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sexta-feira, 30 de maio de 2014

Amar com o Amor de Deus-Helena Serpa

06 de junho

 Atos 25, 13-21 – “em sintonia com o Espírito Santo”


As autoridades romanas decidiam sobre o destino de Paulo e davam opiniões acerca das acusações que os judeus lhes faziam achando que tudo o que acontecia era de pouca importância. Não sabiam eles que Paulo já fora avisado por Jesus de que teria que ir a Roma. São Paulo, porém, sabia que precisaria cumprir com as formalidades da lei e esperava pelo seu julgamento. Ter ou não culpa não era o mais importante para ele, pois estava convicto da sua missão e sabia que teria de ir a Roma, pois assim era do desejo do Senhor e, se era a vontade do Senhor, ele poderia esperar o tempo que lhe fosse determinado. Os homens julgam de acordo com a lei dos homens e, se estamos aqui, nós somos sujeitos aos julgamentos dos tribunais. O mais importante, para nós, porém, é se estamos ou não fazendo a vontade de Deus. Se, somos culpados ou não diante do mundo não deve ser a nossa maior preocupação, mas sim se a pretensão de Deus está se realizando em nós e por nosso intermédio. Se tivermos sintonia com o Espírito Santo de Deus nós saberemos distinguir os passos certos para que a vontade do Senhor se realize na nossa vida. Ai, então, com certeza, nós não nos afligiremos quando as coisas acontecerem diferente do que humanamente nós esperávamos. – Você se impacienta quando espera a oportunidade de fazer o que o Senhor está lhe pedindo? – Você é uma pessoa, apressada, impetuosa? – Você sabe sofrer as demoras de Deus? – Você se preocupa com os julgamentos dos homens? – Você tem a consciência tranquila do dever cumprido?

Salmo 102 – “O Senhor pôs o seu trono lá nos céus”


Bendizer ao Senhor é o louvor mais perfeito porque dá a Ele o que lhe pertence de direito. Experimente hoje tomar este salmo e orar com ele de todo o coração, cantando e acolhendo cada palavra como uma verdade para a sua vida atual. “Bendize ó minha alma, ao Senhor!”

Evangelho - João 21, 15-19 – “amar com o Amor de Deus ”


Jesus tinha consciência do amor de Pedro, porém queria que ele também se conscientizasse de que apesar das suas faltas, o amor e a misericórdia de Deus são infinitos. Ele não queria deixar dúvidas no coração de Pedro, por isso, o interpelou três vezes como que para confirmar a sua misericórdia para com ele que o negara também três vezes. “Tu me ama mais do que estes?” Por detrás dos acontecimentos da nossa vida, a certeza do amor de Deus por nós faz toda a diferença. A medida do amor de Deus é a medida da nossa abertura a este amor. Deus nos ama sempre e muito, porém o sentir o Seu amor está na nossa capacidade para acolhê-lo. Por isso, precisamos ter plena consciência deste Amor que nos faz também amar a Deus e aos nossos irmãos. Até o nosso amor por Deus é o resultado do Seu amor agindo dentro do nosso coração. O amor que nós damos a Deus vem do amor que Ele tem por nós. O amar mais que os outros é efeito do Seu grande amor por nós. Mas este amor de Deus não pode ficar recluso! Ele tem que transbordar, por isso, Jesus recomendou a Pedro: “Apascenta as minhas ovelhas”! É este o pedido do Senhor. Apascentar é levar a paz, é dar testemunho com atos concretos de que realmente o amor de Deus em nós tem o poder de nos deixar serenos (as) e firmes apesar de todas as intempéries. Somos chamados a amar assim! - Você ama com o amor de Deus? - Você ama a Jesus mais do que os outros? – Como você pode garantir isso? – Deus o (a) ama mais do que às outras pessoas? - Você se sente julgado (a) pelas pessoas?

Helena Serpa

O Espírito Santo é a glória de Deus em nós-Helena Serpa

5 de junho

1a. leitura - Atos 22,30;23,6-11 – “este é o tempo da nossa história no mundo”


Para ser fiel na sua missão de anunciar o Evangelho, Paulo enfrentou as mais diversas situações, mas o Espírito Santo sempre lhe mostrava uma saída. O Senhor acompanhava todos os seus passos, aproximava-se dele e o amparava: “Tem confiança”. E dava-lhe instruções para a missão: “assim como tu deste testemunho de mim em Jerusalém, é preciso que tu sejas também minha testemunha em Roma”. Assim também acontece conosco, por isso, sempre será preciso seguir adiante. Enquanto tivermos vida e oportunidade para testemunharmos a Sua Salvação Jesus nunca vai parar de nos convocar. Ele precisa de nós, do nosso ardor, do nosso entusiasmo, mas principalmente do nosso coração dócil e confiante no Seu direcionamento. Muitas vezes nós queremos nos contentar com o que já fizemos e desejamos parar um pouco, descansar, curtir a vida, porém, de uma forma ou de outra o Senhor continua nos advertindo e nos chamando: “Eu preciso de ti em outro lugar”. Ele sabe quanto tempo ainda teremos e necessita do nosso hoje, agora! Evangelizar é uma consequência natural do nosso ser cristão. Somos responsáveis pela construção do mundo que Deus nos deu. Por isso, é preciso seguir adiante! “Este é o mundo que Deus nos deu e é o tempo da nossa história no mundo”! (Moisés Azevedo- com Shalom).
– Como você tem recebido as propostas do Senhor para o trabalho no reino? – Você acha que já trabalhou demais? – Você tem ideia do tempo de vida que lhe resta? – Você sabia que pode trabalhar para o reino dentro da sua casa, na sua família? – Você tem feito isso?

Salmo 15 – “ Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio”


“Somente vós sois meu Senhor”, diz o salmista. Quando nós assim recitamos devemos ter em mente que Jesus é o Senhor da nossa vida porque Ele adquiriu para nós uma herança. Por isso, o nosso destino está seguro em Suas mãos. Não precisamos duvidar nem questionar, mas apenas manter o coração em festa e a alma cheia de alegria. Jesus é o Senhor do passado, do presente e do porvir e nada deverá nos atemorizar. O Senhor não há de nos deixar entregues à morte nem à corrupção. Fomos criados (as) para a glória de Deus!

Evangelho - João 17,20-26 – “O Espírito Santo é a glória de Deus em nós”


A unidade é expressão da verdade, portanto é prova de humildade. Por isso é, que no Evangelho Jesus roga pela unidade dos cristãos desde os apóstolos até nós que acreditamos na Sua Palavra. A Unidade entre os Seus filhos é desejo do coração do Pai. A melhor maneira de darmos testemunho de que realmente cremos em Jesus Cristo e que Ele é o nosso Senhor é quando vivemos a unidade nos nossos relacionamentos. Na maioria das vezes nós pedimos ao Senhor, saúde, riqueza, prosperidade, sucesso profissional, mas de fato, nós deveríamos implorar pela unidade nas nossas relações inter pessoais, tanto na família, como na comunidade e no mundo. Podemos ser diferentes uns dos outros, podemos ter ideias, opiniões diversas, entretanto, precisamos ser iguais na mentalidade do amor que é a nossa essência interior. A perfeita unidade dá-se entre o Pai e o Filho porque é gerada no Amor que é o Espírito Santo, formando assim, a Santíssima Trindade. A glória que Jesus nos deu é o Seu Espírito Santo! Portanto, na nossa vida também o Espírito Santo precisa ser a base que sustenta e une as nossas diferenças a fim de que nós também vivamos a primeira regra de Deus que é o amor. Para que sejamos um Jesus veio nos dar um novo mandamento: o amor mútuo. É pelas nossas ações concretas de amor que o mundo conhecerá que somos de Deus. Tudo o que fizermos por amor estaremos contribuindo para que o mundo melhore e para que a vontade de Deus se realize terra. – Para você o que significa amar? – Marque com um x as manifestações do amor: revidar ( ); socorrer ( ) ; julgar ( ); desconfiar ( );Escutar ( ); consolar ( ); admoestar ( ); acolher ( ); aconselhar ( ); encorajar ( );Excluir ( ); discriminar ( ); evitar envolver-se ( ); omitir-se ( ): comprometer-se ( ) - Você tem unidade com as pessoas da sua família? – Você tem orado por elas? - Por quem você precisa orar para que não entrem mais em conflitos que os (as) separam? - Você se sente um (a) com as pessoas da Comunidade? – Com os coordenadores. Você comunga do mesmo pensamento?

