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sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Menina, eu te ordeno: Levanta-te!-Claretianos

Terça-feira, 03 de fevereiro de 2015
Brás, Oscar

Hebreus 12,1-4: Corramos no certame que nos toca correr
Salmo 21: Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?
Mc 5,21-43: Menina, eu te ordeno: Levanta-te!

21 Tendo Jesus navegado outra vez para a margem oposta, de novo afluiu a ele uma grande multidão. Ele se achava à beira do mar, quando 22 um dos chefes da sinagoga, chamado Jairo, se apresentou e, à sua vista, lançou-se aos seus pés, 23 rogando-lhe com insistência: Minha filhinha está nas últimas. Vem, impõe-lhe as mãos para que se salve e viva. 24 Jesus foi com ele e grande multidão o seguia, comprimindo-o. 25 Ora, havia ali uma mulher que já por doze anos padecia de um fluxo de sangue. 26 Sofrera muito nas mãos de vários médicos, gastando tudo o que possuía, sem achar nenhum alívio; pelo contrário, piorava cada vez mais. 27 Tendo ela ouvido falar de Jesus, veio por detrás, entre a multidão, e tocou-lhe no manto. 28 Dizia ela consigo: Se tocar, ainda que seja na orla do seu manto, estarei curada. 29 Ora, no mesmo instante se lhe estancou a fonte de sangue, e ela teve a sensação de estar curada. 30 Jesus percebeu imediatamente que saíra dele uma força e, voltando-se para o povo, perguntou: Quem tocou minhas vestes? 31 Responderam-lhe os seus discípulos: Vês que a multidão te comprime e perguntas: Quem me tocou? 32 E ele olhava em derredor para ver quem o fizera. 33 Ora, a mulher, atemorizada e trêmula, sabendo o que nela se tinha passado, veio lançar-se aos seus pés e contou-lhe toda a verdade. 34 Mas ele lhe disse: Filha, a tua fé te salvou. Vai em paz e sê curada do teu mal. 35 Enquanto ainda falava, chegou alguém da casa do chefe da sinagoga, anunciando: Tua filha morreu. Para que ainda incomodas o Mestre? 36 Ouvindo Jesus a notícia que era transmitida, dirigiu-se ao chefe da sinagoga: Não temas; crê somente. 37 E não permitiu que ninguém o acompanhasse, senão Pedro, Tiago e João, irmão de Tiago. 38 Ao chegar à casa do chefe da sinagoga, viu o alvoroço e os que estavam chorando e fazendo grandes lamentações. 39 Ele entrou e disse-lhes: Por que todo esse barulho e esses choros? A menina não morreu. Ela está dormindo. 40 Mas riam-se dele. Contudo, tendo mandado sair todos, tomou o pai e a mãe da menina e os que levava consigo, e entrou onde a menina estava deitada. 41 Segurou a mão da menina e disse-lhe: Talita cumi, que quer dizer: Menina, ordeno-te, levanta-te! 42 E imediatamente a menina se levantou e se pôs a caminhar (pois contava doze anos). Eles ficaram assombrados. 43 Ordenou-lhes severamente que ninguém o soubesse, e mandou que lhe dessem de comer.  

COMENTÁRIO

A ressurreição da filha de Jairo vai acompanhada, nos três sinóticos, da cura da mulher com fluxo de sangue. Talvez a palavra chave, como os doze anos (vv. 25 e 42), tenha contribuído para abranger ambas as tradições. Talvez tenha sido fruto da realidade histórica em si. A situação de Jesus, desconhecido até realizar alguns milagres, se repete no episódio da filha de Jairo. Dá a impressão de que ele não tivesse chegado a dominar o seu poder. Brilha, porém distante da multidão, despedida às pressas (v. 40). Leva consigo somente seus três discípulos de sempre, como para ter um testemunho de autenticidade: não presta atenção aos parentes (v. 37), reprova os descrentes (v. 39). Qual a razão? Lucas deverá fazer muitos retoques para imprimir à cena um tom de bondade. Porém, a atitude de Jesus é compreensível diante da possibilidade de distorção de sua missão, da possibilidade de ser considerado um simples curandeiro. Não entendiam que os milagres eram sinal de seu messianismo e que se requer a fé para entrar na dimensão da doação. “Filha, tua fé te curou!” “Não temas, basta que tenhas fé”. Por sobre a longa adversidade e até sobre a morte é a mensagem de então e de sempre”.

Este menino será sinal de contradição-Claretianos

Segunda-feira, 02 de Fevereiro de 2015
Apresentação do Senhor
Nossa Senhora das Candeias 

Malaquias 3,1-4: Entrará no santuário do Senhor
Salmo 23: O Senhor é o rei da glória
Hebreus 2,14-18: Tinha que parecer-se em tudo aos humanos
Lucas 2,22-40: Este menino será sinal de contradição

