.

I N T E R N A U T A S-M I S S I O N Á R I O S

SOMOS CATÓLICOS APOSTÓLICOS ROMANOS

e RESPEITAMOS TODAS AS RELIGIÕES.

LEIA, ESCUTE, PRATIQUE E ENSINE.

PARA PESQUISAR NESTE BLOG DIGITE UMA PALAVRA, OU UMA FRASE DO EVANGELHO E CLICA EM PESQUISAR.

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

A caridade é o que deve prevalecer - Helena Serpa


01/10/13 - 3ª. feira XXVI semana comum – Santa Terezinha – Zacarias 8, 20-23 – “testemunhas da presença do Senhor” Povos de muitas nações e línguas poderão seguir as pegadas daqueles que são testemunhas da presença de Deus na sua vida. Esta é a nossa certeza diante da profecia de Zacarias que prognostica os planos de Deus para a humanidade. A Palavra de Deus se atualiza a cada dia da nossa vida e em cada acontecimento da nossa caminhada espiritual e humana. Toda Palavra é eficaz e serve de bússola para nós. Por isso, fazendo uma analogia desta mensagem para a nossa caminhada, nós podemos perceber que por meio do nosso testemunho de vida, da nossa participação na Igreja, da coerência nas nossas atitudes, também podemos atrair para Deus as pessoas que vivem o vazio existencial, oprimidas pelas instabilidades próprias da vida aqui na terra. Somos hoje os homens da casa de Judá, descendentes de Abraão e de Jacó e gozamos da intimidade com Deus. Com efeito, quando oramos na Sua presença e, por isso, temos a nossa vida renovada, despertamos nas outras pessoas o desejo de também conhecê-Lo e ter com Ele um encontro pessoal. Fazemos a diferença no mundo o qual vive apenas a dimensão material e coloca a sua confiança no prazer, no poder e no possuir. A nossa evangelização acontece em cada momento que transmitimos a todos, que o Senhor está muito próximo e cuida de cada um de nós com carinho de mãe. – Você também ora na presença do Senhor? – O seu testemunho de vida tem atraído as pessoas para Deus? – Como você tem provado ao mundo que o Senhor está muito perto? – Você é uma pessoa que cultiva a alegria e a esperança no Senhor? 

Salmo 86 – “Nós temos ouvido que Deus está convosco” O salmista anuncia que o Senhor ama a cidade que fundou. Somos povo de Deus, criado por Ele, somos a cidade que o Senhor ama e da qual se dizem coisas gloriosas. Precisamos nos sentir pertencentes a Deus e ter convicção de que não estamos mais na Babilônia, cidade do pecado e da escravidão. O nosso nome está escrito no Livro de Deus, por essa razão nós também cantamos e dançamos alegremente mostrando ao mundo que o Senhor está conosco. 

Evangelho – Lucas 9, 51-56 – “a caridade é o que deve prevalecer” Jesus tomou a firme decisão de dirigir-se à cidade de Jerusalém e tinha consciência plena de que era lá que se cumpriria o desígnio de Sua Missão de Salvador da humanidade. Ele sabia que estava se aproximando a hora em que iria se concretizar o plano de Deus para a redenção de todos os povos, visto que Jerusalém era o lugar onde se localizava o templo e onde os profetas prediziam que o Cordeiro de Deus seria sacrificado. Os discípulos, que acompanhavam Jesus, ainda não compreendiam como seria o desfecho daquela peregrinação. Eles não alcançavam que Jesus viera congregar todos os povos e promover a unidade do Amor de Deus no vínculo da paz. Diante da recusa dos samaritanos em acolherem Jesus eles quiseram mostrar força e poder valendo-se dos dons que Ele possuía. No entanto, o pensamento de Jesus era completamente diferente do que o mundo pregava e a Sua justiça era diversa do que imaginavam os Seus discípulos. Por isso, Jesus repreendeu aos discípulos que pretendiam pedir fogo do céu para destruir os samaritanos, seus inimigos, mostrando que a caridade deve prevalecer em todas as nossas ações. Mais uma vez Jesus mostrou que Deus não quer exterminar ninguém e não se compraz em liquidar com as pessoas. Mesmo tendo todo o poder Jesus sabia ter bom senso e mudou a sua rota evitando assim o confronto com os samaritanos. Que isto nos sirva de referencial para a nossa vida quando nos depararmos com as pessoas que não nos aceitam ou recusam a nossa companhia. Passar adiante evitando o confronto é o melhor que nós podemos fazer. Muitas vezes, nós fazemos justamente o contrário, queremos medir forças, dar o troco e assim só fazemos piorar a situação. – Qual a lição que você tira para a sua vida? – Você é uma pessoa vingativa que quer dar o troco seja de que jeito for? – Você aceita perder numa discussão, num jogo, numa competição? - Você, é daquelas pessoas que evitam os conflitos ou dão tudo por uma confusão? - Você gosta de se aproveitar de situações que o (a) privilegiamHelena Serpa, Fundadora da Comunidade Missionária Um Novo Caminho