Helena Serpa

Para que sejamos um com Jesus e o Pai-Helena Serpa

04 de junho

Atos 20,28-38 – “cuidai de vós” 

As recomendações de Paulo aos anciãos da Igreja de Éfeso, hoje, também, valem muito para nós: “cuidai de vós mesmos e de todo o rebanho, sobre o qual o Espírito Santo vos colocou como guardas, para pastorear a Igreja de Deus...” Cada um de nós, dentro da nossa realidade é sentinela de alguém que nos foi entregue para ser “pastoreado”, isto é, cuidado, tratado, orientado. Como pais de família, como coordenadores de comunidades, como chefes no trabalho ou dirigentes das nações e da Igreja, todos nós temos a nossa porção de responsabilidade na edificação do reino de Deus aqui na terra. Se tivermos consciência de que foi o Espírito Santo de Deus quem nos colocou no lugar onde nós exercemos o nosso ministério, nós saberemos que o próprio Espírito nos formará e nos dará condições para sermos fiéis no exercício da nossa missão. Todavia, precisamos ter consciência de que não somos eternos e que precisaremos nos afastar um dia do nosso rebanho e outros assumirão o nosso papel. Entretanto, enquanto estamos no desempenho da nossa missão precisamos estar alertas, pois aparecerão aqueles (as) que tentarão destruir o projeto que Deus realiza por meio de nós. Os lobos ferozes são todos os que procuram nos desvirtuar e tirar-nos do verdadeiro caminho. Eles estão infiltrados em todos os lugares. Por isso, necessitamos atentar bem nas palavras de São Paulo quando ele diz: “cuidai de vós”. Às vezes nos limitamos a cuidar do rebanho e não percebemos que, pessoalmente, nós também caímos nas garras dos lobos ferozes e nos deixamos vencer pelas tentações do orgulho, da vaidade. A humildade de Paulo era uma consequência da sua entrega à graça do Espírito que tem poder para edificar em nós uma criatura nova. São Paulo nos instrui a nos entregarmos a Deus e à Sua mensagem de salvação, isto é, à Sua Palavra que tem poder para nos edificar e nos dar a herança da santidade. Por isso, ele nos ensina a não cobiçarmos nem invejarmos a vida de ninguém, mas trabalharmos para nosso sustento próprio e daqueles que dependem de nós. Por fim, ele nos adverte a ajudar os mais fracos, recordando as palavras de Jesus: “há mais alegria em dar do que em receber!” - Você tem cuidado de você mesmo (a), exercitando a humildade, reconhecendo que é por graça do Espírito Santo que você serve ao Senhor? – Quem são as pessoas que você considera seu rebanho: seu pai, sua mãe, seus irmãos e irmãs de sangue e de comunidade? – Você orienta, coordena ou aconselha a alguém? – Como está o seu rebanho? – Você se alegra quando partilha o que você tem com alguém?

Salmo 67 – “Reinos da terra, cantai ao Senhor”.

O salmista suplica ao Senhor Deus que manifeste o Seu poder por meio de seu povo a fim de que ele possa dar testemunho da intervenção divina a todos os reinos da terra. O Senhor eleva a Sua voz poderosa e se faz ouvir por todos os povos por meio do canto dos nossos lábios. Assim todas as nações saberão que o Senhor é o Rei do Universo. Bendiga ao Senhor com esse salmo e se faça seu instrumento aqui na terra, expressando com palavras, cânticos e ação de graças o Seu poder amoroso.

Evangelho – João 17, 11-19 - “para que sejamos um com Jesus e o Pai.”

Na nossa carteira de identidade de cristãos autênticos devem constar três elementos importantíssimos: a unidade, a alegria e a verdade. Jesus atentou para isto, quando em oração rogou ao Pai pelos Seus discípulos, estendendo a Sua súplica por todos nós que haveríamos de crer Nele. Na Sua oração Ele pede ao Pai que sejamos um assim como Ele e o Pai são UM, para que a Sua alegria seja plenamente realizada em nós e para que sejamos consagrados na verdade que é a Sua Palavra rejeitada pelo mundo. Em outras palavras Jesus pede ao Pai a unidade de mentalidade e de coração, nos distinguindo daqueles que são do mundo, isto é, daqueles que não o têm como Salvador porque não acreditam que Ele foi enviado pelo Pai. Sabendo que ia para junto do Pai, Jesus pede por todos nós que ficamos aqui a mercê do maligno, que é o príncipe do mundo. Precisamos refletir nisso: nós estamos no mundo, porém não somos do mundo, porque fomos consagrados a Deus pela Sua Palavra que é a verdade e o mundo prega a mentira. Entretanto, mesmo estando no mundo, nós cristãos, podemos ver a alegria de Cristo realizada na nossa vida. A alegria de Jesus está expressa na Palavra que Ele nos deixou e que nos revela a Face do Pai que é amor, paz, providência, perdão, coisas que o Mundo rejeita porque não compreende. Quem segue os ensinamentos de Jesus não pode considerar-se propriedade do mundo. Por isso, ele nos envia ao mundo para que todos O conheçam e cheguem a usufruir de tudo quanto nós recebemos. Precisamos ser fiéis ao pedido que Jesus fez ao Pai e nos conservarmos unidos para que sejamos um com Jesus e o Pai. – Como é o seu modo de pensar: de acordo com o mundo ou como Jesus ensinou? - Você se considera uma pessoa consagrada a Deus? – Você tem alguma dúvida em relação ao que Jesus veio ensinar? – Você luta pela unidade da sua família?

Helena Serpa

O Pai glorifica o Filho”Percebendo a hora em que seria glorificado-Helena Serpa

03 de junho

Atos 20,17-27 – “prisioneiro do Espírito”

As palavras de Paulo, despedindo-se dos anciãos da Igreja de Éfeso e recordando o seu trabalho na edificação do reino de Deus deixam o nosso coração cheio de zelo e de ardor. Elas se constituem um verdadeiro testemunho do servo fiel que percebe claramente o momento e a realidade em que vive e a missão que lhe foi confiada. Assim sendo, São Paulo nos dá exemplo de como servir a Deus no anúncio do Evangelho de Jesus. Mesmo entre cadeias e tribulações ele seguia de cidade em cidade passando por todas as provações possíveis, confiando, porém, na assistência do Espírito Santo que o preparava, orientava e guiava. Por isso, São Paulo se dizia “prisioneiro do Espírito”, numa atitude de verdadeira humildade e submissão a Deus. O Espírito Santo não tira os obstáculos do nosso caminho, mas nos exercita para que possamos suportar a pressão. Ele tinha um único objetivo: servir a Deus, testemunhando o Evangelho e anunciando a Salvação para todos os homens. Por isso, consciente do dever cumprido, Paulo sente-se à vontade e diante dos anciãos da Igreja ele lhes chama a atenção: “eu não sou responsável se alguém de vós se perder, pois não deixei de vos anunciar todo o projeto de Deus a vosso respeito”. Assim também acontece com cada um de nós! Quando cumprimos fielmente com a nossa missão em qualquer trabalho que desempenhamos, fazendo a parte que nos cabe, podemos ficar tranquilos em relação às pessoas a quem nós formamos, pois, o comportamento delas será um compromisso pessoal de cada um. A exemplo de São Paulo também podemos permanecer firmes no desempenho da nossa missão dando testemunho do evangelho da graça de Deus, não considerando a nossa vida preciosa para nós mesmos, mas colocando-a a serviço da Igreja de Jesus Cristo. - Como você se sente em relação às recomendações de Paulo? – Você já entendeu qual o projeto de Deus para você? – O que você está esperando: um carro novo, um bom trabalho, sucesso, fama, uma esposa, um esposo? Mas o que será mesmo que o Pai preparou para você? – Reflita!

