quarta-feira, 30 de abril de 2014

"EU SOU O CAMINHO, A VERDADE E A VIDA"! - Olívia Coutinho


03  de Maio de 2014
 
Evangelho - Jo 14,6-14
 
   Crescemos interiormente, quando  reconhecemos nossas fragilidades, imperfeições, quando nos conscientizamos de que não estamos prontos!
 Nossa vida é uma eterna construção, ora somos caminho, ora somos caminhantes!
Tão importante quanto caminhar é ser caminho, é estar sempre em movimento e nunca instalados. É dando passos que crescemos na fé, é buscando Jesus que o encontramos!
 A  f é,  é  caminhada, é compromisso, partilha, é ver além do horizonte, ou seja, ver além do que os olhos humanos conseguem alcançar!  
 Uma fé só de emoções, não  produz frutos, não sobrevive aos vendavais da vida, pois  não possui raízes  profundas que a sustente!
Um dia, alguém nos falou de Jesus, pode ter sido nossos pais, avós, catequista, mas  a nossa opção por Ele, tem que partir de nós, do nosso encontro pessoal com Ele!
Não basta saber quem é Jesus pela boca do outro, é preciso conhecê-Lo intimamente, comprometer-se com Ele, assumir a sua causa, carregar sua bandeira! Só quem faz a experiência de Jesus em sua  vida, pode  dizer que O conhece.  
 No encontro com Jesus, todas as nossas vaidades e ambições caem por terra, pois Nele encontramos o verdadeiro sentido da vida, Ele é o caminho que nos leva a felicidade plena.
  Hoje, a Igreja  celebra a festa dos apóstolos Felipe e Tiago. Nesta festa, Jesus mais uma vez, nos deixa claro  que Ele é o único caminho que nos leva ao Pai!
É importante estarmos sempre  em sintonia com Jesus, sem Ele, caímos no vazio, pois Jesus  é o nosso sustento, o nosso porto seguro!
O Evangelho de hoje, nos mostra  a paciência de Jesus para  com os seus discípulos, Ele procurava formá-los bem, para que eles  tivessem idéias claras a respeito da sua pessoa, da sua missão e o sentido da sua presença no mundo. Era preciso prepará-los bem, para que  eles pudessem,  passar adiante os seus  ensinamentos.
 E é graças a esta paciência, a estes empenhos de Jesus, que hoje, nós podemos  desfrutar das riquezas dos seus ensinamentos! Graças ao testemunho dos primeiros cristãos, hoje podemos  viver as alegrias da ressurreição! 
A visão do Pai, era a coisa mais desejada pelos discípulos, bastaria, que eles dessem um passo a mais na fé, para  descobrirem  na pessoa de Jesus, o próprio Pai, que estava ali, diante deles.
Contemplar Jesus é a única forma de ver a face de Deus Pai! Não por meio de conhecimento intelectuais, mas pelo conhecimento e pela experiência das obras realizadas por Jesus, que são as obras do Pai!
 “Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vai ao Pai senão por mim”! Estas palavras de Jesus,  responde a uma pergunta de Tomé, palavras que hoje são dirigidas a nós também, são palavras que nos mostram claramente, qual é a vereda autêntica que nos leva a felicidade Plena!
A Luz verdadeira é aquela que nos conduz pelo caminho da salvação, Jesus é este caminho, Ele  é a luz do mundo, a nossa  fonte da vida! Seguir Jesus é caminhar para um Reino que não tem fim.
 
 FIQUE NA PAZ DE JESUS! – Olívia
 
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Jesus é a porta que abriu o céu para nós-Helena Serpa

11 DE MAIO-Evangelho - Jo 10,1-10
 Evangelho -  João 10, 1-10 -  “Jesus é a porta que abriu o céu para nós   ”
 Somente Jesus pode nos conduzir rumo ao Pai, pois Ele é a Porta que abre o céu para nós. O céu significa a presença atuante de Deus na nossa vida e Jesus veio ao mundo para nos revelar que o Pai quer nos dar a vida em abundância. Ele é para nós a Porta que se abre a fim de que tenhamos felicidade e fartura.  Quando perseguimos os passos de Jesus nós estamos percorrendo o caminho que nos leva ao Pai, fonte do Amor e da felicidade. Todos os que buscam outros caminhos e seguem outras vozes terminam sendo enganados e fogem. A ovelha que é conduzida por Jesus tem plena confiança de que está no caminho certo. Quando a ovelha foge é porque o pastor não a fez entrar pela porta que é Jesus. Ela escapa daqueles que não anunciam Jesus, que não operam em nome de Jesus e por amor a Jesus. Quando  fazemos as coisas em nome de Jesus, as portas se abrem e o verdadeiro Pastor toma conta do rebanho. Conhecer é ter intimidade profunda!  As ovelhas conhecem a voz do Pastor porque têm intimidade profunda com Ele! A Igreja é o nosso Redil! Nela estamos seguros, porque é lá que se encontra Jesus, o nosso Pastor. É na Igreja, na comunidade e na família que aprendemos com Jesus a não nos desviar  do Seu Caminho e a não fugir  Dele. Há muitas teorias no mundo que tentam nos enganar e nos atrair com falsas conquistas: a teoria da prosperidade sem esforço, a teoria de que tudo é relativo, a teoria de que podemos nos salvar pelas nossas ações, no entanto Jesus nos afirma: “Eu sou a Porta!” Somente Nele encontramos vida.   - Para você o que significa isto?  – Você crê em Jesus como Salvador e Senhor da sua vida? – Você tem demonstrado isso nas suas ações? – Você tem intimidade com Jesus? – Você já está provando da vida em abundância que Ele veio nos dar? – Você tem paz?

