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quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

“A fome justifica a abstenção de uma lei ” - Claudinei M. Oliveira.



 Terça - feira, 22  Janeiro  de 2013.
Evangelho: Mc 2,23-28

            Na reflexão de hoje o evangelista Marcos mostra a prática de Jesus fundamentada na necessidade, ou seja, não tem como passar fome em nome de uma lei ou costume  para agradar os velhos preceitos. Jesus foi maravilhoso quando permitiu que seus discípulos colhessem alimentos para matar a fome mesmo sendo no sábado. Em primeiro lugar deve resguardar o princípio da vida, depois observar as tradições.
            Com esta passagem Marcos leva para sua comunidade a reflexão da vida, isto é, primeiramente deve mensurar a vitalidade do corpo para continuar em missão. O homem deve estar fortalecido com a palavra e com o alimento para ter forças para disseminar as sementes do amor, as vicissitudes da graça e as maravilhas de Deus. Como ser sal e luz na terra se o corpo está enfraquecido? Como levar a reflexão do encanto do reino se as forças do corpo não permitem? Como anunciar a Boa-Nova se as pernas não conseguem caminhar? Em primeiro lugar o homem deve estar abastecido do Pão que é Jesus   e depois acatar os dogmas criados pelos homens para impor limites.
            Guardar o sábado era uma tradição judaica e todos obedeciam. Neste dia estava reservado para a observação para Deus. Não se podia trabalhar. Tudo era feito para agradar Deus. Jesus sabia que o sábado era dia sagrado, mas como tinha novos ideais, não tinha tanta fobia para os males caso desobedecesse à tradição judaica. Disse tranquilamente para quem quisesse ouvir que "O sábado foi feito para o homem, e não o homem para o sábado. Deste modo, o Filho do Homem é Senhor também do sábado".
            Jesus simboliza o novo, não que ele seja um revolucionário de carteirinha, mas quebra as corretes que aniquilam os passos do homem. Não tem como viver o amor, a paz e a fraternidade cumprindo obrigações criadas pelo próprio homem para impor limites. O homem é criatura divina e por ser divino deve ser concebido de liberdade. Mas como ter liberdade diante de tolhimento? Às vezes, o homem enrijece demasiadamente com o outro, estabelece normas e regras fora da lógica e as impõem para que os pequenos cumpram-se. Como são  medrosos e não conhecem a liberdade, cumprem as determinações políticas cegamente. Jesus não caiu na cilada das tradições judaicas cegamente, ele observou atentamente cada regra e as cumpriu de acordo como suas convicções.
            Nossa igreja também é chia de regras e doutrinas para serem cumpridas. Muitas destas regras foram criadas por homens como eu e você. Elas não trazem a dinâmica do sagrado, mas trás a intenção de uma pessoa. Muitas das regras da igreja impedem o cristão de ser autêntico, de viver a luz do Evangelho ou não permite que um sacramento seja recebido. Quer um exemplo: tente batizar uma criança sendo padrinhos e não são casados? Tenta casar na igreja e não paga a taxa do aluguel da igreja, veja, digo o espaço da igreja, não o salão de festas? Ainda precisamos mudar muitas coisas em nossa igreja para que ela seja do povo e para o povo de Deus, mas em muitas cidades, a igreja serve uma determinada classe social abastarda, deixando de fora muitos filhos e filhas de Deus de parcos recursos.
            O mundo evolui e as coisas que eram vistas como verdades vão deixando de ser verdades absolutas. Não é fácil acompanhar as novidades e nem as tendências. Tempos atrás era impensado  ler uma reflexão como esta por meios eletrônicos, hoje temos esta facilidade. Logo, o novo faz parte das nossas ações. Jesus sinalizou para o homem da época que as regras só tinham sentido quando alimentavam a alma, quando não fazia sentido poderia não ser observada. Serve para nós hoje, devemos ter uma consciência plena das regras e cumpri-las quando for necessária para a vida e para a humanidade. Que Deus abençoe a todos. Amém!
            Claudinei M. Oliveira

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