Muitos por aí louvam a Deus com os lábios -Alexandre Soledade

04 de Outubro - Sexta - Evangelho - Lc 10,13-16


Bom dia!
Vejo uma profunda ligação dessa passagem com algo que ocorreu com Jonas e os Ninivitas.
“(…) Jonas foi pela cidade durante todo um dia, pregando: Daqui a quarenta dias Nínive será destruída. Os ninivitas creram (nessa mensagem) de Deus, e proclamaram um jejum, VESTINDO-SE DE SACOS DESDE O MAIOR ATÉ O MENOR. A notícia chegou ao conhecimento do rei de Nínive; ele levantou-se do seu trono, tirou o manto, COBRIU-SE DE SACO E SENTOU-SE SOBRE A CINZA. Em seguida, foi publicado pela cidade, por ordem do rei e dos príncipes, este decreto: Fica proibido aos homens e aos animais, tanto do gado maior como do menor, comer o que quer que seja, assim como pastar ou beber. Homens e animais se cobrirão de sacos. TODOS CLAMEM A DEUS, EM ALTA VOZ; DEIXE CADA UM O SEU MAU CAMINHO E CONVERTA-SE DA VIOLÊNCIA QUE HÁ EM SUAS MÃOS. Quem sabe, Deus se arrependerá, acalmará o ardor de sua cólera e deixará de nos perder! Diante de uma tal atitude, vendo como renunciavam aos seus maus caminhos, DEUS ARREPENDEU-SE DO MAL QUE RESOLVERA FAZER-LHES, E NÃO O EXECUTOU”. (Jonas 3, 4-10)
Deus, em muitas narrativas do antigo testamento, é apenas mencionado pela dureza da sua justiça aos que preferem o mal; no novo testamento, Jesus esforça-se em apresentar o Deus amoroso e compassivo. O Evangelho de hoje reafirma a presença soberana do Deus justo.
Quando acontecem as fatalidades do dia-a-dia clamamos ardentemente pela justiça divina, mas quando somos nós os grandes opressores, pedimos a Sua misericórdia. Deus nunca, nem no novo e nem no antigo testamento deixou de olhar-nos com justiça sendo assim compreensível a idéia que realmente precisamos TAMBÉM mudar.
“(…) Existem pessoas que vivem profundamente uma religião, mas na verdade essas pessoas não possuem fé. Fazem da religião um ritualismo e um cumprimento de preceitos e conhecem todos os seus dogmas e suas normativas morais, porém não possuem fé, porque não se sentem interpelados por Deus para a mudança de vida tanto em nível pessoal como comunitário. São pessoas que como diz o profeta Isaías, louvam a Deus com os lábios, mas seus corações estão longe dele, porque na verdade, não compreenderam que Deus é amor. O coração que se aproxima de Deus é o coração que é capaz de amar, não com romantismo, mas com compromisso de solidariedade, de busca de libertação, de luta contra a exclusão. Este sim, é o verdadeiro amor, e esta é a verdadeira conversão“ (site da CNBB)
Algo me chamou muito atenção numa fala de um padre da minha comunidade: “Será que somente rezar é suficiente”? Trazer essa reflexão é importante, pois nos trás de volta ao compromisso que temos com minha própria salvação e com a dos que me cercam sendo assim, inconcebível a idéia de salvação sem a cruz, sem o irmão, sem o compromisso…
O mais engraçado é que todos sabem o que é certo e o que é errado, mas por que então não fazemos somente o correto? Passamos boa parte de o nosso tempo a justificar, para mim mesmo e para os outros, os atos e gestos (erros) que eu desde o começo sabiamos que não era para serem feitos. Sabemos que é errado, mas não conseguimos deixar de fazer… “(…) Ai de você, cidade de Corazim! Ai de você, cidade de Betsaida! Porque, SE OS MILAGRES QUE FORAM FEITOS EM VOCÊS TIVESSEM SIDO FEITOS NAS CIDADES DE TIRO E DE SIDOM, OS SEUS MORADORES JÁ TERIAM ABANDONADO OS SEUS PECADOS HÁ MUITO TEMPO”.
Iniciaremos amanhã o mês missionário e com ele a reflexão que precisamos antes de tudo começar pela conversão daquele (a) que vemos no espelho todos os dias. Talvez se conseguirmos convertê-lo (a) ou pelo menos fazê-lo (a) cair menos vezes, conseguiremos ter um mundo melhor.
Precisamos muito que isso aconteça, pois Deus é Justo e também será justo com nossa luta em buscarmos sermos alguém melhor do que já somos hoje.
Uma possível conclusão: Se sei o que é errado e tenho convicção disso devo começar minha caminhada de dentro pra fora. Sendo assim…
“(…) Além disso, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é nobre, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, tudo o que é virtuoso e louvável, eis o que deve ocupar vossos pensamentos”. (Filipenses 4,8)
Engraçado… Essa é a segunda leitura de Domingo. Deus seja louvado por essa “coincidência”.
Um imenso abraço fraterno.


A vossa paz repouse sobre ele. Padre Queiroz

03 de Outubro - Quinta- Evangelho - Lc 10,1-12

A vossa paz repousará sobre ele.

