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quinta-feira, 31 de março de 2016

“LANÇAI A REDE À DIREITA DA BARCA...”.-Olívia Coutinho


Dia 01 de Abril de 2016

 
Evangelho de Jo 21,1-14
 
A ressurreição de Jesus, marcou o início da sua presença  definitiva no meio de nós!
A todo instante, Jesus se faz conhecer através de  pequenos sinais, sinais, que muitas vezes passam despercebidos aos nossos sentidos, por estarmos voltados somente para as coisas do mundo!  E assim, vamos deixando Jesus de lado, quando o que Ele mais quer, é estar conosco! 
  Todos  nós, somos chamados a dar testemunho da ressurreição de Jesus, não, com provas históricas,  e sim, com o  nosso  testemunho  de vida!
O evangelho que a liturgia de hoje nos convida a refletir, nos coloca diante o mar de Tiberíades onde se deu a terceira aparição de Jesus, segundo o evangelista João.
A narrativa nos leva a crer, que mesmo depois de dois encontros com Jesus ressuscitado, de receber as instruções Dele, os discípulos ainda não conseguiam dar passos na evangelização, sem a presença física de Jesus, o grupo, parecia um pouco que perdido, sem saber por onde começar a missão que a eles fora confiada! Talvez, um vacilo na fé, os fizera retroceder, voltar a profissão de antes. Por um momento,  seguindo a iniciativa de Pedro (" Eu vou Pescar") os discípulos abandonam o barco de Jesus, isto é, abandonam  a missão de pescadores de homens e voltam a profissão de antes: pescadores de peixes.
Deste texto, cheio de simbolismo, podemos tirar seguidas lições, mensagens que poderão  nos ajudar muito  na nossa caminhada de fé!
O mar de Tiberíades significa o mundo, ou seja, o campo de trabalho onde o discípulo de Jesus deve atuar. O numero grande de peixes (153) significa a grande quantidade de pessoas a serem “pescadas”,  ou seja, a serem atraídas para o Reino de Deus!
O insucesso da pesca,  vem nos alertar sobre o perigo da nossa autossuficiência, de falarmos por nós mesmos, de  não estarmos unido a Jesus no exercício da nossa  missão! A pesca abundante, fala-nos da importância da nossa obediência a Deus. Os discípulos, só tiveram sucesso na pesca, porque foram obedientes a Jesus quando Ele disse “Lançai a rede à direita da barca e achareis.”  
A partir do mar de Tiberíades, abriram-se as cortinas de uma nova era, sinalizando os primeiros passos da igreja missionária, fundamentada no amor de Cristo, que através do testemunho dos apóstolos, tornou Jesus conhecido em todos os rincões da terra! Depois da pesca milagrosa os discípulo entraram de vez na "Barca" de Jesus, e através deles, o anuncio do Reino se espalhou por todo o universo, como fagulhas de fogo incendiando o coração da humanidade com a presença do Cristo Ressuscitado, tirando uma multidão, da solidão das trevas,  replantando em seus corações, a semente da fé e da esperança!
Quando  sentimos  o horizonte  fugir de nós,  quando nos entregamos ao desanimo,   é sinal de que não estamos reconhecendo  a  presença de Jesus em nossa vida.  
Jesus é o horizonte novo, é Ele, quem nos indica o local onde devemos atuar, onde devemos lançar as suas "redes!"  
É a fé no Cristo ressuscitado, que  nos devolve a alegria de viver, que reacende em nossos corações a chama  da esperança, que devolve o brilho ao nosso olhar!
 
FIQUE NA PAZ DE JESUS! – Olívia Coutinho

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Ciumes na comunidade-Diac.José da Cruz


QUINTA FEIRA DO TEMPO 07/04/2016
1ª Leitura Atos 5, 27-33
Salmo 33(34),2 “Bendirei continuamente o Senhor, seu louvor não deixará meus lábios”
Evangelho João3, 31-36
Nos versículos finais do capítulo 3 de São João, está o relato de uma polêmica envolvendo as comunidades Joaninas. É quase que a única passagem no Novo Testamento, onde é mencionado que Jesus Batizava na Judéia enquanto que João Batista batizava em Enon.
Como acontece ainda hoje, a Comunidade Joanina sentiu ciúmes e inveja porque alguém estava fazendo o mesmo que o seu mestre João, e logo começaram as discussões sobre a questão da purificação, a ponto dos discípulos de João irem “denunciar” o outro “Batista”que já estava ficando mais famoso que o próprio João.
Essa “rixa” entre as comunidades cristãs tradicionais, e as Joaninas, sempre houve e parece que o autor do quarto evangelho, pretendeu, com essa passagem encerrar essa discussão inútil e descabida, sobre quem era superior: Jesus de Nazaré ou João Batista.
E a conclusão final está no evangelho de hoje 3, 31-46 onde somente o primeiro versículo já pôs fim ao debate “Aquele que vem de cima, aquele que vem do Céu é superior a todos. E aqui voltamos lá no início da aula de catequese que Jesus deu a Nicodemos: “Se tenho vos falado de coisas terrenas e não acreditais, como podereis acreditar se eu vos falar de coisas Celestiais?”.
O fato é que, essa polêmica das comunidades Joaninas, conclui de maneira esplendorosa a aula de catequese de Jesus, que saindo da sala de catequese, foi para a prática. Céu, palavra largamente empregada por João, designa lugar de Deus, ora, se Jesus veio do Céu, e dá testemunho das realidades celestes, então ele é Deus!
Não há, portanto, ao homem, nenhuma alternativa para desfrutar da amizade e do Amor que Deus oferece que não seja a Fé em Jesus Cristo, Ele e somente Ele, nos dá a Vida Eterna, que no mesmo evangelho de João, é chamada de Vida Plena, porque supõe o homem na sua totalidade e não apenas o Espírito como imaginavam os gregos influenciados pelo Gnosticismo, para os quais o corpo é a prisão da Alma. A graça é Vivificante, inclusive para o corpo, por isso é Eterna e não sucumbe na morte biológica. Diácono José da Cruz – Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim SP – E-mail cruzsm@uol.com.br)




