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terça-feira, 10 de julho de 2012

Jesus e a sua humanidade-Fr. Denis Francisco




01 de junho - sexta-feira
Mc 11, 11-26

A palavra
Em seu escrito, Marcos procura apresentar Jesus como ação de Deus na terra, o realizador de obras e milagres, mas que não deixa de ser humano e participativo na vida das pessoas. O Evangelho de hoje, revela-nos a divindade de Jesus e a sua humanidade.
A divindade de Jesus consta naquilo que ele é, isto é, o filho amado do Pai, o prometido pelos profetas, o novo rei de Jerusalém, o Deus encarnado, o Deus conosco e etc. Pelas suas grandiosas obras, ele é aclamado pelo povo de Jerusalém e recebido com ramos de Oliveira, em cima de um Jumento Mc11, 1-10.
O Jesus humano é aquele que se relaciona, vive, come, anda, participa na vida social dos homens. É por meio dessa relação, que Marcos deseja apresentá-lo para sua comunidade e para a nossa comunidade hoje. O uso de muitos verbos no texto, que dignam ação, comprova a sua participação (participa-ação) constante na vida do povo judeu e samaritano.
Jesus é tão divino que se tornou humano; é tão humano que se tornou divino! Ele entra no templo e vê casa de seu Pai, um lugar de oração, como lugar de comércio e de exploração. A sua reação, ao expulsar os comerciantes de lá, é divina e humana. A atitude dos comerciantes e das autoridades religiosa no templo é comparada com a figueira, a qual ele amaldiçoou por não produzir frutos. O templo não está sendo utilizado para orar e, sim, para explorar o povo simples e pobre de Jerusalém.
Jesus alerta a Pedro e aos outros discípulos a necessidade de ter fé em Deus (v.22). Aquele que não faz uma oração confiante, deixando de amar os próprios devedores, sem pedir a graça de Deus o perdão dos pecados, torna-se como a figueira narrada no início do Evangelho, que não produz fruto e que vai se ressecando por dentro é chegar à raiz, ou seja, o alicerce da vida.

Oração da vida
Certa vez, um padre de uma pequena paróquia percebeu que todos os dias um homem da roça ficava horas na igreja, mas quieto, sem dizer nada. O padre achava estranha aquela atitude. Um dia aproximou-se dele e perguntou: “O que o senhor faz aqui desse jeito, sem dizer nada para Deus?” O homem respondeu, apontando para o sacrário: “Eu olho para Ele e Ele olha para mim!” Esta é a oração de contemplação. As palavras desaparecem e os corações de encontram e se comunicam de maneira muito mais profunda do que através de palavras.
Em nossa realidade, percebemos que muitas pessoas não têm tempo para contemplar a manifestação de Deus em suas vidas. A exigência com os trabalhos, o enorme interesse pessoal que visa o lucro e o gasto, a falta de querer aprender e de conhecer a realidade, afastam-nos do projeto de Deus e principalmente do cuidado com a vida social. Hoje, fala-se muito que as pessoas estão abandonando Deus. Qual será o motivo e razão desse abandono? Será que o abandonam porque tudo está mais fácil de conquistarsem a sua ação? Ou o próximo é quem está abandonado? Evidentemente, quem abandona Deus é porque já abandonou o próximo. Mas, Deus não nos abandonou. Ele nos enviou aquilo que ele tinha de mais  precioso: o seu Filho amado, o nosso Redentor.
Fazer da igreja, templo sagrado de Deus, um lugar de exploração, ou até mesmo explorar o nosso próprio coração, um lugar onde ele possa habitar, é negar a sua participação em nossa vida de relação com os outros. Tornam-se uma figueira, que não produz frutos, as atitudes que desviam do caminho do bem, do desenvolvendo de uma sociedade humana e santa. Amar de fato Deus é comprometer-se com as suas coisas e com o próximo. Maria, mãe da esperança e do Socorro, ajude-nos a perceber a nossa realidade e contribuir com o seu desenvolvimento.
Fr. Denis Francisco Rosa Oliveira (denisfcssr@gmail.com)

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