domingo, 31 de agosto de 2014

AVANCE PARA ÁGUAS MAIS PROFUNDAS ...” - Olívia Coutinho

 
Dia 04 de Setembro de 2014
 
Evangelho de Lc 5,1-11
 
O episódio da pesca milagrosa, narrado no evangelho de hoje, marca o início da relação entre Jesus e os seus primeiros colaboradores. Tudo começa após uma fracassada pesca, quando Jesus depara com Pedro e seus companheiros lavando as redes na praia, dando por encerrada as frustradas tentativas de pesca. A iniciativa deste encontro entre homem e divino parte de Jesus, quando Ele fez da barca de Pedro, o local para sua pregação. Terminada a pregação, Jesus disse a Pedro: “Avance para águas mais profundas e lançai vossas redes para a pesca”. Mesmo tomado pelo desanimo, Pedro, em obediência à Jesus, faz o que Ele manda e o milagre da pesca acontece! Foi o milagre que abriu os olhos de Pedro, para uma realidade que ele mesmo não se dava conta: a  pequenez do  humana diante 
ao Divino!
Neste episódio, Pedro reconhece a divindade de Jesus, e numa atitude de humildade, atira-se aos seus pés,  se declarando indigno de estar com Ele: “Afasta-te de mim Senhor, porque sou um pecador!” Esta confissão de Pedro, não fez com que Jesus afastasse dele, pelo contrário, foi a partir daí, que Jesus o convoca  a ser um pescador de homens!
Pedro, um homem de temperamento forte, que acreditava entender tudo de pesca,  deixa-se conquistar por Jesus, larga  sua barca na praia e vai buscar outro mar! É na barca de Jesus, que Pedro avança mar adentro levando consigo os seus companheiros! 
A cumplicidade dos primeiros seguidores de Jesus no anuncio do Reino, deu início neste episódio, quando Pedro, juntamente  com os demais, evidencia a divindade de Jesus através do milagre da pesca .
Assim como Jesus convidou os primeiros discípulos a mergulharem nas profundezas  do mar humano, hoje Ele nos convida também a deixar às margens e avançarmos para as  águas mais profundas.
A salvação é graça de Deus,  diante desta oferta de amor, cada um de nós tem que tomar uma decisão que requer uma resposta de coragem, de compromisso e de fé. 
A exemplo de Pedro, que foi obediente à Jesus lançando a sua rede em aguas mais profundas, nós também, devemos ser obediente à Jesus, é Ele que nos indica o que fazer.
Ficar às margens, pode nos parecer cômodo, seguro, afinal, não corremos risco algum, mas deixamos de experimentar as alegrias de navegar na barca de Jesus, o único meio de chegarmos às profundezas do mar humano!
Como seguidores de Jesus, tomemos também o remo, mesmo sem conhecer a rota, o importante é ter a coragem e a disposição de irmos além, o restante, deixemos com Jesus, é Ele quem nos conduzirá.
Lançar as redes em águas mais profundas do mar humano, significa abordar o outro,  querer conquistá-lo para Deus, é buscar o novo, é inovar, conquistar, trazer de volta algo que se perdeu!
A fé nos estimula  a descobrir novos horizontes, novos meios para anunciar a mensagem de Jesus, atraindo outras  pessoas para o convívio do Pai!


FIQUE NA PAZ DE JESUS! – Olívia

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Se ele te ouvir, tu ganharás o teu irmão-Igreja Matriz de Dracena

07 de Setembro - DOMINGO Evangelho - Mt 18,15-20

CORREÇÃO FRATERNA
Ninguém está isento do pecado. Mas, se alguém erra, não pode ser punido impiedosamente e ser excluído da comunidade, sem a devida ponderação.
Havia, nas primeiras comunidades cristãs, uma tendência a resolver, com uma certa dose de leviandade, os casos de desvio da fé. Os pequeninos eram as primeiras vítimas desta intransigência.
Deve-se percorrer um longo caminho, antes de se tomar a decisão de afastar da comunidade alguém que errou. O primeiro passo consiste em ser advertido, a sós, por quem se sente ofendido. Isto pode ser suficiente para que a pessoa refaça sua conduta. Pode, entretanto, acontecer de a pessoa não se deixar tocar, e persistir no erro. O passo seguinte consistirá em convocar as testemunhas previstas pela Lei mosaica e, diante delas, admoestar quem pecou, tentando demovê-lo de sua má conduta. Talvez, ele se deixe convencer e se converta. Também esta iniciativa pode resultar inútil. Só então a comunidade toda, neste caso, deve ser convocada para discernir, com muita responsabilidade, se a melhor decisão consiste em afastar o pecador de seu meio. 
Jesus, porém, cuida para que a reunião da comunidade não se transforme numa espécie de tribunal. Antes, que busque descobrir o desígnio do Pai a este respeito. A certeza da presença do Filho de Deus visa garantir a justiça num assunto tão fundamental.

Oração

Senhor Jesus, livra-me de tratar a quem erra, com impiedade e dureza; antes, que eu procure, por todos os meios, fazê-lo voltar para ti.