Jesus e Nicodemos-Diac.José da Cruz


QUARTA FEIRA DO TEMPO PASCAL 06/04/2016
1ª Leitura Atos 5, 17-26
Salmo 33(34), 7 a “Vede, este miserável clamou, e o Senhor o ouviu”
Evangelho João 3, 16-21
Todo capítulo 3 de São João relata a conversa entre Jesus e Nicodemos, um catequizando, que como já vimos ontem, estava a procura de algo mais, e que pelo jeito decidiu-se por Jesus porque aceitou aprofundar seus conhecimentos e o desafio de ouvir ensinamentos sobre outra realidades celestiais, que requerem a abertura da Fé. Vejamos a aula de hoje...
Primeira coisa que Jesus lhe explica: Deus não está brabo com o mundo e nem premeditando alguma vingança contra os maus, expectativa que havia no judaísmo, e que fora inclusive anunciada nas pregações rigorosas de João Batista, Deus ama a humanidade e por isso lhe dá seu único Filho Jesus.
Segundo ponto da aula de catequese, com o melhor de todos os mestres: a Fé em Jesus Cristo dá ao fiel uma nova e inédita expectativa, a Vida Eterna, que de um modo geral não era crença dos Judeus que ainda acreditavam na bênção prometida a Abraão, e que seriam dadas nesta vida terrena: descendência numerosa e terra prometida. A catequese de Jesus muda o foco, agora o horizonte é outro, e o que há além desse horizonte é uma Pátria celestial, que é oferecido ao homem não por algum líder como Moisés, mas pelo, próprio Filho de Deus, bastando Nele Crer. Nicodemos aprende que o Deus da Aliança – Pai de Jesus, não aquele Deus que condena e que pune, mas é o Deus que Ama e quer salvar a todos, não só ao seu povo de Israel.
Terceiro e último ponto dessa maravilhosa aula de catequese noturna, exclusiva para o nosso Nicodemos: O homem que crê nesta nova realidade de uma Vida que vai além da morte, já a tem em si e se compromete com ela, vivendo esta nova dinâmica na qual é inserido pela Graça oferecida por Jesus, sendo algo que ainda se espera na sua plenitude, mas ao mesmo tempo algo que já chegou em Jesus Cristo. Portanto, em Cristo a Luz Divina tornou-se acessível ao homem, mediante a Fé.
Se a nossa catequese cristã não conduzir o catequizando á experimentar essa nova realidade Celestial, oferecida concretamente em Jesus Cristo, continuaremos a ver entristecidos nossos adolescentes comemorando com entusiasmo o Dia da Crisma, porque a partir de então não precisarão mais vir á Igreja...(Diácono José da Cruz – Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim SP – E-mail cruzsm@uol.com.br)


Nicodemos é uma boa pessoa-Diac.José da Cruz


TERÇA FEIRA DO TEMPO PASCAL 05/04/2016
1ª Leitura Atos 4, 32-37
Salmo 92 (93), 1 a “O Senhor é Rei e se revestiu de majestade”
Evangelho João3, 7b-15