Este Evangelho narra Jesus enviando os setenta e dois discípulos em missão e lhes dando orientações. Eles representam, hoje, os cristãos leigos e leigas que, a partir do batismo e da crisma, são chamados a serem missionários. O motivo do envio Jesus apresenta logo no início do Evangelho: “A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos”.
 Tudo indica que havia ali uma grande plantação, já madura e pronta para a colheita. Jesus compara a lavoura com o povo, pronto para ser evangelizado, disponível à conversão, mas sem ninguém que os evangelize. É um forte apelo a todos nós, cristãos batizados.
 A vocação da Igreja é evangelizar. Ao contrário do povo israelita que via como destinatários da evangelização apenas o povo de sua raça, Jesus vê todos os povos do mundo inteiro. E os discípulos entenderam bem isso, ao se espalharem pelo mundo, logo após a subida de Jesus ao céu.
 “Eis que vos envio como cordeiros para o meio de lobos.” O pecado torna o povo hostil à evangelização. Mas sempre há alguns que acolhem, para alegria dos evangelizadores. O missionário não deve preocupar-se muito com críticas, pois elas são, muitas vezes, um mecanismo inconsciente de rejeição ao próprio Cristo e ao seu Evangelho.
 “Não leveis bolsa...” O estilo deve ser itinerante e desinstalado, baseado na pobreza e na gratuidade.
 “A paz esteja nesta casa.” O próprio anuncio do Reino já traz consigo a paz. Quando o povo sabe que Deus está próximo deles e os ama, sentem paz e alegria. A paz bíblica é a síntese de todas as bênçãos de Deus. Cristo é o príncipe da paz. “Cristo é a nossa paz: de dois povos fez um só povo, em sua carne, derrubando o muro da inimizade que os separavam” (Ef 2,14).
 Jesus, em suas aparições após a ressurreição, sempre saudava os discípulos com a paz, pois ela é fruto do Espírito Santo que ele nos presenteou pela sua vitória pascal. A paz se confunde com o “amor de Deus derramado em nossos corações” pelo batismo. O fruto dela é a justiça, a solidariedade, a verdade, a não violência. A nossa missão hoje e sempre é ser mensageiros da paz.
 “Se ali morar um amigo da paz, a vossa paz repousará sobre ele.” Em todos os lugares existem amigos da paz. Não podemos ser pessimistas.
 “Se não houver, ela repousará sobre vós.” O cristão, em seu testemunho, sempre aprende um pouco mais, até quando não é bem acolhido.
 “Não passeis de casa em casa.” Isto tornaria o trabalho muito superficial, apenas uma “casca” de evangelização. Além disso, o povo não teria oportunidade de conhecer a vida dos evangelizadores, para ver se eles vivem o que falam. A “evangelização verniz” não funciona. S. Paulo sempre visitava as Comunidades que ele criava.
 “Comei do que vos servirem.” O evangelizador precisa aculturar-se ao povo onde trabalha. Não pode ser uma pessoa diferente, a não ser em relação ao pecado.
 “Curai os doentes que nela houver e dizei ao povo: o Reino de Deus está próximo de vós.” O Reino de Deus está ali bem próximo, nas palavras e no modo de viver dos evangelizadores. A cura dos doentes completa o testemunho. Veja que é curar “doentes” e não “doenças”. As doenças pode ser que continuem, mas pode deixar de ser um mal para a pessoa e ser um trampolim para o bem e a felicidade.
 Certa vez, um pároco quis saber quantos católicos de verdade havia na sua paróquia. O censo do IBGE apresentou quantos se declaram católicos, mas existem os católicos de verdade e os católicos relaxados.
 Então ele contratou uma equipe especializada em pesquisa para fazer o trabalho.
 Mas os pesquisadores perguntaram a ele: “Sr. padre, como vamos distinguir os católico verdadeiros dos relaxado?” O pároco abriu a Bíblia, em Jo 13,35, e leu: “Nisto conhecerão todos que sois os meus discípulos: se vos amardes uns aos outros”.
 O padre fechou a Bíblia e disse: “Pronto, está aí o critério que vocês vão usar.Vão procurar ver, na vida de cada paroquiano, quem ama o próximo e quem não ama”.
 E se essa equipe chegasse até você, que se diz católico, de que lado iam classificar você: como católico relaxado ou verdadeiro?
 O Reino de Deus, de que Jesus fala no Evangelho de hoje, não é nada mais que o amor ao próximo organizado.
 Também Maria Santíssima foi enviada por Deus para uma missão muito especial: gerar o nosso Salvador. Rainha dos missionários, rogai por nós!
 A vossa paz repouse sobre ele.


Padre Queiroz

Os seus anjos no céu vêem sem cessar a face do meu Pai que está nos céus. Padre Queiroz

02 de Outubro - Quarta-Evangelho - Mt 18,1-5.10

Os seus anjos no céu vêem sem cessar a face do meu Pai que está nos céus.
Hoje celebramos os Santos Anjos da Guarda. No Evangelho, próprio da festa, Jesus nos alerta que as crianças, embora fracas e inocentes, têm protetores muitos espertos e competentes, que são seus anjos da guarda.
Os anjos da guarda protegem a todos, mas principalmente aos “pequeninos” que são as crianças, os pobres, os mais fracos e indefesos. Precisamos tomar cuidado em não prejudicar esses pequenos, pois, como disse Jesus, seus anjos “vêem sem cessar a face do meu Pai que está nos céus”. Eles podem, portanto, nos acusar diante de Deus.
A Igreja sempre acreditou que cada um de nós tem um anjo protetor. É uma espécie de segurança particular, nas vinte e quatro horas do dia. Nosso Deus não é só poderoso e Pai cheio de amor. Ele é também criativo, usando recursos originais para proteger cada um de seus filhos e filhas.
Pedro, na cadeia, é libertado por seu Anjo (At 12,7-11.15).
Existem os demônios, mas existem também anjos bons que nos protegem. Ninguém tem direito de ser pessimista. Podemos caminhar sem medo pela vida, buscando a felicidade e a construção do Reino de Deus.
“O anjo de Javé foi meu guardião, tanto indo daqui para lá, como vindo de lá até aqui” (Judite). Após a sua vitória sobre Holofernes.
“Vou enviar um anjo que vá à sua frente, que guarde você pelo caminho e o conduza até o lugar que lhe preparei. Respeite-o e ouça a sua voz”
(Ex 23,20-21).
“O Senhor ordenou a seus anjos que guardem você em seus caminhos. Eles o levarão nas mãos, para que seu pé não tropece numa pedra” (Sl 91,11-12).
Peregrina sobre a terra, a Igreja associa-se às multidões dos anjos que na Jerusalém celeste cantam a glória de Deus.
Havia, certa vez, um rapaz recém casado que estava desempregado. Depois de muita procura, ele rezou, pedindo a ajuda de Deus. Um dia, apareceu na sua casa um rapaz. Como ele não estava, disse à sua esposa que era para o marido comparecer em tal empresa, que seria admitido como funcionário.
Quando o esposo chegou, ficou admirado, porque nunca tinha ido àquela empresa procurar serviço; nem a conhecia. Mesmo assim, foi imediatamente lá, e foi admitido.
Sua esposa nunca viu, na empresa, um rapaz parecido com aquele que foi à sua casa. E ninguém da empresa havia mandado alguém à casa dele, pois nem tinham o seu nome no departamento pessoal.
Em todo caso, deve haver uma explicação natural para o fato. Mas o certo é que temos um protetor muito sábio e interessado em nos ajudar, que é o nosso Anjo da Guarda.
Maria Santíssima acreditou na mensagem que Deus lhe mandou através do Anjo Gabriel. Que nós também, “conhecendo pela anunciação do Anjo a encarnação de Jesus, cheguemos por ele à glória da ressurreição”.
“Santo anjo do Senhor, meu zeloso guardador, se a ti me confiou a piedade divina, sempre me rege, guarda, governa e ilumina. Amém.”
Os seus anjos no céu vêem sem cessar a face do meu Pai que está nos céus.