Por que fazeis o que não é permitido em dia de sábado?-Igreja Matriz de Dracena

06 de Setembro - Sábado - Evangelho - Lc 6,1-5

O SENHOR DO SÁBADO
Sendo Jesus o Filho do Homem, pleno de poderes recebidos do Pai, podia agir com liberdade diante da tradição. Pouca importância tinha para ele as distinções minuciosas e as interpretações casuístas que corriam nos ambientes farisaicos. No caso do repouso sabático, colocava-se acima dos limites sutis entre as ações proibidas e aquelas permitidas, no dia consagrado ao Senhor.
Daí sua atitude de indiferença quanto ao fato de seus discípulos, ao atravessar um trigal em dia de sábado, terem apanhado espigas e comê-las. Em que este gesto representava um desrespeito a Deus? Por que classificá-lo como pecaminoso e, por isso, proibi-lo? Jesus não via nele motivos para censurar seus discípulos, e impedi-los de praticar esta ação.
Se Davi tomou a liberdade de saciar sua fome com pães consagrados, que só aos sacerdotes era permitido comer, o Filho do Homem estava agindo muito mais corretamente com os seus discípulos! Sua superioridade em relação ao antigo rei de Israel permitia-lhe liberá-los da submissão às prescrições judaicas.
Jesus concedia, assim, aos discípulos uma liberdade desconhecida no mundo dos mestres da Lei e dos fariseus. A ação de Jesus fundava-se num dado que seus adversários desconheciam: sua condição de Filho de Deus.
Oração
Espírito que liberta, desata as amarras que mantêm o povo fanaticamente apegado a certas tradições, diante das quais o Pai permite agir com liberdade.


Mas dias virão em que o noivo será tirado do meio deles-Igreja Matriz de Dracena

05 de Setembro - Sexta - Evangelho - Lc 5,33-39

PARA QUE EXAGERAR?
O modo de proceder de Jesus e seus discípulos contrastava com o de outros grupos. Os discípulos de João Batista, mesmo após a morte do mestre, continuaram a seguir seus ensinamentos rigorosos, preparando-se para a chegada do Messias. Os fariseus e seus seguidores faziam um jejum suplementar, duas vezes por semana. Igualmente o faziam os mestres da Lei.
Estes exageros e rigorismos pouca importância tinham para Jesus. Seus discípulos foram instruídos para seguir por uma outra estrada. As práticas de piedade estão subordinadas à presença do Messias, comparado com um esposo. Alegria ou tristeza, penitência ou regozijo dependerão do momento: se o Messias está presente, é tempo de alegria pela salvação; se está ausente, é tempo de espera paciente, com a respectiva exigência de vida austera.
Em todo caso, é preciso manter-se longe do velho esquema judaico. Seria pernicioso deixar-se contaminar por ele. Aliás, trata-se de uma mentalidade ultrapassada, que deve ser deixada de lado.
Para entender o modo de pensar de Jesus, é preciso abrir-se para a novidade por ele anunciada. Seria inconveniente querer unir seu modo de pensar e agir àqueles já superados. A sabedoria do Reino exigia, pois, moderação no jejum e nas orações.
Oração
Espírito de comedimento, livra-me de praticar uma religião feita de piedade exagerada, que prescinde da alegre presença do Senhor na nossa História.


Deixaram tudo e O seguiram-Igreja Matriz de Dracena

04 de Setembro - Quinta Evangelho - Lc 5,1-11

OBEDIÊNCIA EXEMPLAR
A cena evangélica apresenta os discípulos exemplarmente obedientes a Jesus. Cumprindo a ordem recebida, Simão afasta sua barca da terra, pois dela o Mestre quer pregar às multidões que estão na margem do lago de Genesaré. Em seguida, Jesus ordena que ele conduza a barca mais para dentro do lago e lance a rede. Pedro obedece, embora, sabendo não ser aquele o melhor tempo para pescaria. “Pela tua palavra, vou lançar as redes”, é como adere à ordem recebida. Resultado: uma pesca espetacular! Por fim, o discípulo é convidado a se tornar “pescador de homens”. Ele e seus companheiros, deixando tudo, põem-se a seguir Jesus.
A atitude dos primeiros discípulos é o paradigma daqueles que haveriam de ser discípulos, através dos tempos. Deles se exige uma grande proximidade do Mestre e muita atenção às suas palavras. Além disso, o discípulo estará sempre pronto a obedecer. A ordem pode ser fácil de ser cumprida, como por exemplo, afastar um pouco a barca da terra. Mas também pode não ser evidente, como por exemplo, lançar a rede, depois de uma noite de pesca infrutífera. Enfim, pode ser até muito exigente, como por exemplo, a ruptura com a família para seguir Jesus. 
O discípulo deixa-se guiar pelo Mestre, colocando a própria vida nas mãos dele. E esta entrega é feita sem temor, pois sabe a quem se confia. Cabe-lhe, somente, ser dócil em cumprir o que lhe é ordenado.

Oração

Espírito de obediência reverente, que eu saiba abrir mão de meus projetos, para me deixar guiar, sem temor, pelo Senhor.

Eu devo anunciar a Boa Nova do Reino de Deus-Igreja Matriz de Dracena

03 de setembro - Quarta - Evangelho - Lc 4,38-44

A PRESENÇA DA LIBERTAÇÃO 
O ministério de Jesus pode ser definido como um serviço continuo à libertação do ser humano. Posicionando-se a favor deste, fragilizado pelo pecado, o escopo de sua ação messiânica era, exatamente, o de torná-lo resistente ao influxo do mal.
A libertação expressava-se em forma de cura das doenças que impedem a pessoa de servir seus semelhantes, como foi o caso da sogra de Pedro. Libertar era expulsar demônios, cuja ação maléfica incapacitava o ser humano para a comunhão fraterna e a solidariedade. Libertadora era sua pregação da Boa Nova do Reino de Deus, que consistia em revelar a benevolência do Pai, preocupado em cancelar os efeitos do pecado no coração humano. Igualmente libertadora era a presença de Jesus junto aos pobres e sofredores, reacendendo neles a esperança de viver.
As multidões eram sensíveis à esta dimensão do ministério de Jesus. Por isso, iam à sua procura, e queriam impedi-lo de seguir adiante. Houve, talvez, quem o tivesse visto como um curandeiro extraordinário, um milagreiro ambulante. O Mestre, porém, recusou a fazer este papel. Sua missão libertadora colocava-se a serviço do Reino de Deus e apontava para uma libertação radical que só se experimenta junto do Pai. As libertações terrenas eram apenas antecipações daquela que haveria de vir em plenitude.
Oração 
Espírito de libertação, liberta-me de tudo quanto me impede de aderir, sem reservas, ao projeto de Deus, antecipando a libertação definitiva que há de vir.