Helena Serpa

Palavras de vida eterna!-Helena Serpa

10 DE MAIO - Evangelho - Jo 6,60-69

Atos 9, 31-42 – “com a força e o poder vêm do alto”

Esta leitura testemunha para nós o que aconteceu na vida de Pedro e os outros apóstolos depois que Jesus enviou o Seu Espírito a fim de conduzi-los na missão que lhes fora destinada. Pedro e os outros apóstolos continuaram curando e libertando em Nome de Jesus. Ninguém ficava sem assistência, as pessoas eram saradas, libertadas e tinham suas vidas transformadas . Seguindo os passos do Mestre e usando as mesmas palavras e o modo de agir de Jesus Cristo, Pedro curava os doentes e ressuscitava os mortos: “levanta-te e arruma a tua cama”. A Igreja vivia em paz, progredia no temor do Senhor e crescia, com a ajuda do Espírito Santo. A Igreja, somos nós e o seguimento de Jesus implica no prosseguimento da Sua missão aqui na terra. Nós também somos chamados (as) a fazer o mesmo, porém, como Pedro, precisamos ter a consciência de que o poder é de Jesus e que não podemos atrair para nós as loas pelos milagres que acontecem. “Enéias, Jesus Cristo te cura!” Somos também seus seguidores e podemos fazer do mesmo jeito, certos, porém, que a força e o poder vêm do alto. Quando deixamos o Espírito Santo de Deus se manifestar em nós e por nosso intermédio, podemos também crescer, prosperar, dar frutos e ajudar aqueles que precisam da bênção e da graça do Senhor! Mas como sabemos que o Espírito está agindo em nós? Nunca saberemos se não colocarmos em prática as sugestões de Deus que estão dentro do nosso coração: orar por alguém que está sofrendo, dar uma palavra de carinho a quem está carente, ir imediatamente à busca daquele que se perdeu. O Espírito Santo é o motivador e o realizador, mas depende do nosso querer, da nossa boa vontade e da nossa conscientização. Ele sempre nos motiva a edificar e não dividir, portanto, a unidade é o primeiro sinal de que realmente o poder do Espírito Santo está agindo em nós. - Como você está vivendo a sua missão de ser Igreja no mundo? – Você tem crescido em graça e sabedoria? – Você tem se deixado guiar pelas sugestões do Espírito Santo? - Você também tem feito milagres “em nome de Jesus? – Você tem promovido a unidade? 

Salmo 115 – “Que poderei retribuir ao Senhor Deus por tudo aquilo que ele fez em meu favor?”

Como nós também poderemos retribuir ao Senhor por todas as graças que Ele faz em nosso favor? O mínimo que nós podemos fazer, realmente, é cumprir a nossa missão de batizados e dar provas diante do povo das maravilhas que acontecem na nossa vida por causa da Sua bondade e Misericórdia. Ofertar um sacrifício de louvor é abrir os nossos lábios e testemunhar ao mundo a glória e o poder do Deus vivo.

Evangelho – João 6, 60-69 - “palavras de vida eterna!

A ideia de que teriam que comer a carne e beber o sangue de Jesus escandalizava a muitos, justamente, porque eles procuravam entender com a mente aquilo que só o Espírito poderia fazê-lo. Entendendo com a razão e dentro da lógica humana seria impossível acontecer o que Jesus afirmara, porém o “Espírito é que dá vida” e “as palavras de Jesus são espírito e vida!” Nós também nos escandalizamos com os mistérios de Deus porque a nossa fé é muito pequena e não compreendemos que as palavras de Jesus são espírito e verdade. Jesus nos dá um ensinamento de como não racionalizar as coisas sobrenaturais e é firme diante dos questionamentos dos judeus e até dos próprios discípulos sobre as “palavras duras de comer o seu corpo e beber o seu sangue.” O Espírito Santo é dado em abundância a quem reconhece que só Jesus tem as palavras de vida eterna! Diante da evasão de alguns, Jesus deu um ultimato aos Seus seguidores: “Vós também vos quereis ir embora?” Pedro respondeu em nome dos outros discípulos: “a quem iremos Senhor? Tu tens palavras de vida eterna. Nós cremos firmemente e reconhecemos que tu és o santo de Deus.” Alguns discípulos se afastaram de Jesus, porém ficaram aqueles que creram e reconheceram que “Ele era o santo de Deus”. Hoje também são muitos os que se afastam porque não querem entender, os que duvidam porque se acham autossuficientes e até zombam de Cristo! Assumir as palavras de Jesus como espírito e vida é abraçar tudo o que Ele nos propõe sem questionamentos e com o coração convencido de que somente Ele tem palavras de vida eterna!. – Você tem convicção quanto a tudo o que Jesus lhe propõe? – Você tem plena consciência de que quando comunga está comendo o Corpo e bebendo o sangue de Jesus? - Como você se sente em relação àquelas pessoas que não creem? – Como você tem demonstrado diante delas a sua fé em Jesus presente na Eucaristia? Quais serão as palavras de vida eterna que Jesus hoje quer revelar para você? – Escute-O! 

