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quinta-feira, 2 de abril de 2015

Ele devia ressuscitar dos mortos-Padre Queiroz

05 de Abril - DOMINGO - Evangelho - Jo 20,1-9

Padre Queiroz


Ele devia ressuscitar dos mortos.
Hoje é o dia da Páscoa. A ressurreição de Jesus é o mistério maior de todo o ano litúrgico, mistério que celebramos todos os domingos na Santa Missa. É a verdade nuclear do cristianismo e a razão da nossa fé esperança. É também o ponto mais alto da vida de Jesus, nosso salvador. A ressurreição de Jesus é fonte de vida nova para todos nós. “A mão do Senhor fez maravilhas; exultemos de alegria!” (Salmo responsorial)
A ressurreição de Jesus transcende a vida material, por isso não dá para ser comprovada “cientificamente”; pertence ao âmbito da fé, que é sobrenatural. Entretanto, a nossa fé na ressurreição tem fundamento sólido; baseamo-nos no testemunho dos Apóstolos e das mulheres, para os quais Cristo ressuscitado apareceu várias vezes, ou se manifestou através de anjos. Essas experiências deram aos discípulos a segurança absoluta de que Jesus, a quem tinham visto morrer, estava vivo e presente entre eles. E assim continua até hoje.
A ressurreição de Cristo nos enche de alegria e nos leva a ser suas testemunhas em toda a nossa vida. Nós, pela fé, vemos e experimentamos o invisível e transcendente. E também testemunhamos, convidando todos a ressuscitarem com Cristo. “Anunciamos, Senhor, a vossa morte e proclamamos a vossa ressurreição. Vinde, Senhor Jesus!”
Maria Madalena “viu que a pedra tinha sido tirada do túmulo”. Essa pedra não foi removida só do túmulo de Jesus. Ela foi removida da nossa vida. Ela simboliza tudo o que impede a nossa realização e felicidade. Todos os males, inclusive a morte, foram sepultados junto com Jesus, e destruídos para sempre. A ressurreição já nos está garantida, e ela não é uma realidade futura apenas, é presente: “Se ressuscitastes com Cristo...” (2ª Leitura)
As pedras do nosso caminho foram todas removidas. Podemos ter a cabeça erguida e o sorriso nos lábios. Essa é a atitude pascal.
Todos nós encontramos pedras em nosso caminho. Grandes e pequenas. Não precisamos mais nos preocupar com elas, porque Deus é providente e na hora certa as retira do nosso caminho.
Todos nós encontramos pedras em nosso caminho. Às vezes aparece, em vez de pedra, uma muralha. Neste caso, a nossa melhor atitude não é ficar dando cabeçadas na muralha, mas procurar a brecha, uma saída. Porque Deus não permite barreira sem brecha em nossa vida. Sempre há uma saída. Pode ser que levemos alguns arranhões, mas sempre dá para vencer.
Havia, certa vez, um cientista que era um dos homens mais cultos e estudados do seu país. Ele era conhecido mundialmente, devido aos seus livros e publicações na internet.
Um dia este senhor foi visitar um parente pobre, que morava em um sítio. O seu parente ficou feliz, e toda a família saiu de casa e foi passear pelo sítio com o ilustre parente cientista.
Eles tinham de atravessar um rio, onde havia uma pinguela. Mas o cientista não teve coragem. As crianças, a vovó, todos iam e vinham na pinguela para lhe dar coragem, mas não adiantou. Tiveram de voltar para trás.
Jesus ressuscitado, não só remove todas as pedras do nosso caminho, mas nos dá condições de passar em qualquer pinguela; não só isso, mas de enfrentar qualquer tempestade. “Cristo ressuscitou e nós com ele, aleluia!”
Maria Santíssima encontrou também muitas pedras em seu caminho. A primeira veio logo na Anunciação: “Como acontecerá isso, já que eu não convivo com um homem?” Mas o anjo logo retirou essa pedra: “O Espírito Santo descerá sobre ti...”
Quando S. José queria deixá-la, foi outra pedra. Mas Deus interveio e, através de um sonho, revelou a José o seu papel no mistério, acalmando-o.
As sete dores foram sete pedras, e foram todas removidas. Que Maria nos ajude a também removermos todas as pedras que aparecerem.
Ele devia ressuscitar dos mortos.


06 de Abril - Segunda - Evangelho - Mt 28,8-15


Padre Queiroz

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