22 Concluídos os dias da sua purificação segundo a Lei de Moisés, levaram-no a Jerusalém para o apresentar ao Senhor, 23 conforme o que está escrito na lei do Senhor: Todo primogênito do sexo masculino será consagrado ao Senhor (Ex 13,2); 24 e para oferecerem o sacrifício prescrito pela lei do Senhor, um par de rolas ou dois pombinhos. 25 Ora, havia em Jerusalém um homem chamado Simeão. Este homem, justo e piedoso, esperava a consolação de Israel, e o Espírito Santo estava nele. 26 Fora-lhe revelado pelo Espírito Santo que não morreria sem primeiro ver o Cristo do Senhor. 27 Impelido pelo Espírito Santo, foi ao templo. E tendo os pais apresentado o menino Jesus, para cumprirem a respeito dele os preceitos da lei, 28 tomou-o em seus braços e louvou a Deus nestes termos: 29 Agora, Senhor, deixai o vosso servo ir em paz, segundo a vossa palavra. 30 Porque os meus olhos viram a vossa salvação 31 que preparastes diante de todos os povos, 32 como luz para iluminar as nações, e para a glória de vosso povo de Israel. 33 Seu pai e sua mãe estavam admirados das coisas que dele se diziam. 34 Simeão abençoou-os e disse a Maria, sua mãe: Eis que este menino está destinado a ser uma causa de queda e de soerguimento para muitos homens em Israel, e a ser um sinal que provocará contradições, 35 a fim de serem revelados os pensamentos de muitos corações. E uma espada transpassará a tua alma. 36 Havia também uma profetisa chamada Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser; era de idade avançada. 37 Depois de ter vivido sete anos com seu marido desde a sua virgindade, ficara viúva, e agora com oitenta e quatro anos não se apartava do templo, servindo a Deus noite e dia em jejuns e orações. 38 Chegando ela à mesma hora, louvava a Deus e falava de Jesus a todos aqueles que em Jerusalém esperavam a libertação. 39 Após terem observado tudo segundo a lei do Senhor, voltaram para a Galileia, à sua cidade de Nazaré. 40 O menino ia crescendo e se fortificava: estava cheio de sabedoria, e a graça de Deus repousava nele.

COMENTÁRIO


Esta passagem evangélica agrupa dois episódios diferentes: a apresentação de Jesus no Templo e sua vida oculta em família. A liturgia reúne ambos textos com a finalidade de apresentar uma vida de família vivida com simplicidade, porém com referência explícita a Deus.
A lição sobre a vida oculta de Jesus é muito importante. Ainda que sendo Deus, ele segue as leis naturais do crescimento humano, tanto no plano físico como no plano da sabedoria e do conhecimento. Passando pela infância, pela puberdade, pela adolescência, vive uma kênosis ou ‘rebaixamento” no qual vai assumindo a humanidade em um ocultamento simultâneo de sua divindade. Sendo filho de Deus, como o é, aceita não conhecer senão progressivamente a orientação de sua vida e não procura saber da vontade do Pai senão através do plano de relação e educação que lhe oferece um meio familiar popular de onde “não podia sair nada de bom” (Jo 1,46).
A partir de sua consciência da primeira infância até sua consciência de mortal terrivelmente assustado à hora de seu sacrifício, Jesus assumiu realmente em sua vida humana a palavra do Pai e estabeleceu pela primeira vez uma adequação total entre uma vontade do homem e a vontade de Deus.


Não ensinava como os letrados, mas com autoridade-Claretianos

DOMINGO, 1 de Fevereiro de 2015
Quarto Domingo do Tempo Comum
Cecilio, Viridiana, Severiano

Deuteronômio 18,15-20: Suscitarei um profeta e colocarei minhas palavras em sua boca
Salmo 94: Oxalá escutem a voz do Senhor, não endureçam seu coração
1Coríntios 7,32-35: A mulher solteira se preocupa com as coisas do Senhor, para ser santa
Marcos 1,21-28: Não ensinava como os letrados, mas com autoridade

21 Dirigiram-se para Cafarnaum. E já no dia de sábado, Jesus entrou na sinagoga e pôs-se a ensinar. 22 Maravilhavam-se da sua doutrina, porque os ensinava como quem tem autoridade e não como os escribas. 23 Ora, na sinagoga deles achava-se um homem possesso de um espírito imundo, que gritou: 24 "Que tens tu conosco, Jesus de Nazaré? Vieste perder-nos? Sei quem és: o Santo de Deus! 25 Mas Jesus intimou-o, dizendo: "Cala-te, sai deste homem!" 26 O espírito imundo agitou-o violentamente e, dando um grande grito, saiu. 27 Ficaram todos tão admirados, que perguntavam uns aos outros: "Que é isto? Eis um ensinamento novo, e feito com autoridade; além disso, ele manda até nos espíritos imundos e lhe obedecem!" 28 A sua fama divulgou-se logo por todos os arredores da Galileia.

COMENTÁRO

A palavra Deuteronômio vem de Deuteros = segundo e Nomos = lei. É a segunda versão da legislação mosaica. O Deuteronômio foi elaborado a partir de pequenos fragmentos compilados pelo autor ou pelos autores ao longo de mais de seiscentos anos. O material que conhecemos teve uma origem muito diversificada. Uma parte pertence à grande tradição oral que a confederação de tribos empregou para regular a aplicação da justiça no interior da comunidade e entre as tribos durante o tempo dos Juízes. Esta diversidade foi reelaborada depois do desterro pelos sacerdotes e sábios até alcançar a forma que hoje conhecemos.
O documento teve várias edições com sucessivas ampliações. Insiste na necessidade de viver relações inter-humanas justas. Neste documento a lei não é um conjunto de decretos isolados. Cada preceito está em função de defender a vida e a dignidade de cada pessoa na comunidade. A lei expressa a vida íntima da comunidade, a necessidade de que cada pessoa tenha o mínimo para sobreviver e ninguém viva em uma situação indigna e miserável. Assim a lei deixa de ser uma imperiosa obrigação e passa a ser um “dom” que Deus outorga a todo o povo. Este dom ou aliança se fundamenta no direito de cada família possuir o mínimo necessário, isto é, um pedaço de terra para cultivar e onde possa viver sem ser uma carga para os demais: “Como Javé fez desse país um dom para seu povo, ninguém pode apropriar-se da terra” (Dt 15,4). 
Para o autor a aliança, a lei ou o “dom” devem ser interiorizados. A convivência no país que Deus deu ao povo peregrino exige uma mudança de mentalidade que se traduz em uma organização social onde o direito divino prevaleça sobre todas as instituições. O centro desse direito é a justiça inter-humana, entendida como fundamento da convivência social. “O rei deve ser um irmão que ajuda e não alguém que procura tirar vantagens e interesses pessoais. Este abrir-se generosamente aos outros é o que demonstra a pertença a Javé e o que permite a pertença a este povo”.

