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segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Não desprezeis nenhum desses pequeninos-Padre Antonio Queiroz




Não desprezeis nenhum desses pequeninos.
Com este Evangelho, Jesus nos indica como deve ser o relacionamento entre os membros da Comunidade cristã.
O texto começa com a pergunta dos discípulos a Jesus: “Quem é o maior no Reino dos Céus?”, isto é, na Comunidade de Deus. Jesus toma uma criança, coloca-a no meio deles e diz: “Se não vos converterdes, e não vos tornardes como crianças, não entrareis no Reino dos Céus. Portanto, quem se faz pequeno como esta criança, este é o maior no Reino dos Céus”.
Portanto, tornar-se como criança não é só condição para alcançar a maior grandeza na Comunidade de Deus, mas inclusive é requisito indispensável para ser admitido nela.
A criança é um ser fraco e humilde que não possui nada nem tem nada que dizer na Comunidade dos adultos. Como o pobre, ela só pode receber com alegria o que lhe é oferecido, porque depende totalmente dos outros. Esta é a situação do homem diante de Deus e, consequentemente, a atitude que Jesus quer dos seus discípulos: acolhimento, simplicidade e humildade.
Evidentemente, não se trata de voltarmos à condição de criança que tivemos no passado, o que é impossível. Significa optar pelo acolhimento, simplicidade, humildade e serviço, como fazem naturalmente as crianças. Além da criança, temos como modelo Jesus, o pobre de Deus, o mais pequeno e o servidor de todos. “Aprendei de mim que sou mando e humilde de coração”. “Quem recebe em meu nome uma criança como esta é a mim que recebe.”
E no final da parábola da ovelha perdida Jesus fala: “O Pai que está nos céus não deseja que se perca nenhum desses pequeninos”. Não podemos desprezar as crianças, mas ir atrás delas, cuidar delas e educá-las no caminho de Deus e do bem. Esse cuidado, no contexto do Evangelho, não se restringe às crianças, mas abrange os pobres, os analfabetos, os doentes... isto é, a todos os “pequenos”.
A gente se lembra da fuga de Maria e José para o Egito, a fim de proteger o Menino Jesus. Uma família que se desloca para um País estranho, fazendo os maiores sacrifícios, porque a vida da criança estava ameaçada. Hoje, muitas vezes, não é a vida física mas a vida moral e espiritual das crianças que está ameaçada, pelas drogas, más companhias etc. Elas merecem o mesmo cuidado e sacrifício.
A Bíblia está cheia de exemplos de Deus protegendo crianças. Protegeu Isac (Gn 22,11-14), Ismael (Gn 21,17), Moisés (Ex 1,15-22)...
Na Comunidade de Deus, as crianças não morrerão antes do tempo (Is 65-20), e brincarão na cova das serpentes venenosas, sem serem picadas (Is 11,6).
Três pecados comuns nossos, junto às crianças: falar palavrões perto delas, mimá-las demais e deixá-las sem ocupação. A ociosidade é a mãe de todos os vícios.
O principal que uma criança precisa para crescer de forma saudável, é da união dos pais. Uma criança não precisa tanto que os pais as amem, mas que os pais se amem. Ela nasceu do amor de um homem e de uma mulher, e só cresce de forma integrada, vendo que aquele amor dos pais continua vivo.
Se um dos pais vem a falecer, ou, por um motivo justo, vive longe do filho, isso não o prejudica, porque o filho ou a filha sabe que os pais continuam unidos. Deus é providente e faz com que, na falta de um dos pais, outro ou outra cumprirá o seu papel.
Hoje nós celebramos a memória de Santa Clara. Ela foi contemporânea de S. Francisco de Assis, também conterrânea e amiga dele. Viveram no Séc. XIII.
Quando Clara tinha dezoito anos, ouviu umas pregações de S. Francisco e se entusiasmou pelo ideal da pobreza evangélica. Procurou Francisco e lhe pediu que a ajudasse a viver segundo o Evangelho. O santo propôs a ela abandonar o mundo e tornar-se religiosa. Clara topou. Cortou seus longos e belos cabelos e passou a usar roupas de pano pobre e rústico.
O pai de Clara era falecido. Sua mãe, Dona Ortolana, já havia escolhido um moço para casar-se com a filha. Mas todos aceitaram a decisão dela. Clara ingressou provisoriamente no convento da irmãs Beneditinas. Anos mais tarde, já com várias moças tendo o mesmo ideal de pobreza, elas fundaram uma nova família religiosa, que hoje tem o nome de clarissas.
Uma das normas é que não deviam guardar nada que fosse de comer para o dia seguinte. Tinham de distribuir tudo aos pobres. Com isso, elas queriam por em prática as palavras de Jesus: “Não vivais preocupados com o que comer ou beber... Buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão dadas por acréscimo” (Mt 6,25-33). Clara faleceu dia 11/08/1253. Tinha apenas 59 anos de idade.
Quinhentos anos depois de Clara e Francisco, a Mãe de Jesus apareceu no Brasil, nas águas do Rio Paraíba, e apareceu como negra, para dizer que é Mãe de todos, especialmente dos pequenos. E Maria cuidou muito bem do seu Filho Jesus. Que Maria Santíssima e Clara intercedam junto de Deus por nós, a fim de que aprendamos as virtudes das crianças, e amemos os pequenos.
Não desprezeis nenhum desses pequeninos.




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