Padre Queiroz

Jesus e a Samaritana -Alexandre Soledade

01 de Outubro -Terça - Evangelho - Lc 9,51-56

 Bom dia!
Se recordarmos outro trecho do evangelho (o da Samaritana) poderemos criar um desfecho equivocado a esse evangelho.
”(…) Ora, devia passar por Samaria. Chegou, pois, a uma localidade da Samaria, chamada Sicar, junto das terras que Jacó dera a seu filho José. Ali havia o poço de Jacó. E Jesus, fatigado da viagem, sentou-se à beira do poço. Era por volta do meio-dia. Veio uma mulher da Samaria tirar água. Pediu-lhe Jesus: Dá-me de beber“. (João 4, 4-7)
Poderíamos pensar: “não foram esses mesmos samaritanos que se converteram ao ouvir a mulher falar de Jesus”? “não são eles que acolheram a mensagem e agora não querem que Jesus passe por seu território”?
Nada podemos afirmar se era a mesma região ou o mesmo povoado visto que a região da Samaria era extensa e se assim for verdade cairia por terra nossa primeira impressão de traição. Quem não imaginaria a cena e não se revoltaria com o povo. Sem saber da plena verdade dos fatos criamos algo odioso chamado pré-conceito.
É claro que nossas convicções poderiam estar certas sobre o fato, mas nossos esquemas pessoais sobre o mundo e sobre as pessoas precisam mudar. Precisamos “adivinhar” menos!
Quem nunca ouviu estórias e contos de pessoas simples, trajando roupas simples entrarem em lojas e não serem atendidas, pois os vendedores “pensavam que era perca de tempo”? Quem nunca ouviu também estórias de pessoas desprezadas aos olhos comprarem a loja à vista?
Jesus era um “problema”. Sua presença na região trazia a atenção dos poderosos e influentes para onde estava e com quem falava. Quantos não foram interrogados pelos mestres da lei após serem curados buscando um traço de mentira nos milagres do homem de Nazaré? Muita gente não queria que Jesus as encontrasse, pois tinham receio de serem vistos como um dos seus. Que o diga Nicodemos, José de Arimatéia e outros que foram seus seguidores em silêncio
Muita gente preferia admirá-lo de longe, sem se comprometer; viam talvez nele a esperança, mas o medo as impedia de segui-lo. Reparem na seqüência imediata desse evangelho que alguns desejam segui-lo mas ainda não conseguem abandonar o velho regime. Cada qual a seu tempo, pois todos temos nossas limitações e cárceres.
Esse trecho antecede o envio dos discípulos (setenta e dois) de dois em dois pelas regiões da Judéia. Jesus identifica o medo que os impedia de mudar sua vida, mas não deseja que  se exponham. “(…) O senhor quer que a gente mande descer fogo do céu para acabar com estas pessoas? PORÉM JESUS, VIRANDO-SE PARA ELES, OS REPREENDEU”.
O Senhor talvez não desejasse que fossem julgados pelo medo (pré-conceito, limitações pessoais) e sim pelas atitudes de fé e coragem. Na passagem seqüencial que manda que os setenta e dois aos vilarejos, propõe uma mudança de atitude: o medo deve dar lugar a paz! Uma pequena porta que se abre para a acolher a Jesus torna-se maior que os pecados e erros de outrora.
Talvez essa narrativa explique por que tanta gente cantou aquela música “faz um milagre em mim”.
“(…) Entra na minha casa. Entra na minha vida. Mexe com minha estrutura; Sara todas as feridas. Me ensina a ter Santidade; Quero amar somente a Ti, Porque o Senhor é o meu bem maior, Faz um Milagre em mim”
Muita gente que também o ama em segredo com medo de se expor. Somos muito mais que setenta e dois, levemos a paz!
Um imenso abraço fraterno.