Nessa mesma linha situa-se a promessa a respeito do profeta que há de vir. Esse profeta se compara a Moisés. Não vem lembrar ao povo uma ou outra coisa. Vem para indicar qual é o rumo que o povo deve seguir. O profeta se preocupará por manter vivo o Espírito da Lei, tema em que insiste o Deuteronômio, de modo que não se converta em uma mera formalidade, mas que expresse as necessidades vitais da comunidade e de cada ser humano.
O Deuteronômio dá início a uma tendência que Jesus levará adiante. Para Jesus e em geral para todos os profetas, o fundamental da lei é preservar a dignidade, a intimidade e o valor de cada ser humano, o direito a viver em uma comunidade onde seja valorizado pelo que é e não pelo que tem. Desse modo, a legislação deixa de ser um preceito que rege alguma coisa em particular e se converte em expressão das necessidades vitais do ser humano. A isto a bíblia chama “levar a lei no coração”. Esta nova maneira de ver a lei é a que Paulo aplica na carta aos Coríntios. Ele aconselha, sugere, opina, exorta e admoesta tendo em vista a situação da comunidade, no marco social, e a situação da pessoa, no marco da comunidade. Não impõe critérios rígidos que sufoquem a consciência das pessoas, mas busca que cada pessoa esteja satisfeita com sua situação.
A comunidade, preocupada por opiniões adversas ao matrimônio, pergunta ao apóstolo Paulo: “Seria preferível não se casar?” Para Paulo o importante é que cada pessoa da comunidade cristã se sinta a gosto e motivada para servir. Por isso sua mensagem não orienta os que estão casados, mas se preocupa por todos: para que os fiéis não reneguem sua cultura e tradições, mas também para que não a imponham aos demais. Anima os escravos a não desanimar por sua condição e a buscar uma oportunidade para libertar-se. Deste modo, ninguém pode sentir-se nem inferior nem superior aos outros. Todos são iguais porque no interior da comunidade se respeita a diferença. Este é o princípio da igualdade.
Em todos os casos, situações, estados civis, posições sociais... Paulo insiste na urgência de buscar um caminho para viver a liberdade que Cristo nos deixou, pois sendo livres, podemos preparar a irrupção do Reino. O Senhor volta quando a comunidade, livre já de travas sociais, culturais ou ideológicas, dá testemunho de um modo de viver alternativo e libertador.
Esta capacidade para discernir cada situação em particular, foi uma das coisas que a multidão mais Jesus admirou em Jesus. Enquanto outros mestres e líderes respondiam com exaustivas explicações e citando códigos, preceitos e doutrinas, Jesus respondia simplesmente com a verdade.
Jesus mostrou-se interessado na situação particular de cada ser humano: com seus sofrimentos, com as ideias que o atormentavam, com aquelas coisas que o impediam de ser livre e espontâneo. Este interesse não obedecia a um interesse político encoberto, mas a uma genuína valorização de cada pessoa que encontrava no caminho. Muitos movimentos e grupos mostram interesse pelos indivíduos enquanto estes servem a seus interesses proselitistas, enquanto são seus adeptos; logo, porém, que se desentende, as pessoas são ignoradas e marginalizadas. Jesus se manifestou francamente contra este modo de agir e o declarou abertamente: o sábado, ou seja a lei, os costumes, tudo o que é prescrição, está a serviço de cada ser humano e não o contrário. Precisamente sua luta contra os demônios foi uma luta contra as ideologias instaladas nas sinagogas, que buscavam um messias glorioso, um militar implacável, um reformador religioso. Jesus nunca se identificou com esses propósitos.
Por esta razão intima os “espíritos imundos” ou as ideologias opressoras a guardar silêncio. Também não se deixava seduzir com falsas aclamações e reconhecimentos.

O povo simples reconhecia esta luta contra o formalismo da lei e contra a ideologia que a sustentava. A proposta de Jesus libertava o povo da pesada carga moral, econômica e cultural que era cumprir os mais de seis mil preceitos que vigentes para regular todos os aspectos da vida pessoal e comunitária. Muita gente se perguntava: Não será este homem o novo legislador? Não será o homem prometido como substituição do profeta Moisés? Não seria a proposta de Jesus o reinado de Deus, a nova lei? Por que suas ações libertadoras e sua luta contra o mal é tão eficaz?
Hoje a pergunta é:  temos seguido a proposta de Jesus de que cada ser humano tenha um valor inalienável? Cremos que nossa tarefa como anunciadores da boa nova é ajudar a todos os seres humanos a libertar-se das travas que não lhes permitem crescer com liberdade e espontaneidade? A boa nova de Jesus tem um caráter normativo ou a consideramos como se fosse uma notícia a mais do nosso dia a dia.

