08 de Maio - Sexta -
Evangelho - Jo 15,12-17
Este é o meu
mandamento: amai-vos uns aos outros.
Neste Evangelho, Jesus
nos apresenta o seu mandamento: amar-nos uns aos outros como ele nos amou. No
Antigo Testamento era “amar o próximo como a si mesmo”; Jesus deu um passo à
frente, porque tirou todos os limites do nosso amor ao próximo. “Ninguém tem
maior amor do que aquele que dá sua vida pelos amigos”.
Um pouco antes, Jesus
havia chamado este seu mandamento de novo: “Filhinhos... eu vos dou um novo
mandamento: amai-vos uns aos outros. Como eu vos amei, assim também vós deveis
amar-vos uns aos outros” (Jo 13,33-34). O título “filhinhos” mostra o amor que
Cristo tem por nós.
“Nisto conhecerão
todos que sois os meus discípulos: se vos amardes uns aos outros” (Jo 13,35).
Portanto, o que nos identifica como discípulos de Jesus é o amor ao próximo, e
ponto final. O amor é a ponte que liga esta vida terrena com a futura, o Céu.
Quem vive no ódio, já vive neste mundo numa situação de inferno, que depois da
morte vai apenas continuar. Já quem vive no amor, já vive neste mundo numa
situação de Céu, que depois da morte vai apenas continuar.
“Todo aquele que odeia
o seu irmão é um homicida” (1Jo 3,15). Isso porque o amor é tão necessário ao
ser humano como a água para o peixe. Vamos então amar o próximo. Se alguém não
nos amar, que não o deixemos de lado. É assim que mantemos com vida as pessoas
que nos cercam.
“Vós sois meus amigos
se fizerdes o que vos mando.” Quem de nós não quer ser amigo ou amiga de Jesus!
Por isso vamos fazer o que ele nos manda, que é amar-nos uns aos outros.
“Eu chamo-vos amigos,
porque vos dei a conhecer tudo o que ouvi de meu Pai.” Os amigos não escondem
nada um para o outro. Quantas vezes nós guardamos para nós informações que
fariam bem ao nosso próximo!
O carvão, quando o
fogo toma conta dele, muda de cor: fica vermelho, brilha e aquece. Não é
propriamente o carvão, mas o fogo que está nele. Com quem vive no amor acontece
a mesma coisa; torna-se uma brasa que aquece o mundo.
A nossa comunhão com
Deus exige que tenhamos comunhão com o nosso próximo, dando preferência para
aqueles e aquelas que mais precisam de nós, mesmo que seja de um simples
sorriso. Onde existe amor, Deus aí está.
“O que então pedirdes
ao Pai em meu nome, ele vo-lo concederá.” Temos portanto aí o instrumento para
receber as graças de Deus: o amor ao próximo. E Jesus volta a insistir: “Isto é
o que vos ordeno: amai-vos uns aos outros”.
Quem ama pensa mais no
outro que em si mesmo, e encontra a sua alegria em servir. A transformação
acontecida dentro de quem ama é como a transformação de um filme branco e preto
em colorido: as cenas são as mesmas do dia-a-dia, mas adquirem colorido,
plenificam a vida.
Certa vez, um casal
estava viajando de carro, numa viagem longa, e à noite, pelas três da
madrugada, um dos pneus furou. Ele foi dirigindo devagar até encontrar um
posto. Ao chegar ao posto, viram, ao lado da bomba de gasolina, um homem. O
motorista parou o carro e pediu se ele podia trocar o pneu. “Sim” – respondeu o
homem – “mas o senhor me empresta as ferramentas?” “Pois não”, disse o
motorista. E lhe entregou o macaco e a chave em cruz.
Enquanto ele fazia o
serviço, viram que uma lanchonete do outro lado da rua abriu as portas. Então o
casal foi até lá tomar um café. Enquanto tomavam o café, contaram para o garçom
o fato, e a sorte de terem encontrado um frentista naquela hora. O garçom
disse: “Não, aquele senhor não trabalha ali não! Ele estava esperando nós
abrirmos aqui para vir tomar café”. O casal quis gratificá-lo, mas ele não
aceitou. “Eu tenho com que viver” – disse ele – “podem ir e boa viagem!”
Durante a nossa vida,
as oportunidades de amar o próximo e servi-lo surgem das mais diversas formas.
Se o casal não tivesse ido tomar o café, não teria descoberto que aquele senhor
não era o frentista.
Maria Santíssima
passou a vida servindo o próximo, seja em casa como mãe e esposa, seja junto
aos vizinhos e parentes. Mãe do belo amor, rogai por nós!
Este é o meu
mandamento: amai-vos uns aos outros.