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quarta-feira, 11 de julho de 2012

“A Santíssima Trindade” - Claudinei M Oliveira.




Domingo, 03 de Junho de 2012.
Evangelho: Mt 28,16-20

            Neste domingo Santo do Senhor elevemos nossos corações para o alto a fim de festejarmos a Santíssima Trindade. Nós, como cristãos a celebramos confiantes os ensinamentos da Igreja que possui a plenitude das verdades reveladas por Cristo. Este dogma da fé estabelecido perdura a essência de um só Deus em Três Pessoas distintas: Pai, Filho e Espírito Santo. É um mistério de difícil interpretação, impossível, de ser assimilado pelas limitações humanas, mas ao calor da fé e da animação do Espírito Santo, desobscurece as dúvidas para aplainar o mistério divino. Nós fazemos parte da criação divina e por ela somos vivificados na essência do Deus Poderosos, entretanto, somente a crença nos liga na esfera maior junto ao Pai Celestial que encerra em Si a graça e a benevolência do Filho e do Espírito Santo.
Todavia, o teólogo medieval e doutor da Igreja, Santo Agostinho, tentou compreender este inexprimível mistério. Certa vez, passeava ele pela praia, completamente compenetrado, pediu a Deus luz para que pudesse desvendar o enigma. Até que se deparou com uma criança brincando na areia. Fazia ela um trajeto curto, mas repetitivo. Corria com um copo na mão até um pequeno buraco feito na areia, e ali despejava a água do mar; continuamente voltava, enchia o copo e o despejava novamente. Curioso, perguntou à criança o que ela pretendia fazer. A criança lhe disse que queria colocar toda a água do mar dentro daquele buraquinho. Note que o Santo lhe explicou ser impossível realizar esta tarefa. Aí a criança lhe disse: “É muito mais fácil o oceano todo ser transferido para este buraco, do que compreender-se o mistério da Santíssima Trindade”. E a criança, que era um anjo, desapareceu... Então o Nobre Santo concluiu que a mente humana é extremante limitada para poder assimilar a dimensão de Deus e, por mais que se esforce, jamais poderá entender esta grandeza por suas próprias forças ou por seu raciocínio. Só o compreenderemos plenamente, na eternidade, quando nos encontrarmos no céu com o Pai, o Filho e o Espírito Santo.
            Diante desta  situação devemo-nos alegrar por mensurar no feitio da Criação. Estamos neste mundo corroído pelo poder e pelo pecado, mas teremos a certeza de que somos parte integrante deste Deus maravilhoso. Tanto que Moisés exaltou ao Senhor pelas graças recebidas e pelas benevolências concedidas ao povo desde a criação. Em nenhum momento o Senhor abandonou suas criaturas ou fez escolha dentre grupos, o Senhor colocou toda a sua graça para atender aos pedidos e sanar as dificuldades inseridas no seio do povo, como aconteceu com os escravos do Egito ao abrir o mar vermelho para a busca da terra prometida. O Senhor Deus almeja aos seus descendentes a libertação, para isso encorajou muitos cristãos compromissados a levar a luta avante. Para que a libertação acontecesse seria necessário abrir mãos de muitas coisas mundanas e algumas pessoas são modelos a serem seguidas.  Veja o exemplo de Moisés: jovem criado numa família rica e tinha de tudo para ser um explorador do trabalho alheio, mas sentiu chamado a ser exemplo e guia de um povo sofredor. Aceitou o convite, abraçou a causa e lutou pela liberdade de uma legião de explorada. Claro que passou  por sérias dificuldades, escutou lamentos de muitos desolados, sentiu na pela  a humilhação. Contudo, assegurou no Senhor e  acreditou que fazia parte deste Reino ou mistério que seria estabelecido com tenacidade e vigor, não esmoreceu e ajudou a rumar nova vida para seu povo.
            Isto denota para nós a crença de Moisés na pessoa Santa do Senhor. Colocou em si a vontade e o desejo de unir a solicitude do povo com o chamado de Deus na intenção de completar um ciclo de paz, prosperidade e bem-fazer. Moisés marcou a presença espiritual de nosso Senhor quando emanou junto com os desalojados para um lugar distante, mas que poderia render frutos do amor.
            Como o salmista canta com voracidade no perfil de ser atendido por acreditar que o Senhor é forte e poderoso, clama pela sua guarda: “reta é a palavra do Senhor, e tudo o que Ele faz merece fé. Deus ama o direito e a justiça, transborda em toda a terra a sua graça” (sal. 32). Hoje também devemos cantar ao Senhor pela sua coragem de enviar seu Filho para ser condenado pelo mundo por não ouvir suas palavras na construção de um Novo Reino. O Senhor que ama a justiça e o direito ainda continua presente procurando intensificar na consciência de cada um o dom do amor, da fraternidade, da caridade e igualdade. Este Deus que cremos continua vivo em nosso meio em todas as instâncias, seja na família, no trabalho, no grupo, na comunidade, ou seja, ele esta presente onde quer que ousem olhar. Mas, para tanto, precisamos do Espírito Santo para ajudar a interpretar os sinais de sua presença. Quantas vezes, através de um convite ou de algo inesperado no dia-a-dia, Deus nos chamou para o serviço na messe, mas por descuido ou por despreparo, não certificamos do seu chamado! Olha que a Santíssima Trindade é uma linda família  que não cansa de nós procurar.
            Ainda na crença da divindade na Carta de São Paulo aos Romanos, Paulo aplica a máxima aos cristãos ao afirmar que “todos aqueles que se deixam conduzir pelo Espírito de Deus são filhos de Deus”. Esta afirmação foi para chamar atenção dos romanos que ainda estavam presos aos ideais dos imperadores. Paulo quer dizer que somente há um Deus e um Pai que merece atenção, mas para fazer parte deste Deus é preciso deixar ser conduzido pelo Espírito Santo, isto é, o cristão deve acreditar na Santa Família de Deus para estar perto da sua graça. Podemos ir um pouco mais longe, não somente deixar ser levando pelo Espírito Santo, mas vivê-lo na intensidade, mensurar na totalidade e praticar a justiça. Ou seja, o cristão deve ser um agente de transformação que não se acomoda com as práticas levianas e soberbas do mundo, mas reage com vigor a partir da denúncia e da tomada de postura.
            Vamos encontra está força motivadora no Santo Evangelho. Quando Jesus dirigiu para os discípulos e disse:  “ide e fazei discípulos meus todos os povos, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo e ensinando-os a observar tudo que o que vos ordenei!”, está enviando aqueles que aceitaram a mística da Trindade para a missão. Entretanto, qual o sentido do batismo? Por que os discípulos devem continuar o batismo para anunciar a Boa Nova? Sabemos que ao ser batizado passa a fazer parte da família feliz da Trindade. O batismo é a porta de entrada dos demais sacramentos e sela o compromisso do Cristão com o Criador. Ao ser batizado o cristão passa e ser protegido pelo Espírito Santo de Deus e portanto, no batismo, a Igreja reunida celebra essa experiência de sermos dependentes, filhos de Deus e   participamos da vida de Cristo. Jesus Cristo é o grande sinal de que Deus cuida de nós.
            Enfim, caros irmãos e irmãos em Cristo ressuscitado, somos filhos de Deus e temos a cumplicidade da criação, pois somos filhos do Criador. Devemos ser participantes ativos das boas ações para aumentar o limbo no amor do Pai. Assumamos o compromisso de missionário a partir do batismo e façamos crescer em nós o desejo ardente de fazer parte da Santíssima Trindade. Amém.
            Claudinei M. Oliveira.

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