Oração: Ó Deus, nosso Pai, tu nos amas até o extremo. Ensina-nos a amar aos demais com todas as nossas forças e que nosso amor não fique em palavras bonitas, mas que se traduza em obras de justiça, de amor e de serviço em favor de todas as pessoas. Por Jesus Cristo nosso irmão maior…


quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Jesus envia os apóstolos-Alexandre Soledade

05 - Fevereiro-- Quinta - Evangelho - Mc 6,7-13


Bom dia!
Achei muito interessante e pertinente começar essa reflexão partindo da mensagem inicial proposta no site das Paulinas para esse evangelho… “(…) Jesus não envia os apóstolos para pregar uma nova doutrina, mas para anunciar uma nova realidade e testemunhar uma nova prática: a manifestação do amor que liberta e restaura a vida”.
A cultura judaica é repleta de símbolos e costumes que por si só poderiam nos trazer a imagem ruim. “(…) se os receberem entre se não protestem contra eles”. Se simplificássemos a mensagem no plano literal PODERIAMOS ter um entendimento agressivo, prova disso que uma vez fui indagado por um amigo que sempre teve a impressão de um Jesus arrogante e soberbo. Quem vive dentro da igreja pode até se espantar com essa declaração, mas para aqueles que vivem sem pastor lá fora, não. Onde Ele nos envia, pode haver pessoas com outras opiniões.
Um breve parêntese…
Na realidade o costume Judaico de bater as sandálias simbolizava para que não se trouxessem nenhuma impureza. Se trouxéssemos esse costume a um exemplo mais próximo, seria para uma pessoa que trabalha na recuperação de viciados (drogas, alcoolismo, jogo) um alerta para que não passasse em casa a também fumar; ou aquele que convive com pessoas diariamente adquirisse costumes que não possuía como piadas infames, palavrões, destrato, fofocas…
Jesus bem conhecia a sabedoria do costume judaico e também o quanto outros costumes são facilmente assimilados. Não é difícil de ver católicos lendo horóscopo, fazendo três pedidos na fitinha amarada no braço; não passando por debaixo de escadas, pulando sete ondas, escolhendo cor de roupa para virar de ano (risos). De onde adquirimos esses costumes? Nem bem sabemos! Vá para o Nordeste ou pro Sul e lá passe um ano e ganhe de brinde o sotaque típico da região. Hábitos são como esses sotaques.
Voltando… Jesus roga a Deus por nós que estamos no mundo, mas hoje, aos maduros na fé, os envia aos que também estão, no entanto o desconhecem
“(…) Manifestei o teu nome aos homens que do mundo me deste. Eram teus e deste-mos e guardaram a tua palavra. AGORA ELES RECONHECERAM QUE TODAS AS COISAS QUE ME DESTE PROCEDEM DE TI. Porque eu lhes transmiti as palavras que tu me confiaste E ELES AS RECEBERAM E RECONHECERAM VERDADEIRAMENTE QUE SAÍ DE TI, e creram que tu me enviaste. Por eles é que eu rogo. Não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus. Tudo o que é meu é teu, e tudo o que é teu é meu. Neles sou glorificado. Já não estou no mundo, mas eles estão ainda no mundo; eu, porém, vou para junto de ti. Pai santo, guarda-os em teu nome, que me encarregaste de fazer conhecer, a fim de que sejam um como nós “. (João 17, 6-11)
Esse envio é para os maduros na fé, pois depararemos com pessoas que por muitas vezes tem uma vida repleta de maldades, vícios, ceticismo, crenças, superstições, (…) que antes de terem qualquer contato com a Boa Nova já passaram por terreiros, “benzeções”, simpatias… Que já “apelaram” para todos os “santos”, mas que mesmo assim não temos que nos afastar delas, pois creio que o próprio pastor as trouxe. Mas é certo, não podemos carregar para casa a areia que veio junto.
“(…) Mas viram-nos partir. Por isso, muitos deles perceberam para onde iam, e de todas as cidades acorreram a pé para o lugar aonde se dirigiam, e chegaram primeiro que eles. Ao desembarcar, Jesus viu uma grande multidão e compadeceu-se dela, PORQUE ERA COMO OVELHAS QUE NÃO TÊM PASTOR. E COMEÇOU A ENSINAR-LHES MUITAS COISAS”. (Mateus 6, 33-34)
Quem trabalha com gente que precisa de ajuda para não sucumbir, deve se resguardar em oração. Quem trabalha em hospital nos dá o exemplo. Eles têm por hábito de segurança descartar as roupas em água e sabão, tomar banho e só assim poder brincar com os filhos evitando assim doenças oportunistas.
Quem dedica um pouco do seu tempo para levar Deus às pessoas não precisa fugir delas, mas deve procurar uma vida o mais irrepreensível que for possível para de fato poder ajudá-las e não sucumbir também. Nem todos que procuram por ajuda conhecem a Deus e para levar a manifestação do amor que liberta e restaura a vida é preciso ser a todo instante renovado.
Quais são as areias que precisam deixar nossas sandálias?
Um Imenso abraço fraterno!