Eu sei quem tu és: tu és o Santo de Deus!-Igreja Matriz de Dracena

02 de Setembro - Terça - Evangelho - Lc 4,31-37

DOIS PROJETOS INCOMPATÍVEIS
O empenho libertador de Jesus encontrou adversários ferrenhos, que agiam em sentido contrário. A possessão demoníaca era símbolo de um projeto incompatível com o de Jesus. Os demônios tinham-lhe aversão. Sua simples presença era suficiente para arruiná-los. O Mestre tornava-os incapazes de oprimir os seres humanos. Não lhes permitia exercer sua ação maligna sobre as pessoas. Antes, arrancava-as de suas mãos, devolvendo-lhes a liberdade e a capacidade de decidir-se pela razão iluminada por Deus.
A ação do mau espírito não se limita a determinados espaços, considerados profanos. Até mesmo numa assembléia litúrgica, como acontecia na sinagoga de Cafarnaum, encontra-se gente que não é movida pelo espírito de Deus. A simples presença física, num espaço tido como sagrado, não é suficiente para tornar a pessoa imune à ação do espírito inimigo de Jesus. O demônio lança seus tentáculos também aí.
A única maneira de o discípulo do Reino manter-se imune das investidas do demônio consiste em tomar Jesus como centro sua vida. Não mediante uma referência puramente teórica e abstrata, e sim, conformando-se com o projeto de vida do Mestre. Onde impera o amor e a prática da justiça – parâmetro da vida do discípulo -, não existe campo de ação para o mau espírito.
Oração
Senhor Jesus, que meu projeto de vida se conforme sempre mais com o teu, de modo que a ação do mau espírito não possa agir em mim.


Nenhum profeta é bem recebido em sua pátria.-Igreja Matriz de Dracena

01 de Setembro - segunda - Evangelho - Lc 4,16-30

UM PROJETO DE VIDA
As profecias do Antigo Testamento ajudaram Jesus a compreender sua identidade e missão. Um texto do profeta Isaías foi-lhe extremamente útil. Nesse texto encontramos o monólogo de alguém que voltara do exílio babilônico e expressava a consciência de sua missão: reorganizar o povo, após sua total destruição por mãos de Nabucodonosor. Isaías tinha consciência de ser um profeta, nos moldes do Servo de Javé, cuja missão era a de infundir ânimo e esperança no povo, descortinando-lhe horizontes, e trazendo-lhe libertação. 
Foi essa a trilha que Jesus seguiu. O evento de seu batismo constituiu-se numa verdadeira consagração por parte do Pai para a missão que estava prestes a ser iniciada. Os destinatários preferenciais de sua ação missionária foram os pobres, os humilhados e injustiçados, toda sorte de prisioneiros e oprimidos, as vítimas da cegueira física e espiritual. Sua ação, por ser ele o Filho de Deus, era portadora de alegria semelhante à do ano jubilar, quando todas as dívidas e servidões eram abolidas e as pessoas tinham, novamente, sua dignidade reconhecida. O texto profético era um resumo perfeito do projeto de vida de Jesus. 
Não possuímos informações a respeito do que se passou com o profeta vétero-testamentário. Com Jesus, sim. A história confirmou que nele se cumpriu plenamente o que o antigo profeta havia falado de si mesmo.

Oração
Senhor Jesus, que o meu projeto de vida corresponda ao teu, e que eu tenha sempre mais a consciência de ser portador de uma missão recebida do Pai.