Helena Serpa

Jesus curou um hidrópico mesmo sendo sábado - Enviado por Vera Lúcia


SEXTA - 16 de Maio de 2014 - Evangelho - Jo 14,1-6

Sistema opressor

Diante de Jesus, havia um hidrópico. Ele o curou, mesmo sendo sábado.
Este Evangelho narra a cena da cura de um hidrópico, doença popularmente conhecida como barriga d’água, num dia de sábado, o que era proibido pela lei judaica.
As leis judaicas eram, às vezes, egoístas, porque cuidar de um animal doente podia.
Deus é o Senhor da vida. O direito à vida precede quaisquer outros direitos e outras leis, mesmo as mais sagradas. A encarnação do Verbo selou para o ser humano uma dignidade superior. E Jesus disse: “Eu vim para que todos tenham vida, e a tenham em abundância” (Jo 10,10).
Não só as palavras de Jesus, mas todos os seus gestos eram em favor da vida, como este da cura do hidrópico. Ele curava os doentes, ressuscitava os mortos, ensinava o amor e o serviço aos necessitados...
“Vê que eu hoje te proponho a vida e a felicidade, a morte e a desgraça. Escolhe, pois, a vida”
(Dt 30,15.19).
“Deus criou o mundo para a vida, para ver suas criaturas felizes. Em suas obras não existe veneno de morte” (Sb 1,14). A natureza toda é boa e tudo nela concorre para a vida, numa harmonia maravilhosa, que chamamos de ecossistema. Foi o pecado que estragou a natureza, tornando-a, às vezes, prejudicial ao homem.
Compensa valorizar a vida. Compensa fazer tudo pela vida humana, desde pentear o cabelo de uma criança até morrer na Cruz.
As leis existem para proteger a vida, não para prejudicá-la. É assim que as leis devem ser interpretadas.
A vida humana deve ser protegida desde a sua concepção dentro da mãe. E a pesquisa científica não pode colocar-se acima da vida. Não se pode matar um ser humano para salvar outro.
Libertar uma pessoa do mal, seja que mal for, é a melhor forma de santificar o Dia do Senhor, pois o Dia do Senhor deve ser o dia da vida.
Não se lê no Evangelho que o hidrópico dirigisse a Jesus alguma palavra ou pedido. A iniciativa da cura partiu de Jesus mesmo. O nosso amor deve ser tão grande que, basta ver uma pessoa em necessidade, já nos movemos a socorrê-la.
Certa vez, uma jovem queria suicidar-se. Foi a uma ponte bem alta, sobre um rio largo e fundo, a fim de pular lá de cima, pois ela não sabia nadar.
Quando chegou à ponte, viu um cego que caminhava para atravessá-la, mas estava errando a direção da ponte e ia cair num barranco bem alto, direto na água do rio.
Ela correu, deu a mão ao cego e o conduziu até atravessar a ponte. Depois resolveu levá-lo até o seu destino.
Quando chegaram, ele sorriu para ela e disse: “Muito obrigado, moça! Você salvou a minha vida!” Ela respondeu emocionada e com o coração cheio de alegria: “Eu é que lhe agradeço, meu amigo. Você também salvou a minha vida!”
Deu-lhe um abraço e foi embora, sem se apresentar nem explicar ao cego o sentido real da sua frase. E nunca mais aquela jovem pensou em destruir a própria vida. Pelo contrário, queria viver o máximo, a fim de fazer muitas pessoas felizes e ver muitos sorrisos, como viu no rosto daquele cego.
Maria Santíssima é chamada a Mãe da Vida, porque nos deu aquele que é o caminho, a verdade e a vida. Que ela nos ajude a imitar o seu Filho, promovendo a vida.
Diante de Jesus, havia um hidrópico. Ele o curou, mesmo sendo sábado.