Viver pra mim é cristo-Alexandre Soledade

04 - Fevereiro-- Quarta - Evangelho - Mc 6,1-6


Bom dia!
“(…) Viver pra mim é cristo, morrer pra mim é ganho Não há outra questão quando se é cristão, Não pára de lutar, Triunfarei sobre o mal, conquistarei troféus Não há outra questão quando se é cristão, Não pára de lutar” (Viver pra mim é Cristo – Pe. Fábio de Melo)
Esses dias conversando com uma companheira de caminhada divagávamos a ideia que ser cristão dentro da igreja é fácil, pois o difícil é se-lo fora dela onde o mundo de certa forma aprova ou fecha os olhos aos nossos erros, pois também erram e assim justificam-se os seus próprios. Comentávamos também a dureza de ser cristão solitário no serviço, em casa, na igreja…
Perdi a conta quantas vezes uma mensagem aqui escrita foi interpretada como indireta por alguém ou quantas vezes fomos medidos por outros irmãos a procura de um erro, um equivoco, um tropeço. Como partilhei ontem, Deus sabe a hora em que cada um se tornará amadurecido para que Ele possa apresentar Jesus. Enquanto isso, o que devemos fazer é procurar esse amadurecimento que encherá os olhos de Deus de alegria, mas saiba, que no serviço, na caminhada, na vivencia em comunidade (como prefiram) não faltarão as famosas “críticas”. Como o padre canta: Não se para de lutar!
Ave! Todos erram! Mas nem todos conseguem levantaras nossas criticas!
Diz Ricardo Sá que boa parte das coisas que nos chamam atenção podem ter algo de verdade. Que se algo toca e incomoda alguém ao ponto de faze-la refletir deve ser vista como uma dádiva de amor de Deus por seus filhos
Jesus não se deixou abater pelos críticos, mas se entristeceu por não poder fazer o bem ali, pois lhes faltava a fé. Infelizmente, tendo a razão das suas orações a sua frente, não conseguiram vê-lo.
Psicólogos afirmam em vários estudos que “vemos o que desejamos ver”; “filtramos aquilo que nos interessa”, “agrediremos quem nos agredir”, “dissimularemos ser for necessário”, “mentiremos para nos defender”, (…) talvez seja por isso que Jesus tanto intriga quem estuda o comportamento humano. Ele não fazia o óbvio! E nós sim!
Temos mania de desistir mediante as “criticas”; procuramos pessoas para assumirem a culpa de minha própria desmotivação, o famoso “vou deixar a igreja por causa de fulano” (hunf!). Na verdade já quero desistir a um bom tempo, mas fico a procurar alguém que assuma a minha fraqueza! Como já disse hoje: Nem todos conseguem levantar!
Amo os filmes do Rocky Balboa (imagino que alguns já estejam pensando que esteja incitando a violência – risos) e em especial o último, onde o personagem Rocky conversa com seu filho que frustrado diz a seu pai que este é o culpado por seus insucessos. Quantos filhos dizem por ai “quem mandou vocês me porem no mundo”? Mas o pai assim responde:
“(…) Não vai acreditar nisso, mas VOCÊ CABIA NA MINHA MÃO, eu te erguia e falava para sua mãe, esse menino será o melhor rapaz do mundo, esse menino será o melhor que qualquer um que eu já tenha conhecido. E cresceu bem e maravilhoso, FOI MARAVILHOSO TE VER TODOS OS DIAS, FOI COMO UM PRIVILÉGIO. Quando chegou sua hora de ser homem e ir embora, você foi. Mas alguma coisa mudou no caminho, e mudou. DEIXOU DE SER VOCÊ, deixou que as pessoas apontassem para sua face e te dissessem o que não era bom. E QUANDO AS COISAS VÃO MAL, PROCURA ALGUÉM PARA CULPAR. Como se fosse uma sombra. Deixa eu te dizer uma coisa que você já sabe. O mundo não é um mar de rosas. Na verdade é um lugar ruim e asqueroso. E não importa o quão durão você seja, apanhará e ficará de joelhos, e ficará ali se permitir. NEM VOCÊ NEM NINGUÉM, BATERÁ TÃO FORTE QUANTO A VIDA. Não importa o quão forte possa bater, e sim o quanto pode levar golpes e continuar em frente, o muito que pode aguentar e seguir adiante. Assim é a vida! Agora se você sabe o que é que vale, vá e consiga o que vale. Mas deve ser capaz de receber os golpes e não apontar o dedo e dizer que é por culpa desse ou daquele. Os covardes fazem isso, e você não é covarde! Você é melhor do que isso! Sempre vou te amar! sem nada mais importar, sem me importar o que aconteça. É o meu filho, é o meu sangue. É o melhor da minha vida, MAS ENQUANTO NÃO COMEÇAR A ACREDITAR EM SI MESMO, NÃO PODERÁ TER UMA VIDA.”
Jesus poderia ter pedido ao Pai “Me leve de volta óh Pai, eles não valem o sofrimento que passarei”, mas não, Ele prefere ficar!
Não precisamos lutar só! Não seremos covardes se cairmos, mas se desistirmos. Nesses momentos muitos pensam em desistir da vida, do emprego, da família, do casamento, de um trabalho social sem mesmo lutar. Não estou a pedir que ninguém saia no tapa com ninguém, mas como Jesus no evangelho de domingo, passe entre os problemas!
“(…) Quando ouviram isso, todos os que estavam na sinagoga ficaram com muita raiva. Então se levantaram, arrastaram Jesus para fora da cidade e o levaram até o alto do monte onde a cidade estava construída, para o jogar dali abaixo. MAS ELE PASSOU PELO MEIO DA MULTIDÃO E FOI EMBORA”. (Lucas 4, 28-30)
Enfrente os problemas com coragem! Levante! Um cristão nunca para de lutar! Deus te fará forte!
Um Imenso abraço fraterno!



