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quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Qual era a intenção de Jesus? -Alexandre Soledade



Dia 16


Bom dia!
Como não ver qual era intenção de Jesus? Sua metodologia e andragogia (forma de ensinar adultos) são bem nítidas no evangelho de hoje. Pergunte-se quantas vezes ao lê-lo apenas vi o milagre sobre a febre da sogra de Pedro, mas passou despercebido o processo para obtenção da graça.
Um parêntese (…): VER O QUE SE DESEJA VER. Esse fato é cada vez mais comum. Sei que muito mais que uma organização das informações que recebemos e temos pelo nosso cérebro, às vezes conscientemente abandonamos outras informações, pois selecionamos o que desejamos ver, ouvir e até ler.
Delinearemos primeiramente para aqueles que já entenderam que tem um compromisso com o próximo.
Repare nas linhas desse evangelho a suave e bem conduzida metodologia de Jesus: Ele CHEGOU PERTO dela, SEGUROU A MÃO dela e AJUDOU-A A SE LEVANTAR. A FEBRE SAIU da mulher, e ELA COMEÇOU A CUIDAR DELES.
De fato, Jesus se aproxima, nos segura pela mão, ajuda-nos a levantar então a redenção acontece, a febre, o desanimo, o temor partem e de certa forma a pessoa resgatada passa a entender (caem as escamas dos olhos) que passou a ter um compromisso para que outros também se ergam.
Como ler isso e não sentir-se amado e também um pouco de pesar pela nossa ingratidão? Quantas pessoas, bem definidas por São Tiago, pedem mal. Ainda andam pelo mundo doentes, cabisbaixos, repletos de vaidades, orgulhos e cobiça, debulhando-se em crendices e falsa fé (…); não querem ver que Jesus primeiro oferece a mão para vê-los de pé, mas se vêem interessados somente pela cura da febre, o carro novo, o apartamento novo.
Como poderemos sustentar a carga que o mundo nos oferece se estivermos debilitados pela doença que nos paralisa e vicia chamada ganância, orgulho ou vaidade? O que adianta mudar por fora, se rodear de bens visíveis e ostentáveis se vivo aquela música do Moacir Franco que diz: “SE POR DENTRO EU NÃO MUDO”?
Muitos não conseguem ver que são prioridade para Deus? São eles que mais precisam dessa aproximação de Jesus em suas vidas. Acreditam não precisar de tamanho zelo, pois já tem quinze ou vinte anos a frente de uma obra, uma pastoral, um movimento; ou já são avós e seus filhos nada poderão ensiná-los sobre a vida; ou é sua própria atribuição ensinar, corrigir, zelar pelos outros, mas como nós, também são seres humanos que erram e que precisam também de ajuda. Quantas comunidades “sofreram” pelas truculências e falta de sabedoria de um padre ou coordenador turrão? Quantos bons funcionários pediram demissão por um chefe egocêntrico?
Outros, porém ainda não conseguem ver ou sentir o vinculo que temos ou precisamos ter com os outros. Talvez não tenham culpa de verem a vida dessa maneira, pois assim foram criados e acostumados, no entanto uma boa parcela deles vive assim de vontade própria e conscientemente. Odeiam regras, não se adaptam a sistemas de trabalho onde não podem impor suas regras; tentam transformar o pensamento das pessoas para de certa forma atende-las; são inteligentes e sabem manipular as pessoas pela emoção.
“(…) Como não se preocupassem em adquirir o conhecimento de Deus, Deus entregou-os aos sentimentos depravados, e daí o seu procedimento indigno. São repletos de toda espécie de malícia, perversidade, cobiça, maldade; cheios de inveja, homicídio, contenda, engano, malignidade. São difamadores, caluniadores, inimigos de Deus, insolentes, soberbos, altivos, inventores de maldades, rebeldes contra os pais. São insensatos, desleais, sem coração, sem misericórdia. Apesar de conhecerem o justo decreto de Deus que considera dignos de morte aqueles que fazem tais coisas, não somente as praticam, como também aplaudem os que as cometem “. (Romanos 1, 28-32)
Vemos algumas delas em nossas comunidades, no trabalho, na faculdade, em cargos de liderança ou de grande influencia. Por ter seu mundo seus próprios umbigos talvez inconscientemente também façam de Deus alguém que deva agradá-los, pois são capazes de trocar de igreja (de bairro para outro) ou credo (católicos que se tornam evangélicos ou vice – versa) como se trocassem de roupa se forem contestadas ou não contempladas.
Uma coisa é certa… Elas pedem muito. E como pedem.
Queremos um carro, mas não temos condições de pagar o IPVA, o licenciamento; queremos um salário melhor, mas não curo minha compulsão por comprar, gastar; busco a cura do filho drogado, mas não consigo diminuir a distancia que nos separa; desejo melhorar de vida no entanto não gosto de acordar cedo, estudar, trabalhar. (Hunf)
Como bem vimos, a fase inicial da graça é a aproximação de Jesus para nos estender a mão e nos ver levantar. Precisamos deixar nossa vida nas mãos de Deus, pois de fato Ele sabe o que precisamos. Pedir sim, mas assumindo nossa parte após a redenção.
Reflita esse pensamento:
“(…) Um homem tem uma carga a ser transportada. Essa carga é sua missão diária. O que pedir: Que Deus alivie o peso da carga ou lhe de forças para suportá-la”? Repare bem no evangelho: Jesus não tirou as tarefas da sogra de Pedro. Qual será a nossa escolha?
Um Imenso abraço fraterno!

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