"Dou a Vida pelas Ovelhas..." "-Diac.José da Cruz



Confesso que ás vezes como católico, sinto uma “pontinha” de ciúmes dos dirigentes das Igrejas Históricas, que são denominados de “Pastores”, que a meu ver é um título mais profundo e sublime do que “Padre”, que por sua vez significa “Pai”.Entretanto, ambos estão corretos e de acordo com o evangelho, pois a palavra “Padre”, embora signifique “Pai” é compreendida no sentido de ser aquele que cuida, toma conta, zela, dirige, mantém, e não aquele que “gera”, embora ainda haja o argumento de que, no batismo a igreja filhos e filhas de Deus, entretanto, o Batismo é realizado em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, portanto, a palavra pastorear é uma ação mais humana e esta é, a meu ver, uma das mais belas alegorias aplicadas a Jesus, pelo evangelista.
No antigo Testamento, a maioria dos pastores não eram donos do rebanho mas trabalhavam para alguém que era o verdadeiro proprietário. Em Ezequiel 34, Deus censura os maus pastores e garante que ele mesmo irá cuidar do seu rebanho “Eu mesmo apascentarei o meu rebanho, eu mesmo lhe darei repouso, buscarei a ovelha que estiver perdida, curarei a ferida, reconduzirei a que estiver desgarrada”
Em Jesus Cristo essa profecia se cumpre, e quando ele se apresenta como o Bom Pastor, está dizendo á todos aqueles a quem confiou as ovelhas : “Vejam, é assim que eu quero que tratem as minhas ovelhas”. Portanto, nenhum dirigente de uma Igreja Cristã, poderá ter dúvidas sobre como tratar as ovelhas, a consciência de que elas não são suas, não fazem parte de sua propriedade, deve estar sempre presente na missão de um verdadeiro pastor. As ovelhas pertencem a Deus, devem ser conduzidas até sua casa, e cabe ao pastor apenas mostrar o caminho.
Há neste evangelho um versículo que ensina, de modo muito claro, como age o verdadeiro pastor, e aqui a reflexão se torna mais ampla, porque o recado não é direcionado apenas aos dirigentes, mas a qualquer cristão que tenha na comunidade alguma responsabilidade pastoral. Na nossa compreensão do dia a dia, alguém que é BOM, é aquela pessoa quietinha, que não tem boca pra nada, que não reclama, não critica, só faz o bem, é muito boazinha. Mas o conceito de BOM, nesse evangelho, sendo aplicado a Pastor, quer antes de tudo nos mostrar que Jesus, enquanto modelo perfeito de homem, no seu jeito de amar, vai além dos limites.
Podemos entender melhor esse pensamento na comparação entre o Pastor e o mercenário, que também é um pastor porém, profissional contratado, uma espécie de “Tarefeiro”, que pastoreava o rebanho apenas pelo salário, tendo certas obrigações e deveres constantes do contrato, por exemplo, diante de algum perigo que rondasse as ovelhas,. ele teria que defendê-las porém, desde que a sua vida não estivesse sendo colocada em risco, diante de um Leão faminto e feroz, ele podia abandonar o rebanho á sua própria sorte, pois não tinha como enfrentar um leão, ou seja, na defesa da vida das ovelhas há um limite. Então não vamos fazer mau juízo do mercenário.
Entretanto, é bom fazer uma pergunta fundamental: quem é que irá contratar um profissional, que trabalhe apenas pelo salário, que apenas faça aquilo que é necessário, ou que apenas cumpra o contrato? Se fosse em um time profissional, seria aquele jogador que só entrou para ganhar o “bicho”, nunca vai “suar” a camisa, aliás, nem a camisa do time ele vai vestir. É aquele agente de pastoral, ou participante de um movimento, que sempre diz de peito estufado “A minha parte eu sempre faço!”. Esse é o mercenário, que sempre faz o que tem que fazer, e que é sua obrigação.
Jesus Cristo, o único e verdadeiro Pastor, apresenta-se como BOM nesse sentido, de que as ovelhas, cada uma delas em particular, são o alvo de sua atenção, de modo que o seu interesse está voltado totalmente para elas, a vida do rebanho todo e de cada ovelha, é mais preciosa do que a sua própria Vida, e se vier uma matilhas de Lobos ferozes, ou um bando de leões famintos, ele nunca “dá no pé”, mas fica e enfrenta, ainda que esse ato, marcado de um amor extremoso e infinito, represente a perda da sua vida.
Há uma tentação muito grande, de nesse Domingo do Bom Pastor, olharmos para os nossos dirigentes e pastores, ministros ordenados e servos de Deus, colocados pela Instituição á frente da comunidade, paróquia ou Diocese, criticar duramente sua conduta e condená-los ao inferno ainda em vida, mas pensemos um pouco naquelas ovelhas, numerosas ou não, ou quem sabe apenas uma ovelha, que Deus colocou sob os nossos cuidados, na vida comunitária ou familiar, se a nossa relação com elas, não se modelar em Jesus, o Bom Pastor, nosso pecado será tão grave como o das lideranças, e também iremos um dia prestar conta dessas ovelhas diante do único e verdadeiro DONO do rebanho. (Domingo do Bom Pastor – João 10, 11-18)


"UM ESTRANHO NO REDIL"-Diac.José da Cruz


4º DOMINGO DA PÁSCOA 11/05/2014
1ª Leitura Atos 2,14ª .36-41
Salmo 22(23).1.2c “O Senhor é meu Pastor, nada me faltará. Conduz-me junto ás águas refrescantes”
Evangelho João 10, 1-10

