O sol nascente-Helena Serpa

20 de Dezembro- Sábado - Evangelho - Lc 1,26-38

 Isaías – 7,10-14 – “o sinal da virgem concebida”

“Eis que uma virgem conceberá e dará à luz um filho, e lhe porá o nome de Emanuel”.
Este foi o grande sinal que Deus deu ao mundo para que todos acolhessem a salvação que Ele prometera. Isaías foi o profeta que falou mais claramente sobre a vinda do Salvador. Israel já esperava o grande sinal da virgem que seria escolhida para conceber no seu ventre o Deus encarnado. Emanuel, Deus conosco é Jesus esperado por todo o povo de Israel e que nos veio na plenitude dos tempos. A Virgem Maria é também um grande sinal de Deus para nós e com Ela nós devemos nos preparar para recebermos mais uma vez o Redentor no nosso coração. Maria, a escolhida para ser a Mãe do Salvador, era virgem de corpo, de alma e de espírito. Tinha um coração completamente desocupado e abandonou-se ao Pai para que o próprio Deus viesse estar conosco. Emanuel é o Deus conosco, que caminha conosco, dia após dia. Emanuel é Jesus concebido no nosso coração pelo poder do Espírito Santo que se manifesta e nos faz ter a experiência de liberdade. Portanto, não precisamos tentar a Deus pedindo outros sinais, “quer provenham da profundeza da terra ou das alturas do céu”, mas apenas nos despojarmos das nossas dúvidas mantendo o nosso coração virgem das concepções do mundo, para acolher, como Maria, o Menino Jesus que vem mais uma vez no Natal! – Este é também o grande sinal para você: Jesus já foi concebido no seu coração. Deus está com você! Ele o (a) escuta! Ele fala com você! Experimente-o agora! Ele está com você. 

Salmo 23 – “O Senhor vai entrar; é o rei glorioso!”

Subir ao monte do Senhor, permanecer na sua santa habitação, significa ter intimidade com Deus, sentir a Sua presença, o Seu consolo. Somente um coração puro, sem maldade, que não tem segundas intenções pode perceber o poder amoroso de Deus. Sobre esses desce a benção e a recompensa do Senhor, Deus e Salvador diz o salmo! Peçamos, portanto, ao Senhor que nos ajude a conservarmos o nosso coração puro para buscarmos o Deus de Israel a quem pertencem a terra e tudo o que ela encerra.

Evangelho – Lucas 1, 26-38 – “Deus está conosco”

Já sabemos de toda a história! Maria ficou plena do Espírito Santo e concebeu Jesus no seu seio. Porém, o mais importante agora é tomarmos consciência de que o Espírito Santo que também mora em nós, age dentro do nosso ser e a sua força concebe em nós o próprio Jesus com todos os seus atributos nos dando vida nova e capacidade para termos uma vida plena. Por isso, podemos continuar refletindo com este Evangelho na mesma perspectiva de que Deus está no meio de nós e, pela força do Espírito Santo podemos fazer a Sua vontade da mesma forma como fez Maria. As palavras do Anjo a Maria precisam ecoar no nosso coração nos encorajando a abrirmos o coração para que Jesus, mais uma vez seja nele concebido.“Não tenhas medo, Maria, porque encontraste graça diante de Deus”! Nós encontramos graça diante de Deus quando nos abrimos à sua intervenção e nos deixamos apossar de todos os elementos que fazem parte da natureza de Jesus os quais, pelo Batismo, já foram inoculados dentro do nosso coração: “A Sua natureza divina, a Sua natureza humana perfeita, a Sua vivência humana, a eficácia da Sua morte, o poder da Sua ressurreição, o poder transcendente da Sua ascensão e a Sua entronização”. O poder do Altíssimo também já nos cobriu com a Sua sombra e o Cristo que mora em nós nos dá a Sua capacidade, divina, humana, espiritual, para que tenhamos em nós, como Maria, a coragem para dizer sim a Deus, confiando, não nas nossas forças naturais, mas na capacidade infinita do Pai. “Porque para Deus nada é impossível”, é que cada um (a) de nós pode proclamar: “Eis aqui a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra!” - Você se sente na presença de Deus? Como você o vê? Como Jesus está dentro do seu coração? – Você sabia que dentro de você que foi batizado (a), existe a capacidade de Jesus, como um brilhante? – Você vive e age usando esses predicados de Jesus? – Pense nisso!