A mulher com hemorragia e a filha de Jairo-Alexandre Soledade

03 - Fevereiro - Terça - Evangelho - Mc 5,21-43

Bom dia!
Esse é um daqueles trechos do evangelho que não tem como dizer que nunca ouviu falar! Quem nunca ouviu a história da mulher com hemorragia e da filha de Jairo? E sabe o que torna mágico a Palavra de Deus? É como disse ontem: sempre algo novo nos salta aos olhos!
NÃO PERCA A ESPERANÇA! Essa é a mensagem de hoje para nossos corações em especial aos que estão aflitos e angustiados.
“(…) Para tudo há um tempo, para cada coisa há um momento debaixo dos céus: tempo para nascer, e tempo para morrer; tempo para plantar, e tempo para arrancar o que foi plantado; tempo para matar, e tempo para sarar; tempo para demolir, e tempo para construir; tempo para chorar, e tempo para rir; tempo para gemer, e tempo para dançar; tempo para atirar pedras, e tempo para ajuntá-las; tempo para dar abraços, e tempo para apartar-se. Tempo para procurar, e tempo para perder; tempo para guardar, e tempo para jogar fora; tempo para rasgar, e tempo para costurar; tempo para calar, e tempo para falar; tempo para amar, e tempo para odiar; tempo para a guerra, e tempo para a paz”. (Eclesiastes 3, 1-8)
Quantas pessoas conhecemos que estão a um passo de “entregar os pontos” por não saber de fato o que as aflige? Não falo de diagnósticos ou doenças, mas do mal silencioso chamado APATIA. São pessoas que o desânimo com a vida tomou proporções que não conseguem mais ter coragem para voltar a caminhar, quiçá lutar. A fé parece que as deixou…
Será?
“(…) A pessoa de fé é aquela que acolhe a revelação divina e responde de forma positiva aos seus apelos. Quando a pessoa acolhe Jesus como sendo o Filho de Deus e procura responder de forma positiva a esta presença de Deus em sua vida, ela é constantemente movida ao encontro de Deus e passa a se beneficiar de suas graças e bênçãos. Mas quem não acolhe a revelação, não reconhece Jesus como o verdadeiro Deus presente no meio de nós, não vai ao seu encontro, não participa da sua vida e do seu projeto de amor e, conseqüentemente, não se beneficia de tudo aquilo que ele nos concede”. (Reflexão proposta pela CNBB)
Quantas pessoas (inclusive nós) já deram (ou demos) por mortas algumas pessoas que se afastaram ou que estão em vidas confusas (drogas, vícios, depressão,…)? Quantas nós até já as enterramos? Jesus, no entanto diz: “(…) NÃO MORREU; ELA ESTÁ DORMINDO”…  Ainda existem pessoas que riem e apontam dedos causando o naufrágio daquele que anda a margem ou fragilizado e o nosso também!
A fé pode fazer coisas inacreditáveis acontecer. Pode até parecer estranho isso ainda acontecer, mas é divino e majestoso acreditar que no meio de uma assembléia, numa missa lotada, num grupo de oração, numa simples reunião a três (…) alguém conseguir, mediante sua fé, tocar na orla do manto de Jesus e ser curado (a).
Bendito aquele que faz como Jairo e sai em busca de Jesus para curar os seus! Bendito aqueles que não perdem a esperança. Bendito aquele que não põe sua confiança em homens e mulheres (que riem e apontam) e depositam em Deus.
Sabemos que muitos que procuram a igreja, sejam nas missas, novenas, nos grupos de oração, nos aconselhamentos, nos pedidos de visita domiciliar, (…), desesperados em busca de respostas e soluções para seus problemas, mas Jesus novamente diz a elas “(…) POR QUE TANTO CHORO E TANTA CONFUSÃO?”. Ele diz não se desespere!
“(…) Pelo desespero, o homem deixa de esperar de Deus sua salvação pessoal, os auxílios para alcançá-la ou o perdão de seus pecados. O desespero opõe-se à bondade de Deus, à sua justiça porque o Senhor é fiel a suas promessas e à sua misericórdia”. CIC § 2091.
Oremos hoje, para que Deus nos reforce a fé, ainda mais que estamos no ano da fé, e que não percamos a esperança pelo irmão ou irmã que adormece e aguarda ser acordado.
Por fim… Depois da cura não o abandone! Dê o alimento! Oferte subsídios! Não são os milagres que fazem alguém ficar nesta ou naquela igreja e sim algo sólido no seu dia-a-dia como a fraternidade, a esperança, a caridade, a compaixão, a verdade e a mudança de vida…
Um imenso abraço fraterno!


Luz para iluminar as nações-Padre Queiroz

02- Fevereiro-Segunda - Evangelho - Lc 2,22-40

Luz para iluminar as nações.
Hoje celebramos com alegria a festa da Apresentação do Senhor. O Evangelho narra a cena. É o que nós contemplamos no quarto mistério gozoso do terço.
Nós admiramos a fidelidade da Família de Nazaré em cumprir os mandamentos religiosos.
Maria e José foram ao Templo e entregaram o filho para Deus. Foi como se dissessem: “Senhor, tome este menino, ele é do Senhor. Pode fazer dele o que o Senhor quiser”.
Esse mesmo gesto os nossos pais fizeram conosco no dia do nosso Batismo, consagrando-nos a Deus. Dali para frente, passamos a ser propriedade de Deus. Nós não pertencemos a ninguém, nem a nós mesmos, mas exclusivamente a Deus. Não podemos fazer da nossa vida o que bem entendermos, pois ela não é nossa.
Entretanto, infelizmente acontece com freqüência de nos esquecermos da nossa consagração batismal, e passamos a conduzir a vida como se ela fosse só nossa!
Por isso que dois de fevereiro é o dia em que nós acendemos uma vela e recordamos o nosso batismo, renovando os nossos compromissos batismais.
Conforme disse o Profeta Simeão, chegou a Luz que veio iluminar as nações. Essa Luz nos iluminou no Batismo e nos tornou um reflexo dela, para iluminar o mundo. Somos como uma antena de televisão: recebemos de Cristo as mensagens e as transmitimos para as pessoas. Hoje é dia de regular a antena, a fim de que esteja bem sintonizada em Cristo. “Cristo, a luz do céu, em ti quer habitar. Deixa a luz do céu entrar!”
“Eu me entrego, Senhor, em tuas mãos”. Ou como disse Maria Santíssima: “Eis aqui a escrava do Senhor. Faça-se em mim conforma a tua Palavra”. A espada que atravessou o coração de Maria foi conseqüência da sua fidelidade a Deus.
Certa vez, uma professora primária deu um trabalho diferente para seus alunos. Pediu que, no dia seguinte, cada um pegasse um vasinho qualquer, tipo potinho de margarina vazio, colocasse terra nele e trouxesse para a escola.
No dia seguinte, ela levou um punhado de feijão bom para semente, deu um grãozinho para cada criança e disse: “Enterrem o feijãozinho, ponham o vasinho na quarto de dormir, reguem todos os dias, mas não mexam no vasinho”.
Algumas semanas depois, todas as crianças se surpreenderam com o mesmo fenômeno: o pezinho de feijão crescia, não reto para cima, mas inclinado para a janela. É a lei da botânica chamada heliocentrismo: o crescimento em direção à luz do sol.
Como as plantas precisam da luz, nós também precisamos da Luz de Deus, que é Cristo. A diferença é que nós somos livres, e devemos procurar por nossa iniciativa essa Luz, e formar as crianças e jovens em direção a ela.
Todas as mães e todos os pais têm muito a ver com o futuro dos seus filhos e filhas. A família é a formadora das pessoas. Não basta levar os filhos ao batismo, é preciso educá-los na fé cristã. “O menino crescia e tornava-se forte, cheio de sabedoria; e a graça de Deus estava com ele”.
Luz para iluminar as nações.


