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segunda-feira, 9 de março de 2015

-O AMOR DE DEUS É QUE NOS SALVA-José Salviano

4º DOMINGO QUARESMA

Evangelho - Jo 3,14-21



15 de Março de 2015
Ano A

A liturgia deste domingo nos mostra o amor e a compaixão de Deus para conosco.

PRIMEIRA LEITURA - Deus através dos profetas advertiu os judeus para que vivessem em sua presença. Mas o povo, continuou no seu egoísmo. Por isso Deus permitiu a destruição de Jerusalém, seguida do exílio. Deus permite o sofrimento não para castigar, mas para renovar o ser humano. Israel estava destruída e o seu povo exilado. Porém, Deus em sua brandura, deu a mão e levantou seu povo da lama, trazendo todos de volta para casa e cuidar da reconstrução do que foi destruído. É assim que funciona a bondade daquele que é nosso Pai. Pois analisando a História, os hebreus não mereciam a piedade e a misericórdia de Deus. Porém, foram salvos pela sua graça. 

SEGUNDA LEITURA -  Paulo diz que Deus é rico em misericórdia. É imensa a gratuidade de Deus para conosco. De graça, sem exigir nada, sem cobrar nada,  Ele nos conduzirá a salvação. Porém, não devemos nos acomodar, pois isso não significa que podemos ficar de braços cruzados esperando a bondade divina. Muito menos significa que podemos abusar a vontade e depois contar com a graça salvífica de Nosso Senhor, e levar uma vida sem limites.
         Por outro lado, nós não seremos salvos pelas nossas obras de caridade por interesse, daquelas que parecem que estamos comprando o perdão e a nossa salvação. Assim. Construir um orfanato ou um hospital em algum lugar do mundo, é uma boa ação de caridade, porém, se a nossa intenção ou atitude for para garantir a nossa entrada no Céu... Não é bem por aí. Deus nos salva ainda em vida, para que possamos construir grandes e pequenas obras de caridade. Deus pode ter escolhido a mim e a você para uma importante obra de salvação. Para isso Deus nos preparou, nos livrou do pecado, por exemplo nos permitindo uma certa doença pela qual tenhamos mais facilidade de viver na sua presença. Todo o nosso sofrer tem um significado.
         Amigos. A graça de Deus é como a chuva. Ela cai para os bons e para os maus. A graça que nos vivifica, nos reconstrói, nos prepara para as grandes e pequenas obras que Ele quer que façamos, para a construção do Reino de Deus na Terra, e para a nossa salvação. Não fiquemos desatentos a esse chamado. Mas só podemos escutá-lo com os ouvidos da fé.
         Paulo afirma que é pela graça de Deus que somos salvos. Ou seja, nunca mereceríamos a salvação pelos nossos méritos. Quando entramos na fila da comunhão para receber o corpo e o sangue de Cristo, devemos sempre lembrar rezando, que reconhecemos nunca estar merecedores de receber o próprio corpo de Cristo em nós, por mais puros que nos consideremos estar. Mas, podemos sim receber Jesus eucarístico, pela sua graça, sua miseridórdia infinita e pela sua bondade. Nunca pelos nossos méritos. Repetimos, que não é por isso que podemos abusar. Essa tal mania de dizer quando se tem um pecadinho e se estar em dúvida se pode ou não deve comungar: Vai comungar e depois você confessa. Cuidado. E se você morrer antes?
         Mais adiante Paulo explica que é pela graça que somos salvos mediante a fé. E isso não vem de nós. É dom de Deus. Só que a fé sem obras é morta. Ou seja, a fé sem a prática, não vale nada! Ter fé é muito  bom, é indispensável à nossa salvação, porém, ela deve ser acompanhada de boas obras.
         Então? O que você está esperando, vai ficar aí parado(a)? Vai cuidar da sua salvação!   

