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terça-feira, 28 de outubro de 2014

Haverá alegria no céu por um só pecador que se converte. Padre Queiroz

6 de Novembro- Quinta - Evangelho - Lc 15,1-10

Haverá alegria no céu por um só pecador que se converte.
No Evangelho de hoje, Jesus nos fala da alegria que existe no céu, quando um só pecador se converte. Foi uma resposta dele aos fariseus, porque estavam criticando Jesus por ele comer na casa de pecadores e viver no meio deles. Jesus está explicando que o objetivo dele é atrair esses pecadores, porque o céu se alegra pela conversão deles, mesmo de um só.
Com as duas parábolas – da ovelha perdida e da moeda de prata – Jesus nos adverte sobre um pecado nosso: Somos mais cuidadosos com os bens materiais do que com a conversão das pessoas. Se alguém perde um bem material – ovelha, moeda... – logo sai procurando e não sossega até encontrar. Por que não fazemos o mesmo quando a nossa Comunidade perde um de seus membros?
Já lá no céu – Deus, seus anjos e santos – são o contrário: fazem festa quando alguém que estava afastado volta à Comunidade. “Deus não quer a morte do pecador, mas que se converta e viva” (Ez 33,11).
O livro da Sabedoria diz que Deus se compadece de todos porque pode tudo. Ele fecha os olhos aos pecados do homem para que se arrependa. Perdoa e ama todos os seres que ele mesmo criou (Cf Sb 11,23ss). É a misericórdia de Deus que nos dá tranqüilidade, mesmo conscientes dos nossos pecados e defeitos. Sabemos que somos culpados, mas o amor de Deus é maior.
O fato de o homem deixar as noventa e nove ovelhas no deserto não significa desprezo a elas, pois cada uma delas, se acontecer de se perder, ele fará o mesmo.
A quarenta anos atrás, noventa e cinco por cento dos brasileiros eram católicos. Hoje não passam de setenta por cento. São, portanto, milhares e milhões de ovelhas que deixaram o rebanho de Jesus, que é a Igreja. Isso nos inquieta e nos leva, pelo menos a rezar e pedir a Deus que nós católicos sejamos mais firmes à Igreja que Jesus fundou. Leva-nos também a, quem sabe, sair por aí, visitando as famílias e rezando o terço nas casas, ou expandindo os grupos da Mãe Rainha etc. São momentos privilegiados de catequese, especialmente sobre a Igreja.
Diziam os santos padres que Jesus seria capaz de morrer novamente na cruz, se isso fosse necessário, para salvar uma só pessoa. E nós, temos este mesmo anseio?
A mulher que perdeu as dez moedas de prata, acendeu a lâmpada e varreu a casa. A lâmpada é a nossa fé que precisa ser reativada e crescer mais. Varrer a casa é libertar-nos dos nossos pecados. A festa que os dois fazem representa a Eucaristia, o ponto de encontro semanal dos cristãos. Tudo isso em meio a muita alegria, virtude própria do cristão.
Quantos líderes cristãos têm estas parábolas em mente ao enfrentar dificuldades para irem atrás dos irmãos afastados! Compensa.
Não podemos ficar em casa, ou na nossa Comunidade, esperando que os afastados voltem espontaneamente. Precisamos ir buscá-los, como o Filho de Deus que veio do Céu para nos salvar.
Diz o provérbio: “Não temas as trevas, se trazes dentro de ti a luz”. A luz foi feita para brilhar onde não há luz. Não tem sentido acender luz onde já está claro.

Certa vez, um senhor muito briguento estava em um bar. Chegou ali um líder da Comunidade e o homem, que já estava meio alto na bebida, perguntou: “Existe céu e inferno?” “Sim”, disse o líder. “Então eu quero que você me explique o que é céu e o que é inferno”. O líder achou difícil explicar, ainda mais devido ao estado em que o homem estava, e disse: “É difícil explicar”.
Nessa hora, o homem ficou nervoso, começou a dizer palavrões e estava a ponto de partir para a briga. Então o líder lhe pediu calma e disse: “Você quer saber o que é inferno? É isto que você está fazendo”.
O homem caiu em si e, no mesmo momento, ajoelhou-se na frente do líder e pediu perdão. O líder lhe perdoou e disse: “E quer saber o que é o céu? É isto que você está fazendo agora”.
Céu é paz, é obediência a Deus, é perdão e muito amor. Inferno é desobediência a Deus e falta de amor ao próximo, com todos os males que daí decorrem, inclusive briga e alcoolismo. Nós queremos aproveitar todas as oportunidades para catequizar e ensinar às pessoas as coisas de Deus.
Maria Santíssima é a nossa Rainha, coroada de doze estrelas (Cf Ap 12,4). Ela amava tanto a Deus, que foi escolhida para nos dar a Grande Estrela que é Jesus. Que nós também sejamos estrelas, a fim de que o mundo tenha mais luz.
Haverá alegria no céu por um só pecador que se converte.

Padre Queiroz
 

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