Ensinava como quem tem autoridade-Padre Antonio Queiroz

01 -Fevereiro - DOMINGO - Evangelho - Mc 1,21-28

Padre Antonio Queiroz


Ensinava como quem tem autoridade.
 Este Evangelho narra a cura de um possesso. O fato aconteceu durante uma reunião do povo na sinagoga. Estamos no comecinho da vida pública de Jesus e, como pouca gente o conhecia, ele aproveitava as reuniões nas sinagogas para anunciar a realizar a Boa Nova.
O povo ficava admirado com a forma com que Jesus falava; era com autoridade, não como os chefes religiosos, que eram inseguros e falavam sem muita convicção, repetindo opiniões de vários autores, de forma enfadonha. Jesus, ao contrário, transmitia segurança no que falava.
Jesus curava os doentes que pediam; curava também os que não pediam; e curava até os que o atacavam, como este caso. O homem era “possuído por um espírito mau”, isto é, ele se deixava levar pelas forças do mal e praticava ações más.
Diariamente nós nos encontramos com as forças que se opõem à verdade e escravizam as pessoas. Essas forças estão reunidas em um só comando: o demônio. Aparentemente cada um faz o mal por sua própria conta. Mas, na realidade, todos os que praticam o mal estão a disposição de um só comando, que é o demônio. Ele age ou diretamente ou através daqueles que ele já conquistou e que criaram as organizações e estruturas do mal. Muitas vezes, ele age também dentro de nós, usando as raízes do pecado original que ficaram em nós.
Na maioria das vezes o demônio procura dissimular a sua presença e ação e, enquanto ninguém ameaça as suas posições, ele vai tomando conta da sociedade, levando-a à corrupção, à injustiça, à violência, ao pecado. Quanta gente é possuída pelo espírito mau e não percebe!
Esse nosso inimigo não dorme, e vê com antecedência quem são os que podem debilitar o seu império e, mal começam a agir, o demônio levanta-se contra eles aquelas pessoas que ele já conquistou: os medíocres, aqueles que foram mal sucedidos em alguma coisa. Por isso que, mal Jesus começava a falar, algum “possesso” já se levantava contra ele, mesmo dentro da casa de oração.
Este foi apenas o primeiro enfrentamento de Jesus com o espírito mau. Haverá muitos outros, até o dia em que toda a sociedade judia se levantará e matará o Filho de Deus.
Ao ouvir Jesus, e perceber que ele podia afastar o mal dos ouvintes, o homem atacou a Jesus, tentando fazer com que ele parasse de falar. Mas deu o contrário, o possesso é que foi curado. Não é o homem mau que Jesus ataca, mas sim o espírito mau que está nele. O pobre homem, Jesus continua amando.
O possesso se contradisse. Pela forma de atacar, ele acabou confessando que Jesus é realmente o Messias: “Que queres de nós, Jesus de Nazaré? Vieste para nos destruir? Eu sei quem tu és: tu és o Santo de Deus”. Também hoje, Deus nos defende quando somos atacados e até vira ao contrário o ataque, transformando em testemunho a favor do Reino de Deus.
Jesus é “o Santo”; ele está acima de todas as forças do mal, as visíveis e as invisíveis. Nós cristãos precisamos desmascarar as maldades escondidas e disfarçadas da sociedade pecadora. Seremos atacados, mas compensa; afinal, Deus estará conosco e a vitória é certa.
Mas para isso precisamos ter fé convicta e não ficar inseguros diante das estruturas de pecado e dos homens e mulheres pecadores. Nós apenas emprestamos a nossa voz ao Espírito Santo.
“Então o espírito mau sacudiu o homem com violência, deu um grande grito e saiu.” O mal não sai das pessoas de graça. Ele dá o troco, fazendo a sua última maldade para a pobre pessoa que, até há pouco, era possuída por ele.
Certa vez, foi anunciado que o diabo deixaria o seu trabalho e por isso queria vender suas ferramentas. A data e o local da venda foram anunciados.
Quando chegou o dia, muita gente foi lá para ver que ferramentas o diabo usa. Logo que chegavam, viam as ferramentas expostas de uma maneira atraente, para despertar o interesse dos compradores. Estavam ali a malícia, o ódio, a luxúria, a inveja, o ciúme, a mentira, a fraude, a lisonja... Ali estavam todos os instrumentos do mal que o diabo usa. Cada ferramenta tinha o seu preço afixado.
Andando pela exposição, alguém encontrou, em um cantinho escuro, uma ferramenta. Ela tinha aparência inofensiva e apresentava sinais de ser bastante usada. O preço era altíssimo. O mais alto da exposição. E o nome da ferramenta: desânimo.
A pessoa procurou o diabo e perguntou por que aquela ferramenta era tão cara. Ele respondeu: “Porque ela me é muito útil. Os homens e as mulheres a aceitam facilmente, pensando que ela é inofensiva. Eles nem percebem que ela pertence a mim. E, depois que a acolhem, eu posso entrar dentro deles e agir à vontade, colocando as outras ferramentas que eu tenho para levar as pessoas para o inferno.
Cruz credo, não? Vamos tomar cuidado com o desânimo e nunca permitir que ele se instale em nós.
Deus está conosco, um amigo poderoso, zelando vinte e quatro horas pelo nosso bem e salvação. Vamos ouvi-lo e viver “fortes na fé, alegres na esperança e solícitos na caridade”.
Que Maria Santíssima nos ajude, primeiro a não nos deixar levar pelos espíritos maus; depois, a termos uma fé convicta, a fim de sermos um instrumento de Deus na libertação dos que são possuídos pelas forças do mal.
Ensinava como quem tem autoridade.