Salmo 67 – “Reinos da terra, cantai ao Senhor”

O salmista conclama a todos os reinos da terra a cantar a bondade do Senhor que derrama lá do céu uma chuva generosa no chão do nosso coração a fim de nos restaurar para edificar o Seu reino de amor. A chuva que cai do céu é a graça do Senhor que se derrama copiosamente sobre nós. O Senhor carrega os nossos fardos e nos livra da morte eterna: “nosso Deus é um Deus que salva, é um Deus libertador”. Somente Ele tem o poder de nos livrar da morte eterna, portanto, cantemos ao Senhor, porque fazemos parte do Seu reino!

Evangelho – João 17, 1-11 – “O Pai glorifica o Filho”Percebendo a hora em que seria glorificado

Jesus se despede dos Seus discípulos com uma belíssima oração de intercessão a Deus Pai para que todos tenham a oportunidade de conhecê-Lo e assim apropriarem-se do Seu plano de salvação. O Plano de Deus para cada um de nós é a vida eterna, perfeita comunhão com Ele, felicidade desde já e a bem-aventurança na outra vida. Por isso, Jesus falou: “Pai, chegou a hora!” A hora de Jesus era justamente aquela em que iria ser consumado o plano de Deus para a humanidade e, por isso, o Pai glorificaria o Filho a fim de que Ele glorificasse o Pai. Há uma harmonia perfeita entre o Pai e o Filho na missão a que se propõem: a de conceder a vida eterna a todos aqueles a quem o Pai entregou ao Filho. Deus Pai confiou a nossa vida a Jesus Cristo, deste modo, a condição para que ela seja conservada é a de que creiamos em Jesus Cristo e no mistério da Sua Paixão, Morte, e Ressurreição. Esta vida nova consiste em que nós creiamos em Jesus como nosso único Salvador que foi glorificado depois que passou pela Cruz. Se não acreditarmos e não acolhermos o novo nascimento que Jesus veio nos conferir, nós perderemos a vida eterna. Da mesma forma também nós alcançaremos a glória eterna, se nos fizermos um com Jesus e o Pai pelo poder do Espírito Santo. Todos os que crêem, acolhem e reconhecem como verdadeiras as Palavras de Jesus, o Enviado do Pai, estão aptos a entrar na vida eterna. Por isso, Jesus rogou pelos que eram Seus, mas olvidou o mundo que não crê que questiona e se distancia de Deus e, por isso mesmo, vive na escuridão. Estamos no mundo, mas não somos do mundo e o nosso destino é a casa do Pai, morada que Jesus conquistou para nós. – O que você entende por “vida eterna”? – Você acredita que Jesus rogou por você também? – Você acolhe no coração, como num terreno bom, os ensinamentos de Jesus? – Você tem certeza de que irá para o céu?

Helena Serpa

Somos vitoriosos, porque já possuímos o Espírito de Jesus-Helena Serpa

02 DE JUNHO -

Atos 19,1-8 - “o Batismo, em Nome de Jesus” 

Abraçar a fé é um ato de vontade e de consciência. Aqueles discípulos já estavam empenhados no reino, já reconheciam Jesus e já haviam decidido conscientemente por Ele. Eles tinham recebido o Batismo de João, isto é, Batismo de penitência, de arrependimento e conversão. Paulo impôs as mãos e sobre eles desceu o Espírito Santo. A força que movia Paulo era a força do Espírito Santo, mas ele ministrou o Batismo, em Nome de Jesus. Quem estiver envolvido (a) no serviço do reino deve estar atento às moções do Espírito Santo porque Ele vai falar, com certeza. O Espírito Santo faz toda a diferença na nossa vivência humana e espiritual. É Ele, quem nos encoraja e nos anima, quem nos sustenta e nos protege, mas muitos ainda não O conhecem. A maioria das pessoas vive uma religião morta, sem ação, como se ainda estivesse presa ao pecado. Precisamos mais e mais fazer com que os batizados tomem consciência de que o poder de Deus mora dentro de nós. Só reconheceremos verdadeiramente a Jesus e só conseguiremos louvar a Deus como convêm pela manifestação do Espírito Santo em nós. O Espírito Santo é agente transformador e libertador. É Ele quem nos santifica e realiza em nós as obras que o Pai deseja que aconteçam na nossa vida. Faça com que por seu intermédio o Espírito Santo de Deus seja conhecido e amado. O Senhor deseja manifestar o Seu poder amoroso no mundo. - O que precisamos fazer, então? – Orar constantemente pedindo o Espírito Santo. – Faça isto na sua casa, com as pessoas que estão perto de você: imponha as mãos e invoque a manifestação do Espírito Santo nelas. 

Salmo 67 – “Reinos da terra, cantai ao Senhor”
 

Deus Pai é o nosso Criador e o nosso sustentador, por isso o salmista nos convoca a cantar a Sua glória. Ele é o protetor, libertador e o maior motivo da nossa alegria. Por isso, cantemos ao rei, nosso Senhor, porque é Ele o pai dos pobres e deserdados, quem liberta os prisioneiros e os sacia com fartura. O Seu louvor alimenta a nossa alma. Ele está de pé para nos defender das astúcias do inimigo. Não somos deserdados nem prisioneiros, habitamos na tenda do Senhor nosso Deus

Evangelho – João 16, 29-33 –” somos vitoriosos, porque já possuímos o Espírito de Jesus”

Diante de tudo o que o Senhor já havia lhes revelado os discípulos de Jesus, agora, já afirmavam: “cremos que viestes da parte de Deus”. Eles achavam que já estavam bem firmes na fé, no entanto, Jesus lhes disse: “Credes agora?” Vocês têm certeza disso? “eis que vem a hora em que vos dispersareis, cada um para seu lado, e me deixareis só”. O Senhor sabe do que o homem é capaz! Nunca poderemos estar convictos (as), inabaláveis na fé. Às vezes diante de qualquer problema nós sucumbimos. Jesus conhece verdadeiramente a nossa humanidade e sabe de que nós somos capazes sem o Seu auxílio, mas no encoraja a vencer o mundo, apesar de todas as tribulações. Jesus proclamou a Sua Vitória, mesmo antes da Sua ressurreição porque Ele sabia em quem podia confiar. “Mas eu não estou só. Porque o Pai está comigo!” Nós também somos vitoriosos, porque já possuímos o Espírito de Jesus. Sem o Espírito Santo nós agiremos conforme o que Jesus falou sobre os apóstolos: dispersar-nos-emos, nos acovardaremos e não enfrentaremos os desafios, as provas, os testes, que a vida nos impõe. Tenhamos, pois a paz em Jesus. Ele venceu o mundo e, com Ele, nós seremos mais que vencedores, seremos felizes. – Não tenha receio, Jesus é o vencedor do mundo, o Espírito Santo o (a) ajudará a vencer as tribulações. – Faça um exercício diário na sua vida: peça a ajuda do Espírito Santo antes de decisão, a toda hora, diante de todos os seus empreendimentos. “Espírito Santo, vem, vem – acompanha-me, converte-me, toma a minha vida! Santifica-me consola-me, Espírito Santo vem!”

Helena Serpa

Sob a autoridade de Jesus-Helena Serpa

1 de Junho de 2014
Evangelho - Mt 28,16-20-
DOMINGO DA ASCENSÃO DO SENHOR


 1ª. leitura – Atos 1,1-11 – “por que ficar parado olhando para o céu? ”

Lucas, o autor dos Atos dos Apóstolos nos descreve como Jesus manifestou ao mundo o porquê da Sua vinda, da Sua entrega na Cruz e da sua Ressurreição. Jesus foi ressuscitado por Deus, mas agora, com o Seu próprio poder, elevou-se ao céu, assentando-se à direita do Pai, glorificado e exaltado como Senhor do céu e da terra. Da mesma forma como subiu aos céus, Jesus virá um dia, glorioso, para julgar os vivos e os mortos, por isso, a liturgia de hoje nos motiva assumirmos uma vida nova, através da missão de testemunhas do Cristo glorioso e poderoso, preparando a Sua segunda vinda. Às vezes nós ficamos esperando do céu algum direcionamento para começarmos a nossa missão e esquecemos de que Jesus já nos convidou a colocarmos nossas “mãos a obra” dando passos concretos em busca do que nos é proposto. Não precisamos ficar literalmente olhando para o céu a esperando que Ele volte. Jesus nos manda ir a Jerusalém! Jerusalém é hoje, o lugar onde nos reunimos, em Nome de Jesus, para recebermos o dom do Espírito Santo e, assim, sermos protagonistas da Seu projeto de Salvação. Jerusalém é a nossa família, é a nossa Comunidade é a Igreja, que nos reúne e nos congrega para a vivência do amor. Por onde nós andamos, nas nossas ações, com as nossas palavras, enfim, com a nossa vida, nós podemos testemunhar a glória de Deus. Quando nos reunimos em Nome de Jesus o Espírito Santo se manifesta e nos esclarece todas as dúvidas. Assim sendo, é o Espírito quem nos dá forças e direcionamento para uma vida plena de conformidade com a vontade do Pai - Por que demoramos em atender o Seu chamado? – Será que você acredita mesmo na Palavra de Jesus? – O que você tem esperado acontecer para assumir a missão que o Senhor o (a) destinou? – O que você tem deixado para depois? – Depois de que? – Quando? – Onde? 


