objecto único dos afectos, das preocupações daqueles que dedicam as suas vidas a dá-lo a conhecer, a fazê-lo amar. Há uma primeira vitória a alcançar sobre todos os nossos defeitos, antes de irmos combater contra os defeitos dos outros. A virtude do apóstolo produz mais frutos de graça do que o seu talento. Compreende-se que uma influência sobrenatural é facilmente exercida por aquele no qual habitam Nosso Senhor com o Espírito Santo. (Leão Dehon, OSP 4, p. 202)
Actio
Repete frequentemente e vive hoje a Palavra:
«Fiel é Deus, por quem fostes chamados à comunhão com seu Filho» (1 Cor 1, 9).

O MARTÍRIO DE JOÃO BATISTA-Adélio Francisco.


REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 29/08/2019
-Marcos 6,17-29

MARTÍRIO DE JOÃO BATISTA

Anunciar a Palavra de Deus aos irmãos, sempre foi uma tarefa difícil, principalmente no mundo em que vivemos, pois temos que denunciar o erro e anunciar a verdade. Mas é tarefa de todos nós. 
 Vivemos, hoje, um tempo privilegiado na Igreja. Tempo de movimentos religiosos que têm trazido benefícios à religião. Por toda parte está havendo retomada de consciência. Cada um vai assumindo o seu papel. Cresce sempre mais o sentido de comunidade. Vamos descobrindo o que significa ser povo de Deus.
  O Povo de Deus é composto pela hierarquia; o clero, e pelos leigos: os cristãos em geral. Tanto os membros da hierarquia, como os que não fazem parte dela, todos são, de um mesmo modo, Povo de Deus.
   Bispos, padres e leigos receberam um mesmo batismo. Todos, por esse mesmo batismo, foram chamados por Cristo. Responsabilizados em uma só obra: a obra do Reino.
  Os dons de Deus são derramados sobre todo Povo. A edificação do Corpo de Cristo é obra comum de todo o Povo de Deus. E para isso todos recebem as graças necessárias.
   Quem zela pela Igreja, zela por si mesmo. Cada um tem uma tarefa. Por pequena que ela seja, diante de Deus, cada serviço é importante. Nada é pequeno no Reino de Cristo. Tudo tem sentido: o sábio e o analfabeto, o rico e o pobre. Todos têm um serviço importante.
   Existem os profetas de hoje: mais estamos falando não dos profetas, que aparecem por aí, com adivinhações. Os profetas no qual falamos, são todos aqueles que Cristo chama para seu serviço. Todos os chamados são responsabilizados por suas funções. Os dons que recebemos acarretam para nós grandes responsabilidades.
   E ninguém é substituído por ninguém. A missão é de cada um. Se não a faço, ninguém a faz. A responsabilidade é totalmente minha.
   O profeta possui a missão que lhe foi dada por Deus. Profetas existiram. Hoje existem profetas. E sempre haverá profetas. Deus nos criou e nos valorizou. Deus quer que nosso aperfeiçoamento seja realizado através de nós mesmos. Não podemos esperar de braços cruzados. A obra de Deus é nossa também. Somos profetas do Reino de Deus.
   Profetas são os que falam em nome de Deus. Os porta-vozes de Deus. É através deles que Deus comunica sua mensagem. Ninguém deve esperar uma comunicação extraordinária do céu. E, sim, ouvir o que dizem os profetas de Deus neste mundo. 
  Deus, em sua a paciência eterna, levou muitos séculos preparando seu povo para receber Seu Filho, o Messias. O nascimento de Jesus não se deu por acaso. E nem de uma honra para outra. Muitos anos antes, já a Escritura falava dele.
   Mesmo assim, Jesus nasce e não é percebido. Certamente que não iam pensar que um Deus pudesse vir ao mundo daquele modo. Jesus passou, aos olhos de todos, simplesmente, como o filho do carpinteiro.
  O povo começa a se movimentar. Um pregador estranho anuncia a chegada do Salvador. Ele diz que o Messias já está por aí. Bem aí no meio do povo.
   Ele diz que é preciso preparar a chegada do Messias. Essa preparação não consiste em festas. Gastos. Banda de música, etc. É questão de limpeza. Mas limpeza do coração. Limpeza interna Trata-se de revisão de vida.
   Este pregador estranho no qual estamos falando é João Batista, também era profeta designado por Deus. Era profeta do Antigo e do Novo Testamento. Com a presença DELE, fecha o Antigo Testamento, e abre o Novo Testamento.
   João era chamado BATISTA, porque administrava um BATISMO de penitência.
   A pregação de João durou alguns meses. Ele não fez milagres e nem anúncios extraordinários, que pudessem atrair a curiosidade do povo. 
  E, no entanto o povo foi a ele. A pregação de João comoveu, porque ele vivia a Mensagem que pregava. O batismo que ele pregava, era convite à mudança de vida. Que cada um começasse em si mesmo a limpeza interior.
   A chegada de Cristo não seria preparada com uma conversa, mas com ação. Por isso ele levava seus ouvintes arrependidos a entrarem dentro dágua. Assim o penitente se sentia mais comovido. A pregação assim lhe falava mais claro.
   O batismo, ou entrada na água, tem dois sentidos: o de morrer ao pecado e o de reviver para Deus.
    Os ouvintes de João eram convidados a tomar um proposito: começar dali para frente, uma vida nova. Uma vida mais justa. Este propósito deveria nascer de um arrependimento profundo de todo mal praticado. 
  A sua pregação foi dirigida no deserto. Mas não era só no deserto " área" pois não tem sentido pregar  num lugar que não tem gente, o povo ia até Ele.  Ainda bem que nem tudo era deserto. Havia quem escutasse a voz do profeta. Muita gente se arrependia e fazia penitência. E foram muitos que receberam o batismo do arrependimento. Muitos se purificavam na água do Jordão. Não apenas no corpo. Por isso, eles começavam dali uma vida totalmente nova. Uma purificação por dentro.
  João era parente de Jesus. João e Jesus tiveram um encontro antes de nascerem. Maria, prima de Izabel, foi a casa dela e dirigiu-lhe a saudação. "Ora, apenas Izabel ouviu a saudação de Maria, a criança saltou no seu seio; e Izabel ficou cheia do Espírito Santo ". 
  João batizava mais estava convencido de que seu batismo era puro simbolismo. Ele sabia que seu batismo era passageiro. Que seu único efeito era o de convidar o povo à conversão. João não tirou partido das circunstâncias em seu favor. Não escondeu a verdade. Falou tudo como era.
    Meus irmãos(a) Celebramos hoje o martírio deste grande homem. Primo e precursor de Jesus. Ele se destacou como homem íntegro, honesto, singelo e  autêntico. Não suportava a imortalidade e a mentira. Dedicou sua vida a anunciar a presença de Jesus, o Salvador. 
   No texto do Evangelho de hoje que a liturgia nos convida a refletir, vemos que João não teve medo de enfrentar o rei Herodes, cujo comportamento moral deixava a desejar. Estava com 31 anos quando foi degolado. Sua cabeça, colocada numa bandeja, foi entregue à amante de Herodes. Mas João Batista vive no céu e continua dizendo à humanidade: "Convertei-vos e crede no Evangelho..." 