Helena Serpa,
Fundadora da Comunidade Missionária UmNovo Caminho

 

22 de Dezembro- Segunda - Evangelho - Lc 1,46-56

 

1 Samuel 24-28 – “O Senhor ouve a nossa súplica”

Com o coração cheio de gratidão e reconhecendo o poder de Deus que se manifestou nela quando lhe deu a graça de conceber um filho, mesmo sendo estéril, Ana foi até à casa do Senhor e ofereceu a Ele o pequeno Samuel, a dádiva que havia recebido das Suas mãos. Por isso, Ana é o protótipo da pessoa que tem o coração agradecido ao Senhor pelos benefícios que recebeu em razão da sua oração. Antes, estéril, Ana recebeu do Senhor milagrosamente, a alegria da maternidade por causa da sua súplica. Colocando o exemplo de Ana na nossa vida, podemos avaliar também se já tivemos a coragem de orar pedindo ao Senhor por coisas impossíveis de acontecerem. Coisas que, talvez, nunca esperamos, mas por força da nossa oração podem ser alcançadas pelo poder de Deus. Por outro lado, ao longo da nossa vida e de acordo com as diversas situações pelas quais atravessamos, nós também temos feito pedidos ao Senhor. Temos recebido muitos favores, porém, muitas vezes, esquecemos até de agradecer ou mesmo de reconhecer a Sua providência para nós. Com o exemplo de Ana aprendemos que o Senhor ouve as nossas súplicas, por isso, precisamos ousar em pedir coisas para nós impossíveis, mas que, conforme a vontade de Deus, podem, sim, concretizar-se. Precisamos, não somente agradecer ao Senhor pelos Seus benefícios, mas também, como Ana, ofertar a Ele o fruto das conquistas que obtivemos pelas Suas mãos prodigiosas. No final de mais um ano todos nós temos a oportunidade de louvar ao Senhor pela Sua providência, pela Sua proteção, pelo Seu consolo e, principalmente, pela Sua misericórdia. – Durante o ano que está acabando você fez muitos pedidos a Deus? – Você já reconheceu os favores que Ele lhe concedeu? - Você já agradeceu e ofereceu a Deus o que Dele recebeu? – Aproveite este momento único e faça-o, agora!

Salmo – 1 Samuel 2 – “Meu coração exultou no meu Senhor salvador”

O Cântico de Ana para nós é um modelo de oração e de reconhecimento ao Senhor que vem em nosso socorro e nos sacia na hora da necessidade. Ela nos ensina a exultar o coração e elevar a Deus o nosso rosto alegre pela Sua intervenção. Reconhecer a nossa pequenez e aclamar a Deus pela Sua onipotência é uma necessidade da nossa alma. Quando assim fazemos, nós nos sentimos fortes e nos tornamos pessoas nobres que ocupam um lugar de honra e distinção no coração do Pai.

Evangelho – Lucas 1,46-56 – “O Senhor faz em nós maravilhas”

O magnificat é para nós o canto da humildade de Maria e nos serve de modelo para que reconheçamos também o amor e a misericórdia do Senhor ao nos tirar da nossa insignificância e nos fazer homens e mulheres bem aventurados. Maria Santíssima se inspirou no cântico de Ana para exaltar a Deus pelos Seus grandes feitos na sua vida. Reconheceu a sua humildade e exaltou o poder do Deus Salvador. Assim, ela expressou a alegria da alma e do espírito, assumindo a Palavra de Deus por meio dos profetas, se denominando a Bem Aventurada! A humildade é a expressão da verdade e quando reconhecemos o poderio do Senhor e a nossa limitação, nós estamos assumindo o ser verdadeiro e, também, podemos nos proclamar, humildes e bem aventurados (as). “A misericórdia do Senhor se estende de geração em geração a todos os que o temem”! Portanto, todos (as) que temem o Senhor, isto é, que respeitam e obedecem à Sua Palavra, que têm horror ao pecado, que experimentam o Seu amor e confiam na sua misericórdia, são bem aventurados, apesar de muitas vezes estarem, aparentemente, subordinados ao “poder” dos homens. Que o Magnificat seja para nós, todos os dias, o hino que os nossos lábios cantem para que assim também possamos como Ana, como Maria, e tantos homens e mulheres da Bíblia exultar de alegria, no corpo, na alma e no espírito. – Você já experimentou fazer a oração do Magnificat assumindo o lugar de Maria? – Faça a experiência e perceba a grande graça que pode acontecer na sua vida!