Salmo 46 – “Por entre aclamações Deus se elevou, o Senhor subiu ao toque da trombeta” 

O salmo exalta a Jesus, o Deus que se elevou ao céu por entre aclamações e admiração dos Seus seguidores, portanto, poderoso, vencedor da morte e Rei de todas as nações. Jesus subiu ao toque da trombeta e voltará a nós atendendo às preces do nosso coração que clama: “Vem Senhor Jesus”! Ele é o grande rei de toda a terra e a Ele rendemos adoração e louvor. 

2ª. Leitura– Efésios 1, 17-23 – “a esperança a que somos chamados”


Em suas palavras São Paulo confirma a obra de Deus Pai por meio do Seu Filho Nosso Senhor Jesus Cristo a quem pertencem a glória e o poder rogando-Lhe que nos conceda um espírito de sabedoria a fim de que possamos conhecer verdadeiramente o que Ele tem preparado para a nossa felicidade. Precisamos ter o nosso coração aberto à luz de Cristo a fim de que saibamos qual a esperança a que somos chamados e como poderemos nos apossar da riqueza da Sua glória que é a herança que receberemos juntamente com todos os santos, no céu. Ao elevar-se ao céu e sentar-se à direita do Pai, acima de toda a autoridade, poder, potência e soberania Jesus pôs tudo sob os Seus pés e fez com que nós também estivéssemos juntos com Ele. Logo, se somos membros do mesmo Corpo e se Ele é a Cabeça, estamos todos juntos, céu e terra, reunidos num só coração. Um dia, nós estaremos também no céu, todavia, desde já, podemos desfrutar dessa realidade. Que o Senhor nos concede o espírito de sabedoria para que nos comportemos como cidadãos do céu. – Você sabia que está ligado (a) ao céu porque pertence ao Corpo do Cristo glorioso? – Você tem dado testemunho de que participa desta glória? - Você já acolheu o espírito de sabedoria que Jesus prometeu? – Você já tem entendimento da esperança a que Cristo o (a) chamou? – Você é uma pessoa que transmite esperança aos outros?
 




Evangelho – Mateus 28, 16-20 – “Sob a autoridade de Jesus”

“Ide e fazei discípulos meus todos os povos, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo e ensinando-os a observar tudo o que vos ordenei!” Esta é também hoje a nossa missão, HOJE!É a missão mais sublime da nossa existência e também a nossa obrigação diante da Palavra de Deus. “Toda autoridade me foi dada no céu e sobre a terra.” Se prestássemos mais atenção nas palavras de Jesus, nós não colocaríamos nenhuma outra missão em primeiro lugar na nossa vida. Nem o trabalho, nem a família, nem o lazer deveriam ter primazia na nossa vida se realmente nós estivéssemos sob a autoridade de Jesus, o Senhor do céu e da terra. Conscientes disso, nós precisamos repensar a nossa vida para que não sejamos devedores ante a Palavra de Deus! O próprio Jesus nos diz em João 12, 47.48b: ”Se alguém ouvir as minhas palavras e não as observar, eu não o julgo, porque eu não vim para julgar o mundo, mas para salvá-lo … a palavra que eu falei o julgará no último dia” Às vezes, nós condicionamos a Palavra de Deus de acordo com os nossos próprios interesses e nos esquecemos de que estamos em débito com o mandato de Jesus. Para nós, criaturas vulneráveis e inconstantes, é sempre muito difícil conciliar as nossas obrigações humanas vivenciais com a Palavra de Deus, no entanto, o mesmo Jesus nos garante: “Eis que estarei convosco todos os dias, até o fim do mundo”. A certeza de que Ele está conosco todos os dias até o fim do mundo, isto é, enquanto estivermos aqui na terra, nos dá a motivação e a força para sermos fiéis às Suas ordens. Por onde nós andarmos e onde nós estivermos não podemos esquecer de que Jesus espera de nós o cumprimento da Sua Palavra. Fazer discípulo de Jesus é levar as pessoas a imitá-Lo; é dar testemunho da Sua ação salvífica; é exalar no mundo o perfume do amor de Deus que se expressa no coração daquele (a) que é batizado (a) em Nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. É expressar com a vida os ensinamentos do Mestre que veio ao mundo revelar aos homens o plano de amor do Pai que o ressuscitou dos mortos. Porém, foi pelo Seu próprio poder que Jesus subiu aos céus onde está sentado à direita do Pai, participando da glória e nos inserindo também com Ele no mistério da Sua Igreja. – Você tem cumprido com o mandato de Jesus? – Você tem evangelizado a sua família dentro da sua casa? – Você tem dado testemunho de verdadeiro cristão (ã)? – Há alguma diferença entre o seu comportamento dentro da Igreja e fora dela? – Você é coerente nas suas atitudes? 

Helena Serpa, 
Fundadora da Comunidade Missionária Um Novo Caminho

"BENDITA ÉS TU ENTRE AS MULHERES E BENDITO É O FRUTO DO TEU VENTRE!”- Olívia Coutinho

 
Dia 31 de Maio de 2014
 
Evangelho de Lc 1,39-56
 
O evangelho que a liturgia de hoje nos apresenta, vem nos falar de Maria,  da sua entrega à  serviço de Deus!
Assim que recebeu do Anjo, o anuncio de que ela seria  a mãe de Jesus, Maria ficou sabendo  também da gravidez de sua prima Isabel. Movida pelo o amor ao próximo, ela se põem  à caminho, indo ao auxílio de Isabel, que certamente necessitaria de maiores cuidados devido a sua idade avançada. Com este gesto abnegado de amor, Maria  nos dá um grande exemplo de solidariedade, nos ensinando que o amor é mais do que sentimento, mais do que palavras: o amor é gesto concreto, é decisão de ir ao encontro do outro, de inteirar-se de suas necessidades, para poder ajudá-lo.
Subindo montanhas, levando Jesus em seu ventre, Maria se torna a  primeira discípula de Jesus!
 A narrativa nos fala de dois encontros marcantes, o encontro de duas mães: Maria e Isabel,  uma se alegrando  com a alegria da outra, e juntas agradecendo  a Deus pelo dom da fecundidade, mostrando-nos  que o poder de Deus é infinito! Neste encontro de mães, acontece também o encontro de duas crianças, que estavam sendo gestadas no ventre destas duas  mulheres distintas, um encontro invisível, porém sentido!  No ventre da jovenzinha de Nazaré, crescia Jesus, àquele que seria O Salvador do mundo. E no ventre, antes estéril de Isabel, crescia João Batista, àquele que  seria  o grande profeta, o precursor que iria preparar o caminho para a entrada de Jesus na historia da salvação.
Ao se entregar totalmente à vontade de Deus, Maria participou da historia da libertação da humanidade, enfrentando todos os desafios, desde a concepção de Jesus, até a sua morte de cruz! E mesmo com o coração transpassado de dor, ela  manteve-se  de pé aos pés da cruz. 
O papel  desempenhado por Maria  na encarnação e  na morte de Jesus, nos deixa um grande exemplo de mulher forte, que ama, que não se deixa abater pelo sofrimento porque confia no imensurável  poder  do Pai! No canto do magnificat, o  seu coração  manifesta de modo transbordante a sua gratidão  pela  imensidão de maravilhas que Deus  realizou em sua vida!  Realizações, que Ela reconhecia não serem  somente em seu  favor, mas em favor de toda humanidade, uma vez que, pelo seu Filho Jesus, a salvação entrou na humanidade! 
Maria nos ensina que as maravilhas que Deus realiza em nós, é em favor  de todos. O  MAGNIFICAT é um canto de amor e de humildade, em que Maria reconhece o poder, a majestade do Senhor e se submete humildemente à sua vontade, proclamando-se bem aventurada.
Com Maria aprendemos que a humildade nos aproxima da perfeição e que ao dizermos "sim" a Deus, Ele nos  transforma em “grandes”  mesmo na nossa pequinês!
 Podemos também, assim como Maria, louvar a Deus, dizendo: A minha alma engrandece o Senhor, porque olhou para a humildade de seu servo ( a)  “ O Todo Poderoso fez grandes coisas em meu favor...”
O canto  de Maria, diante do Seu Senhor, ecoa no coração de cada um de nós, nele está expresso  a confiança total no Deus misericordioso!
Que nossos corações estejam sempre iluminados com a luz da bondade que iluminou o coração de Maria, a grande defensora dos pobres e sofredores.
 “Deus cativou Maria e ela se deixou cativar!” 
Com o  testemunho de Maria, aprendemos a dar passos ao encontro de Jesus, a sair   de nós mesmos para ir ao encontro do outro.
 
