Transfiguração do Senhor-Claretianos

Quinta-feira, 6 de Agosto de 2015

Tema: Transfiguração do Senhor

Daniel 7,9-10.13-14: Suas vestes eram brancas como a neve

Salmo 96: Reina o Senhor altíssimo sobre a terra

2Pedro 1,16-19: Nós ouvimos esta voz do céu

Mateus 17,1-9: Seu rosto resplandecia como o sol

1Seis dias depois, Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João, seu irmão, e conduziu-os à parte a uma alta montanha.2Lá se transfigurou na presença deles: seu rosto brilhou como o sol, suas vestes tornaram-se resplandecentes de brancura.3E eis que apareceram Moisés e Elias conversando com ele.4Pedro tomou então a palavra e disse-lhe: Senhor, é bom estarmos aqui. Se queres, farei aqui três tendas: uma para ti, uma para Moisés e outra para Elias. Falava ele ainda, quando veio uma nuvem luminosa e os envolveu. E daquela nuvem fez-se ouvir uma voz que dizia: Eis o meu Filho muito amado, em quem pus toda minha afeição; ouvi-o.6Ouvindo esta voz, os discípulos caíram com a face por terra e tiveram medo.7Mas Jesus aproximou-se deles e tocou-os, dizendo: Levantai-vos e não temais.8Eles levantaram os olhos e não viram mais ninguém, senão unicamente Jesus.9E, quando desciam, Jesus lhes fez esta proibição: Não conteis a ninguém o que vistes, até que o Filho do Homem ressuscite dos mortos.

Comentário

Com a Transfiguração, Jesus mostra em síntese sua obra messiânica e suas perspectivas; os efeitos de seu messianismo não são um privilégio para um pequeno grupo fechado, imagem das três tendas; deve ser anunciado a todo o mundo, porém somente quando Jesus o indique. A tentação mais frequente nas tarefas da evangelização é sentir-nos satisfeitos quando tudo sai bem, quando uma comunidade empreendeu o caminho por onde pensamos que deve andar; geralmente nós paramos aí, sem dar-nos conta da inércia a que estamos levando a comunidade. A comunidade de Mateus tem que ter clareza sobre isto: não pode viver da satisfação de ter encontrado o sentido de sua vida ou de sentir-se já satisfeita com o querer de Jesus e seu evangelho, isto é, não pode ficar encerrada em “três tendas”; a missão é grande e universal. A comunidade e o fiel cristão precisam fazer hoje o mesmo percurso, com a claridade de Jesus, sua identidade, sem omitir que antes de sua glorificação definitiva, deve passar pela cruz; não esquecer que “o ressuscitado é o crucificado” e que é preciso sair das comodidades e enfrentar o mundo que nos espera, necessitado de amor, esperança, solidariedade, justiça e paz.