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sexta-feira, 24 de julho de 2015

Somente o Reino é definitivo--Diac. José da Cruz

QUINTA FEIRA DA 17ª SEMANA DO TC 30/07/2015
1ª Leitura Êxodo 40, 16-21.34-38
Salmo 83(84), 2 “Como são amáveis as vossas moradas, Senhor dos Exércitos”
Evangelho Mateus 13, 47-53

“Somente o Reino é definitivo”

  Esta parábola fecha um conjunto que se inicia no versículo 1 com a Parábola do Semeador, o panorama muda mas o ensinamento é o mesmo: o Reino é uma iniciativa Divina. Ás vezes, na visão rigorosa de Mateus, tem-se a impressão de que o homem em nada participa mas esta é uma visão enganosa. O evangelista precisava usar esta linguagem radical pois os seus conterrâneos não abriam mão da tradição onde despontavam nomes sagrados como o Rei Davi, o libertador Moisés e mais na origem o Patriarca Abraão. Para eles, Jesus de Nazaré não poderia ser maior que esses, não aceitavam que ele era o próprio Filho de Deus, inaugurador do Reino definitivo, e muito menos que Deus se ocupasse de outros povos e nações que não Israel, raça eleita, Nação Santa.
Na rede jogada ao mar caem peixes de todas as espécies, grandes, pequenos, peixes de ótima qualidade mas também peixes que não serviam para ser aproveitados. Haverá no final uma seleção dos convocados, e Israel não tem lugar garantido só porque tem suas raízes na tradição, sendo povo da antiga aliança. Possivelmente, o que pensava um judeu tradicionalista era que Israel não passaria por nenhum julgamento pois já estavam assegurados.
Por isso Mateus dá ênfase ao julgamento e ainda as consequências trágicas que virão para quem não for selecionado. Quando refletimos este evangelho corremos o risco de pensar mal de Deus, uma vez que os coitados dos peixes que caem na rede, nem imaginam o destino que espera para os que não passarem no controle de qualidade dos anjos. Entretanto o versículo final, alinhado á primeira leitura do Profeta Jeremias desfaz esse equívoco.
O Doutor da Lei que se torna discípulo de Jesus, têm á sua frente o Baú do Antigo Testamento de onde, ele poderá agora tirar coisas novas e velhas, como um pai de família que ao fazer uma bela faxina em casa, vai separar algumas coisas que são úteis e outras que já não servem mais. O Doutor da Lei que se tornou discípulo do Senhor, agora olha para o Antigo Testamento a partir de Jesus e consegue separar coisas novas e velhas, pois com Cristo as escrituras antigas revelam seu verdadeiro e real sentido.
Jesus Cristo, o Messias Salvador e Redentor, é a plena realização da profecia de Jeremias, pois Nele todo homem será remodelado, refeito, como um barro nas mãos do oleiro. Conclusão da parábola: basta que o homem se torne flexível e disponível para deixar-se modelar pela Graça Operante e Santificante da Graça de Deus, e ele será totalmente transformado...e daí, os peixes de menor qualidade que caíram na rede do Reino, poderão sim, serem transformados em bons. Somente os egoístas, egocentristas, fechados a graça de Deus, e que recusam deliberadamente a Salvação, é que serão jogados fora do Reino, e quando se darem conta da grande bobagem que fizeram, ao recusar a Vida Nova que em Jesus Deus lhes ofereceu, irão se remoer por toda eternidade, em um choro e ranger de dentes, expressão que Mateus muito usava, como uma luz amarela de atenção, aos seus conterrâneos, e que hoje serve de alerta ao homem da pós modernidade, que parece não crer no poder da Graça transformadora de Deus, manifestada em Jesus. (Diácono José da Cruz – Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim SP E-mail cruzsm@uol.com.br )



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