"UM ESTRANHO NO REDIL"-Diac.José da Cruz

Eu achava estranho esse evangelho do Bom Pastor no tempo pascal, parece que se interrompem bruscamente  as narrativas das famosas aparições de Jesus Ressuscitado ao discípulos , tão cheias de mistério e encanto, para falar de um assunto que não tem nada a ver, mencionando palavras repetitivas como redil, porta, pastor, ovelhas....E alguns adjetivos como, estranho, ladrão, assaltante, que nos faz imediatamente pensar nos outros, naqueles que são de fora do rebanho, nos que hostilizam a Igreja e o Reino de Deus, são esses que devemos ter cuidado, mas não !
 Jesus fala com os de “dentro”, ou seja, com a comunidade, e aqui precisamos tomar muito cuidado, para não nos julgarmos como membros exclusivos de um Rebanho de qualidade superior a todos os demais, os “queridinhos e prediletos” de Deus.
E uma boa chave de leitura aparece logo no início do evangelho: Jesus é a Porta!Para entrar no Redil, para fazer parte da comunidade da Igreja, só há uma porta: Jesus Cristo, é ele que no dia do nosso Batismo nos introduz na comunidade. Não posso ser  Cristão por razões ideológicas, ou para sentir-me bem com a minha consciência, vivendo em paz, sem preocupações nesta vida. Não posso tão pouco participar da comunidade e das celebrações apenas por preceito, pois existe aí o perigo dos nossos interesses falarem mais alto, conheci dois casos diferentes, em um deles, porque mudaram as músicas que vinham sendo cantadas, um instrumentista enfiou o violão no saco e saiu pisando duro, dizendo que nunca mais botaria os pés na igreja, e conheci um acordeonista, que ao contrário, começando a tocar em celebrações sertanejas, tornou-se um membro ativo da comunidade e tomou gosto pela vida em comunhão, ai está a grande diferença entre, ser frequentador da comunidade, e ser um Seguidor de Jesus de Nazaré. Quem se tornou cristão por causa de Jesus, após ter feito com ele uma experiência profunda de Vida em comunhão,  passou pela Porta, mas aqueles que são meros frequentadores, e não fizeram ainda essa experiência querigmática com o Senhor, são os que pularam a janela, entraram as escondidas pelos fundos, e quando chega a crise, esses mercenários  são os primeiros a darem no pé, porque sentem que vão perder algo.
Mudam de igreja, de comunidade, de paróquia, de grupo, e nunca se encontram, há os que mudam até de família, passam a vida procurando a perfeição do cristianismo, e não encontrando acabam caindo no desânimo e frustração descobrindo mais tarde,  que quem tinha de mudar eram eles, e não as pessoas.
Quando nossos interesses falam mais alto que as coisas do Reino de Deus, nos tornamos estranhos no ninho, ladrões e assaltantes, porque roubamos o espaço e o tempo da assembléia, das pastorais e movimentos, só para vender nossa imagem fazendo o nosso marketing pessoal. Tornamo-nos estranhos ao rebanho porque a nossa conduta e procedimento, e o  jeito de pensar, não reflete de forma alguma o santo evangelho, a vida de comunhão ou a koinonia como diz o termo grego.
Ao contrário, quem passa pela Porta que é Jesus Cristo, torna-se também um pastor, aquele que cuida, mostra o caminho, socorre os fracos e feridos, que na comunidade são tantos, e se for preciso, carregam no colo as ovelhinhas que não podem caminhar, exatamente como faz esse Bom Pastor que é Jesus Cristo. As ovelhas o seguem, porque ouvem e conhecem sua voz, ou seja, a relação com ele é marcada por uma grande intimidade, de quem conhece a voz, isso é, a Palavra de Deus, e que por isso se torna um discípulo.
Claro que o evangelho desse 4º Domingo da Páscoa fala forte no coração dos jovens, despertando uma possível vocação, projetando esse pastoreio na Vocação Sacerdotal, mas é preciso essa compreensão mais ampla de que somos todos ovelhas e pastores, somos cuidados mas também somos cuidadores, em um amor co responsável, que vai ao encontro do outro porque  o aceita como irmão no Senhor Jesus.
E há na segunda leitura dessa liturgia, uma afirmação do apóstolo Pedro, que reforça essa comunhão de vida: Carregou os nossos pecados em seu corpo sobre o madeiro, para que , mortos aos nossos pecados vivamos para a Justiça.

Ser comunidade é carregar o outro em nossa vida, com todos os seus pecados e defeitos, fazer isso por puro amor, amor que aceita, que compreende, que perdoa sempre e é misericordioso, pois carregar o outro com seus carismas e perfeições, não requer nenhum sacrifício e é até agradável.A exemplo de Jesus, Nosso Deus e Senhor, sejamos todos pastores e que aprendamos a amar a todos, mesmo os “estranhos” do Redil, pois o amor poderá salvá-los, levando-os a uma experiência sincera com Jesus.

"Discípulos em Crise..." -Diac.José da Cruz

SÁBADO DA III SEMANA DA PÁSCOA 10/05/2014
1 LEITURA Atos 9, 31-42
SALMO115 (116), 3
EVANGELHO João 6,  60-69




O leitor mais atento vai perceber que nesta semana Jesus insistiu muito na necessidade da Fé Nele próprio, que é o Filho de Deus descido do céu, uma Fé que requer intimidade com ele, comendo sua carne e bebendo seu sangue, para ter a Vida Eterna que ele próprio, revelando-se como alimento que transmite e que dá a aquele que crê a Vida Eterna, mesmo com todas as limitações humanas. Que essas afirmações nos debates com os Judeus, acabou transformando-se em provas para a sua condenação, porque para os Judeus da "gema", para quem a referência máxima do Deus da Aliança era Moisés, isso era uma blasfêmia, passível de condenação.
Hoje alguns discípulos menos preparados também acabam se escandalizando com essa revelação e a crise está estabelecida na comunidade. Pois estes pensam exatamente como os Judeus conservadores, Jesus Cristo é bem conceituado entre eles, como grande profeta enviado por Deus (mas não Deus) homem de grandes prodígios e de uma sabedoria que causava admiração na comunidade, mas ainda o conceituavam em um patamar inferior a Moisés, isso é, estavam presos aos laços da carne e não conheciam outra vida que não fosse a Biológica, onde a grande bênção de Deus se manifestava na prosperidade material e na descendência, exatamente como havia prometido a Abraão.
Por isso, diante da afirmativa de Jesus de "O Espírito é que vivifica, a carne de nada serve, e que suas palavras são espírito e Vida...." desencadeou-se uma crise entre eles. Isso se aplica tanto ao grupo dos discípulos, onde a dificuldade de pensar as coisas de Deus, era muito grande, como também as comunidades do fim do primeiro século do Cristianismo.
E a frase que provocou ainda mais a crise foi esta "Ninguém pode vir a mim, se por meu Pai não for concedido", esse foi o estopim que eclodiu na comunidade, onde no pensamento judaico, as boas obras aproximavam o homem de Deus e o justificavam, Deus era estático, o homem é que se move em sua direção. Jesus havia acabado de dizer que as "boas obras" e a observância de toda Lei, eram apenas as placas sinalizadoras do Caminho, que era Ele próprio. A essas alturas do campeonato, muitos fizeram as malas e deixaram a comunidade, Judas foi o primeiro, atrás dele foram outros da comunidade de João, no primeiro século da Igreja, e hoje também a toda Hora tem cristão abandonando o barco, porque não concorda com a Fé proclamada por uma Igreja Cristocêntrica, institucional e mística, humana e Divina, onde o elo entre Deus e o Homem é a Eucaristia...quem comer a minha carne e beber do meu sangue permanece em mim e eu nele...
Diante da crise estabelecida, Jesus fez o contrário de certas lideranças fajutas, que não querendo perder ovelhas, abranda o discurso, ameniza a prática cristã, abre um caminho mais fácil e menos exigente, principalmente em nossos tempos. Mas Jesus encarou os que ficaram, e em vez de parabenizá-los e rasgar elogios por não terem abandonado a comunidade, endureceu ainda mais o "jogo" " Quereis vós também retirar-vos? " ou seja, para quem não aceitar esta verdade, vivendo o cristianismo do jeito que ele é, a porta da rua é a serventia da casa....