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

"O ESPÍRITO DO SENHOR ESTÁ SOBRE MIM..." Olívia Coutinho

 
Dia 01 de Setembro de 2014
 
Evangelho de Lc 4,16-30
 
A liturgia de hoje, vem nos agraciar com este belíssimo evangelho, que narra o inicio de um tempo novo, quando Jesus  assume publicamente o seu compromisso de  trazer de volta, ao convívio do Pai, a humanidade corrompida pelo pecado!
Tudo  acontece  numa sinagoga aos arredores da Galileia, precisamente em Nazaré, onde Jesus  viveu boa  parte da sua vida no anonimato.
A narrativa começa dizendo, que Jesus, ao  abrir as escrituras depara  com a passagem  onde  O Pai,  pela boca do  profeta Isaías, O declara pronto para a missão: “ O espírito do senhor está sobre mim, porque ele me consagrou com a unção para anunciar a boa nova aos pobres; enviou-me para proclamar a libertação aos cativos e aos cegos a recuperação da vista; para libertar aos oprimidos e para proclamar um ano de graça do Senhor”.
Encorajado pelo  Espírito do Senhor, Jesus dá início ao seu ministério, disposto a dar a vida por aqueles que o Pai lhe confiara! A partir de então, Ele assume  o projeto  do Pai, um projeto de vida nova   que  mudaria  a história de um povo.  O Deus de amor, que se manifestou ao povo, na simplicidade de uma criança pobre, nascida em Belém, volta a se manifestar na  humildade do jovem de Nazaré,  que se apresenta diante dos  seus conterrâneos,  com o firme propósito de assumir com veemência a árdua missão  que a Ele fora  designada: dar ao povo de Deus, um novo destino!
Como podemos observar no relato, no caminho do profeta, está presente  a cruz, pois  são muitos  os que tentam  calar a sua voz, o que é impossível, pois nem a morte consegue calar a voz do profeta! É justamente  depois da morte,  que a sua  voz  passa a ressoar com mais intensidade ainda no coração da humanidade! O profeta morre, mas as suas palavras ficam, assim como ficaram as palavras do Profeta Maior: Jesus!  
O texto  nos fala do retorno de Jesus  à sua cidade de origem. Lá, Ele experimentou no corpo e na alma, a dor da rejeição, que certamente doeu mais forte ainda, por se tratar de uma  rejeição que partiu dos seus próprios conterrâneos, àqueles  que deveriam ser os primeiros a acolhê-Lo.   
A admiração pelas palavras de Jesus, que  á princípio fora manifestada  por aquele  povo, cai  por terra, quando a identidade do Messias lhes é  revelada na pessoa de Jesus, uma  pessoa  simples, o "filho" de um humilde  carpinteiro! Em resumo, os conterrâneos de Jesus, que diziam conhecê-Lo, ficaram só  na sua condição social, estavam longe de reconhecer Nele, a face humana do Pai. 
Certamente, os habitantes de Nazaré,  esperavam  por um  Messias, extraordinário, milagreiro que resolvesse todos as suas  questões, por isto não aceitaram Jesus.
Os compatriotas de Jesus, tiveram  nas mãos a chave da felicidade, mas  não se deram conta desta preciosidade, por isto desperdiçaram a graça de Deus e como conseqüência, não alcançaram as primícias da fé, pois ali, Jesus não pode realizar  muitos milagres, fez apenas algumas curas, não por retaliação contra o povo, mas pela falta de fé deles.   
Será  que nós  também, não temos atitudes semelhantes ao do  povo de Nazaré? Será  que aceitamos o recado de  Deus, que chega até a nós por meio das pessoas simples?  
Dificilmente  reconhecemos a presença de Deus nas  pessoas simples,  temos uma forte tendência a acreditar somente  nas palavras retóricas das pessoas  de alto "nível intelectual", com isso, deixamos escapar as mensagens que Deus quer nos passar através dos “pequenos”. 
É importante lembrarmos, que Jesus, o  Mestre de todos os mestres, o profeta Maior de todos os tempos, serviu-se de meios humanos bem simples  para anunciar o reino de Deus!
 Infelizmente a humanidade ainda continua dividida, uns acolhe a voz do profeta e se dispõe a mudar de vida, outros, ignoram a sua  fala, preferindo a "fala" do mundo.
A rejeição  à Jesus, não interrompeu o anúncio do Reino, que continua até hoje, através dos incansáveis profetas de hoje: homens e mulheres que se embrenham pelo caminho da cruz, dispostos a dar a vida se preciso for, pela causa do Reino.
 
FIQUE NA PAZ DE JESUS! – Olívia 
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“E A FAMA DE JESUS SE ESPALHAVA EM TODOS OS LUGARES DA REDONDEZA!” – Olívia Coutinho

 
Dia 02 De Setembro De 2014
 
Evangelho de Lc 4,31-37
 
Estamos no mês de setembro! O mês das flores,  tempo bonito, que nos mostra com mais intensidade a arte do Criador no  desenho de cada flor! 
A natureza se renovando, nos  motiva a fazer o mesmo, a contemplarmos a grandiosidade do amor de Deus, revelado no refazer da natureza! Assim como a natureza, nós também podemos nos renova a cada dia mediante a palavra de Deus!
Assim como a natureza nos convida a contemplar as suas maravilhas, a igreja, neste mês de setembro, nos convida a abrirmos as páginas do livro sagrado, para que possamos  nos inteirarmos das maravilhas do amor de Deus, revelado à luz do Espírito Santo, pela boca dos profetas e pelos ensinamentos de Jesus!
É a partir da vivência da palavra de Deus, que vamos  nos fazendo discípulos, missionários! E para tornarmos discípulos, verdadeiramente comprometidos com  a causa do Reino de Deus, precisamos, conhecer melhor Jesus, entrar na sua intimidade, mergulhar no mistério do amor do Pai, revelado nas páginas deste Livro sagrado!
O evangelho que a liturgia de hoje coloca diante de nós, vem nos falar de um Deus comprometido com a vida em toda a  sua dimensão,  um Deus libertador que se revelou na pessoa de Jesus!
O texto nos diz, que num dia  de sábado, Jesus estava numa sinagoga em Cafarnaum, cidade da Galileia, ensinando os discípulos.  O povo simples, percebe o jeito diferente de Jesus ensinar e se encanta com tudo que Ele diz. Ao contrário dos líderes religiosos daquela época, que falavam sem conhecimento, somente aquilo que ouviam dos outros, Jesus falava com autoridade, ou seja,  falava do que conhecia, o que ouvia do Pai!
Jesus ensinava com autoridade porque vivia o que ensinava, as suas palavras, ao mesmo tempo  que ensinava, também libertava, por isto, os seus ensinamentos eram vistos pelo povo como  um ensinamento novo! Diferente dos  doutores  da  Lei, que além de não viver o que falavam  oprimia o povo. O que infelizmente, ainda hoje acontece em muitas de  nossas  pastorais, feitas de teorias, sem uma caminhada  comprometida com a causa de Jesus.
O relato nos diz ainda, que na sinagoga havia um homem possuído por um espírito mal, cuja presença de Jesus o atormentava: “Que queres de nós Jesus Nazareno? Viestes para nos destruir? Eu sei quem tu és o santo de Deus!” E Jesus, fonte de libertação, o intimou: “Cala-te e sai dele!”.  A partir daquele momento, aquele homem se vê completamente libertado da escravidão que o impedia de ser ele mesmo.
Nesta sua ação libertadora, Jesus desmascara a mentalidade dos dirigentes religiosos, com um olhar que vai   além dos limites impostos por eles! Ao contrário deles, Jesus enxerga o homem, e não o mal que está nele, o mal, Jesus retira, e o homem, Ele trás de volta à vida!
Aquele  homem  possuído  pelo  espírito  mau,  representa   todas  as  pessoas  que estão na escuridão, que são impedidas de falar, de agir como sujeitos da sua própria vida e da sua história, àqueles, cuja vida está sobre o controle de quem os domina.
Podemos dizer que este  evangelho, é um convite  a conhecermos  a verdade que liberta  na vivencia da palavra de Deus!  Só assim, podemos também  falar com autoridade, nos tornando fonte de libertação para o outro.
Jesus não quer que nenhum de nós seja escravizado pelas forças do inimigo, por isto  Ele nos ensina na prática, como  cortar pela raiz, o mal originado da própria natureza humana: o pecado.
 Não  podemos negar a existência e  a força do mal,  o mal existe e está sempre a nos rondar, mas ele só ganhará força em nós, se nos  distanciamos de Deus! O mal, não sobrepõe o bem, por isto, é importante estarmos sempre embebidos no amor do Pai, na força do Filho e na luz do Espírito, assim, estaremos sempre protegidos contra o mal.
 Saber que Jesus é o Filho de Deus, todos sabem, até o inimigo, o que faz a diferença mesmo, é saber quem é Ele!
Conhecer Jesus, saber quais são suas propostas, é  o primeiro passo de quem quer  fazer a melhor escolha para sua vida!
 