FIQUE NA PAZ DE JESUS! - Olívia
 
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quinta-feira, 29 de maio de 2014

ASCENSÃO DO SENHOR-Helena Serpa

1 de Junho de 2014
Evangelho - Mt 28,16-20-

DOMINGO DA ASCENSÃO DO SENHOR


 1ª. leitura – Atos 1,1-11 – “por que ficar parado olhando para o céu? ”

Lucas, o autor dos Atos dos Apóstolos nos descreve como Jesus manifestou ao mundo o porquê da Sua vinda, da Sua entrega na Cruz e da sua Ressurreição. Jesus foi ressuscitado por Deus, mas agora, com o Seu próprio poder, elevou-se ao céu, assentando-se à direita do Pai, glorificado e exaltado como Senhor do céu e da terra. Da mesma forma como subiu aos céus, Jesus virá um dia, glorioso, para julgar os vivos e os mortos, por isso, a liturgia de hoje nos motiva assumirmos uma vida nova, através da missão de testemunhas do Cristo glorioso e poderoso, preparando a Sua segunda vinda. Às vezes nós ficamos esperando do céu algum direcionamento para começarmos a nossa missão e esquecemos de que Jesus já nos convidou a colocarmos nossas “mãos a obra” dando passos concretos em busca do que nos é proposto. Não precisamos ficar literalmente olhando para o céu a esperando que Ele volte. Jesus nos manda ir a Jerusalém! Jerusalém é hoje, o lugar onde nos reunimos, em Nome de Jesus, para recebermos o dom do Espírito Santo e, assim, sermos protagonistas da Seu projeto de Salvação. Jerusalém é a nossa família, é a nossa Comunidade é a Igreja, que nos reúne e nos congrega para a vivência do amor. Por onde nós andamos, nas nossas ações, com as nossas palavras, enfim, com a nossa vida, nós podemos testemunhar a glória de Deus. Quando nos reunimos em Nome de Jesus o Espírito Santo se manifesta e nos esclarece todas as dúvidas. Assim sendo, é o Espírito quem nos dá forças e direcionamento para uma vida plena de conformidade com a vontade do Pai - Por que demoramos em atender o Seu chamado? – Será que você acredita mesmo na Palavra de Jesus? – O que você tem esperado acontecer para assumir a missão que o Senhor o (a) destinou? – O que você tem deixado para depois? – Depois de que? – Quando? – Onde? 


Salmo 46 – “Por entre aclamações Deus se elevou, o Senhor subiu ao toque da trombeta” 

O salmo exalta a Jesus, o Deus que se elevou ao céu por entre aclamações e admiração dos Seus seguidores, portanto, poderoso, vencedor da morte e Rei de todas as nações. Jesus subiu ao toque da trombeta e voltará a nós atendendo às preces do nosso coração que clama: “Vem Senhor Jesus”! Ele é o grande rei de toda a terra e a Ele rendemos adoração e louvor. 

2ª. Leitura– Efésios 1, 17-23 – “a esperança a que somos chamados”


Em suas palavras São Paulo confirma a obra de Deus Pai por meio do Seu Filho Nosso Senhor Jesus Cristo a quem pertencem a glória e o poder rogando-Lhe que nos conceda um espírito de sabedoria a fim de que possamos conhecer verdadeiramente o que Ele tem preparado para a nossa felicidade. Precisamos ter o nosso coração aberto à luz de Cristo a fim de que saibamos qual a esperança a que somos chamados e como poderemos nos apossar da riqueza da Sua glória que é a herança que receberemos juntamente com todos os santos, no céu. Ao elevar-se ao céu e sentar-se à direita do Pai, acima de toda a autoridade, poder, potência e soberania Jesus pôs tudo sob os Seus pés e fez com que nós também estivéssemos juntos com Ele. Logo, se somos membros do mesmo Corpo e se Ele é a Cabeça, estamos todos juntos, céu e terra, reunidos num só coração. Um dia, nós estaremos também no céu, todavia, desde já, podemos desfrutar dessa realidade. Que o Senhor nos concede o espírito de sabedoria para que nos comportemos como cidadãos do céu. – Você sabia que está ligado (a) ao céu porque pertence ao Corpo do Cristo glorioso? – Você tem dado testemunho de que participa desta glória? - Você já acolheu o espírito de sabedoria que Jesus prometeu? – Você já tem entendimento da esperança a que Cristo o (a) chamou? – Você é uma pessoa que transmite esperança aos outros? 




Evangelho – Mateus 28, 16-20 – “Sob a autoridade de Jesus”

“Ide e fazei discípulos meus todos os povos, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo e ensinando-os a observar tudo o que vos ordenei!” Esta é também hoje a nossa missão, HOJE!É a missão mais sublime da nossa existência e também a nossa obrigação diante da Palavra de Deus. “Toda autoridade me foi dada no céu e sobre a terra.” Se prestássemos mais atenção nas palavras de Jesus, nós não colocaríamos nenhuma outra missão em primeiro lugar na nossa vida. Nem o trabalho, nem a família, nem o lazer deveriam ter primazia na nossa vida se realmente nós estivéssemos sob a autoridade de Jesus, o Senhor do céu e da terra. Conscientes disso, nós precisamos repensar a nossa vida para que não sejamos devedores ante a Palavra de Deus! O próprio Jesus nos diz em João 12, 47.48b: ”Se alguém ouvir as minhas palavras e não as observar, eu não o julgo, porque eu não vim para julgar o mundo, mas para salvá-lo … a palavra que eu falei o julgará no último dia” Às vezes, nós condicionamos a Palavra de Deus de acordo com os nossos próprios interesses e nos esquecemos de que estamos em débito com o mandato de Jesus. Para nós, criaturas vulneráveis e inconstantes, é sempre muito difícil conciliar as nossas obrigações humanas vivenciais com a Palavra de Deus, no entanto, o mesmo Jesus nos garante: “Eis que estarei convosco todos os dias, até o fim do mundo”. A certeza de que Ele está conosco todos os dias até o fim do mundo, isto é, enquanto estivermos aqui na terra, nos dá a motivação e a força para sermos fiéis às Suas ordens. Por onde nós andarmos e onde nós estivermos não podemos esquecer de que Jesus espera de nós o cumprimento da Sua Palavra. Fazer discípulo de Jesus é levar as pessoas a imitá-Lo; é dar testemunho da Sua ação salvífica; é exalar no mundo o perfume do amor de Deus que se expressa no coração daquele (a) que é batizado (a) em Nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. É expressar com a vida os ensinamentos do Mestre que veio ao mundo revelar aos homens o plano de amor do Pai que o ressuscitou dos mortos. Porém, foi pelo Seu próprio poder que Jesus subiu aos céus onde está sentado à direita do Pai, participando da glória e nos inserindo também com Ele no mistério da Sua Igreja. – Você tem cumprido com o mandato de Jesus? – Você tem evangelizado a sua família dentro da sua casa? – Você tem dado testemunho de verdadeiro cristão (ã)? – Há alguma diferença entre o seu comportamento dentro da Igreja e fora dela? – Você é coerente nas suas atitudes? 