 EVANGELHO 
            Na sua conversa com Nicodemos, Jesus faz referência ao fato de Moisés ter providenciado uma serpente de cobre que levantada para o alto em uma haste, forçava os judeus a olharem para o Alto, a pensar na proteção de Deus, em vez de ficar procurando pelas cobras, olhando para o chão.  Esse ato simbólico narrado na Bíblia tem uma difícil interpretação, e até leva a muitos incrédulos a questionar, dizendo: Uma estátua de cobra? O que isso tem a ver?  
Assim como naquela caminhada para a terra prometida na areia do deserto infestada de serpentes venenosas, a nossa caminhada hoje também é muito perigosa. Estamos rodeados de perigos, vivemos enjaulados em nossas casas com todos os dispositivos de segurança, enquanto os bandidos estão soltos lá fora. É uma situação muito parecida com a caminhada do povo de Deus pelo deserto infestado de cobras.  Assim como os judeus, que ficavam olhando para o chão com o objetivo de se esquivar das mordidas, nós também andamos pelas ruas preocupados, desconfiados de todos que se aproximam de nós, com medo de a qualquer momento ser assaltados, sequestrados ou coisa parecida.  O certo é depositar a nossa confiança em Deus, é estar com o pensamento no Alto, pois é do Alto que realmente nos vem toda proteção que necessitamos. Ao sair de casa, em vez de botar uma arma no bolso, elevamos o nosso pensamento ao Pai para pedir a sua proteção. Ao ser abordado por um jovem armado, não olhemos no rosto dele como quem o ameaça, (senão ele atira em você) mas sim pensemos em Deus. Comece a rezar o Pai Nosso. Sim, apenas comece. Pois o nervosismo é tão grande que você logo descobre que não terminou de rezar. Comece de novo. O medo vai passar, tudo  acaba em minutos e você verá quão grande é o amor de Deus para com você!
Mais afinal, quem era esse tal de Nicodemos?
Nicodemos era como um mestre da Lei, pessoa muito importante, era um membro notável do Sinédrio que era a autoridade máxima em Israel. Nicodemos era um fariseu muito respeitado não só pelos seus conhecimentos, mas pela sua personalidade firme,  um homem honrado estudioso das coisas de Deus. Ele não pensava do mesmo jeito que os demais membros do Sinédrio, e por isso não era bem-quisto por eles. Nicodemos cismou em ver quem realmente era Jesus. Jesus não poderia ser apenas um impostor como pensava a elite judaica, como pensavam seus colegas. Por isso, para satisfazer o seu grande desejo de conhecer o Mestre, e para que ninguém o visse, Nicodemos foi ao encontro de Jesus de noite. Ele estava curioso. Jesus para ele tinha de ser o Messias e não apenas um enganador como diziam.   E foi desse jeito que aconteceu a conversão de Nicodemo!
Meu irmão, minha irmã. Faça como Nicodemos. Seus colegas de trabalho, seus amigos das noitadas, da faculdade, da academia onde você participa daquelas conversas que não podemos revelar aqui, em fim ninguém precisa saber da sua decisão de mudar de vida, sua decisão de procurar um sacerdote e pedir ajuda no sentido de dar um basta em tudo que você faz de errado, e voltar seu pensamento para o Alto, de voltar a caminhar em outra estrada onde, apesar das serpentes ameaçadoras, você anda firme na companhia de Jesus. Estamos falando de conversão. Estamos falando de largar esta vida errada e voltar para a casa do Pai. Pois caminhar com Deus e para Deus é a melhor decisão da sua vida. 
A liturgia deste domingo nos mostra o amor e a compaixão de Deus para conosco.
Meu irmão, minha irmã. Se você se acha um caso perdido, se você pensa que não tem mais cura e que já está condenado(a),  leia a carta e o Evangelho de hoje com bastante atenção. Jesus te ama e não quer a sua condenação eterna! Pelo contrário, Ele está mais empenhado em salvá-lo do que em condená-lo. Desse modo, todos nós podemos salvar as nossas almas, mesmo que vivamos mergulhados no pecado. Mas não é por isso que vamos abusar da misericórdia do Pai. A decisão parte de Deus e permanece. Pois Ele cumpre suas promessas. O primeiro passo porém, deve ser dado por nós. Por mim, por você, a caminho de volta para a casa do Pai. E isto é voltar-se para Deus, isto é conversão. Pois estamos no tempo de quaresma, tempo de voltar para a casa do Pai, para a sua companhia, da qual nunca deveríamos ter saído!

Um bom domingo.  José Salviano.

2 comentários:

  1. José Salviano, bela reflexão, que Deus abençoe você e a todos deste blog.

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  2. José Salviano, bela reflexão, que Deus abençoe você e a todos deste blog.

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