Nicodemos é uma boa pessoa, conhece Jesus, sente-se atraído por seus ensinamentos e cada vez quer saber mais, seu coração anda inquieto diante das sábias Palavras do Mestre de Israel. Membro da comunidade de Israel, ele percebe que os ensinamentos dos Doutores e Escribas, sempre têm como referência a tradição do seu povo, fatos concretos que Deus realizou a favor deles. Jesus, porém, não segue essa mesma linha, há nele algo diferente, sua sabedoria não vem da tradição antiga e seus ensinamentos não apontam na direção de homens grandiosos como Moisés. Não expõe uma simples filosofia de Vida, que é mais uma alternativa entre tantas, mas fala de uma única Verdade, de um único caminho, de uma Vida que se refaz e se renova, permitindo inclusive ao homem renascer.
Vai procurá-lo de noite para mais uma aula de catequese e desta vez não resiste e pergunta-lhe como é possível um homem nascer de novo.
A Salvação trazida por Jesus, e que é oferecida a toda humanidade, diferente da tradição antiga por conta da qual os Israelitas sentiam-se privilegiados, só acontece se houver uma abertura diante da Vontade de Deus. Abandonar antigos princípios e conceitos, deixar a tradição religiosa de lado e aceitar o desafio de ser uma Nova Pessoa, moldando-se ao Modelo de homem Novo que é Jesus Cristo, assim é que ele se apresenta diante de Nicodemos naquele momento, quando a aula de catequese chegou ao seu ápice: Nicodemos já têm a resposta que queria, já sabe quem é Jesus Cristo e o que têm de fazer.
Agora é “Pegar ou Largar”, ou rompe com todo um passado e uma tradição e fica com Jesus, aceitando-o como Mestre e Senhor, ou então não poderá mais frequentar a catequese, que a partir de agora vai falar de coisas celestiais, que só podem ser compreendidas na Fé, isso é, por quem aderiu a Jesus Cristo.
A Catequese de Jesus para com Nicodemos, não é Doutrinal, mas querigmática, que provoca inquietação e fascínio por Jesus, conduzindo o catequizando a um ponto em que terá que decidir se quer ou não ser Discípulo de Jesus. Assim tem que ser também nossa catequese, para levar os catequizandos a descobrirem a beleza, o fascínio e o encanto de se viver a Fé em Jesus Cristo. Daí o conhecimento os levará a um momento decisivo em suas vidas, e como aconteceu com Nicodemos, é “tudo” ou “nada”, é “pegar ou largar”. (Diácono José da Cruz – Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim SP – E-mail cruzsm@uol.com.br)



JESUS, O FILHO DE MARIA!-Diac.José da Cruz

ANUNCIAÇÃO DO SENHOR SEGUNDA FEIRA 04/04/2016
1ª Leitura Isaias 7, 1—14;8,;10
Salmo 39 (40) 8 a  9 a “Eis que eu venho.Fazer a vossa vontade, meu Deus, é o que me agrada”
2ª Leitura Hebreus 10, 4-10
Evangelho Lucas 1, 26-38
                                   JESUS, O FILHO DE MARIA!"
Depois do nome, a referência mais importante de uma pessoa é a sua filiação, filho de fulano e de cicrana, ter uma mãe e um pai, uma origem, algo que está na essência da nossa humanidade, sem essa referência, até da existência se pode duvidar. Quem é ele, filho de quem, onde mora? O Filho de Deus, onipotente, onipresente, onisciente, aceita trilhar o mesmo caminho do homem. A encarnação é obra de Deus, mas que irá acontecer com a colaboração do homem.
O rei Davi era a dinastia mais famosa de Israel, pois unificara o norte e o sul formando um dos maiores impérios do oriente, o povo sonhava com aqueles tempos em que Israel era uma nação respeitada e temida pelas demais, pois o rei Davi impunha respeito, pelo poder do seu numeroso exército, mas acima de tudo por ter sido ungido do Senhor, pois ser rei era uma missão divina. As profecias falavam que o esperado messias era dessa família e que seria igual ou até melhor que Davi, ele era para o povo o braço poderoso de Deus lutando a favor dos pobres, alinhando-se com os homens justos e punindo os maus.
Os grandes acontecimentos ou decisões importantes que representem mudança na vida do povo, só poderiam ocorrer no meio dos poderosos, ao povo cabia ouvir, dizer amém e agüentar as conseqüências. Entretanto a vinda do messias começa a ser articulada entre Deus e uma mocinha pobre da periferia chamada Nazaré, até ela própria fica assustada e surpresa quando percebe que está em suas mãos mudar os rumos da história do seu povo. A mudança dos rumos de uma nação, só começa a acontecer de fato, quando o povo descobre a sua força. Deus nunca seguiu as estruturas humanas para realizar a salvação da humanidade, escolhe como parceiro pessoas fracas, aparentemente incapazes de fazer qualquer mudança.
Por caminhos tortuosos, incompreensíveis para os homens, Deus irá cumprir com a promessa, o noivo de Maria chama-se José e pertence a família do grande rei Davi mas apesar disso, José é um homem do povo, que vive de sua profissão de carpinteiro. E Maria? Quais eram seus planos de vida?
Todos nós temos de ter um projeto de vida, quem não tem, acaba não vivendo bem e nem sabe o sentido da vida. Maria estava prometida em casamento a José, como seu povo ela também esperava o messias, ela também alimentava no coração a esperança de dias melhores.
E em um momento de oração Maria se abre para ouvir a Deus e descobrir a sua vontade a seu respeito. Somente uma fé madura e consciente consegue se abrir diante de Deus e ao mesmo o questiona. Há certas coisas em nossa vida de difícil solução, e que seria tão bom se Deus fizesse do nosso jeito. Não que Deus seja sempre do contra, mas nunca vai ser do nosso jeito. Em Maria vemos o que é realmente a fé, quando não fazemos questão que seja do nosso jeito, mas sim do jeito de Deus, daí é que as coisas vão acontecer. Só que o jeito de Deus não é muito fácil de aceitar porque ultrapassa a lógica humana.
Maria não é casada, não tem marido, quando ela apresenta essa dificuldade o anjo anuncia que as coisas irão acontecer do jeito de Deus e para que Maria possa confiar é lhe dado um sinal, a prima Isabel, avançada em idade e ainda por cima estéril, irá conceber uma criança. Os sinais de Deus nunca seguem a lógica humana, mas é preciso confiar. E Maria aceita totalmente a missão, que não será das mais fáceis, abre mão de todos os seus planos, inclusive o casamento com José, ela aceita o risco de ser acusada de infidelidade, o que poderia fazer com que fosse condenada á morte, caso o noivo a denunciasse.
Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a vossa palavra - Para nós, hoje é muito fácil aceitar e entender essa história. Mas pensemos um pouco em Maria, que não fazia idéia do que vinha pela frente, mas sabia que Deus estava com ela.
Hoje o reino de Deus vai acontecendo e sendo edificado em meio aos homens, na medida em que, como Maria, nós aceitamos o desafio, fazendo de nossa vida uma entrega total e silenciosa nas mãos do Pai. Para isso é sempre preciso renovar a cada dia a decisão em favor de Jesus e seu reino...(Diácono José da Cruz – Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim SP – E-mail cruzsm@uol.com.br)