E nesta hora é belíssimo de Pedro, que não era nenhum super apóstolo, tinha muitas limitações, mas em seu coração professava uma Fé descomunal em Jesus, porque o Via como o próprio Deus "Senhor, a quem iremos se só tu tens palavras de Vida Eterna".....Talvez muita gente competente e intelectual, gente importante que poderia fazer a diferença na comunidade, a tenha abandonado, os que ficaram são simples mas fervorosos, pois em nossas comunidades o que vale é a Fé em Jesus Cristo, e não o brilho das pessoas, ou seu status, poder ou prestígio. Uma Fé assim, uma igreja assim, um Jesus Cristo assim, Real e Verdadeiro como João nos apresenta, é PEGAR ou LARGAR...não tem meio termo ou mais ou menos....

" Comer a carne e beber o sangue do Senhor..." -Diac.José da Cruz

SEXTA FEIRA DA III SEMANA DA PÁSCOA 09/05/2014
1ª Leitura Atos 9, 1-20
Salmo Marcos 16,15 “Ide por todo mundo e pregai o evangelho a toda criatura
Evangelho João 6, 52-59


 Para a nossa cultura esse ato parece tão estranho...soa como canibalismo, como os primeiros cristãos foram acusados, de comer carne de criancinhas. Entre os indígenas sempre existiram os Guerreiros valentes que tinham fama de heróis, mas na batalha que estes morriam, seu corpo era levado até a tribo e os mais jovens comiam a sua carne para se apossarem do seu espírito de herói.
A Eucaristia nos torna imortais porque recebemos a carne e o sangue daquele que é Eterno e este sinal Sacramental nos eterniza. É um ritual para que a nossa razão compreenda o que a Fé realiza em nós pois somos transformados em Cristo, suas palavras e seus ensinamentos, suas obras a favor da Vida têm continuidade há dois milênios de historia, e isso sem sombra de dúvida se deve a Eucaristia.
Na Eucaristia Jesus se faz presença real e concreta em milhões e milhões de homens e mulheres todos os dias. A pessoa que vamos construindo em nossa vida, com nossos pensamentos e projetos, com nossas ações a favor do bem, com nossos ideais de fraternidade, agregando tudo isso ao nosso Ser Existencial e ganhando uma identidade cristã própria. Essa pessoa, alimentada pela Eucaristia supera a matéria presente na corporiedade, quando passamos pela morte Biológica, essa pessoa, que fez de Cristo a razão do seu Viver, passa incólume pelo processo de morte e continua o seu viver, agora em Vida Plena e Eterna.  Não se trata apenas da nossa personalidade ou do nosso psique, mas desse homem espiritual que somos, presente em todas as nossas dimensões e que acaba se manifestando em nossas ações, feitas em nossa corporiedade, mas desencadeadas por este Ser, unido intimamente a Jesus Cristo, e que norteia toda a nossa caminhada. A descoberta de quem realmente somos só se dá na Fé em Jesus Cristo, pois é ele o Revelador de Deus e revelador do homem. Quem portanto não se alimentar dele, sua carne e seu sangue, transubstanciado em Pão e vinho na Santa Eucaristia, sentirá esse homem espiritual se definhar junto com a matéria. Por absoluta falta desse alimento especial que contém a Vida Eterna.