A presença de Jesus atraia a atenção dos poderosos-Alexandre Soledade



Bom dia!
Se recordarmos outro trecho do evangelho (o da Samaritana) poderemos criar um desfecho equivocado a esse evangelho.
”(…) Ora, devia passar por Samaria. Chegou, pois, a uma localidade da Samaria, chamada Sicar, junto das terras que Jacó dera a seu filho José. Ali havia o poço de Jacó. E Jesus, fatigado da viagem, sentou-se à beira do poço. Era por volta do meio-dia. Veio uma mulher da Samaria tirar água. Pediu-lhe Jesus: Dá-me de beber“. (João 4, 4-7)
Poderíamos pensar: “não foram esses mesmos samaritanos que se converteram ao ouvir a mulher falar de Jesus”? “não são eles que acolheram a mensagem e agora não querem que Jesus passe por seu território”?
Nada podemos afirmar se era a mesma região ou o mesmo povoado visto que a região da Samaria era extensa e se assim for verdade cairia por terra nossa primeira impressão de traição. Quem não imaginaria a cena e não se revoltaria com o povo. Sem saber da plena verdade dos fatos criamos algo odioso chamado pré-conceito.
É claro que nossas convicções poderiam estar certas sobre o fato, mas nossos esquemas pessoais sobre o mundo e sobre as pessoas precisam mudar. Precisamos “adivinhar” menos!
Quem nunca ouviu estórias e contos de pessoas simples, trajando roupas simples entrarem em lojas e não serem atendidas, pois os vendedores “pensavam que era perca de tempo”? Quem nunca ouviu também estórias de pessoas desprezadas aos olhos comprarem a loja à vista?
Jesus era um “problema”. Sua presença na região trazia a atenção dos poderosos e influentes para onde estava e com quem falava. Quantos não foram interrogados pelos mestres da lei após serem curados buscando um traço de mentira nos milagres do homem de Nazaré? Muita gente não queria que Jesus as encontrasse, pois tinham receio de serem vistos como um dos seus. Que o diga Nicodemos, José de Arimatéia e outros que foram seus seguidores em silêncio
Muita gente preferia admirá-lo de longe, sem se comprometer; viam talvez nele a esperança, mas o medo as impedia de segui-lo. Reparem na seqüência imediata desse evangelho que alguns desejam segui-lo mas ainda não conseguem abandonar o velho regime. Cada qual a seu tempo, pois todos temos nossas limitações e cárceres.
Esse trecho antecede o envio dos discípulos (setenta e dois) de dois em dois pelas regiões da Judéia. Jesus identifica o medo que os impedia de mudar sua vida, mas não deseja que  se exponham. “(…) O senhor quer que a gente mande descer fogo do céu para acabar com estas pessoas? PORÉM JESUS, VIRANDO-SE PARA ELES, OS REPREENDEU”.
O Senhor talvez não desejasse que fossem julgados pelo medo (pré-conceito, limitações pessoais) e sim pelas atitudes de fé e coragem. Na passagem seqüencial que manda que os setenta e dois aos vilarejos, propõe uma mudança de atitude: o medo deve dar lugar a paz! Uma pequena porta que se abre para a acolher a Jesus torna-se maior que os pecados e erros de outrora.
Talvez essa narrativa explique por que tanta gente cantou aquela música “faz um milagre em mim”.
“(…) Entra na minha casa. Entra na minha vida. Mexe com minha estrutura; Sara todas as feridas. Me ensina a ter Santidade; Quero amar somente a Ti, Porque o Senhor é o meu bem maior, Faz um Milagre em mim”
Muita gente que também o ama em segredo com medo de se expor. Somos muito mais que setenta e dois, levemos a paz!
Um imenso abraço fraterno.


“PORÉM UMA SÓ COISA É NECESSÁRIA”. Olívia Coutinho

 
Dia 08 de outubro 2013
Evangelho Lc 10,38-42
 
Estamos no mês de outubro, tempo em que a Igreja nos convida a refletir sobre a necessidade de difundir o evangelho! O mundo está cheio de conflitos, necessitando urgentemente de mais diálogo, de pessoas corajosas, que não se curvam diante dos desafios, porque acredita na força da palavra de Deus e do testemunho!
 O evangelho de hoje, nos desperta para a importância de dedicarmos tempo, para escuta da palavra de Deus! É a partir desta escuta, que  nos tornamos missionários!
 texto nos  apresenta uma  pausa de Jesus na sua caminhada rumo a Jerusalém, para uma visita às duas irmãs: Marta e Maria! No relato, temos um belo exemplo de como deve ser a postura do discípulo  diante de Jesus : uma atitude de escuta atenta!
Marta e Maria acolhem Jesus em casa, as duas querem servi-Lo bem, mas cada uma a seu modo, uma, pela escuta atenta, a outra, pelo serviço! 
Diz o texto, que Maria sentou-se para ouvir Jesus, uma postura  característica  do discípulo que escuta atento os ensinamentos do Mestre! Maria não queria perder tempo com outros afazeres, o que indica que ela  colocava as coisas de  Deus em primeiro lugar!  Enquanto que Marta, ocupada com os seus afazeres, se inquietou com  a atitude da irmã! Certamente, Marta também desejava ouvir Jesus, mas a sua preocupação com as tarefas domesticas a privou de desfrutar das maravilhas  daquele momento único que  tivera com   a pessoa de Jesus!
Quando Marta reclama com Jesus sobre a postura de Maria, que não lhe ajudara nas tarefas, Ele, com uma suave repreensão, acalma Marta dizendo: “Marta, Marta tu te preocupas e andas agitada por muitas coisas. Porém uma só coisa é necessária. Maria escolheu a melhor parte e esta não lhe será tirada”! Essa atitude de Jesus,  nos mostra que naquele momento, o mais importante, seria  deixar tudo para ouvir o que Ele tinha a dizer, o serviço poderia ficar  para depois!
A intenção de Marta era de servir bem Jesus, mas Ele mesmo já havia dito: ”Eu não vim para ser servido, mas para servir. Mc 10,45
Assim como Marta, nós  também,  quantas vezes, deixamos de ouvir Jesus  por estamos muito ocupados com os nosso afazeres!
Deixemo-nos  de nos preocupar com tantas coisas, para buscarmos  em primeiro lugar o reino de Deus e com certeza, tudo mais nos será acrescentado!
 Hoje, Jesus continua a nos dizer: Só uma coisa é necessária... Para muitos de nós, pode ser difícil definir o que é necessário, embora Jesus, esteja sempre a nos dizer  o que é! Pena, que nem sempre, interrompemos as nossas tarefas cotidianas,  para ouvir o que Ele tem a nos dizer!
O amor, a busca pela santidade, deve ser o nosso objetivo primeiro, o horizonte que não podemos perder  de vista, no meio de nossas ocupações cotidianas!
 
