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segunda-feira, 12 de agosto de 2013

O Todo poderoso fez grandes coisas por mim.-Claretianos


Domingo, 18 de agosto de 2013
Assunção de Nossa Senhora
Santos do Dia: Agapito de Palestrina (mártir), Alípio de Tagaste (bispo), Dagano de Iniskin (bispo), Ivan de Ayrshire (eremita), Firmino de Metz (bispo), Floro e Lauro (mártires em Constantinopla), Helena (viúva, mãe do Imperador Constantino Magno), Hermes, Serapião e Polieno (mártires), João e Crispo (mártires), Leão e Juliana (mártires), Máximo e Próculo (mártires).
Primeira leitura: Apocalipse 11, 19; 12,1.3-6.10
Uma mulher vestida como sol, tendo a lua sob os pés. 
Salmo responsorial: 44
À vossa direita se encontra a rainha, com veste esplendente de ouro de Ofir. 
Segunda leitura: 1 Coríntios 15, 20-27
Primeiro Cristo, que é as primícias, depois os que pertencem a Cristo. 
Evangelho: Lucas 1, 39-56
O Todo poderoso fez grandes coisas por mim.
Na metade do mês de agosto, explode a alegria na liturgia da Igreja. No hemisfério norte, coincide, ou se fez coincidir, com as festas ancestrais da canícula do verão boreal. À já celebrada alegria das colheitas acrescenta-se agora uma plenitude de alegria ainda maior ao celebrar a Assunção da Virgem Maria. Ela, a mãe de Jesus, é a “primeira cristã”, deveria ser também a primeira a chegar até Jesus. A fé da igreja quis ver nela a confirmação definitiva de que nossa esperança tem sentido. De que esta vida, ainda que nos pareça ferida de morte, está na realidade grávida de vida, de uma vida que se manifesta já em nós e que devemos celebrar já aqui e agora e, em primeiro lugar, Maria, Mãe de Jesus e Mãe nossa.
Na primeira leitura encontramos um combate frontal entre a debilidade de uma mulher a ponto de dar a luz e a crueldade de um monstro perverso e poderoso que se apropria de uma boa parte do mundo, além de querer arrebatar-lhe o filho. O Apocalipse faz um relato precioso em simbologia na qual as comunidades cristãs podem estar representadas pela mulher, reconhecendo que um setor do cristianismo dos primeiros tempos teve um alto influxo da pessoa de Maria e da presença feminina em seu meio, como sustentáculos da fé e da radicalidade. Por outra parte, o monstro é um sinônimo do aparato imperial. Com suas respectivas cabeças e chifres, representa os tentáculos do poder civil, militar, cultural, econômico e religioso, empenhado em eliminar o cristianismo, por sua ação profética, já que se tornou incômodo para os poderosos da terra.
A segunda leitura abre com uma bela metáfora da ressurreição de Cristo como primeiro fruto da colheita e logo classifica como todos os que em Cristo vivem, em Cristo morrem, também em Cristo vão ressuscitar. Trata-se de uma afirmação da vida plena para os que assumem o projeto de Jesus como próprio e nesse sentido se fazem partícipes da Glória da ressurreição.
No evangelho, o canto de alegria de Maria, proclamado no evangelho, se faz nosso canto. Temos poucos dados sobre Maria nos evangelhos. Os estudiosos nos dirão que, certamente, este cântico, o Magnificat, não foi pronunciado por Maria, mas que é uma composição do autor do evangelho de Lucas. Porém, não resta dúvida que, ainda que não seja histórico, recolhe o autêntico sentir de Maria, seus sentimentos mais profundos diante da ação de Deus. Louvar e dar graças. Não se sente grande nem importante por ela mesma, mas pelo que Deus está fazendo através dela.
“Minha alma engrandece ao Senhor”. Maria goza dessa vida em plenitude. Sua fé a fez viver já em sua vida a vida nova de Deus. Há um detalhe importante. O que nos conta o evangelho não acontece nos últimos dias da vida de Maria, quando já supomos que havia experimentado a ressurreição de Jesus, mas antes do nascimento de seu Filho. Já então Maria estava tão plena de fé que confiava totalmente na promessa de Deus. Maria tinha a certeza de que algo novo estava nascendo. A vida que ela levava em seu seio, ainda em embrião, era o sinal de que Deus se havia colocado a caminho e havia começado a agir em favor de seu povo.
Mais uma vez, em algumas ditaduras, este canto de Maria foi considerado revolucionário e subversivo, por isso censurado. Certamente é revolucionário e sua mensagem tende a virar do avesso a ordem estabelecida, a ordem que os poderosos tentam manter a todo custo. Maria, cheia de confiança em Deus, anuncia que ele se colocou a favor dos pobres e deserdados deste mundo. A ação de Deus muda totalmente a ordem social do nosso mundo: derruba do trono os poderosos e enaltece os humildes. Não é o isso que estamos acostumados a ver em nossa sociedade. Tampouco no tempo de Maria.
A vida de Deus é oferecida a todos, porém somente os humildes, os que sabem que a salvação somente vem de Deus, estão dispostos a acolhê-la. Os que se sentem seguros com o que têm, esses perdem tudo. Maria soube confiar e estar aberta à promessa de Deus, confiando e crendo mais além de toda esperança. Hoje Maria anima nossa esperança e nosso compromisso de transformação deste mundo para torná-lo mais de Deus: um lugar de fraternidade, onde todos tenhamos um lugar à mesa que Deus nos preparou.
Porém, neste dia Maria anima sobretudo nosso louvor e ação de graças. Maria nos convida a olhar a realidade com olhos novos e descobrir a presença de Deus, talvez em embrião, porém já presente, ao nosso redor. Maria nos convida a cantar com alegria e proclamar, com ela, as grandezas do Senhor.
Nota crítica: A estas alturas, é importante não falar da Assunção de Maria simplesmente como quem dá por suposto uma viagem quase sideral de Maria ao céu. Não é necessário deter-se mais uma vez na análise do tema dos “dois pisos” da cosmovisão religiosa clássica... Porém, é necessário, ainda que seja como uma simples indicação, lembrar os ouvintes de que não estamos descrevendo uma assunção sideral, um translado físico, mas uma expressão metafórica, para que não se entenda mal tudo o que com uma bela estética bíblico-litúrgica podemos dizer a respeito.

Oração: Ó Deus, nosso Pai, que levaste Maria a alcançar junto de ti a mesma plenitude de vida de Jesus Cristo; nós te pedimos que nos concedas que, sento como ela, fieis no cumprimento da tua vontade, cheguemos a participar também nós da gloria da ressurreição

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