O ESPÍRITO QUE DÁ A VIDA PLENA-Diac.José da Cruz

SEGUNDO DOMINGO DA PÁSCOA 03/04/2016
1ª Leitura Atos 5, 12-16
Salmo 117 (118) “Louvai o Senhor, porque ele é bom: porque eterna é a sua misericórdia”
2ª Leitura Apocalípse 1,9-11ª.12-13. 17-19
Evangelho João 20, 19-31
O ESPÍRITO QUE DÁ A VIDA PLENA...”

A descrença de Tomé persiste ainda hoje nas comunidades cristãs, pois em sã consciência, é difícil as vezes, ter a crença inabalável de que o Senhor está vivo e presente na comunidade. Não só porque não podemos vê-lo nem tocá-lo, mas principalmente porque a vida em comunidade nem sempre é o que sonhamos e esperamos.
Como pode Jesus estar presente se certas coisas dão tão errado, como pode Ele estar presente e as intrigas, fofocas, divisões, mal entendidos, ciúmes e inveja, serem tantas no seio da comunidade. Enfim, são tantos pecados da nossa Igreja, da parte dos fiéis e dos ministros, que é impossível crer que o Senhor está realmente presente. Parece mesmo que o Senhor desistiu da barca da Igreja e ela foi a deriva.
O próprio ambiente, e as condições em que a comunidade se encontrava, após a morte de Jesus, já era algo mais para a incredulidade e o fracasso, do que um retorno ao projeto do Reino anunciado por Jesus. Estavam de portas fechada, por medo, provavelmente iriam fazer uma última reunião, dizer que foi um prazer caminharem aqueles três anos juntos, mas que infelizmente era melhor cada um tomar o seu rumo e retornar á vidinha de antes.
Muitos cristãos, marcados por desilusões, pensam assim, alguns até insistem em procurar uma comunidade perfeita e pensam tê-la encontrado, até que nova desilusão provém e a fé vai perdendo o seu encanto. Parece que a Igreja e o Cristianismo, tornaram-se intrusos na vida do homem.
Entretanto, uma assembléia que estava destinada a dissolver-se, porque havia perdido o seu rumo, é surpreendida pela presença do Senhor! É nos momentos de fracasso, medo e desânimo, que Jesus se revela na assembléia. Quantos momentos e períodos assim, a Igreja já não viveu, desde os primórdios até os dias atuais? Digamos que, se ela fosse uma grande “farsa” como pensam alguns “iluminados”, como alguém poderia sustentar uma “farsa” ao longo de dois milênios de História....
“A Paz esteja convosco!” É a primeira saudação do Ressuscitado. Como viver a paz em meio ao “caos” da Família, sociedade, comunidade, será que a Paz tem algum significado, será que ela é realmente buscada? Não! Da parte do homem nada há que se possa fazer para se construir a paz... Que não é ausência de guerras e conflitos, que não é ausência de problemas, isso seria a plenitude, e o ser humano, com suas limitações e fragilidades, jamais concretizaria o sonho da paz, mesmo porque, para quem detém algum poder, paz é quando tudo está sob controle, como era a famosa Pax Romana.
Paz, no contexto da igreja comunidade, é a presença do Senhor, entretanto, é bom compreender bem, o que significa a presença misteriosa de Jesus em nosso meio, pois há muitos que a compreendem como uma espécie de “alívio”. Jesus caminha com a nossa igreja, então vamos deixar que Ele resolva todos os problemas e dificuldades, podemos cruzar nossos braços e ficar no aguardo do grande Dia, em que seremos todos com Ele, arrebatados ao céu....
O evangelho de João, escrito 90 anos após a ascensão de Jesus, quer ajudar as comunidades cristãs, daquele tempo e também as de hoje, a perceberem que a Fé não nasce de uma experiência humana, não é resultado do raciocínio e nem produto da lógica. O Reino de Deus anunciado por Jesus, não é um reino lá de cima, sem qualquer conexão com as realidades humanas, é um reino aqui de baixo, com suas raízes plantadas no chão da história, mas que, apesar disso, não depende do homem, de suas aspirações ou ideologias, para atingir a plenitude.
Este homem novo, que não é alienado, mas que também não é só uma realidade carnal e psíquica, nasceu no “sopro” de Jesus, este homem convocado para viver uma nova realidade celestial, mesmo em meio ao “caos” estabelecido na humanidade, é que forma a Igreja dos que crêem, e que não encontrando em si mesmo uma força que transforme aas relações, sonha, constrói e vai a luta, impelido pelo Espírito do Senhor Ressuscitado, que vai á frente da sua Igreja, como um General vai á frente da Batalha, convicto da vitória.
Há uma missão a cumprir, dificílima e sempre desafiadora, para cada Cristão Batizado, mas o bom êxito da missão está assegurado, porque é o Espírito do Senhor, que nos move, anima, direciona e impulsiona. Não importa as nossas fragilidades, vacilo e indecisões, pois o mais importante é que, como São Tomé, reconheçamos Jesus como nosso único Deus e Senhor, tudo o mais, inclusive a tenebrosa força do mal, está abaixo desse Senhorio, a Soberania pertence a Cristo, e somente a Ele... (Diácono José da Cruz – Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim SP – E-mail cruzsm@uol.com.br)


