Quarta - feira, 06 de Junho de 2012.
Evangelho: Mc 12,18-27
Nesta reflexão notemos que o poder de Deus é maior do que as forças destrutivas presentes na história: ele é o Senhor de tudo. E, sendo o Deus da vida, não criou ninguém para a morte, mas para a aliança definitiva com ele.
O nosso Deus é o Deus da vida, o Deus da ação e o Deus que compromete com seu povo . Nada foi criado para acabar-se. Tudo foi criado para prosperar-se, para transformar e para dar glória ao Criador. Entretanto, muitos aproveitadores da época de Jesus não pensavam assim. Queriam pegar Jesus no flagra a qualquer custo. Bem que já tentaram dar um nó em Jesus ao perguntar se era a favor de pagar tributo a César; saíram de fininho e não quiseram nem continuar a conversar. No Evangelho de hoje, um grupo de saduceus, formados por grandes proprietários de terras e pelos membros da elite sacerdotal, foram até Jesus para provocá-lo. Eles não acreditavam na ressurreição dos mortos e para tanto jogam uma máxima nada conveniente. Inventaram uma história de que sete homens morreram e também a mulher com quem se casaram, pretendiam com isso ridicularizar a crença na ressurreição: “quando eles ressuscitarem, de quem será a mulher? Todos os sete se casaram com ele!
Jesus percebeu que a intenção era confundi-lo e afirmou com segurança:“vocês estão enganados, porque não conhecem as Escrituras e nem o pode de Deus”. Na verdade, se conhecessem bem a Palavra do Senhor saberiam que ao ressuscitar, seria como os anjos do céu”, então viveria junto ao Pai na eternidade. Não teria corpo físico e nem desejo como os mortais, pois seria contemplado na plenitude da santidade. Afinal, a vida terrena é passageira e a todos os momentos o próprio indivíduo esta se julgando diante de suas ações. Assim, na vida pós morte do corpo o mundo será diferente e não terá como o homem saber, pois faz parte do mistério da salvação.
Vale ressaltar neste contexto a crença que o indivíduo esta se pautando para fundamentar sua fé. Crer é acreditar nas palavras reveladas por nosso Pai ao povo das gerações antigas que precederam na fé e no caminhar. Eles lutaram contra toda força de dominação que enraizava o mal para fazer valer a presença mística do Deus vivo. Acreditaram através da fé nos enviados para consumar o que já estava prescrito: todos um dia ultrapassarão a barreira do mundo visível para a plenitude da alma e, tudo aquilo que confiou com veemência e prática no mundo físico será agraciado no céu. Agora, o que não pode é fazer de conta que conhece a Sagrada Escritura e tecer argumentos falaciosos ou tendenciosos.
Portanto, o Deus que fez tudo para garantir a beleza da criação não deseja permanecer ao lado dos mortos. Tanto que Jesus que veio ao mundo para cumprir a promessa feita aos antepassados, morreu e ressuscitou dos mortos. Para nós este feitio de Jesus simboliza a certeza do seguimento aos seus ensinamentos. Quem atentar para ouvir e praticar o projeto de libertação e vida, com certeza, um dia se alegrará pelas atitudes acertadas. Amém
Claudinei M. Oliveira
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