FIQUE NA PAZ DE JESUS! – Olívia

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A missão dos doze apóstolos -Canção Nova

24 de Setembro - Quarta - Evangelho - Lc 9,1-6


E chamou os doze e começou a enviá-los dois a dois e dava a eles autoridade sobre os espíritos impuros. De dois em dois como se fossem testemunhas de uma verdade perante o mundo que não a conhecia. Evidentemente, a verdade era o Reino para o qual deviam se preparar com nova mentalidade. A autoridade sobre os espíritos impuros ou imundos é como o carimbo da divindade ao dominar os que na época se consideravam seus inimigos e triunfadores na luta entre o bem e o mal. O triunfo sobre eles indicava que o seu reino estava no fim e um novo reinado prestes a ser instaurado: o reinado da luz, da verdade e do bem em nome de Jesus, o representante do Deus vivo. Lucas em lugar paralelo, expressamente fala de proclamar o reino de Deus. O envio de dois em dois era próprio do tempo, pelo que dizia respeito aos mensageiros enviados para atestar uma mensagem. Também podemos ver nessa situação uma oportunidade para o mútuo apoio em situações difíceis. Jesus, no início de sua escolha, chama de dois em dois os irmãos pescadores. Os espíritos imundos: cremos que esta autoridade é para fazer calar os mesmos como Jesus fez na sinagoga de Cafarnaum ou expulsá-los como no caso da sogra de Simão, pois era considerada essa doença como causada por um espírito.  Os enfermos que curam eram os indispostos, para distingui-los dos que estavam mal e dos débeis. Não cremos que exista uma diferença real entre os termos que expressam uma mesma realidade: a doença.
E ordenou a eles de modo que não tomem para [o] caminho se não unicamente bordão, nem alforje, nem pão, nem cobre na cintura. Mas tendo atado [as] sandálias e não vestissem duas túnicas. As ordens eram umas positivas: bordão,  sandálias e uma túnica. Coisas necessárias para o caminho, pois nunca se caminhava descalço e um bordão era necessário tanto para se apoiar naqueles caminhos rudes e difíceis como arma defensiva contra os bandidos. Uma túnica é o mínimo que devia cobrir um corpo nu, ou seja, o necessário. As ordens negativas eram: não levar o alforje, que correspondia não ao cesto onde os judeus carregavam as provisões, especialmente o pão e vinho em sua peregrinação para Jerusalém, mas ao embornal dos mendigos que muitos missionários ambulantes levavam em suas missões. Também impede o dinheiro que era carregado numa bolsa na cintura ou dentro da faixa com que se atava a túnica ao redor dos rins. O texto fala de cobre, as moedas mais pobres sem ouro ou prata. Evidentemente com isto queria dizer que não podiam recolher qualquer dinheiro, nem como pobres, em sua missão. O texto de Mateus fala denão possuir ouro, nem  prata, nem cobre em seus cintos, nem sacola de provisões para o caminho nem duas túnicas, nem sandálias, nem bordão. Lucas diz que ordenou não tomar nada para o caminho, nem bordões, nem embornal, nem pão, nem prata, nem duas túnicas por cabeça. Dos textos vemos que não coincidem nos detalhes, especialmente Mateus para quem o bordão e as sandálias eram tão descartáveis como os alforjes e a túnica sobressalente. Os enviava com recursos até menores que os que tinham os mendigos, os mais pobres, para indicar que seu trabalho missionário não dependia dos valores humanos, mas da confiança que a Ele deviam: ao jovem rico manda dar tudo aos pobres para segui-lo. A pobreza era uma das características de Jesus, que não tinha nem onde reclinar a cabeça.
Se nas ordens anteriores era o caminho quem ditava as condições de pobreza para evitar se enriquecer com o pretexto da missão, agora coloca os discípulos como hóspedes gratuitos daqueles que aceitam o Evangelho. Caso não sejam recebidos, Jesus anuncia o que deve ser feito, profetizando que tal cidade teria um fim ainda pior do que foi dado às cidades que representavam no mundo antigo dos judeus o pecado propriamente dito. E todos que não vos receberem nem vos ouvirem, saindo dali sacudi o pó sob vossos pés para testemunho. Em verdade vos digo: Mais tolerável será no dia da condenação para os de Sodoma e de Gomorra do que para aquela cidade. Era costume entre os judeus em cada cidade haver um encarregado que se ocupava da comida e vestuário dos peregrinos. Sacudir o pó das sandálias era um gesto que o israelita fazia ao voltar de terra pagã. Dado que a terra participa do caráter de seus habitantes, despedir-se dos ímpios, comporta liberar-se também de seu pó. Sacudir o pó das sandálias não era uma maldição, mas um testemunho de que tal cidade era comparada a uma cidade pagã. Mas o final dessa cidade e de seu povo será o mesmo que Jesus anuncia contra as cidades em que tantos milagres foram feitos e que não se converteram. Se o destino das cidades é igualado, também é igualada a missão dos apóstolos e a missão de Jesus.
E tendo saído pregavam para que se convertessem. Embora Marcos não tenha narrado como Mateus que foram enviados para proclamar que o Reino estava às portas ou como Lucas diz para proclamar o Reino de Deus e curar os doentes, agora Marcos nos dá uma idéia de qual era o fim da missão apostólica. O arrependimento foi uma constante da pregação do Batista, do início da pregação de Jesus aos judeus, da proclamação de Pedro logo após a manifestação de Pentecostes. Mas quando se dirigem aos pagãos só pedem a fé.
E lançavam muitos demônios e ungiam com óleo muitos adoentados e saravam. O caso dos demônios é único aqui em Marcos, e também é única a narração de que ungiam os enfermos com óleo e sanavam. Deste resultado da missão também se tornam testemunhas tanto Mateus como Lucas. Porém, será Tiago quem de novo falará sobre a unção como uso corrente entre os membros da Igreja. Aqui está a base do sacramento da Unção aos Enfermos. A expulsão dos demônios (seja qual for a natureza dos tais) e a cura dos doentes eram a prova de que os apóstolos eram enviados por um ser superior às forças humanas. Como no caso de Pedro, a cura do aleijado deu ocasião para suscitar a fé nos presentes, e de se reafirmar na rejeição de Jesus pelos culpados. Também as curas eram a base da conversão ao Evangelho dos cidadãos presentes.


