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quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

“Todos admiravam Jesus!” - Claudinei M. Oliveira.




Quinta - feira, 10  Janeiro  de 2013.
Evangelho: Lc 4, 14-22

            O evangelista Lucas enaltece as glórias que Jesus recebia do povo. Por onde Jesus de Nazaré passava todos admiravam. Seu jeito simples de falar e sua meiguice cativavam multidões. Na verdade Jesus foi um homem que soube zelar pelas honras e pelas virtudes recebidas do Pai. Ele tinha um carisma maravilhoso e encantador. Para a época de Jesus ser admirados com tantas vicissitudes era fascinante.
            O espírito santificador de Jesus penetrava na alma das pessoas e as faziam felizes. Somente ele tinha meios convincentes de fazer chegar ao coração das pessoas palavras tão dóceis e encorajadoras. Sabia como ninguém aproximar de todos aqueles que desejavam uma benção ou uma cura. Ele tinha a arte de cativar as pessoas por dentro.
            Na verdade seus ensinamentos podem valer para nossos dias. Por que não somos cativantes e nem penetrantes com nossos discursos? O que falta para nossas palavras ecoarem para o universo e fazer pessoas felizes? Somo limitados? Ou será que não estamos dispostos a colaborar com a construção do Reino da justiça?
            Poderemos enumerar inúmeras indagações sobre nossas limitações, mas falta no ser do cristão a essência da sensatez do Criador. Falta em nós o discernimento para ajudar o povo a ser mais saudável, compreensivo, determinado e comprometido com a vida do outro. Somos limitados em nossas ações por nossa incapacidade de agir em prol do outro ou somos vencidos pelo sistema político e econômico?  Acredito que falta no cristão a autenticidade de servir e ser solidário, ou seja, falta a destreza do cristão que assegura os mandamentos da igreja.
            Jesus sentou-se na sinagoga no sábado. Abriu o livro Sagrado e leu um trecho  do profeta  Isaías: “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me consagrou com a unção para anunciar a boa-nova aos pobres; enviou-me para proclamar a libertação aos cativos e aos cegos a recuperação da vista; para libertar os oprimidos e para proclamar um ano da graça do Senhor”.  Veja que não foram palavras de Jesus, mas seriam de Jesus as ações elencadas por Isaías. Realmente Jesus foi um libertador na totalidade, seja na opressão, na cegueira, na surdez, na escravidão. Ele foi um grande arregimentador de multidões a partir de suas palavras acionárias e perspicácias.
            Procuramos-nos a igreja para buscar soluções para nossos problemas. Nada contra. Somos cheios de defeitos. Mas  Jesus procurava a igreja para rezar, bendizer o nome do Pai, para encher-se da Graça do Espírito Santo. Do mesmo modo deveríamos procurar a igreja para ouvir atentamente a palavra revelada e fazê-las penetrarem em nossos corações. Sentir a palavra de Deus, deixá-las tocar em nós, absorvê-las com ternura e dedicação. A libertação vem através do   comprometimento que fazemos conosco mesmo. Não podemos ser escravos dos vícios indesejados, devemos nos controlar e sedimentar aquilo que Deus nos preparou. Olha que Deus preparou muitas coisas boas para nós: um reino lindo, uma manhã encantadora, um sol que brilha intensamente sobre nós, a chuva para fortalecer as plantas, a amizade com pessoas honestas e corajosas, enfim, Deus preparou uma legião de utilidades redentoras para o homem. Mas como não sabe distinguir aquilo que é bom e se deixa extravasar  pela cobiça, muitas vezes se perdem no encanto da alienação do mundo moderno e traiçoeiro.
            Portanto, Jesus conseguia visualizar nas palavras o encanto do reino da liberdade. Sabia como ninguém cativar a alegria de multidões e se fazia cumprir aquilo que os profetas já preconizavam. Cabe a nós  sermos este homem e está mulher corajosos e corajosas em ir a igreja e sentirem-se a palavra revelada ecoar nos ouvidos e fazê-las chegar ao coração. Que Deus abençoe a todos. Amém!
            Claudinei M. Oliveira

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