"JESUS TOMOU OS PÃES, DEU GRAÇAS E DISTRIBUIU-OS..." - Olívia Coutinho


 Dia 02 de Maio de 2014
 
Evangelho de Jo 6,1-15
 
A fome de tantos irmãos é uma ferida que sangra constantemente no coração de Jesus!  Está em nossas mãos, a cura desta ferida, cura, que pode partir de  pequenos gestos concretos de amor!
Quem de nós, não tem “5 pães e dois peixes”? Tomemos para nós, o exemplo daquele menino citado no evangelho, o menino  que partilhou tudo o que tinha para o seu sustento e ficou saciado!
É difícil acreditar, mas é a mais dura realidade: num mundo de tanta fartura, ainda hoje  morrem milhares de pessoas vítimas do nosso abandono. São muitos os irmãos, que continuam morrendo  de fome, ou por doenças causadas pela desnutrição, conseqüência do nosso egoísmo, da nossa não partilha.  
 A todo instante, pessoas  necessitadas de  ajuda,  desfilam diante dos nossos olhos, são  irmãos nossos, pessoas desprovidas do mínimo necessário para a sua sobrevivência.  E quantas vezes, nós, que dizemos seguidores de Jesus, tampamos os nossos ouvidos para não ouvir os seus clamores, preferindo ignorá-los, para nos  isentar  de quaisquer responsabilidade sobre  eles. E assim,  vamos  buscando  mil desculpas para justiçar a nossa impassibilidade, diante dos que sofrem.
Precisamos  aprender a olhar o irmão com o  olhar de Jesus,  um olhar que  não apenas constata  a sua  necessidade, como também, ajuda-o a encontrar o caminho que o levará a sair de suas  dificuldades.
Um verdadeiro seguidor de Jesus, não pode  fechar os olhos diante as necessidades do  irmão e  muito menos transferir para outros, a nossa responsabilidade para com ele.
Precisamos  conscientizar, de que somos co-responsáveis pela vida do outro, por tanto, não podemos permanecer indiferentes aos seus problemas, problemas que se chegaram até a nós, é porque são  nossos  também.
Muitas vezes,  o que o nosso irmão busca em nós, não é muito, é algo que está  ao nosso alcance, às vezes, uma palavra de incentivo, de animo, disponibilidade para ouvi-lo,  ou até mesmo  um simples sorriso nosso!
  Se somos de fato, seguidores de Jesus, temos que colocar em prática os seus ensinamentos,  e, assim como Ele, estarmos  sempre atentos as necessidades do outro, prontos para ajudá-lo no que for preciso.
De nada adianta, erguermos as nossas mãos, para louvar  a  Deus, se  não estamos dispostos a abaixá-las para erguer o nosso irmão!
O evangelho que a liturgia de hoje  nos apresenta, mostra-nos mais uma vez, a sensibilidade de Jesus, diante a necessidade humana!
O texto narra o episódio que marcou o milagre da multiplicação dos pães: o milagre da partilha! O ponto fundamental deste acontecimento é o amor, o amor que  leva a partilha.  
Evidentemente, Jesus  poderia realizar sozinho a multiplicação dos pães, sem a participação dos discípulos.  Mas Ele  quis envolver todos, despertar neles a importância da partilha. Jesus  usou-se   até mesmo um menino, um anônimo, cujo o nome nem  é citado no evangelho, para nos mostrar a grandiosidade que pode vir dos pequenos.
Hoje, somos nós  os encarregados  de saciar a fome de tantos irmãos, fome de pão e  fome de amor, na certeza de que: colocando em suas mãos o pouco que temos, Jesus  transforma em muito!
Onde existe amor, existe partilha, onde existe partilha, Deus entra, e o milagre da multiplicação acontece!
É nosso compromisso cristão, despertar no outro a necessidade de Deus, mas antes, é preciso saciar a sua fome, criar no seu coração a  necessidade  de Deus. Assim fez Jesus: a  partir da necessidade do pão material, Ele despertou naquela multidão, a necessidade de Deus, ou seja, a necessidade do pão da vida!
Quem partilha com o outro o pão material, está despertando nele a necessidade de Deus, com  seu gesto concreto de amor!
  
FIQUE NA PAZ DE JESUS! – Olívia
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terça-feira, 29 de abril de 2014

A REJEIÇÃO À JESUS NÃO INTERROMPEU O ANÚNCIO DO REINO! - Olívia Coutinho


 Dia 01 de Maio de 2014
 
Evangelho de Mt 13,54-58
 
O caminho do profeta é um caminho marcado pela perseguição, pela rejeição e até mesmo pela incompreensão das pessoas  que fazem parte do seu convívio!
Jesus, o profeta de ontem e  de hoje, passou por esta experiência, além de rejeitado pelas autoridades políticas e religiosas, foi  rejeitado também, pelos seus conterrâneos.
 O  evangelho que a liturgia de  hoje coloca diante de nós, nos trás uma amostra  dos desafios enfrentados pelos profetas de ontem e que os profetas de hoje continuam enfrentando.
A cruz é inevitável  no caminho do profeta,  pois são muitos os que tentam calar a sua voz, o que é impossível, pois nem a morte  consegue calar a voz de um profeta! É  justamente depois da sua morte, que a voz do profeta, ressoa com mais intensidade ainda, no coração da humanidade! O profeta morre, mas a sua voz, se espalha, por  todos os confins da terra, assim como aconteceu com a voz do Profeta Maior de todos os tempos: Jesus!
O texto nos fala  do retorno de Jesus a sua cidade de origem, quando Ele experimenta no corpo e na alma a dor da rejeição, Uma dor, que certamente foi  mais forte ainda, por partir dos seus próprios conterrâneos, àqueles que deveriam ser os primeiros a acolhê-Lo. 
A admiração pelas palavras de Jesus, que a princípio agradou a todos,  cai por terra, quando a identidade do Messias, anunciado pelos profetas do antigo testamento, se revela na pessoa de Jesus. Aqueles,  que esperavam por um Messias extraordinário, milagreiro, que realizasse os seus desejos, não quiseram aceitar um Messias de origem simples, que tinha o olhar voltado para os pequenos, os pobres, os marginalizados, os oprimidos.
Julgando  conhecer Jesus, pela  sua condição social, eles se recusam a aprofundar no mistério de Deus, ficaram somente no superficial, o mais importante estava longe de ser percebido por eles, isto é: o Rosto humano do Pai, se revelando no filho de um carpinteiro!
Os compatriotas de Jesus tiveram nas mãos, a chave da felicidade, mas não se deram conta desta preciosidade, por isto desperdiçaram a graça de Deus. Ali, Jesus não pode realizar muitos  milagres, não por retaliação, mas pela falta de fé daquele povo. 
Será que nós também, não temos atitudes semelhantes as atitudes dos conterrâneos de Jesus? Será que estamos aceitando o recado de Deus, que chega até a nós por meio das pessoas simples?
Dificilmente reconhecemos  a sabedoria presente nas pessoas simples, temos uma forte tendência a acreditar somente nas palavras retóricas das pessoas de alto "nível intelectual", com isso, muitas vezes deixamos escapar as mensagens que Deus quer nos passar através dos pequenos, esquecendo de que Jesus, o Mestre de todos os mestres, o profeta Maior de todos os tempos, serviu-se de meios humanos bem simples, para anunciar o reino de Deus!
Infelizmente, a humanidade ainda continua dividida, uns acolhe a voz do profeta e se dispõe a mudar de vida, outros, ignoram a sua fala, preferindo continuar no caminho do pecado.
A rejeição contra Jesus,  não interrompeu o anúncio do Reino que continua através dos incansáveis profetas de hoje: homens e mulheres que se embrenham pelo caminho da cruz, dispostos a dar a vida se preciso for, pela causa do Reino.
FIQUE NA PAZ DE JESUS! – Olívia
 