quarta-feira, 30 de março de 2016

“AS PORTAS FECHADAS” (Pe. Jaldemir Vitório)


(Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta)


DIA 3 DE ABRIL – DOMINGO - Evangelho (João 20,19-31)
II DOMINGO DA PÁSCOA
(BRANCO, GLÓRIA, CREIO, PREFÁCIO DA PÁSCOA I – II SEMANA DO SALTÉRIO)


As portas fechadas por medo dos judeus simbolizavam a situação crítica vivida pela comunidade cristã, quando da morte de Jesus.

Como as portas do local, também estavam fechadas as portas das inteligências e dos corações dos discípulos. O medo era fruto da falta de fé, e esta carência, da incapacidade de aceitar a ressurreição do Senhor como um fato consumado, que eliminava qualquer dúvida ou suspeita. A incredulidade deixara-os confusos, sem rumo, bloqueados pela perplexidade diante da morte do Mestre.

 Foi preciso uma intervenção enérgica do Mestre para arrancá-los dessa lastimável situação. E a ação do Senhor foi progressiva: fez-se presente no lugar em que se encontravam, mesmo estando fechadas as portas, como se as estivesse escancarando; exortou-os a recobrar a paz interior, deixando de lado os sentimentos negativos que agitavam seus corações; fez-lhes compreender que estavam diante do mesmo Jesus que fora crucificado – as marcas nas mãos e no lado não davam margem para dúvidas –; finalmente, comunicou-lhes o Espírito Santo e os enviou em missão.

O medo e o consequente ensimesmar-se têm sido, ao longo dos séculos, a grande tentação dos discípulos de Jesus. A hostilidade do mundo somada à precariedade da fé explicam esta atitude. É mister deixar que o Ressuscitado rompa as barreiras  e nos envie em missão, com a força do Espírito.

Oração

Pai, abre todas as portas que me mantém fechado no medo e na insegurança, para que eu vá ao encontro do mundo a ser evangelizado.




Santo do Dia / Comemoração (Santas Irene, Quiônia e Ágape):

A Igreja comemora hoje o dia de Santa Irene e suas irmãs, Santa Quiônia e Santa Ágape. As mártires Agápia, Irene e Quiônia eram irmãs e moravam perto da cidade de Aquiléia, no norte da Itália, no final de seculo III. Ainda meninas, elas ficaram órfãs, decidiram não casar e levavam uma vida piedosa.

Essas três irmãs foram martirizadas por volta do ano 304, durante perseguição de Diocleciano por haverem escondido grande parte de livros cristãos em casa.

O imperador Diocleciano começou perseguir implacavelmente os cristãos, de modo que todas as prisões eram superlotadas por eles.

Ao saber que foram denunciadas ao imperador, Irene e suas irmãs tentaram refugiar-se nas montanhas, porém foram encontradas e condenadas a morrer queimadas vivas. Foram levadas à presença do governador da Macedônia e submetidas a interrogatório, confessaram sua fé. Ágape e Quiônia foram imediatamente levadas ao martírio e queimadas vivas. Santa Irene foi interrogada novamente.

Como manteve firme sua profissão de fé foi colocada nua em um bordéu, como ninguém ousou tocá-la foi levada novamente ao imperador que a condenou a morte, sendo queimada viva juntamente com seus livros. 

Na missa dedicada a elas, é feita menção de que elas não tiveram medo nem de feras, nem de mutilações, nem de outras torturas. Santa Anastácia, chamada de Livradora dos Acorrentados, porque ela aliviava as dificuldades dos prisioneiros cristãos, sepultou as santas relíquias. 

    Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR


REFLEXÃO 

Estas três irmãs tinham a fé em Deus tão grande, tão inabalável, que não tiveram medo das torturas e ofereceram a sua juventude a Cristo, sofrendo por Ele.

Elas entregaram-lhe a sua vida na terra, para receber a vida no Céu. Agora elas se alegram no Reino da luz eterna. Por suas orações, que Deus nos dê a força necessária para levar uma vida cristã.