A prova de ser filho de deus -Canção Nova

23de Setembro - Terça -  Evangelho - Lc 8,19-21

Minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem a mensagem de Deus e a praticam”. Ao declarar que todo aquele que faz a vontade de Deus é a sua família, Jesus não estava renunciando à sua família segundo a carne. Como filho mais velho, ele continuou a cuidar do bem estar da sua mãe. Isto foi comprovado quando, ao dar a sua vida na cruz, ele passou essa responsabilidade ao discípulo a quem ele amava. Simplesmente Jesus define claramente que o parentesco de ordem humana, seja a mãe, os irmãos ou irmãs que ele tinha, não tem qualquer significado no Reino de Deus.
O relacionamento mais próximo do Senhor Jesus é com o seu Pai, que está nos céus, o próprio Deus Pai. O único “parentesco” permanente que Ele pode ter é de ordem espiritual – e é com aqueles que fazem a vontade de Deus. A estes, Ele chama de meus irmãos.
Deixando de lado os laços sanguíneos, representado pelo parentesco segundo a carne com sua mãe e seus irmãos, o Senhor Jesus passará agora a ampliar o seu ministério a todos aqueles que o receberem, sem distinção entre judeus e gentios. Não se dará mais exclusividade a Israel, devido à sua incredulidade e rejeição.
O relacionamento segundo a carne passa a ser inteiramente superado por afinidades espirituais. A obediência a Deus é agora o fator predominante e definitivo para estabelecer tais afinidades, sem outra distinção qualquer.
O mesmo se aplica a todo aquele que recebe Cristo como o seu Senhor e Salvador. Ele disse: Se alguém vem a mim e ama o seu pai, sua mãe, sua mulher, seus filhos, seus irmãos e irmãs, e até sua própria vida mais do que a mim, não pode ser meu discípulo. Nosso relacionamento espiritual com Cristo produz um vínculo maior do que nosso parentesco de sangue.
Um aspecto muito importante que deve ser esclarecido é sobre os irmãos de Jesus. Há dias uma das assíduas comentadoras da homilia diária perguntava sobre este aspecto. Os irmãos de Jesus, como fica claro pelo próprio texto bíblico, eram filhos de Alfeu e sua esposa, e não de José e Maria. Em diversos lugares o Evangelho fala desses ‘irmãos’. Assim, S. Marcos e S. Lucas referem que ‘estando Jesus a falar, disse-lhe alguém: eis que estão lá fora tua mãe e teus irmãos que querem ver-te” (Mt 12, 46-47; Mc 3, 31-32; Lc 8, 19-20; e também em Jo 7, 1-10).
Toda a pessoa que pergunte sobre os irmãos de Jesus somente revela a sua ignorância da própria Bíblia. Até porque as línguas hebraica e aramaica não possuem palavras que traduzam o nosso ‘primo’ ou ‘prima’, e serve-se da palavra ‘irmão’ ou ‘irmã’.
Lê-se em Gênesis que ‘Taré era pai de Abraão e de Harão, e que Harão gerou a Lot (Gn 11, 27) que, por conseguinte, vinha a ser sobrinho de Abraão. Contudo, no mesmo Gênesis, mais adiante, chama a Lot ‘irmão de Abraão’: “Disse Abraão a Lot: nós somos irmãos” (Gn 13, 8). Jacó se declara irmão de Labão, quando, na verdade, era filho de Rebeca, irmã de Labão (Gn 29, 12-15).
No Novo Testamento, fica claríssimo que os ‘irmãos de Jesus’ não eram filhos de Nossa Senhora. Os supostos ‘irmãos de Jesus’ são indicados por S. Marcos: “Não é este o carpinteiro, filho de Maria e irmão de Tiago, e de José, e de Judas e de Simão e não estão aqui conosco suas irmãs?” Tiago e Judas, conforme afirma S. Lucas, eram filhos de Alfeu e Cléofas: ‘Chamou Tiago, filho de Alfeu… e Judas, irmão de Tiago” (Lc 6, 15-16). E ainda: “Chamou Judas, irmão de Tiago” (Lc 6, 16). Quanto a ‘José’, S. Mateus diz que é irmão de Tiago: “Entre os quais estava… Maria, mãe de Tiago e de José (Mt 27, 56). Em S. Mateus se lê: “Estavam ali (no Calvário), a observar de longe…., Maria Mágdala, Maria, mãe de Tiago e de José, e a mãe dos filhos de Zebedeu”. Essa Maria, mãe de Tiago e José, não é a esposa de S. José, mas de Cléofas, conforme S. João (19, 25). Era também a irmã de Nossa Senhora, como se lê em S. João (19, 25): “Estavam junto à Cruz de Jesus sua mãe, a irmã de sua mãe, Maria (esposa) de Cléofas, e Maria Madalena”. Simão, irmão dos três outros, ‘Tiago, José e Judas’ são verdadeiramente irmãos entre si, filhos do mesmo pai e da mesma mãe. Alfeu ou Cléofas é o pai deles.
Da mesma forma, se Nossa Senhora tivesse outros filhos, ela não teria ficado aos cuidados de S. João Evangelista, que não era da família, mas com seu filho mais velho, segundo ordenava a Lei de Moisés. Eis um dilema sem saída para os protestantes, pois os ‘irmãos de Jesus’ são filhos de Maria de Cléofas e Alfeu.
Também decorre uma pergunta: Por que nunca os Evangelhos chamam os ‘irmãos de Jesus’ de ‘filhos de Maria’ ou de ‘José’, como fazem em relação à Nosso Senhor? E por que, durante toda a vida da Sagrada Família, apenas conta-se três membros: Jesus, Maria e José?
Portanto, a própria Sagrada Escritura demonstra que os supostos ‘irmãos’ de Jesus são seus primos e não seus irmãos carnais. Sua afirmação de que o trecho de S. Mateus tem duas passagens, uma referindo-se à filiação carnal e a segunda à filiação espiritual fica sem sentido, visto que não conferem com o texto bíblico. Até porque o parentesco de sangue não é sequer mencionado pelos seus irmãos nas cartas que escreveram e que se encontram no Novo Testamento, indicando que não davam valor a isso. Ao invés disso, eles se dizem servos de Jesus Cristo.
Pai, que minha condição de membro da grande família do Reino se expresse no meu modo de proceder. Pela disposição a amar, quero dar provas de ser teu filho.