Helena Serpa, 
Fundadora da Comunidade Missionária Um Novo Caminho

Coloque em prática os mandamentos da Lei de Deus -Canção Nova

13 de junho -
O mundo em que vivemos precisa conhecer a vontade de Deus, e o modo do mundo conhecer a vontade de Deus ocorre quando, aqueles que conhecem a Deus e são próximos do Senhor, colocam em prática os mandamentos do Senhor.
”Se quiseres observar os mandamentos, eles te guardarão; se confias em Deus, tu também viverás” (Eclo 15, 16).

A Palavra de Deus, que meditamos no dia de hoje, nos chama a atenção para observarmos os mandamentos da Lei de Deus, porque só tem vida em Deus aquele que guarda e observa os mandamentos e os preceitos do Senhor. O mundo em que vivemos precisa conhecer a vontade de Deus, e o modo do mundo conhecer a vontade de Deus ocorre quando aqueles que conhecem a Deus e são próximos do Senhor colocam em prática os mandamentos do Senhor.
Por vezes, algumas pessoas têm dificuldade de ver isso e dizem: “Mas eu vou confessar o quê? Eu não tenho pecado! Eu não roubo, eu não mato, eu não cometo adultério”. A nossa noção de observar os mandamentos ou de deixar de observá-los ocorre só quando cometemos coisas grandes demais. E hoje o Evangelho nos chama atenção para isso, que não é bem assim, pois não matamos alguém só quando pegamos em uma arma não! Porque todo aquele que se encoleriza, tem raiva do seu irmão, fica irado contra ele, revoltado, odeia o seu irmão, será réu em juízo. Por isso é necessário não só não matar, mas é necessário ter paciência com o nosso irmão. Todas as vezes em que nós perdemos a paciência uns com os outros a ira toma conta de nós e pecamos contra este mandamento: ”Não matar”.
Dizemos: “Eu nunca cometi adultério!” Ou “Eu não traí a minha esposa” Ou “Eu nunca fiz isso ou aquilo”, mas o Senhor nos diz que todo aquele que olhar para a mulher do próximo com o desejo de possuí-la já cometeu adultério no seu coração [cf. Mt 5, 27-28ss]. Adultério não começa com o ato; o adultério e os pecados da carne começam com os desejos, por isso, não basta não cometer isso ou aquilo, é preciso ter a pureza no coração. O homem não pode olhar para a mulher como um objeto, a desejando, deixando os pensamentos e os devaneios tomar conta da sua mente. Da mesma forma a mulher não pode olhar para outro homem e, simplesmente, desejá-lo, cobiçá-lo e deixar seus pensamentos irem longe.
O mal precisa ser combatido pela raiz, prestemos atenção àquilo que vemos na internet, aos lugares aonde vamos, para que não cresça dentro de nós o desejo e a cobiça. Não, eu não preciso jurar, mas Jesus hoje nos diz: Que o vosso sim, seja ”sim” e o vosso não seja ”não”. Ou seja, não mentir quer dizer ser autêntico, não ter duas palavras, duplicidade naquilo que nós falamos.
Algumas vezes, nos acostumamos com pequenas mentirinhas e achamos que essas pequenas mentirinhas não dizem nada; no entanto, elas vão tirando nossa autenticidade. Nós deixamos de acreditar em pessoas que numa hora dizem uma coisa, noutra hora outra dizem outra coisa. E pior ainda: a pessoa que fala uma coisa para alguém e, para outra, ela diz algo diferente. Ao agirmos assim nós vamos perdendo a nossa autenticidade.
Que Deus, hoje, nos dê a graça de nos revermos por dentro para colocarmos em prática os Seus mandamentos.
Deus abençoe você!



Tempo de reconciliação-Canção Nova

12 de junho - Evangelho - Mt 5,20-26

Segundo o Evangelista Mateus, é importante que o homem tenha a consciência de que “A ira do homem não realiza a justiça de Deus” (Tg 1, 20). E que é pela prática da justiça que vem de Deus que a sua vida é restaurada sobre a terra. E isto é tão fundamental que se torna imprescindível na vida existencial do homem e extensivo a todas outras práticas no seu dia a dia para tornar possível a convivência dos homens entre si e entre o meio ambiente.Ouvistes o que foi dito… Eu, porém vos digo… Jesus não pretende reformar o complexo doutrinal do judaísmo.
Jesus veio nos ensinar a viver em plenitude a Lei de Deus e nos adverte de que a nossa justiça deve ser maior do que a dos mestres da lei e dos fariseus. Eles viviam na rigidez da lei e esqueciam de que o maior mandamento da Lei era justamente o amor e que, mais importante que a Lei em si, é o bom relacionamento entre as pessoas. Muitas vezes nós também, como os escribas e os fariseus, nos apegamos ao que a lei nos exorta a não fazer e ficamos alerta para não cometer aquelas faltas que se constituem as mais graves, como matar, roubar, adulterar, ter maus pensamentos, etc.. “Todo aquele que se encoleriza com o seu irmão será réu de juízo”.
O desejo primeiro de Deus, ao criar os seres humanos, é que vivam na mais perfeita comunhão, deixando de lado tudo quanto possa dividi-los e separá-los pelo muro da inimizade. O ódio e a divisão constituem flagrante desrespeito à vontade divino.
O homicídio é uma forma incontestável de ruptura com o próximo, culminando com a sua eliminação. Para evitar isto, Deus condenou peremptoriamente esse crime, com o mandamento: “não matarás”.
Todavia, a eliminação física do próximo é antecedida por outros gestos de eliminação de igual gravidade. Por exemplo, a simples irritação contra os outros, as palavras ofensivas contra eles são formas sutis de atentar contra a vida alheia. O discípulo do Reino não pode agir desta maneira.
A Palavra de Deus que Jesus veio esclarecer para nós vai muito mais além do que as coisas que nós praticamos, mas atinge também ao que nós pensamos e falamos ou expressamos a partir do nosso coração. Assim sendo, nós não podemos chamar os nossos irmãos e irmãs nem mesmo de tolos ou idiotas. Quanto ensinamento para nós! A oferta que fazemos ao Senhor será desnecessária, se primeiro não oferecermos a nossa compreensão e perdão às pessoas com as quais nos relacionamos. Enquanto caminhamos aproveitemos o conselho do Mestre para que a nossa justiça seja maior do que a justiça dos “mestres da lei” e dos “fariseus” de hoje. Como é a nossa justiça? O que é justo para Deus? A justiça de Deus é o Amor, é o perdão, é a reconciliação. E a nossa? Fazemos as nossas ofertas no Altar do Senhor, mas como está o nosso coração? Reflita agora: – Como você trata as pessoas com quem você convive? – Você tem costume de falar mal os seus amigos, suas amigas? – Você o faz de coração? – E quando você faz a sua oferta na hora do ofertório, qual é a sua atitude diante de Jesus?- Você já pensou que enquanto você faz a oferta do seu coração na hora da Missa, ele pode estar sujo com a injustiça da falta de perdão, da ofensa feita, do ódio por alguém?
A reverência a Deus passa pelo respeito ao próximo.
Na liturgia de hoje, Jesus exige de mim e de ti, como seus discípulos a reconciliação com seu próximo, antes de fazerem sua oferenda a Deus. Se alguém estava para fazer sua oferta, e se recordava de algum desentendimento com o próximo, deveria deixá-la ao pé do altar, para antes ir reconciliar-se. Caso contrário, a oferta não teria valor perante Deus.
Ele vem revelar que qualquer doutrina ou lei só tem valor à medida que contribua para a libertação e a promoção da vida. Jesus não propõe uma doutrina, mas ensina a prática restauradora da vida. A grande novidade que Jesus me ensina hoje é o perdão sem limites e a reconciliação, que me levam à comunhão de vidas com Deus e com os meus irmãos.
Por isso, quero neste dia ó Senhor Jesus que me ensineis a perdoar os meus irmãos e irmãs para poder estar em comunhão com o Vosso e o meu Deus e com os meus irmãos já aqui na terra.

