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quarta-feira, 15 de junho de 2016

12º Domingo do Tempo Comum-Claretianos

Domingo, 19 de Junho de 2016
Tema: 12º Domingo do Tempo Comum
Zacarias 12,10-11;13,1: Contemplarão aquele a quem transpassaram.
Salmo 62(63): A minh?alma tem sede de vós, como a terra sedenta, ó meu Deus!
Gálatas 3,26-29: Vós todos que foste batizados em Cristo vos revestistes de Cristo.
Lucas 9,18-24: Tu és o cristo de Deus. O Filho do Homem deve sofrer muito.
18Num dia em que ele estava a orar a sós com os discípulos, perguntou-lhes: Quem dizem que eu sou?19Responderam-lhe: Uns dizem que és João Batista; outros, Elias; outros pensam que ressuscitou algum dos antigos profetas.20Perguntou-lhes, então: E vós, quem dizeis que eu sou? Pedro respondeu: O Cristo de Deus.21Ordenou-lhes energicamente que não o dissessem a ninguém.22Ele acrescentou: É necessário que o Filho do Homem padeça muitas coisas, seja rejeitado pelos anciãos, pelos príncipes dos sacerdotes e pelos escribas. É necessário que seja levado à morte e que ressuscite ao terceiro dia.23Em seguida, dirigiu-se a todos: Se alguém quer vir após mim, renegue-se a si mesmo, tome cada dia a sua cruz e siga-me.24Porque, quem quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; mas quem sacrificar a sua vida por amor de mim, salvá-la-á.
Comentário
A primeira leitura faz referência aos tempos messiânicos. “Derramarei sobre a casa de Davi um espírito de graça e de oração. E olharão para aquele que transpassaram” e chorarão como quem chora um primogênito. O “transpassado” lembra o Servo de Javé, figura de Cristo em sua Paixão. João conclui a crucifixão de Jesus dizendo: “Para que se cumpram as Escrituras: olharão para aquele que transpassaram”. Deus concede a conversão do coração por meio de uma vítima que é Cristo, o Servo padecente, seu corpo transpassado será visto com a visão salvadora da fé.
Na segunda leitura de hoje, aparece o tema da lei mosáica como desnecessária ou abolida depois da vinda de Cristo, pois a fé nele é o que nos justifica diante de Deus. É o problema básico da carta aos Gálatas, na qual Paulo responde ao judeus cristãos que não conseguiam desprender-se das formas judaizantes e que viam com receio a doutrina e a práxis dos apóstolo.
Por isso, depois de afirmar a função transitória e pedagógica da Lei, Paulo fala da passagem à realização atual das promessas na vinda de Crsito e na fé do evangelho. Cristo é o acontecimento decisivo da história de salvação; pela fé nele e pelo batismo somos constituídos todos em filhos de Deus, somos justificados. Ao dizer todos, Paulo acentua que não somente os judeus, mas também as demais raças e povos.
Quanto ao evangelho, é composto de três partes: 1. A confissão messiânica de Pedro (vv. 18-21); 2. O primeiro anúncio da Paixão (v. 22); Lucas omitiu a repreensão de Jesus a Pedro, quando este, ante o anúncio da Paixão, se opõe; 3. As condições para o seguimento de Jesus Cristo (vv. 23-24).
Lucas é o único que nota significativamente a oração de Jesus que precede a confissão de messianidade e o anúncio da Paixão (v. 18).  visto que a figura do Messias na mente dos apóstolos estava carregada de triunfalismos terrenos, Jesus os educa nesse grande mistério do Reino: sua própria Paixão e Morte (v. 22). Segue finalmente uma passagem que lembra o discurso apostólico de Mateus 10: condições para o seguimento: abnegação, disponibilidade abosoluta e sofrimento afetivo (vv. 23-24). Se queremos seguir Jesus temos que aceitar suas condições e entendê-las como ele as entende. Negar-se a si mesmo é não ser o centro de tudo, nem de seu próprio projeto (não é um negar-se por negar-se, no plano de um masoquismo que valoriza a auto-sofrimento). É colocar a vida inteira a serviço do outro, neste caso o projeto de Jesus. A isto Jesus chama perder a vida por ele. E quem quer que o faça assim, "ganhará", quer dizer, salvará sua vida. A condição proposta por Jesus para o seguimento não pretende tirar o valor, mas orientar nossas energias e valores para a construção do Reino que ele iniciou negando-se, também ele a si mesmo para cumprir em tudo a vontade do Pai.
Em que consiste a metáfora "carregar a cruz"? É acaso suportar tudo sem reclamar como se toda contrariedade fosse mandada pelo próprio Deus? É submeter-se à dor pela dor, como se a dor fosse um valor em si mesmo? Alguma coisa ou muito disso nós recebemos por herança, mas não tem nada a ver com a condição proposta por Jesus para o seguimento de seus passos. Jesus quer dizer que todos os discípulos têm que estar dispostos a viver da mesma maneira que ele viveu, mesmo sabendo que este estilo de vida vai acarretar a perseguição e até a morte. Esta é a cruz de Jesus e também deve ser a nossa. Não inventemos cruzes à nossa medida, não as busquemos nem nos preocupemos demasiado por elas. Sigamos os passos de Jesus e outros as colocarão em nossos ombros, antes mesmo que o pensemos. Como bem caracteriza aquela expressão: “Busca a verdade, que a cruz você já a receberá”.

Negar-se a si mesmo e carregar a cruz equivale a tornar seu, de cada um de nós, o caminho de Jesus. Ele se recusou a tomar o poder e a força e a fama como meios para servir e salvar os homens. Jesus escolheu o único caminho que conduz o coração do homem: a solidariedade para com todos os desgraçados da terra. Este foi o caminho de Jesus e este tem que ser o nosso caminho, se queremos estar com ele, segui-lo. Tentar seguir Jesus a partir da acomodação, da falta de compromisso, do pacto com os poderosos, ainda que possa parecer muito razoável, é um caminho falso. É “pensar como os homens e não como Deus”.
Oração
Ó Deus, Pai misericordioso, que quiseste preparar os caminhos de teu Filho com o envio de João Batista como seu “precursor”, faze de nós todos precursores de teu Filho, para que aplainemos os caminhos e eliminemos os obstáculos ao crescimentio do Amor e da Unidade. Por nosso Senhor Jesus Cristo…


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