FIQUE NA PAZ DE JESUS! - Olívia

ESTAR Á SERVIÇO DE DEUS É ESTAR NA TRILHA DA FÉ! - Olívia Coutinho

 

XXVII DOMINGO DO TEMPO COMUM

 

Dia 06 de Outubro de 2013


Evangelho Lc 17,5-10

Outubro, mês das missões, tempo motivador para que assumamos o nosso compromisso missionário, seja na família, na  comunidade, ou na sociedade. 
Não tem como ser discípulo de Jesus, sem estar aberto à MISSIONARIEDADE, pois é próprio do discípulo, desejar e empenhar-se para que outros façam a mesma experiência que ele fez do encontro com o Senhor Jesus!
O espírito missionário se fundamenta na experiência da vivencia com Jesus! É a certeza da presença de Jesus atuando nele, que motiva o missionário a assumir com maior intensidade e alegria a sua  cumplicidade no anuncio do Reino!
Todos nós somos chamados a ser anunciadores da Boa Nova, ou seja, anunciadores da constatação de que a promessa de DEUS se realizou!
O Evangelho de hoje, chama a nossa atenção, para dois pontos fundamentais para o êxito da nossa caminhada missionária: fé e serviço.
O texto que nos é apresentado, começa dizendo, que os apóstolos, fizeram um pedido a Jesus: “Senhor aumente a nossa fé!” A narrativa não diz, mas tudo nos leva a crer, que, o que  levou os apóstolos a fazer este pedido à Jesus, tenha sido o peso da responsabilidade em assumir o legado de Jesus!  Naquelas  alturas, já à caminho de Jerusalém, onde se daria o desfecho final da trajetória terrena de Jesus, que culminaria  com a sua morte de cruz , os apóstolos,  já estavam cientes de que seriam eles, os continuadores da missão de Jesus aqui na terra. Depois de um bom tempo de convivência com Jesus,  testemunhando  seus feitos, sua persistência, sua determinação inabalada mesmo diante as provocações dos adversários, os apóstolos  provavelmente,  se deram  conta de que precisariam de muita fé para desempenharem bem  aquela  missão, que humanamente parecia-lhes impossível. Em resposta ao pedido deles,  Jesus diz: Se tivésseis uma fé mesmo que pequena como um grão de mostarda , podereis dizer a esta  amoreira;’Arranca-te daqui e planta-te no mar,’  e ela vos obedeceria”.  O que dá a entender, que até então, os apóstolos, mesmo estando junto de Jesus, não tinham uma  fé suficientemente  madura para assumir os desafios da missão.
Continuando, Jesus conta-lhes  a parábola do servo, no sentido de conscientizá-los de que  o caminho da fé, começa pela disposição em   servir! Com esta  parábola, Jesus inverte a necessidade dos apóstolos, mostrando-lhes,  que eles não precisariam de ter a fé aumentada para aprenderem a  servir, e sim, de aprenderem  a servir, para ter a fé aumentada. 
A fé, é um dom de Deus, que se desenvolve à  medida em que nos  envolvemos no projeto de Deus, colocando-nos à serviço do reino! Por tanto, não é Jesus que aumenta a nossa fé, e sim, a nossa fidelidade e submissão a Deus, traduzidos em serviço!
 Nossa fé, deve ser dinâmica,  operosa e nunca “engavetada!” Crescemos na fé, à medida  em que colocamos os nossos talentos aptidões em favor do outro, em que reconhecemos a nossa pequinês diante do Senhor e nos tornamos dependentes Dele.
É importante  termos a consciência de que a nossa vida não nos pertence,  pertence a Deus, e que devemos colocá-la à seu serviço, isto é, à serviço do outro, na gratuidade, sem nenhuma  exigência, tendo como  recompensa, a alegria do nosso dever cumprido. 
Praticar a justiça, ser honesto, é nossa obrigação, ninguém precisa receber elogios ou reconhecimento pelo cumprimento do seu dever.  
Sabemos que Deus não precisa de nós, que Ele pode realizar tudo sozinho, porém, Deus  quer contar conosco, não em vista de si próprio, mas em vista do nosso próprio bem! É por isto que Ele nos  chama, a estarmos   à serviço do Reino.
Como seguidores de Jesus, não podemos nos contentar com o que estamos fazendo, pois se Jesus está em nós e nós Nele, podemos fazer muito mais! Deus, na sua infinita misericórdia é capaz de transformar a nossa visível inutilidade em fonte de santificação para muitos!   
A gratuidade no serviço, deve ser a marca de um verdadeiro seguidor de Jesus!  Não  se busca recompensa daquilo  que se faz  por amor!
Fé e serviço, estão interligados! Estar à serviço de Deus, é estar na trilha da fé. 

FIQUE NA PAZ DE JESUS! Olívia


Abandonadas com confiança nos braços do pai - Helena serpa


Zacarias 8, 1-8 – “na visão de Deus” Para Deus nada é impossível e, mesmo que aos nossos olhos, certas coisas sejam difíceis à nossa compreensão, nós precisamos confiar em que as promessas do Senhor se cumprem no tempo certo. Nesta profecia de Zacarias nós constatamos o cuidado e o zelo que Deus mantém com o povo que Ele escolheu. O zelo ciumento de Deus e o Seu amor misericordioso se manifestam por meio das promessas de salvação que a Palavra nos desvenda. O Seu desejo é nos salvar e nos atrair de volta para Jerusalém, a terra que o Senhor preparou para nós. Nela, viveremos e usufruiremos da plenitude da felicidade que consiste na visão beatífica de Deus. Por isso, a profecia nos fala de velhos e velhas que se sentarão nas praças da cidade santa e de meninos e meninas que encherão as suas ruas de ouro. Isso significa que todos, em qualquer idade ou situação, terão acesso à nova terra e que poderão usufruir da felicidade preparada pelo Pai. Esta é a obra que o Senhor faz no meio de nós! Enquanto isso, precisamos permanecer fieis e cheios de esperança, porque somos povo de Deus a quem Ele promete vida nova aqui na terra e a glória lá no céu. - Você crê que em qualquer situação em que esteja, o Senhor está pronto para salvá-lo (a)? – Quais as promessas que Deus tem feito a você? – Você espera o cumprimento das promessas de Deus com confiança?- Faça uma reflexão hoje sobre a Jerusalém celeste, onde Deus tem reservado o seu lugar. – Você acha que aqui na terra já se tem um vislumbre da Jerusalém celeste? 

