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quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

“Jesus foi rejeitado” - Claudinei M. Oliveira.



Domingo, 03  Fevereiro  de 2013.
Evangelho:  Lc 4,21-30

“Seguir a Cristo é não abster-se de testemunhar a palavra de Deus, mesmo que à custa de rejeição e sofrimento”.
            Jesus falava abertamente para todos ouvirem suas palavras de libertação. Fazia questão de revelar seu plano de amor e de reestruturação. Almejava um povo livre, acolhedor, satisfeito, comprometido com um reino justo. Jesus foi um homem de fibra.
Hoje buscamos na liturgia forças deste homem que foi recusado pelos seus conterrâneos de Nazaré. Ele não somente dá a força para lutar com veemência, mas encoraja o cristão a seguir os princípios de uma vida digna. Este homem rejeitado conhece seu povo, sua gente e tem um propósito para cada um. Ele conhece todas as veredas no ser de cada seguidor.  Para que Ele atue com dinamismo, basta abrir as janelas do coração. Deixe Jesus entrar, acolha com gratidão e reze com Ele.
            O maior legado dos profetas foi a coragem de enfrentar as muralhas que impediam caminhar  para nova realidade. Sofreram muito, foram perseguidos, presos torturados e insultados. Entretanto, não desanimaram.  Fincaram a palavra de Deus no coração de muita gente e fez Cristo ser conhecido pelas atitudes de vida e amor. Ou seja, espalharam pelo vento algo significativo: a esperança no Cristo que falou a verdade, mas mostrou o verdadeiro caminho certo, o caminho da justiça.
            Agora, testemunhar a palavra de Deus é não temer a rejeição, mas convocar  o povo  para abrir os olhos para não cair nas armadilhas do satanás. Levar a mensagem do Cristo libertador  que lutou pelo seu povo e, a maior prova foi a entrega na cruz, sempre para encontrar o caminho certo que levará para ao Pai.
            Porém, testemunhar a Santa Palavra, não é somente falar, mas vivê-la na integridade, na partilha, na justiça e no amor. Para falar de Cristo, preciso viver no Cristo e sentir o que Cristo sentiu: as dores dos açoites e as dores das calúnias.
            Testemunhar é ser fiel no Criador, enumerar  com maestria seus ensinamentos de vida, mesmo correndo o risco de ser coagido ou morto. Claro que ninguém quer ser um mártir e não precisa de tanto, mas quando assume e missão de levar a palavra de Deus aos pequenos e alertá-los dos bodes que estão à espreita, pode sim correr o risco de ser calado.
            Os malignos conseguiram calar Jesus ao transpassar a espada em seu peito, e não vão medir esforços para eliminar quem quer que seja, basta tocar na ferida ou falar das corrupções.
            Veja o que aconteceu com Jesus, foi rejeitado pelos seus compatriotas! Ao chegar à sua cidade não foi bem recebido pelo povo. Sabe por que Jesus foi rejeitado? Porque era filho de família pobre! Jesus nasceu  num lugarejo paupérrimo e seus parentes continuaram na vida humilde e sofredora. O povo tem aversão pela pobreza, mas vive a pobreza.
            Enquanto Jesus pregava na sinagoga o povo ruminava: “não é ele o filho do carpinteiro? Sua mãe não se chama Maria, e seus irmãos não são Tiago, José, Simão e Judas? E suas irmãs não moram conosco? Então de onde vem tudo isso?
            Neste  Santo Evangelho Jesus é maltratado pela sua própria comunidade de patriotas, não porque sabia de mais e tinha bom discurso renovador, mas porque era daquela comunidade pobre. Jesus foi rejeitado pelos amigos por não acreditar que poderia trazer algo novo, ou seja, disseram: como pode um homem que nasceu aqui no nosso meio, tinha uma vida pobre, sua família ainda vive na miséria, agora chega trazendo palavras bonitas? Como isso pode acontecer? Deveríamos estar esperando alguém importante de Jerusalém? Eles sim merecem nosso respeito! Agora, este pé rapado, pobretão não pode continuar pregando no templo! Fora daqui!
            Jesus sofreu esta perseguição verbal por pertencer à família paupérrima, sem tradição cultural, ou por ser um nazareno igual tantos moribundos.
            Entretanto, Jesus entrou na sinagoga e fez valer a palavra da justiça. Falou diante de seus irmãos o necessário para sair da situação de miséria. Jesus colocou para o povo  toda a injustiça sofrida e que estava na hora de construir novas realidades  de acordo com  a situação.
            O profeta missionário deve alertar a comunidade de todos os males que assolam para não continuar inflando de glórias. Os homens devem estar atentos para ação dos opressores. Às vezes, a sutileza da opressão não permite que estes enxerguem as causas da destruição; porém, permanecem cegos para a realidade e ideologicamente alienados na pedagogia do opressor. Como escapar desta situação? Como superar as mazelas? Como projetar novos sentidos para a vida? Culturalmente fica complicado dar uma resposta para tais indagações, mas o profeta missionário, mesmo contrariando as forças opositoras, deve anunciar a verdade para este povo sofredor.
            Basta à graça do Senhor para continuar firme na fé e na esperança de levar um comunicado da libertação  para a comunidade que seja eficaz. A comunidade do povo de Deus não pode permanecer com a cabeça dura e com o coração de pedra, deve sim, compreender os ensinamentos  da salvação e acreditar no profeta missionário local. Esperamos que a nossa cabeça não seja  dura e que o coração seja acolhedor para a mensagem da vida.
            Mesmo diante de tantas injurias Jesus não desanimou. Fez muitos milagres no lugarejo e mostrou para seu povo que um profeta só não é estimado em sua própria pátria e família, mas com certeza, o amor de outras famílias e povo, pôde enrijecer ainda mais no trabalho missionário.
            Portanto, não temais em pregar a palavra de Deus, pois ele fortalece o povo para conciliar na bondade, na justiça e na paz. Jesus foi perseguido não pelas injustiças, mas pela sua presença e pelo ardor missionário da libertação. Amamos os profetas ou rejeitamos?
            Claudinei M. Oliveira

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