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terça-feira, 4 de setembro de 2012

“A genealogia da família de Deus” - Claudinei M. Oliveira.



Sábado, 08   Setembro  de 2012.
Evangelho: Mt 1,1-16.18-23

            O evangelista Mateus inicia o Santo Evangelho apresentando a genealogia de Jesus. Apresenta um Jesus histórico, atemporal que perpassa duas interpretações lineares: o Antigo e o Novo Testamento.
 Quando a comunidade de Mateus finalizou a obra já contava no ano mais ou menos oitenta e cinco de nossa Era. Já tinha passado mais ou menos quarenta e cinco anos da morte de Jesus. Logo era necessário escrever a origem do Homem que provocou mudanças significativas no comportamento social e econômico na região do Oriente Médio.
Ao retornar o Antigo Testamento para escrever as famílias do povo de Deus como propagador do Messias que viria à terra feito homem, mas sendo um Homem divinizado, notamos nos textos do Evangelho de Mateus a gênesis  primitiva da escrita, sabemos que a primeira redação do Evangelho de Mateus foi em hebraico, depois traduzido em grego – os outros Evangelhos foram escritos em grego -, sendo que o último livro do AT de Malaquias foi escrito em hebraico.  Portanto, o capitulo um de Mateus abre o Novo Testamento com a narração da origem do filho de Deus, como foi feito em Genesis sobre a criação do mundo, com uma literatura mais próxima do AT.  A partir de Mateus temos em seguida toda a Nova História do Povo de Deus sob novos olhares da igreja primitiva.
            Ao apresentar um Jesus histórico, atemporal, Mateus confirma a mensagem da igreja Universal que tem uma origem santificadora. Esta igreja significa o Ontem, o Hoje e Sempre. Ela não tem uma origem humana. Ela é transcendental ou metafísico. Assim, Jesus aparece num contexto misterioso e envolto da santificação. Ademais, Jesus é o rei que orienta o povo para a construção do reino da justiça e da fraternidade. Este Homem que se fez homem para perdoar os pecados do mundo tem uma proposta de continuidade dos antigos povos que souberam amar e reconhecer o Deus da vida.
Assim, desde Adão até o nascimento de  Jesus através da ação do Espírito Santo em Maria, Mateus confirma a hegemonia do Criador em cumprir a promessa de enviar o menino Salvador.  Temos um Deus presente e preocupado com o seu povo, que para mostrar sua dignidade e feitio, entregou seu Filho no seio de uma família (Maria e José), numa região pobre de povo excluído em Nazaré com o intuito  de fortalecer na unidade o seu povo.
            Ao relermos a história dos antecessores de Jesus estamos diante de um Ser Único com um legado de oração, determinação e justiça. O povo de Deus passou por problemas políticos, econômicos e sociais. O povo de Deus foi escravizado, massacrado e violentado. Entretanto, este povo não desanimou,  sempre mostrou firme e na esperança de que seu Criador estaria por perto dando força. Ainda acreditava nas promessas de que um dia viria seu filho com a proposta de libertá-los. Agora, Mateus escreve sintaticamente a árvore genealógica  de Jesus passando por todo aquele que abraçou a causa da  luta para o Reino. História esta que nos enche de orgulho por termos uma origem de um povo santo e pecador.
            Jesus nasceu do ventre de uma Virgem que estava prometida para seu esposo José. Jesus provoca o arranjo de uma família – homem e mulher – para acolher o salvador. Maria, a pura mulher da criação que acolheu em seu ventre o Homem perfeito e Santo, representa a humanidade geradora de vida. Veja que a mulher no contexto oriental não possuía tal liberdade e se traísse seu marido corria o risco de morte por apedrejamento. Maria não foi apedrejada, não foi amaldiçoada, não foi abandonada, mas foi acolhida  e amada pelo seu homem José. José, descendente de Davi, não tenha medo de receber Maria como sua esposa, pois ela está grávida pelo Espírito Santo. Ela terá um menino, e você porá nele o nome de Jesus, pois ele salvará o seu povo dos pecados deles.  A ousadia do Criador é tamanha que arrebentou as tradições do mundo velho e desconexo e plantou seu filho no meio da possível discórdia. Contudo foi para mostrar que a mulher é geradora de vida e o Espírito Santo cobriu da santificação para gerar o Messias para o mundo.
            Enfim, nós carregamos o legado de um povo que foi presenteado em sua época por Deus com o símbolo do amor – Jesus. Temos um passado de glória, cheio de misericórdia. Não temos como fugir da realidade. Nosso Deus plantou seu filho no meio do homem e como descendente desta família apaixonada por novos caminhos de libertação seguimos os passos de Jesus. Ele é a glória eterna. Ele é ternura. Ele é amor.
 Caros leitores, apaixonamo-nos ainda mais neste Deus que vislumbrou novo amanhecer para gerações que souberam e acreditaram na sua Palavra. Acreditamos nas promessas feitas para nosso Pai Abraão, Isaac e Jacó e fortalecemos  nos seus ensinamentos de superação. Rezemos por todos aqueles que buscam a sua misericórdia  e querem novas justiças de amor. Assim seja, amém!
            Claudinei M. Oliveira

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