ORAÇÃO 

Santas mulheres, que preferiram perder a vida da forma mais cruel possível a negar a fé em Cristo Jesus, dai-nos vossa proteção nos tempos em que vivemos, os quais nos levam a grandes perigos de pecar, rogando por nós, agora e sempre. Amém.


Santas Irene, Quiônia e Ágape, rogai por nós.



Enviado por: Ademilson Moura – Paróquia Santo Antônio – Pirassununga-SP.

“SUPERANDO A INCREDULIDADE” (Pe. Jaldemir Vitório)


(Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta)


DIA 2 DE ABRIL  SÁBADO - EVANGELHO (MARCOS 16,9-15)
OITAVA DA PÁSCOA
(BRANCO, GLÓRIA, PREFÁCIO DA PÁSCOA I – OFÍCIO PRÓPRIO)


 A superação da incredulidade, por parte dos primeiros discípulos, aconteceu mediante um penoso caminho trilhado pela comunidade a fim de entender o que se passara com o Senhor. Não dava para acreditar que estivesse vivo quem fora vítima de horrenda morte de cruz! As imagens do Mestre desfigurado pelas torturas, cravado na cruz, com o lado perfurado por uma lança estavam ainda demasiadamente vivas na memória dos discípulos, para que pudessem dar crédito ao que se falava a respeito da ressurreição de Jesus.

O testemunho de quem havia dado o passo da fé era sumariamente desprezado. Quando Maria Madalena comunicou aos discípulos – tristonhos e imersos em pranto – que o Senhor estava vivo, eles não lhe deram crédito. Igualmente, não acreditaram nos dois discípulos que tinham tomado consciência da ressurreição de Jesus, enquanto voltavam  para o campo.

A incredulidade dos Onze só foi superada após a refeição com o Mestre. A censura que ele lhes dirigiu, por serem duros de coração, valeu também para todos quantos persistiam em lastimar a morte do amigo, sem se darem conta de que algo novo havia acontecido.

Era urgente deixar a incredulidade de lado, pois tinham uma grande missão a cumprir: ir pelo mundo inteiro e proclamar o Evangelho a toda criatura. O conteúdo da Boa-Nova  a ser anunciada consistia exatamente no fato da ressurreição do Senhor e que por meio dela era possível obter a salvação oferecida pelo Pai cada ser humano.

Oração

Pai, livra-me da incredulidade que me impede de ser proclamador da ressurreição de teu Filho Jesus, por quem nos é oferecida a tua salvação.
 




Santo do Dia / Comemoração (São Francisco de Paula):


No dia 27 de março de 1416, nasceu, numa família de lavradores, um menino que recebeu o nome de Francisco, em homenagem ao Pobrezinho de Assis.

Sua família, muito religiosa, foi o berço de uma esplendorosa vocação. 

Aos onze anos, Francisco foi viver no convento dos franciscanos. Francisco começou a observar a regra com tanta exatidão, que se tornou modelo até para os frades mais experimentados nas práticas religiosas. 

Dois anos depois vestiu o hábito. Sua vida no convento franciscano foi cercada de prodígios. Encarregado da cozinha, Francisco colocou os alimentos na panela e esta sobre o carvão, esquecendo-se contudo de acendê-lo. Foi depois para a igreja rezar e entrou em êxtase, esquecendo-se da hora. Quando alguém, que passara pela cozinha e vira o fogo apagado, chamou-o perguntando se a refeição estava pronta, Francisco, sem titubear, respondeu que sim. E chegando à cozinha, encontrou o fogo aceso e os alimentos devidamente cozidos.

Algum tempo depois nosso jovem teve de retornar para a família pois estava com uma grave enfermidade nos olhos. Junto com seus pais pediu para que São Francisco de Assis o ajudasse a ficar curado. Assim, aos treze anos, curado de sua enfermidade, Francisco foi se dedicar à oração contemplativa e à penitência, nas montanhas da região. 

Viveu por cinco anos alimentando-se de ervas silvestres e água, dormindo no chão, tendo como travesseiro uma pedra. Fundou primeiro um mosteiro e com isso consolidou uma nova Ordem religiosa, que deu o nome de "Irmãos Mínimos". Seu lema era:

"Quaresma perpétua", o que significava a observância do rigor da penitência, do jejum e da oração contemplativa durante o ano todo, seguida da caridade aos mais necessitados e a todos que recorressem à eles.

Francisco passava as noites em prece. Seu hábito era de um tecido grosseiro, que ele portava de dia e de noite. Seu rosto, sempre tranquilo e ameno, parecia não se ressentir das austeridades que praticava nem dos efeitos da idade, pois era cheio, sereno e rosado. 

Sua fama de possuir dons de cura, prodígios e profecia chegaram ao Vaticano, e o Papa Paulo II resolveu mandar um comissário pessoalmente averiguar se as informações estavam corretas. Sabiamente o comissário papal constatou-se que Francisco de Paula era portador de todos esses dons. 

Depois, o Papa mandou que Francisco de Paula fosse à França, pois o rei, Luís XI, estava muito doente e desejava se preparar para a morte ao lado do famoso monge. A conversão do rei foi extraordinária. Antes de morrer restabeleceu a paz com a Inglaterra e com a Espanha e nomeou Francisco de Paula, diretor espiritual do seu filho, o futuro Carlos VIII, rei da França.