O dom da gratuidade -Canção Nova

11 de junho - Evangelho - Mt 10,7-13
De graça recebemos, de graça devemos dar! É assim que Jesus inicia o envio e conseguintemente a missão dos discípulos. É fundamental entender bem que recebemos gratuitamente o evangelho da vida. E por isso como paga temos de nos consumir também de graça como uma vela que se queima no altar.
O objetivo da nossa doação é a vida dos nossos irmãos e irmãs. Veja o que Jesus nos diz: Curai os doentes, ressuscitai os mortos, purificai os leprosos e expulsai os demônios.
É esta a nossa tarefa, a nossa missão! Mas para que possamos desempenhá-la, precisamos, nós mesmos, nos sentirmos curados, ressuscitados, purificados e livres de todas as artimanhas do inimigo. O Espírito Santo é o amor que nós recebemos do Senhor. Ele é gratuito, incondicional e poderoso para nos curar e nos libertar. É com este amor que nós também poderemos sair pelo mundo a fora anunciando que “o reino dos céus está próximo”. As graças que nós recebemos nos levam a um estado de espírito em que a paz que nós usufruímos, são sinais da justiça que praticamos. A alegria, a felicidade e o perdão, são atributos do reino dos céus que está dentro do nosso coração. Recebemos de graça, de graça devemos dar, é nosso dever, é nosso chamado e nossa missão.
Deus quer dar a todos os Seus filhos uma qualidade de vida digna, porque somos criados à Sua Imagem e semelhança e nos chama a sair da nossa redoma para anunciar ao mundo que o reino dos céus é Jesus e que Ele está no meio de nós. Porém, Ele nos recomenda que na nossa caminhada não levemos nada do que o mundo considera importante, mas tão somente os dons que d’Ele recebemos, de graça Reflita – O que você tem anunciado no caminho da sua vida? – Você conversa com seus amigos e amigos sobre o que vê e ouve na TV, na Internet? – Por que você não anuncia também o Evangelho? – Você tem acolhido no coração as delicadezas de Deus para a sua vida ou tem deixado passar pensando que é mérito seu?
Lembra-te sempre de que a nossa missão é reunir o povo para seguir a Jesus, o novo Pastor. Ela se realiza mediante o anúncio do Reino e pela ação que concretiza os sinais da presença do Reino.
A missão se desenvolve em clima de gratuidade, pobreza e confiança, e comunica o bem fundamental da paz, isto é, da plena realização de todas as dimensões da vida humana. Os enviados são portadores da libertação; rejeitá-los é rejeitar a salvação e atrair sobre si o julgamento.
Pai faça de mim um instrumento de gratuidade, para a construção da paz desejada por Jesus. Paz que se constrói na comunicação dos bens divinos a cada pessoa humana.

Como bom chefe de escoteiros que fui e que continuo sendo, embora longe das minhas funções de Assistente Nacional dos Escoteiros de São Tomé e Príncipe, convido-te a rezarmos juntos a Oração de Exploradores: Senhor Jesus! Ensinai-me a ser generoso, a servir-vos como vós o mereceis, a dar-me sem medidas, a combater sem cuidar das feridas, a trabalhar sem procurar descanso, a gastar-me sem esperar outras recompensas, se não saber o que faço a vossa vontade santa. Amem

Vós sois o sal da terra e a luz do mundo -Canção Nova

10 de junho - Evangelho - Mt 5,13-16


Depois de nos ter apresentado o seu plano pastoral no Sermão da Montanha. Jesus agora nos faz responsáveis pela vida dos nossos irmãos e irmãs. E por isso usa as figuras do sal, da cidade e da luz.Mas padre, o que é ser sal e luz para o meu irmão e minha irmã? E então eu responderia: Ser sal é ser o que dá gosto às coisas. Ser luz é ser o que ilumina. Todavia, cuidado. Porque a prerrogativa de ser sal e de ser luz pode tanto se inclinar para o bem, quanto para o mal. Aquele que se volta para o mal se torna também uma pessoa salgada, porém, salga a si mesma, dá gosto a si própria. Veja bem, aquele que se projeta como um grande político ateu, um maçom em alto grau, um empresário inescrupuloso, um déspota, ou mesmo um criminoso famoso são exemplos de ser sal, mas para o mal.
Quer coisa mais salgada do que Hitler? Ele foi luz e sal, porém, em oposição ao bem. Quantas pessoas brilham por aí… brilhos efêmeros. Por exemplo, quantos cantores, compositores, atores, apresentadores, jogadores de futebol brilham ou brilharam como um cometa? Gostar de futebol, tudo bem! Mas quantos assalariados se privam de coisas para ir ao campo de futebol, fazendo com que certos jogadores ganhem fortunas. Isto é acender luzes. São luzes que acendemos impróprias, mas que “iluminam”. Poderiam ser chamadas de trevas, pois estão em oposição à luz de Deus, que é a verdadeira luz.
Devemos ter muito cuidado com o nosso agir, com o nosso ser. Deus quer que sejamos sal e luz para glorificá-lo, para a construção do Seu Reino. E isto só é possível vivendo conforme nos ensina. Por isso termina dizendo que a luz deve ser mostrada. Devemos mostrar isso às pessoas em louvor a Deus.
Ser luz e ser sal para glorificar a Deus é muito diferente do que se pensa e é difícil agir com este entendimento, porque a tentação está sempre a nos sugerir que sejamos luz e sal para nós mesmos. A todo momento sentimos aquela tentação: Por que ser luz de outra forma? Seja luz para si mesmo, assim vai brilhar muito mais. Por que ser gosto de outra forma? Seja gosto para si mesmo. Você é bonito, inteligente e vai perder tudo isto por uma bobagem? Não! Pense em você, colha para si mesmo os louros de seu trabalho, de sua vitória, de seu sucesso. O pecado original surgiu daí: da vaidade e da soberba.
Este Evangelho é muito claro. Essa luz e esse sal podem ser dados para ambos os lados, adquirindo, obviamente, conotações opostas e consequências distintas. Jesus disse que não se acende uma luz para colocá-la debaixo da mesa, mas na luminária. Disse ainda que não se pode esconder uma cidade situada sobre uma montanha, quer dizer, se estivermos crescendo diante de Deus ou do demônio, vamos aparecer de forma positiva ou negativa, naturalmente.

Este é também o Evangelho do discernimento. Devemos discernir a luz que brilha para Deus e o sal que salga para o bem. Precisamos desse discernimento, para refletirmos a luz de Deus e sermos o sal da terra louvando-o; caso contrário vamos brilhar e salgar para outras finalidades, que não conduzem ao Pai que está no Céu. Mas sim ao pai da mentira, ao pai das trevas que é satanás.