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Quem recebe aquele que eu enviar, me recebe a mim. Padre Queiroz

QUINTA - 15 de Maio de 2014  - Evangelho - Jo 13,16-20

Quem recebe aquele que eu enviar, me recebe a mim.
Este Evangelho narra as palavras de Jesus após o lava-pés. São orientações fundamentais aos Apóstolos e a todos os líderes de Reino de Deus, de todos os tempos e lugares. Esses líderes vão continuar o trabalho que ele fez nos seus três anos de vida pública.
“O servo não está acima do seu senhor e o mensageiro não é maior que aquele que o enviou”. Se ele, o senhor e mestre, agiu como uma empregada doméstica lavando os pés da família que chega da viagem, nós, os líderes cristãos, devemos preocupar-nos, não com honras, mas em servir as pessoas com humildade.
“Se sabeis isto, e o puserdes em prática, sereis felizes.” Essa atitude de serviço humilde nos faz felizes. “Descubra a felicidade de servir.” Mas não basta saber que é assim; a felicidade começa quando colocamos em prática.
Jesus nos pede também que apoiemos os seus líderes: “Quem recebe aquele que eu enviar, me recebe a mim; e quem me recebe, recebe aquele que me enviou”. Em outras palavras, quem receber e tratar bem um líder cristão, estará recebendo e tratando bem o próprio Cristo, o próprio Deus.
Jesus inverteu o sentido da autoridade. É estar por baixo, não por cima; é servir, não ser servido. Toda autoridade é poder para servir. Jesus nunca condenou a busca do poder, pois ele é necessário na sociedade. O chefe é o centro de unidade de qualquer grupo humano. O que Jesus fez foi direcionar e orientar quem exerce o cargo de coordenação e de poder, em todos os níveis da sociedade. O chefe encontra a sua felicidade quando lava os pés, não quando os outros lhe lavam os pés. “Aquele que manda seja como aquele que serve” (Lc 22,26).
O poder é uma realidade muito ampla e diversificada na sociedade. Todos nós temos poder: Os pais, os professores, o motorista de ônibus, o ascensorista de elevador, a secretária, o guarda, o porteiro, o chefe de sessão, o médico, a enfermeira... E na Igreja o papa, o bispo, o padre, a religiosa, o líder leigo, a catequista etc. Até uma criança exerce poder sobre seus irmãos menores. Há momentos em que coordenamos e há momentos em que somos coordenados.
Em outra ocasião, Jesus nos mostrou, através de uma comparação, como ser o maior: “Na hora da refeição, quem é o maior: quem está sentado à mesa, ou quem está servindo? Não é quem está sentado à mesa? Eu, porém, estou no meio de vós como aquele que serve” (Lc 22,27). Está expressa aí, de modo claro, a inversão que Jesus fez no exercício da autoridade.
Certa vez, houve numa paróquia uma palestra para os casais sobre a educação dos filhos. Quem deu a palestra foi um casal da pastoral familiar. A primeira coisa que o casal fez foi distribuir todos um papelzinho no qual estava escrito: “O melhor modo de educar os filhos é ser:” E embaixo uma linha para cada um completar a frase.
Alguns casais, em vez de completar, expressaram a sua discordância com a formulação da frase. Para eles, o correto seria deixar fora a palavra “ser”, pois educar é uma ação, não um modo de ser.
Na hora de ler as frases completadas, o casal palestrante explicou: Os filhos aprendem mais com os olhos do que com os ouvidos. Por isso, a educação acontece noventa por cento pelo exemplo, pelo modo de ser dos pais, e só dez por cento pelas suas palavras e conselhos. Se os pais procuram ser pessoas exemplares, mesmo que os filhos não os imitem na hora, mais tarde vão fazê-lo. Aliás, isso vale para todo tipo de educação, não só a familiar. Quem se coloca como primeiro, como líder, influi muito mais pelo exemplo do que pelas palavras. “A palavra convence, o exemplo arrasta”.
Maria Santíssima é chamada a mulher servidora. Ela não se deixava levar pelos tabus da época, que obrigavam a mulher a passar a vida fechada dentro de casa. Pelo contrário, ela viajava, fazia até longas viagens, unicamente para servir, como foi o caso da prima Isabel, das Bodas de Cana, do serviço ao Filho na cruz, da presença junto à Igreja primitiva etc. Santa Maria, a mulher servidora, rogai por nós!
Quem recebe aquele que eu enviar, me recebe a mim.
Padre Queiroz