Ele morreu, aos noventa e um anos de idade. A fama de sua santidade só fez aumentar, tanto que doze anos depois, em 1519, o Papa Leão X autorizou o culto de Santo Francisco de Paula, cuja festa litúrgica ocorre no dia de sua morte. 

Suas devoções particulares consistiam em cultuar o mistério da Santíssima Trindade, da Anunciação da Virgem, da Paixão de Nosso Senhor, bem como os santíssimos nomes de Jesus e Maria. 

    Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR

 REFLEXÃO

 “Não houve jamais mal, por maior e mais incurável que parecesse, que pudesse resistir à sua voz ou ao seu toque. Acorria-se a ele de todas as partes, não só um a um, mas em grandes grupos e às centenas, como se ele fosse o Anjo Rafael e um médico descido do Céu; e, segundo o testemunho daqueles que o acompanhavam ordinariamente, ninguém jamais retornou descontente, mas cada um bendizia a Deus de ter recebido o cumprimento do que desejava”.

ORAÇÃO

Ó Deus, só vós sois santo e sem vós ninguém pode ser bom. Pela intercessão de São Francisco de Paula, dai-nos viver de tal modo, que não sejamos despojados da vossa glória. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.


São Francisco de Paula , rogai por nós.



Enviado por: Ademilson Moura – Paróquia Santo Antônio – Pirassununga-SP.

O ESPÍRITO QUE DÁ A VIDA PLENA-Diac. José da Cruz

SEGUNDO DOMINGO DA PÁSCOA 03/04/2016
1ª Leitura Atos 5, 12-16
Salmo 117 (118) “Louvai o Senhor, porque ele é bom: porque eterna é a sua misericórdia”
2ª Leitura Apocalípse 1,9-11ª.12-13. 17-19
Evangelho João 20, 19-31
O ESPÍRITO QUE DÁ A VIDA PLENA...”

A descrença de Tomé persiste ainda hoje nas comunidades cristãs, pois em sã consciência, é difícil as vezes, ter a crença inabalável de que o Senhor está vivo e presente na comunidade. Não só porque não podemos vê-lo nem tocá-lo, mas principalmente porque a vida em comunidade nem sempre é o que sonhamos e esperamos.
Como pode Jesus estar presente se certas coisas dão tão errado, como pode Ele estar presente e as intrigas, fofocas, divisões, mal entendidos, ciúmes e inveja, serem tantas no seio da comunidade. Enfim, são tantos pecados da nossa Igreja, da parte dos fiéis e dos ministros, que é impossível crer que o Senhor está realmente presente. Parece mesmo que o Senhor desistiu da barca da Igreja e ela foi a deriva.
O próprio ambiente, e as condições em que a comunidade se encontrava, após a morte de Jesus, já era algo mais para a incredulidade e o fracasso, do que um retorno ao projeto do Reino anunciado por Jesus. Estavam de portas fechada, por medo, provavelmente iriam fazer uma última reunião, dizer que foi um prazer caminharem aqueles três anos juntos, mas que infelizmente era melhor cada um tomar o seu rumo e retornar á vidinha de antes.
Muitos cristãos, marcados por desilusões, pensam assim, alguns até insistem em procurar uma comunidade perfeita e pensam tê-la encontrado, até que nova desilusão provém e a fé vai perdendo o seu encanto. Parece que a Igreja e o Cristianismo, tornaram-se intrusos na vida do homem.
Entretanto, uma assembléia que estava destinada a dissolver-se, porque havia perdido o seu rumo, é surpreendida pela presença do Senhor! É nos momentos de fracasso, medo e desânimo, que Jesus se revela na assembléia. Quantos momentos e períodos assim, a Igreja já não viveu, desde os primórdios até os dias atuais? Digamos que, se ela fosse uma grande “farsa” como pensam alguns “iluminados”, como alguém poderia sustentar uma “farsa” ao longo de dois milênios de História....
“A Paz esteja convosco!” É a primeira saudação do Ressuscitado. Como viver a paz em meio ao “caos” da Família, sociedade, comunidade, será que a Paz tem algum significado, será que ela é realmente buscada? Não! Da parte do homem nada há que se possa fazer para se construir a paz... Que não é ausência de guerras e conflitos, que não é ausência de problemas, isso seria a plenitude, e o ser humano, com suas limitações e fragilidades, jamais concretizaria o sonho da paz, mesmo porque, para quem detém algum poder, paz é quando tudo está sob controle, como era a famosa Pax Romana.
Paz, no contexto da igreja comunidade, é a presença do Senhor, entretanto, é bom compreender bem, o que significa a presença misteriosa de Jesus em nosso meio, pois há muitos que a compreendem como uma espécie de “alívio”. Jesus caminha com a nossa igreja, então vamos deixar que Ele resolva todos os problemas e dificuldades, podemos cruzar nossos braços e ficar no aguardo do grande Dia, em que seremos todos com Ele, arrebatados ao céu....
O evangelho de João, escrito 90 anos após a ascensão de Jesus, quer ajudar as comunidades cristãs, daquele tempo e também as de hoje, a perceberem que a Fé não nasce de uma experiência humana, não é resultado do raciocínio e nem produto da lógica. O Reino de Deus anunciado por Jesus, não é um reino lá de cima, sem qualquer conexão com as realidades humanas, é um reino aqui de baixo, com suas raízes plantadas no chão da história, mas que, apesar disso, não depende do homem, de suas aspirações ou ideologias, para atingir a plenitude.
Este homem novo, que não é alienado, mas que também não é só uma realidade carnal e psíquica, nasceu no “sopro” de Jesus, este homem convocado para viver uma nova realidade celestial, mesmo em meio ao “caos” estabelecido na humanidade, é que forma a Igreja dos que crêem, e que não encontrando em si mesmo uma força que transforme aas relações, sonha, constrói e vai a luta, impelido pelo Espírito do Senhor Ressuscitado, que vai á frente da sua Igreja, como um General vai á frente da Batalha, convicto da vitória.
Há uma missão a cumprir, dificílima e sempre desafiadora, para cada Cristão Batizado, mas o bom êxito da missão está assegurado, porque é o Espírito do Senhor, que nos move, anima, direciona e impulsiona. Não importa as nossas fragilidades, vacilo e indecisões, pois o mais importante é que, como São Tomé, reconheçamos Jesus como nosso único Deus e Senhor, tudo o mais, inclusive a tenebrosa força do mal, está abaixo desse Senhorio, a Soberania pertence a Cristo, e somente a Ele... (Diácono José da Cruz – Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim SP – E-mail cruzsm@uol.com.br)