Helena Serpa, 
Fundadora da Comunidade Missionária Um Novo Caminho 

23 de Dezembro - Terça - Evangelho - Lc 1,57-66

24 de Dezembro- Quarta - Evangelho - Lc 1,67-79

2 Samuel 7,1-5.8-12.14.16 – “O Senhor te fará uma casa”

David se questionava porque ele mesmo residia num palácio de cedro enquanto a Arca de Deus (Arca da Aliança) estava alojada numa tenda. No entanto, o Senhor lhe fez ver que não competia a ele essa providência, pois tinha poder para no tempo certo edificar essa casa. E acrescentou: “concedo-te uma vida tranquila, livrando-te de todos os teus inimigos”. Fazendo um paralelo com a nossa vida percebemos que isso também acontece conosco: vivemos preocupados (as) e nos atarefamos, achando que compete a nós tomar todas as providências para que todas as coisas, até o que pertence a Deus, sejam perfeitas e de acordo com os nossos planos. O Senhor vem em nosso auxilio e nos conscientiza de que o Seu Plano para nós é completo e que não precisamos nos antecipar, pois Ele mesmo providencia o que necessitamos. Deus não precisa de casa feita por mãos humanas para morar, mas sim da entrega do nosso coração para que Ele permaneça conosco. Assim como Ele fez com David, Ele deseja nos tranquilizar e dar a certeza de que a Sua casa já foi edificada no nosso coração e, por isso, não precisaremos mais nos inquietar: Ele estará conosco em toda a parte por onde andarmos e assim como a David Ele nos promete: “tua casa e teu reino serão estáveis para sempre diante de mim, e teu trono será firme para sempre”. O nosso reino é o reino do Amor, o reino dos céus que já experimentamos aqui na terra. O Senhor é o construtor da nossa casa. É Ele quem planeja e quem faz acontecer em nós o Seu plano de santidade que consiste na vivência do amor e da justiça nos nossos dias. Deus nos promete salvação, casa e o pão da tranquilidade durante todos os dias da nossa vida, inclusive na eternidade. - Repita hoje muitas vezes de coração agradecido esperando Jesus no Natal: “Senhor eu não sou digno (a) de que entreis em minha morada, mas dizei uma só palavra e a minha casa será salva”. Deus edifica em você.

Salmo 88 – “Ó Senhor, eu cantarei eternamente o vosso amor!”

O amor de Deus é a nossa maior herança e é por isso, que nós precisamos nos apropriar deste bem precioso. A mesma aliança que Deus firmou com os homens da Bíblia, Ele o fez também conosco. Somos assim aliados (as) de Deus nos Seus projetos e nas Suas realizações. Somos Seus servidores (as) e somente seremos plenos de alegria se reconhecer isto com cânticos de louvor e exaltação. Cantar o amor de Deus é motivar o nosso coração e a nossa alma para viver a felicidade aqui na terra.

Evangelho – Lucas 1, 67-79 – “o sol nascente”

Zacarias, pai de João Batista, cheio do Espírito Santo abriu os lábios e profetizou reconhecendo a grande obra que o Senhor realizaria para a salvação da humanidade. Nós podemos baseados na oração de Zacarias nos colocar no mesmo contexto que ele para exaltar a Deus pela vinda do Salvador. Todas as profecias da Bíblia se referem ao projeto de salvação de Deus Pai para libertar os homens do pecado e da morte. Por isso, nós podemos assumir as Suas promessas para nós e para a nossa família e proferir este louvor em nome de cada membro da nossa família nos apossando dessa força que vem do céu a fim de nos livrar do mal e da ação dos inimigos. Ao mesmo tempo, também, nós somos chamados a ser profetas anunciadores da chegada do Sol nascente que nos visita neste Natal. Jesus é o Sol que nasce do alto e vem para iluminar os nossos relacionamentos familiares e dirige os nossos passos no caminho da paz. A Sua Palavra é um mapa que nos direciona e nos motiva a dar passos firmes para enfrentar todas as situações pelas quais passamos. Quando estamos cheios do Espírito Santo nós também, como Zacarias somos movidos a louvar ao Senhor pelas nossas conquistas. – Você tem louvado a Deus pela sua família? – Você tem pedido para ela a salvação de Jesus? – De que a sua família mais necessita? – Na sua família reina a paz? – Peça a Jesus hoje, paz para os seus relacionamentos familiares e comece você mesmo (a) a ser portador (a) desta graça. 


Helena Serpa