Estás com inveja porque eu estou sendo bom?-Canção Nova

21 de Setembro - DOMINGO - Evangelho - Mt 20,1-16a

A inveja causa tristeza em nós, gera dentro de nós sentimentos negativos. Começamos a querer o mal do outro, a falar mal dele. A inveja é um mal a ser combatido.
“Então o patrão disse: ‘Por acaso não tenho o direito de fazer o que quero com aquilo que me pertence? Ou estás com inveja, porque estou sendo bom?’ Assim, os últimos serão os primeiros, e os primeiros serão os últimos” (Mt 20,15-16a).
Veja as parábolas que Jesus nos conta sobre os trabalhadores da vinha, na qual o proprietário mesmo paga para seus trabalhadores um salário igual, tanto para o que começou a trabalhar cedo quanto para aquele que veio no meio do dia e para aquele outro que veio no final da tarde. Olhando assim, o que chegou no final do dia foi mais favorecido do que aquele que começou a trabalhar cedo.
A pergunta é: O senhor da messe, proprietário ou administrador, foi injusto com alguém? Óbvio que não, pois ele pagou a cada um aquilo que havia combinado com eles. No entanto, se ele resolveu ser mais generoso, nós não podemos ter inveja da generosidade dele, mas nos conformarmos em receber aquilo que nos foi prometido, aquilo que foi combinado.
O senhor resolveu ser generoso e dar um carinho igual a todos. Nos critérios humanos, isso se chama injustiça, mas nos critérios de Deus se chama bondade e misericórdia.
Infelizmente, nós temos um coração movido pela inveja. Se nós não ficássemos sabendo que aquele homem ganhou o mesmo tanto, talvez nem nos importássemos com isso. Mas quando sabemos que alguém recebeu uma gratificação, um elogio, uma bênção ou uma graça, ao invés de nos alegrarmos com o bem do outro, nós nos entristecemos. Aí está o mal.
A inveja causa tristeza em nós, gera dentro de nós sentimentos negativos. Começamos a querer o mal do outro, a falar mal dele. A inveja é um mal a ser combatido.
Que a misericórdia de Deus possa chegar a todos os corações. E não importa o tamanho da generosidade, o que importa é que o Pai sabe o carinho, o amor, o afeto que cada um dos Seus filhos merecem. E se há pessoas que chegam no Reino dos Céus depois de nós, não há problema. O que nós não podemos é deixar que a inveja mate a graça de Deus que está em nós.
A inveja é maligna, destrói o Reino de Deus em nós. Que nós possamos combatê-la com toda a força do nosso coração.

Deus abençoe você!