PERMANECEMOS NA SANTA PAZ DE DEUS ! 
Adélio Francisco.

MARTÍRIO DE SÃO JOÃO BATISTA. – Olivia Coutinho


Dia 29 de Agosto de 2019

Evangelho de Mc6,17-19

Ter consciência da importância do seguimento a Jesus, muitos de nós temos, mas a dificuldade em viver a radicalidade deste seguimento, nos puxa para trás. Às vezes, até damos passos neste seguimento, mas nos acovardamos mediante as críticas que vamos recebendo devido ao nosso modo diferente de viver, um jeito não compatível com os padrões estabelecidos pela a sociedade. A sociedade ridiculariza quem fundamenta sua vida nos valores do Reino, nos impõe modelos de vida, que foge a verdade do evangelho. Os que resistem a esta imposição do mundo moderno, são descartados e muitas vezes perseguidos. Tudo o que acontece nos dias de hoje, acontecia também, no tempo de Jesus, tanto João Batista quanto o próprio Jesus, sofreram terríveis perseguições por abraçar o projeto de Deus, mas preferiram morrer, a se acovardarem, diante as forças contrárias ao evangelho. Se nós queremos entrar na vida eterna, precisamos pautar a nossa vida, no exemplo de Jesus e de João Batista, não cedermos aos mecanismos usados pelo o mundo moderno que não prioriza a vida. Hoje, a Igreja celebra o martírio de João Batista, o único santo, cujo os dois nascimentos são celebrados: o nascimento para a vida terrena (24/06) e o nascimento para a vida eterna (29/08). O evangelho que a liturgia desta celebração nos convida a refletir, narra o martírio de João Batista, uma cena dura de se imaginar, mas que nos trazem grandes exemplos de quem vai até as últimas consequência em nome da verdade. João Batista, morreu porque disse a verdade a Herodes: “Não te é permitido ficar com a mulher do teu irmão.” Esta advertência de João, causou um grande incômodo a Herodes, principalmente à mulher com quem ele vivia ilegalmente diante de Deus. Tomada pelo o ódio, Herodíades, procurava uma forma de se vingar de João Batista, para alcançar o seu intento, ela não teve escrúpulos em usar a própria filha, como cúmplice do bárbaro assassinato. Herodes, apesar de gostar da pessoa de João, cedeu aos caprichos de sua mulher, permitindo que o mal se apossasse dele, e assim, mandou degolar o profeta. O problema de Herodes, não era com a pessoa de João, o que o incomodava, era a verdade que ele pregava. Como sabemos, a verdade incomoda quem quer permanecer na mentira. E como não se tem meios de eliminar a verdade, o incomodado, tenta eliminar o denunciante, pensando que irá calar a sua voz, o que é um engano, pois nem a morte, faz calar a voz do profeta! O profeta morre, mas suas palavras continuam no mundo de geração a geração, como continuam as palavras de João: “convertei-vos e crede no evangelho.” “Eis o cordeiro de Deus...” Os que detêm o poder, assim como Herodes, continuam não suportando a verdade, porque vivem mergulhados na mentira, e nós, como seguidores de Jesus, não podemos compactuar com tantas mentiras, tantas trapaças, por medo das perseguições. Tenhamos coragem de denunciar, não podemos calar diante as injustiças que desfilam diariamente diante de nós. E se formos perseguidos, por denunciar essas injustiças, não nos entristeçamos, sintamos confortados com uma bem-aventurança: “Felizes os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus” (Mt 5,10).

FIQUE NA PAZ DE JESUS! Olivia Coutinho
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