A propaganda é a alma do negócio-Diac. José da Cruz


                   SÁBADO DA OITAVA DA PÁSCOA 02/04/2016
1ª Leitura Atos 4, 13-21
Salmo 117 (118) “Graças vos dou porque me ouvistes”
Evangelho Mateus 16, 9-15
                                  Claro que a propaganda é a alma do negócio, o pessoal da área de marketing defende essa ideia de com unhas e dentes e não estão errados! Mas há também uma propaganda eficiente e que dizem ser tiro e queda, é aquela passada de boca em boca " Comprei tal produto porque meu vizinho comprou,  e disse que é bom"
Jesus poderia fazer um grande estardalhaço em sua volta, aparecer no Palácio dos poderosos, aparecer no meio do Conselho do Sinédrio, para desafiá-los e convocar uma mega concentração em Jerusalém para comunicar oficialmente que ele estava Vivo e que agora iria dar as cartas, humilhando os que conspiraram contra ele e tramaram sua morte. Os marqueteiros de plantão até lamentam "Ah se eu estivesse lá para preparar a volta de Jesus em grande estilo!"
Não que Jesus e seu evangelho não precisem de divulgação, precisa sim, mas o cristianismo não pode ser feito de "oba-oba". Por isso Jesus descarta sua volta em uma Glória Messiânica, como os Judeus esperavam, e prefere a comunicação boca a boca, apareceu por primeiro a Maria Madalena, diz o evangelho, que já tinha experimentado á sua Força Libertadora, esta mulher vai correndo anunciar aos irmãos da comunidade, que ainda estavam guardando o luto e chorando de tristeza, marcados pela aflição, mas eles não acreditaram no anúncio e no testemunho da mulher, talvez porque não podiam admitir a ideia de que Jesus não viesse direto a eles, mas primeiro aparecesse a uma mulher....era inconcebível.
Mais tarde Jesus apareceu a dois discípulos que iam para Emaús e estes foram anunciá-lo aos demais, mas quem diz que os discípulos acreditaram,....Talvez estivessem excessivamente preocupados sobre que rumo iriam tomar, o que deveriam fazer, Jesus lhes havia dito apenas para propagarem o evangelho e batizar as pessoas, nada mais. Madalena e os dois discípulos que haviam feito essa experiência, estavam fazendo exatamente o que o Mestre havia mandado. Talvez estivessem fazendo alguma reunião de planejamento pastoral, as vezes fazemos uma reunião para preparar outra reunião....
Os discípulos, tanto como os agentes pastorais de nossos tempos, queriam FAZER. Então durante uma refeição quando estavam é mesa Jesus apareceu aos onze e deu uma "dura" por não terem acreditado no anúncio e no Testemunho que haviam presenciado. E para que não houvesse mais dúvidas sobre a missão primária da Igreja, repetiu-lhes o que já lhes havia falado "Ide por todo mundo e pregai o evangelho a toda criatura"
Que a Igreja precisa ter uma organização em sua estrutura e nos trabalhos pastorais, isso não resta a menor dúvida, mas não podemos nos acomodar e deixar que tantos trabalhos e compromissos, acabem sendo mais importantes do que o anúncio e o testemunho pessoal, senão estaremos priorizando o que não é essencial, e o pior, os nossos trabalhos pastorais, tantos encontros e reuniões não passarão de um grande "oba-oba", que não terá nenhuma serventia....Muita propaganda sobre o que fazemos, quem somos na comunidade, a importância daquilo que fazemos. Quando a Jesus e seu evangelho, quando dá tempo a gente se lembra e até fala um pouco dele. "E com licença que agora tenho uma reunião importante...." (Diácono José da Cruz – Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votoraqntim SP- E-mail cruzsm@uol.com.br )