Salmo 101 – “O Senhor edificou Jerusalém e apareceu na sua glória!” Esse salmo expressa a amplitude da promessa de Salvação do nosso Deus a todos os povos, em todas as gerações. O Senhor edificou Jerusalém, isto é, a cidade santa, o céu, a felicidade, para que nela vivam os Seus filhos. Ele olha para nós do alto do céu e atende os gemidos da nossa alma que anseia pelos átrios celestiais. Casa e segurança para nós e para a nossa descendência é o que nos promete o Senhor, a fim de que cantemos o Seu nome e O louvemos em Jerusalém quando todos os povos e nações se reunirem. Estaremos lá em segurança.!



 Evangelho – Lucas 9, 46-50 – “abandonadas com confiança nos braços do pai” Jesus veio nos esclarecer que no reino dos céus, tem poder aquele (a) que presta serviço por amor. Portanto, enquanto estivermos buscando o poder que domina e reprime, não poderemos construir o reino de Deus aqui na terra. Para que possamos compreender o messianismo de Jesus precisamos mudar a ideia que o mundo nos ensina a respeito do poder. Com simplicidade e firmeza Jesus tirou as dúvidas dos seus discípulos, mostrando mais uma vez que o pensamento do mundo não é igual ao que pensa Deus. No reino de Deus é grande, quem com humildade, se dispõe a imitar Jesus que veio ao mundo para entregar-se e servir por amor. Portanto, para tornarmo-nos grandes temos que nos fazer pequenos e humildes, dependentes do poder amoroso de Deus. Por isso, é que precisamos nos tornar como crianças, pois elas não se envergonham de reconhecer a sua incapacidade e limitação e se põem completamente abandonadas com confiança nos braços do pai ou da mãe, porque sabem que com eles terão amparo e segurança. Tem importância no reino dos céus todos os que estão prestando serviço no anúncio do Evangelho de Jesus, mesmo que não façam parte de um mesmo círculo, de uma mesma religião, pois a salvação de Jesus é universal. - Você é uma pessoa dependente de Deus ou auto suficiente? – O que você entende de “ser como criança”? – Você sabe ceder para outra pessoa algo que, por direito, seria seu, somente para agradar a Deus? – Você acha que todos têm condição de falar em Nome de Jesus? Helena Serpa, Fundadora da Comunidade Missionária Um Novo Caminho

SÓ UM LEPROSO VOLTOU PARA AGRADECER - José Salviano

28º DOMINGO TEMPO COMUM

13 de Outubro

Evangelho - Lc 17,11-19

Os dez leprosos...
PRIMEIRA LEITURA

            A conversão Naamã. Na vizinha Síria, Naamã era o general comandante do exército, e tinha lepra. Rico e poderoso,muito  útil ao rei pela sua bravura e conhecimentos nas técnicas de guerra, ninguém ousara expulsá-lo por causa da lepra. Mas esse homem sofredor ficou sabendo que havia um grande profeta em Israel. Naamã pegou muito dinheiro e foi ao encontro do profeta Eliseu. Porém, aquele profeta trata-o como se ele fosse um pobre qualquer: manda um criado  dizer-lhe que fosse se lavar sete vezes no rio Jordão. Naamã achou aquilo muito humilhante fica furioso e resolve voltar para casa. Depois, com muito custo, os seus servos convencem-no a banhar-se no rio. Ao ver que tinha ficado curado após o banho, o general regressa e, com humilde dignidade, agradece ao profeta. Declara que doravante só rezará ao Deus de Israel.

SEGUNDA LEITURA.

            Caríssimos, vejam que coragem a do apóstolo Paulo!  Por ele eu estou sofrendo até às algemas, como se eu fosse um malfeitor; mas a palavra de Deus não está algemada.
            Mesmo estando preso, ele não desanima de ser um portador da palavra, a qual afirma ser livre não importando o que possa acontecer. Paulo afirma que aquele que morre por Cristo, haverá de viver e reinar na glória eterna um dia. Mas aquele que negará a pessoa de Jesus Cristo, também será negado diante do Pai em sua glória. Mas temos uma boa notícia: Se lhe somos infiéis, ele permanece fiel, pois não pode negar-se a si mesmo.
Assim funciona a bondade e a misericórdia de Deus Pai para conosco.

            Prezados Irmãos. A liturgia desse domingo é muito rica e nos conduz a vários pontos de reflexão. Poderemos começar pela causa que impulsionou aqueles dez leprosos a pedir socorro a Jesus:

A LEPRA - Como sabemos a medicina no tempo de Jesus praticamente não existia. Qualquer tipo de afecção na pele, como uma simples coceira, era considerada lepra, a qual era uma  doença incurável e de alto grau de contágio. Por isso o leproso era isolado do convívio social para não transmitir o seu mal aos demais. E em caso de cura, o que acontecia geralmente pelo término de uma simples coceira (considerada lepra), o indivíduo tinha de se apresentar ao sacerdote, autoridade máxima para ser examinado e liberado a conviver normalmente na sociedade. O leproso, como todo tipo de doente, era considerado um pecador que estava sendo castigado por Deus por seus pecados.  Jesus vai mostrar que não era nada disso, e até toca nos leprosos em outra ocasião.

A FÉ DOS LEPROSOS. Os leprosos avistaram Jesus, e sabia que Ele era a sua única esperança de cura. Por isso gritaram: 'Jesus, Mestre, tem compaixão de nós!'

A MISEICÓRDIA DIVINA-ACURA - Jesus daquela vez não faz nenhum gesto de cura, e simplesmente os manda se apresentar aos sacerdotes, para que fossem liberados a conviverem no meio dos demais cidadãos. Os leprosos acreditaram, obedeceram e foram. Enquanto caminhavam, a lepra foi desaparecendo e somente um voltou para mostrar o seu reconhecimento de gratidão a aquele que os libertou daquele grande mal.