"UM ENSINAMENTO NOVO DADO COM AUTORIDADE..." - Olívia Coutinho

 

4º DOMINGO DO TEMPO COMUM

 

Dia 1º de Fevereiro de 2015
 
Evangelho de Mc 1, 21-28
 
 Deus nos deu a vida e todas as condições para sermos felizes, porém, Ele respeita a nossa liberdade, nos deixa livres para fazermos as nossas escolhas!  Somos nós que escolhemos a direção que daremos a nossa vida! Não podemos esquecer nunca de que a vida  é a maior expressão do amor de Deus e que  não conduzi-la para o bem, é a maior ingratidão ao nosso criador!  
Viver é a mais bela oportunidade que Deus nos oferece para buscarmos através de Jesus o nosso encontro definitivo com Ele!
O evangelho que a liturgia deste domingo nos apresenta, vem nos mostrar  um Deus comprometido com a vida, com a vida em toda a  sua dimensão, um Deus libertador que fala com autoridade, que se revelou plenamente na pessoa de Jesus!
O texto nos diz, que Jesus, num dia de sábado, entra numa sinagoga em Cafarnaum, junto com os seus discípulos e começa a ensinar. 
O povo percebe de imediato o jeito diferente de Jesus ensinar e fica maravilhado com tudo o que Ele diz! Ao contrário dos mestres da lei, Jesus falava com autoridade isto é: falava com conhecimento, o que ouvia do Pai! As  suas palavras, ao mesmo tempo que ensinava,  libertava, por isto, os seus ensinamentos eram vistos pelo povo, como um ensinamento novo, diferente dos mestres da Lei, que além de não viver o que falavam, colocavam pesados fardos sobre  os ombros do povo. O que infelizmente ainda hoje, acontece no nosso meio; grupos que se dizem   “religiosos”, mas que se mantem de teorias, sem uma caminhada comprometida  com a vida.
A narrativa nos diz ainda, que na sinagoga, havia um homem possuído por um espírito mal, cuja simples presença de Jesus o atormentava.
Diante da presença de Jesus, ele gritou: “Que queres de nós Jesus Nazareno? Viestes para nos destruir? Eu sei que tu és o santo de Deus!” Jesus percebe o estrago que o mal havia feito naquele homem, que já não tinha capacidade de reconhecer a necessidade de libertação. Na sua vulnerabilidade, ele vê Jesus, ( o bem) como uma ameaça. Tal era a sua pertença ao maligno, que ele, ao se dirigir a Jesus: diz: “nós”.  E Jesus, fonte de libertação se compadece daquele homem, e  fazendo  uso da sua autoridade intima o inimigo: "Cale-Te e sai dele!".
A partir daquele momento, aquele homem, sente completamente liberto  da  escravidão  que o impedia de ser ele mesmo!
Jesus, nesta sua ação libertadora, desmascara a mentalidade dos dirigentes religiosos,  pois o  seu olhar vai além dos limites impostos por eles, afinal, Jesus enxergou o homem, e não o mal que estava nele, o mal, Jesus retirou com a sua autoridade,  e o homem, Ele trouxe  de volta à vida!
Aquele homem possuído pelo espírito mau,  representa todas  as  pessoas  que estão sendo escravizadas pelas forças contrárias ao evangelho, que estão sendo  impedidas de falar e de agir como sujeitos da sua própria história, àqueles, cuja vida está  sobre o total controle de quem os oprime.                                                                           As palavras do Santo evangelho, nos convida a conhecermos  a verdade que liberta e a viver esta verdade!  Só assim, podemos também  falar com autoridade e  nos tornar caminho de libertação para o outro!
 Não  podemos negar a existência e a força do mal,  o mal existe e está sempre a nos rondar,  mas ele só ganhará  força em nós,  se nos  distanciarmos de Deus.
 O mal e o bem, confrontam-se  dentro de nós, somos nós que  escolhemos qual dos dois queremos cultivar. Se o mal está ganhando força em nós, é sinal de que  não estamos alimentando o bem plantado por Deus em nossos corações!
O mal, não sobrepõe o bem, por isto é importante estarmos sempre embebidos no amor do Pai, na força do Filho e sob a luz do Espírito.
 Saber que Jesus é  Filho de Deus, todos sabem, até o inimigo, o que faz a diferença mesmo, é saber quem é o Filho de Deus! Conhecer Jesus, saber quais são as suas propostas, é  o primeiro passo de quem quer  fazer a melhor escolha para sua vida!
 FIQUE NA PAZ DE JESUS! – Olívia Coutinho            
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