O sermão da montanha-Canção Nova

09 de junho - Evangelho - Mt 5,1-12a

O chamado “Sermão da Montanha”, discurso inaugural do ministério público de Jesus, se estende até ao capítulo 7 do Evangelho de S. Mateus. É o primeiro dos cinco discursos que o evangelista distribui estrategicamente no seu livro. Neste domingo simplesmente ficamos nas bem-aventuranças.O Evangelho deste domingo nos traz o Sermão da Montanha. Falar dele em poucas palavras é uma missão bem difícil para mim, já que eu olho para ele e vejo uma grande lição em cada versículo.
Sempre que o Sermão da Montanha é mostrado nos filmes, Jesus está andando pelo meio da multidão e falando bem alto. Quando lemos no Evangelho, descobrimos que não foi bem assim, como nos filmes. Na verdade, Jesus olhou para a multidão, subiu o monte em silêncio, e sentou. Os discípulos se aproximaram e sentaram perto d’Ele. Foi então que Jesus abriu a boca e começou a ensinar-lhes. Então se os discípulos estavam perto, não havia por que falar alto! Foi uma “aula particular” para os discípulos, e que deve ter sido bem mais extensa do que as poucas linhas que ficaram registradas no livro de Mateus.
“Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o Reino dos Céus.” Quem são os “pobres de Espírito”? E por que é deles o Reino dos Céus? Se alguém lhe perguntasse “de quem é o Reino dos Céus?” você responderia “dos pobres de espírito”? Não? Nem eu. Por isso precisei pesquisar outras traduções e estudar sobre o assunto para entender o que está escondido nesse versículo… Pobre em espírito é aquele que tem o espírito vazio de si próprio, a ponto de reconhecer sua pequenez e pedir humildemente que Deus ocupe esse vazio do seu espírito. Não importa se a pessoa é rica ou pobre de dinheiro, pois não é impossível para o pobre ser arrogante, nem para o rico ser humilde. O Reino dos Céus é destas pessoas porque são estas que se permitem ser preenchidas, no seu vazio, pelo próprio Deus. São estas pessoas que espalham as sementes do Reino dos Céus em forma de Amor.
“Bem-aventurados os aflitos, porque serão consolados.” Já começo aqui lembrando que só se aflige quem se importa, quem se preocupa. Com que/quem você se importa? Quem está aflito de verdade, chora. Como Jesus chorou no Getsêmani. Você já chorou de arrependimento pelos seus erros? Pelas dificuldades que você teve (ou está tendo) que enfrentar? Acredite: elas foram ou estão sendo necessárias. Se Deus as permitiu, existe uma razão. Você pode até não entender hoje, mas confie em Deus: depois de uma grande aflição, sempre vem uma grande recompensa.
“Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra.” O verdadeiro manso é aquele que, mesmo tendo a possibilidade e a escolha de aniquilar aqueles que se opõem a ele, escolhe a paciência. No entanto, o verdadeiro manso não é passivo e indiferente ao que é errado, mas defende a Verdade mesmo que isso lhe custe a vida. Nesse mundo cruel em que vivemos, o normal é que os mansos sejam “engolidos” pelos violentos. Mas na lógica de Jesus, quem vai “herdar a terra”, ou seja, quem vai permanecer no final de tudo, são os mansos. Por quê? Porque os violentos matam-se uns aos outros.

“Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados.” Aqui está implícito algo interessante: que neste mundo a justiça é falha. Mas todos nós já ouvimos a expressão: “a justiça divina tarda, mas não falha”. Alguém lhe caluniou? Alguém lhe trapaceou? Alguém lhe condenou e castigou injustamente? Não se preocupe: mais cedo ou mais tarde, essa pessoa terá de acertar as contas com Deus. E, sem sombra de dúvidas, irá colher o que plantou.

Somos enviados para ser outros “cristos” -Canção Nova

08 de junho - Evangelho - Jo 20,19-23
Somos enviados para ser outros “cristos”
-Canção Nova
A Ressurreição do Senhor é o centro de tudo o que podemos celebrar. É o centro da nossa fé. O começo e o fim da nossa existência. Se falarmos do nascimento do Senhor, estaremos já nos preparando para este momento de Ressurreição. Se mencionarmos a sua morte, será para aderirmos à sua Ressurreição. Da Encarnação à Ressurreição, o Mistério é o mesmo. É preciso abertura de coração para acolher e viver este Mistério na fé.
O evangelista João inicia sua narrativa expondo a situação da comunidade. “Ao anoitecer, do primeiro dia da semana, estando trancadas as portas do lugar onde se encontravam os discípulos…”. Ele realça a situação de insegurança própria de quem perde as referências e que não sabe mais a quem recorrer. “Jesus aparece e se coloca no meio deles”. Os discípulos ficaram contentes por ver o Senhor, e recuperam a paz e a confiança. Eles redescobrem o Mestre como centro de referência: dEle recebem as coordenadas que os levam a superar o medo e a incerteza. Diante dos “sinais de suas mãos e do lado”, que evocam o amor total expresso na cruz, os discípulos sentem que nem o sofrimento, nem a morte, nem a violência do mundo poderão detê-los.
E Jesus prossegue: “Como o Pai me enviou, assim também envio vocês”. Vivificados pelo sopro do Espírito do Ressuscitado, os discípulos constituem a comunidade da nova Aliança e são enviados a testemunhar ao mundo, em gestos e palavras, a vida que o Pai deseja oferecer a toda a humanidade. Assim, quem aceitar a proposta do perdão dos pecados, será integrado na comunidade de Jesus que, animada pelo Espírito Santo, será mediadora da oferta do amor misericordioso do Pai.
A nova comunidade, por palavras e ações, tem a missão de criar as condições para que o Espírito seja acolhido pelos corações humanos. Assim, a comunidade gerada do sopro do Espírito do Ressuscitado se transformará numa comunidade reconciliadora e testemunha do amor gratuito e generoso do Pai.
É bom lembrar que na celebração do Pentecostes, cumpre-se a promessa de Jesus aos discípulos: “O Advogado, que eu mandarei para vocês de junto do Pai, é o Espírito da Verdade que procede do Pai. Quando ele vier dará testemunho de mim e vocês também darão testemunho de mim” (15, 26-27a). Reconhecer esta presença de Deus, que se fez um conosco, nos impulsiona a testemunhar e testemunhando anunciar que Ele esteve morto, mas agora vive. Que foi por nós, pregado numa Cruz, mas que para nossa salvação, ressuscita glorioso. Vem de Deus para nos trazer Deus. Volta para Deus para nos levar consigo até Deus.
“Se eu não for para junto do Pai, não poderei enviar-lhes o Dom do Pai”. Se eu não voltar para o meu Pai, não poderei levá-los para junto do meu Pai. É necessária esta passagem. Fez-se necessária a sua morte. Foi uma realidade este evento, é necessária total acolhida da nossa parte para recebermos o Dom do Pai. O Espírito Santo nos é oferecido para que vivamos no hoje da nossa história a alegria plena, pela certeza de que já fomos salvos pelo Cristo de Deus.
Para nós cristãos, Pentecostes é a plenitude da Páscoa e o dia do nascimento da Igreja com a missão de dar continuidade à obra do Ressuscitado no curso dos séculos, em meio à diversidade dos povos, animada pelo dom do Espírito enviado sobre as comunidades dos discípulos pelo Pai e pelo Filho glorificado.
À luz de Pentecostes, o anúncio do Evangelho consistirá sempre numa proposta de vida, vivida na reciprocidade, na escuta e na busca sincera da verdade, que abre horizontes ao diálogo, respeitoso e amigo, com cada pessoa e cada povo: com a presença do Espírito Santo, o mundo inteiro é renovado!
Quanto mistério nos envolve, quanta presença de Deus nos foi manifestada durante estes dias jubilosos! É da Cruz que nasce a Igreja. Do lado aberto do Senhor somos todos purificados, mas é do Espírito que o Pai nos envia, que temos força, coragem e entusiasmo para testemunhar este grandioso mistério. É Pentecostes o novo marco da nossa história pessoal e eclesial. É pelo Espírito Santo que nascemos para Deus. Através do Espírito de Cristo, somos configurados a Ele e nos empenhamos no caminho da virtude. É o Espírito Santo que como Dom do Pai, transforma nossa tristeza em perfeita alegria, que nos oferece a vitória através da Cruz. “Se com Ele morremos, com Ele ressuscitaremos”.
Somos hoje Maria, que acolhe o anúncio e imediatamente se coloca a serviço de quem necessita do nosso auxílio. Somos Maria Madalena, que tem o coração transformado pelo amor do seu Senhor, para no amor Dele transformar em alegria a tristeza de nossos irmãos. Somos Isabel, geradora de vida mesmo na velhice, quando nosso coração se abre para acolher a novidade da salvação que nos é oferecia. Somos ainda Zacarias, mergulhado num profundo e misterioso silêncio para compreender a realidade visível de um Deus invisível. Somos por fim, Igreja viva, sustentada e orientada pela ação do Espírito de Deus. O Dom de Deus que vai nos transformar e nos fará testemunhar que Cristo vive entre nós, é a alegria de pertencermos do Corpo Místico de Cristo, que vive e reina para sempre, aquecendo o nosso coração a caminho do novo Emaús, que nos leva a partilhar o pão do céu.

Pela alegria de servir, pelo júbilo de um encontro com o Senhor, pela certeza de sua presença transformadora e pelo mergulho da fé no Mistério de Deus, vamos anunciar pela nossa vida, que Cristo ressuscitou e vive entre nós. Que somos outros “Cristos” testemunhando a graça, o amor e o Dom de Deus no mistério de Pentecostes.