QUEM  VOLTOU PARA AGRADECER? - Foi exatamente um samaritano, um desprezado e excluído  socialmente pelos judeus, especialmente pelos líderes religiosos, pelo fato dos samaritanos serem formados por uma mistura racial e de não seguirem ao Judaísmo. Reparem que na parábola do Bom samaritano inventada por Jesus, o principal personagem é um samaritano. Aqui neste fato real, a cura dos dez leprosos, o único que se lembrou de voltar para agradecer, foi também um samaritano.  

"Então Jesus lhe perguntou: 'Não foram dez os curados? E os outro nove, onde estão?

            Aqueles nove leprosos mal-agradecidos, representam os 90% da sociedade atual que dormem todo dia sem agradecer a Deus pelas graças recebidas no dia que termina.  Adormecem pelo cansaço, ou embriagados pelo álcool, droga ou pelos seus pecados cometidos, que nem se lembram de dizerem: Meu Deus obrigado pelo dia de hoje! Obrigado por que estou vivo, empregado, com saúde, obrigado por eu não ter sofrido hoje nenhum tipo de acidente ou assalto, obrigado por tudo, até mesmo pelo sofrimento que vos ofereço pelo perdão dos meus pecados. Obrigado, meu Deus!
Esses 90% são aqueles que acham que não precisam de Deus para nada. Aqueles que pensam que podem resolver suas vidas com seus próprios recursos, principalmente por sua esperteza, pois se julgam auto-suficientes.
            Vejam. Deus poderia manter uma sociedade em que todos os indivíduos possuíssem tudo o que bem necessitassem ou quisessem, com todo o conforto disponível, sem doenças, sem nenhum tipo de sofrimento.  Agora você pensa. Quem buscaria Deus? Quem diria "Jesus, Mestre, tem compaixão de nós!"
Assim, se explica o sofrimento. É aí que Deus pode até permitir o sofrimento para que nos caia a ficha, para nos mostrar que sem Deus nós não somos absolutamente nada!  Para nos chamar de volta a casa do Pai, pela conversão.  O sofrimento é bom.
O sofrimento pode ser uma causa de conversão. Porque enquanto está tudo maravilha, o ser humano nem se lembra de Deus. Porém, quando a casa cai é que ele se lembram de gritar: Jesus misericórdia! Jesus, tem piedade de mim!  

A LEPRA MORAL DOS NOSSOS DIAS - A lepra como doença física hoje em dia está completamente controlada.  Porém a lepra moral que é a destruição ou inversão dos valores morais, é a pior das doenças dos nossos dias, pois ela é a causadora de todos os males.  A lepra moral do mundo de hoje está  no mal uso da liberdade, na auto-destruição através da embriaguês de todo tipo, na busca desesperada pelo prazer sem limites. 
            E assim vemos Jovens envelhecidos antes do tempo.  Jovens morrendo de  cirrose, ou pelo coração dilatado por causa das overdoses. Jovens que morrem cedo vítimas da guerrilha ora contra a polícia, ora contra grupos rivais!...  Mães que choram ao enterrar os seus filhos em plena flor da idade!  Meninas que engravidam sem se casarem e põem filhos no mundo sem estarem devidamente preparadas para dar-lhes a devida educação e sustento e depois se prostituem ou assaltam para poder comprar o leite.
            Um homem de palavra, uma pessoa honesta, caridosa, altruísta, capaz de não medir esforços para salvar ou ajudar a quem precisa, um jovem respeitador, de confiança,  religioso, defensor dos direitos dos outros?
Ainda existe. Porém, em pequena quantidade!  Eles representam apenas dez por cento da sociedade. Por que a lepra moral veiculada na mídia, destruiu os valores morais na mente dos 90% dos jovens e em seu lugar, foi inserido: a esperteza, o egoísmo, a violência e o prazer sem assumir nenhuma consequência ou responsabilidade!...

OS DEZ POR CENTO- Felizmente os 10% que ainda sobrou dos jovens, dá gosto de ver! Uma parte deles que esteve no Rio de Janeiro no ano de 2013, na Jornada Mundial da Juventude, juntamente com o Papa Francisco.  Esses jovens deram sublime e santo exemplo de prática da fé católica. A praia de Copacabana  praticamente ficou lotada, e o mais notável como observou sua santidade, foi o fato deles terem enfrentado: O vento, o frio, a chuva e o desconforto de ter de ficar várias horas de pé!  Isso foi para calar a boca daqueles que vivem dizendo que viver a fé é coisa do passado!  É verdade que 10% representa uma minoria, porém, uma minoria que prima pela qualidade extraordinária de maturidade espiritual.
A praia ficou lotada de representantes dos 10% daqueles que reconhecem Jesus, e seu representante máximo no mundo, o Papa, e ainda  rezam pelos 90% dos indiferentes que ignoram Jesus e o Evangelho.

            Nesta reflexão agora só nos resta uma pergunta muito importante: DE         QUE LADO VOCÊ ESTÁ?   Você está do lado dos 9 leprosos que nem se importaram em agradecer...
Ou você esta do lado daquele leproso que representa a minoria da sociedade que reconhece a Deus e seus mistérios, e que agradece pelas graças recebidas diariamente?

            Prezado irmão, prezada irmã. Então. Se você está do lado errado, do lado dos indiferentes, Jesus hoje está lhe chamando para mudar de lado, mudar de direção, e passar para o lado daqueles que um dia verão a glória de Deus. Aqueles que estão se preparando a cada dia para alcançar o prêmio eterno!  Aqueles que são diferentes, pois são marcados pelo sinal da fé.  E os 90% por cento, apesar de indiferentes, também nasceram com o dom da fé. Porém, só uma minoria soube cultivar essa fé, através da oração, da caridade e da Eucaristia. 


Meus irmãos. Vão e façam o mesmo!

Bom domingo, José Salviano.