QUE ESPÉCIE DE SOLO VOCÊ É?-Canção Nova

20 de Setembro - Sábado - Evangelho - Lc 8,4-15

Jesus contou frequentemente, por parábolas, histórias sobre os acontecimentos do dia-a-dia que ele usava para ilustrar verdades espirituais. Uma das mais importantes destas parábolas é a que Lucas nos apresenta no dia de hoje. Esta história fala de um fazendeiro que lançou sementes em vários lugares com diferentes resultados, dependendo do tipo do solo. A importância desta parábola é salientada por Jesus em Marcos 4,13: Não entendeis esta parábola e como compreendereis todas as parábolas? Jesus está dizendo que esta parábola é fundamental para o entendimento das outras. Esta é uma das três únicas parábolas registradas em mais do que dois evangelhos, e também é uma das únicas que Jesus explicou especificamente. Precisamos meditar cuidadosamente nesta história.
O trabalho do semeador é colocar a semente no solo. Uma vez que a semente for deixada no celeiro, nunca produzirá uma safra, por isso seu trabalho é importante. Mas a identidade pessoal do semeador não é. O semeador nunca é chamado pelo nome nesta história. Nada nos é dito sobre sua aparência, sua capacidade, sua personalidade ou suas realizações. Ele simplesmente põe a semente em contato com o solo. A colheita depende da combinação do solo com a semente.
Aplicando-se espiritualmente, os seguidores de Cristo devem estar ensinando a palavra. Quanto mais ela é plantada nos corações dos homens, maior será a colheita. Mas a identidade pessoal dele não tem importância. Porque ele o faz em nome de Jesus! Eu plantei, Apolo regou; mas o crescimento veio de Deus. De modo que nem o que planta é alguma coisa, nem o que rega, mas Deus que dá o crescimento (1 Coríntios 3:6-7). Em nossos dias, o semeador tornou-se a figura principal e a semente é bastante esquecida. A propaganda das campanhas religiosas frequentemente contém uma grande fotografia do orador e dá grande ênfase ao seu nível escolar, sua capacidade pessoal e o desenvolvimento de sua carreira; o Evangelho de Cristo que ele se supõe estar pregando é mencionado apenas naquelas letrinhas, lá no canto. Não devemos exaltar os homens, mas sim, completamente ao Senhor!
A semente é a Palavra de Deus. Cada conversão é o resultado do assentamento do Evangelho dentro de um coração puro. A palavra gera, salva, regenera, liberta, produz fé, santifica e nos atrai a Deus. Como o Evangelho se espalhava no primeiro século, foi-nos dito muito pouco sobre os homens que o divulgaram, porém, muito nos foi dito sobre a mensagem que eles disseminaram. A importância das Escrituras deve ser ressaltada ao máximo.
Isto significa que o professor tem que ensinar a palavra. Não há substitutos permitidos. Frequentemente, pessoas raciocinam que haveria uma colheita maior se alguma outra coisa fosse plantada. Então, igrejas começam a experimentar outros meios, de modo a conseguir mais adeptos. Não é nosso trabalho analisar o solo e decidir plantar alguma outra coisa, esperando receber melhores resultados. A colheita do Evangelho pode ser pequena, mas Deus só nos deu permissão para plantar a palavra. Somente plantando a Palavra de Deus nos corações dos homens o Senhor receberá o fruto que Ele espera. Ou, usando uma figura diferente: as Escrituras são a “isca” de Deus para atrair o peixe que Ele quer salvar. Precisamos aprender a ficar satisfeitos com seu plano.
Aqui há uma lição para o ouvinte também. O fruto produzido depende da resposta à Palavra. É decididamente importante ler, estudar e meditar sobre as Escrituras. A Palavra tem que vir habitar em nós, para ser implantada em nosso coração. Temos que permitir que nossas ações, nossas palavras e nossas próprias vidas sejam formadas e moldadas pela Palavra de Deus.
Uma safra sempre depende da natureza da semente, não do tipo da pessoa que a plantou. Um pássaro pode plantar uma castanha: a árvore que nascer será um castanheiro, e não um pássaro. Isto significa que não é necessário tentar traçar uma linhagem ininterrupta de fiéis cristãos, recuando até o primeiro século. Há força e autoridade próprias da Palavra para produzir cristãos como aqueles do tempo dos apóstolos. A Palavra de Deus contém força vivificante. O que é necessário são homens e mulheres que permitam que a Palavra cresça e produza frutos em suas vidas; pessoas com coragem para quebrar as tradições e os padrões religiosos em volta deles, para simplesmente seguir o ensinamento da Palavra de Deus. Hoje em dia, a Palavra de Deus tem sido frequentemente misturada com tanta tradição, doutrina e opinião que é quase irreconhecível. Mas, se pusermos de lado todas as inovações dos homens e permitirmos que a Palavra trabalhe, podemos tornar-nos fiéis discípulos de Cristo justamente como aqueles que seguiram Jesus há quase 2000 anos atrás. A continuidade depende da semente.
É perturbador notar que a mesma semente foi plantada em cada tipo de solo, mas os resultados foram muito diferentes. A mesma Palavra de Deus pode ser plantada em nossos dias; mas os resultados serão determinados pelo coração daquele que ouve.
Alguns de nós somos solos de beira de estrada, duro, impermeável. Eles não têm uma mente aberta e receptiva para permitir que a Palavra de Deus os transforme. O Evangelho nunca transformará corações como estes porque eles não lhe permitem entrar.
As raízes das plantas, no solo pedregoso, nunca se aprofundam. Durante os tempos fáceis, os brotos podem parecer interessantes, mas abaixo da superfície do terreno, as raízes não estão se desenvolvendo. Como resultado, se vem uma pequena temporada seca ou um vento forte, a planta murcha e morre. Os cristãos precisam desenvolver suas raízes por meio da fé em Cristo e do estudo da Palavra cada vez mais profundo. Tempos difíceis virão, e somente aqueles que tiverem desenvolvido suas raízes abaixo da superfície sobreviverão.
Quando se permite que ervas daninhas cresçam junto com a semente pura, nenhum fruto pode ser produzido. As ervas disputam a água, a luz solar e os nutrientes e, como resultado, sufocam a boa planta. Existe uma grande tentação a permitir que interesses mundanos dominem tanto nossa vida que não nos resta energia para devotar ao crescimento do Evangelho em nossas vidas.

Então, há o bom solo que produz fruto. A conclusão desta parábola é deixada para cada um responder a esta pergunta. Que espécie de solo você é? Esta parábola, por um lado, revela a força divina da Palavra de Deus, e, por outro, convida os que a escutam a oferecerem à sementeira dela a terra de um bom coração.